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As expressões "sob a lei" e "debaixo da lei" não são iguais
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14112011
As expressões "sob a lei" e "debaixo da lei" não são iguais
Em Gálatas 4.4 encontramos a expressão "sob a lei". Em Romanos 3:19, encontramos a expressão "debaixo da lei". Pergunto, os termos gregos utilizados são os mesmos ?
Yeshua nasceu Hupo nomos (sob a lei). (Gl 4:4)
Já os legalistas estavam en nomos (debaixo da lei) (Rm 3:19).
Sob a lei e Obras da lei Por Chenoch Dvar Oz INTRODUÇÃO Quando muitos lêem os livros dos Ketuvim Netsarim(Escritos Nazarenos), comumente chamado ³NovoTestamento´, principalmente as cartas do rav. Sha'ul( Apóstolo Paulo), o entendimento geral que passam ater da Torah(Pentateuco), que significa Instruções acerca da Lei, é o pior possível, pois baseia -se natradução e no entendimento incorreto de duas expressões gregas traduzidas para as versõesportuguesas(JFA) das nossas bíblias. CORRIGINDO AS VERSÕES PORTUGUESAS A primeira das expressões gregas é upo nomos, que aparece 10 vezes em Romanos,1Coríntios e Gálatas é em geral traduzida nas versões inglesas (baseadas na bíblia inglesa doRei Tiago V) e nas versões portuguesas de João Ferreira de Almeida, Bíblia de Genebra, etc, como ³sob alei´. A outra expressão é erga nomou, encontrada, com pequenas variações, 10 vezes em Romanos e Gálatase traduzida como ³obras da lei´. Está evidente que estas expressões tem o significado negativo, ou seja, estar ³sob a lei´ é mau, e as³obras da lei´ são coisas más. Isto é aceito por todos. Porém, começa a complicar quando tradutores e estudiosos , sejam clássicos, modernos oucontemporâneos, entendem e ensinam que a prim eira expressão, upo nomon, significa ³dentro daestrutura de observância da Torah´ e a segunda, erga nomou , ³atos de obediência à Torah´. Estes entendimentos e ensinos são advindos de uma tradução incompleta das expressões gregas e aindade uma tendência anti-nomiana que se consolidou após os concílios papais e determinações dos pa iseclesiásticos cristãos já em início do 2º século. Este modo de interpretação choca com outros textos e afirmações paulinas e dos demais apóstolos quenunca consideravam mau o viver de acordo com a estrutura da Torah, nem que era mau obedecer a ela. Contrariamente, quando Sha'ul escreve em sua carta que a Torah é ³santa, justa e boa´ (Romanos 7:12),além de ter baseado esta afirmação no Tanach(Torah/Neviim/Ketuvim), comumente chamado ³VelhoTestamento´, confirma a veracidade e validade de todo o Tanach para o período que iniciou após aressurreição do Messias/início da Congregação de crentes. Considerando, inédito para a época, o artícife tradutor conseguiu, através da compre ensão dos originaissemíticos e criação das novas expressões para língua grega, o que realmente rav.Sha'ul estava falandoem suas cartas. Assim, podemos hoje, em vital diferenciação, entender os conceitos de ³Lei(de Elohim)´, ³Torah´, ´lei´,³obras da lei´, ³debaixo da lei´, ³legalismo´, ³legalista´, etc" como distinção vital que irão agora harmonizar textos das epístolas do Rav.Sha'ul com os demais textos inspirados, em atenção aos textos do Tanach,sem mais aquela ginástica para impor crença anti - nominiana e até a proibição destes para aqueles quebuscam a Torah como legalistas.
Diante disto, deveríamos estar sempre abertos a enfrentar a possibilidade de que as declarações paulinas,que a princípio parecem depreciar a Lei(Torah), voltavam -se na verdade, não contra a própria Lei(Torah),e sim contra aquela mácompreensão e mau uso da Lei, para os quais dispomos agora de terminologia adequada e entendimento convicto. Assim, o escritor grego buscou ao máximo conservar o entendimento e fé com que o Apostol oPaulo estava transmitindo. Assim, com este entendimento, deveríamos entender que erga nomou é ³obras da lei´, ou seja³observância legalista de determinados mandamentos da Torah´. De igual modo, deveríamos entender que upo nomon, ³sob a lei´, ou seja, ³ em sujeição ao sistema que resulta de perverter a Torah emlegalismo´. É assim que estas expressões são traduzidas no Jewish New Testament. David H. Stern, noManifesto Judeu Messiânico ± Págs. 117-119. A expressão ³em sujeição´ é importante porque o con texto de upo nomon que transmite sempre umelemento opressivo. Sha¶ul é bem claro a respeito, conforme se verifica em 1Coríntios 9:20 onde, para os que não tinham aTorah, ele se tornara como alguém sem a Torah, sublinhou que ele próprio que não era sem T orah e simennomos Christou, ³na Lei´, ou ³na Torah do Messias´. Ele usou um termo diferente, ennomos em lugar de upo nomon, para distinguir seu relacionamento livre deopressão com seu relacionamento completo com a Torah, em contraste aos legalismos rabí nicos naépoca. Sha'ul veio a mostrar que estava unido ao Messias e compreendia o sentimento de opressão que notavanas pessoas (prosélitos provavelmente) que, em vez de se relacionarem alegremente com a Torah santa,justa e boa de Elohim, submetiam-se a uma perversão dos perushim(fariseus), com ordenanças humanase legalistas sem o teor de Vida constante na Torah. Assim, do modo como Gálatas, Romanos e as cartas aos Coríntios estão traduzidas hoje, sem o perfeitoentendimento das expressões advindas do g rego, fica evidenciado a grande dificuldade de compreensão arespeito da Torah. Passa a ser notório a contradição dentro do próprio texto de romanos 7, gálatas 2, etc. Vejam como muda a compreensão de 1Co 9:20,21: [ aos judeus]Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão no legalismo, como seestivesse eu no legalismo (embora debaixo deste não esteja), para ganhar os que estão debaixo dolegalismo; [aos não-judeus] para os que estão sem a Torah, como se estivesse sem Torah (não estando sem Torah para com Elohim,mas apoiado pela ennomos Christou), para ganhar os que estão sem Torah. Assim, o que diz em Rom 2:13: Pois não são justos diante de Elohim os que só ouvem a Torah;mas serão justificados os que praticam a Torah.
Pergunto, finalizando esta explicação, se observássemos a descrição comum que fazem da ³lei´, perguntoque lei é esta que ora tem uma conotação ruim, ora é boa, justa e agradável diante de Adonai? Certamente Rav.Sha¶ul fala de DUAS coisas em extremo difere ntes: A Torah x legalismo. Esta diferença está quase ³apagada´ nas traduções contemporâneas. Esta era a pregação de Sha¶ul(Paulo), que a Lei viria julgar os legalistas, que viviam sob uma aparência deTorah, mas não a cumpriam, eram ouvintes, mas não pra ticantes. Vejam que não precisamos olhar o texto das cartas de rav. Sha¶ul no original semítico, basta vermos ocompêndio das traduções gregas chamado Textus Receptus. Infelizmente, nossas traduções portuguesas e as traduções inglesas, têm esta tendência de desconsiderar a Torah, não devido as dificuldades de tradução, mas pela imposição de que o entendimento que queriampassar encaixaria nos moldes e credos sendo estabelecidos desde segundo e terceiro século. Se houvesse distanciamento destes moldes e credos, bastando simplesmente observar o que o TextusReceptus diz, já compreenderíamos claramente o que Sha¶ul queria dizer em suas cartas, os obstinadosesforços dos teólogos e estudiosos hoje para tentar validar uma doutrina anti -nomiana não existiriam. Se os tradutores portugueses/ingleses entendessem os conceitos de upo nomon e erga nomou usadasnas 20 passagens onde tais frases ocorrem, creio que isto modificaria para melhor o entendimento daTorah por muitos hoje.Desde o início que vemos HaSatan inserindo e meias-verdades, desde o evento da árvore no no Jardimdo Éden, até hoje, se possível para confundir os eleitos.Assim, observe que tradução maligna que ocorreu do grego para o português de Romanos10:6 : "Ora Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer doalto a Cristo.)" (Romanos 10:5-6) Reparem na palavra "mas". Segundo o dicionário Houais s, a conjunção "mas" é definida como: conjunçãoadversativa - com variações de sentido, introduz o segmento que denota basicamente uma oposição ourestrição ao que já foi dito; Ou seja, a palavra "mas" é usada em sutil tentativa de forçar oposição entre " Torah" e "graça." Contudo, apalavra "mas" NÃO é encontrada!!!!!!!Nem no Texto Recebido (grego) nem na Peshitta (aramaico)! Foi uma inserção desde as primeiras traduções de João Ferreira de Almeida!Vejam como fica a tradução mais fiel de acordo com o Te xtus Receptus de Romanos 10:5-6: "PorqueMoisés escreve que o homem que pratica a justiça que vem da Lei(Torah) viverá por ela, e é a justiça que vem pela fé. Assim [Moisés] diz: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu etrará do alto ao Mashiach?" Vejam que basta uma palavra acrescentada, uma palavrinha inocente, um "mas", e dá -se margem a todo osistema teológico, anti-Torah, anti-nomiana, uma teologia de desobediência, em fim, uma teologia anti -messias.
Yeshua nasceu Hupo nomos (sob a lei). (Gl 4:4)
Já os legalistas estavam en nomos (debaixo da lei) (Rm 3:19).
Sob a lei e Obras da lei Por Chenoch Dvar Oz INTRODUÇÃO Quando muitos lêem os livros dos Ketuvim Netsarim(Escritos Nazarenos), comumente chamado ³NovoTestamento´, principalmente as cartas do rav. Sha'ul( Apóstolo Paulo), o entendimento geral que passam ater da Torah(Pentateuco), que significa Instruções acerca da Lei, é o pior possível, pois baseia -se natradução e no entendimento incorreto de duas expressões gregas traduzidas para as versõesportuguesas(JFA) das nossas bíblias. CORRIGINDO AS VERSÕES PORTUGUESAS A primeira das expressões gregas é upo nomos, que aparece 10 vezes em Romanos,1Coríntios e Gálatas é em geral traduzida nas versões inglesas (baseadas na bíblia inglesa doRei Tiago V) e nas versões portuguesas de João Ferreira de Almeida, Bíblia de Genebra, etc, como ³sob alei´. A outra expressão é erga nomou, encontrada, com pequenas variações, 10 vezes em Romanos e Gálatase traduzida como ³obras da lei´. Está evidente que estas expressões tem o significado negativo, ou seja, estar ³sob a lei´ é mau, e as³obras da lei´ são coisas más. Isto é aceito por todos. Porém, começa a complicar quando tradutores e estudiosos , sejam clássicos, modernos oucontemporâneos, entendem e ensinam que a prim eira expressão, upo nomon, significa ³dentro daestrutura de observância da Torah´ e a segunda, erga nomou , ³atos de obediência à Torah´. Estes entendimentos e ensinos são advindos de uma tradução incompleta das expressões gregas e aindade uma tendência anti-nomiana que se consolidou após os concílios papais e determinações dos pa iseclesiásticos cristãos já em início do 2º século. Este modo de interpretação choca com outros textos e afirmações paulinas e dos demais apóstolos quenunca consideravam mau o viver de acordo com a estrutura da Torah, nem que era mau obedecer a ela. Contrariamente, quando Sha'ul escreve em sua carta que a Torah é ³santa, justa e boa´ (Romanos 7:12),além de ter baseado esta afirmação no Tanach(Torah/Neviim/Ketuvim), comumente chamado ³VelhoTestamento´, confirma a veracidade e validade de todo o Tanach para o período que iniciou após aressurreição do Messias/início da Congregação de crentes. Considerando, inédito para a época, o artícife tradutor conseguiu, através da compre ensão dos originaissemíticos e criação das novas expressões para língua grega, o que realmente rav.Sha'ul estava falandoem suas cartas. Assim, podemos hoje, em vital diferenciação, entender os conceitos de ³Lei(de Elohim)´, ³Torah´, ´lei´,³obras da lei´, ³debaixo da lei´, ³legalismo´, ³legalista´, etc" como distinção vital que irão agora harmonizar textos das epístolas do Rav.Sha'ul com os demais textos inspirados, em atenção aos textos do Tanach,sem mais aquela ginástica para impor crença anti - nominiana e até a proibição destes para aqueles quebuscam a Torah como legalistas.
Diante disto, deveríamos estar sempre abertos a enfrentar a possibilidade de que as declarações paulinas,que a princípio parecem depreciar a Lei(Torah), voltavam -se na verdade, não contra a própria Lei(Torah),e sim contra aquela mácompreensão e mau uso da Lei, para os quais dispomos agora de terminologia adequada e entendimento convicto. Assim, o escritor grego buscou ao máximo conservar o entendimento e fé com que o Apostol oPaulo estava transmitindo. Assim, com este entendimento, deveríamos entender que erga nomou é ³obras da lei´, ou seja³observância legalista de determinados mandamentos da Torah´. De igual modo, deveríamos entender que upo nomon, ³sob a lei´, ou seja, ³ em sujeição ao sistema que resulta de perverter a Torah emlegalismo´. É assim que estas expressões são traduzidas no Jewish New Testament. David H. Stern, noManifesto Judeu Messiânico ± Págs. 117-119. A expressão ³em sujeição´ é importante porque o con texto de upo nomon que transmite sempre umelemento opressivo. Sha¶ul é bem claro a respeito, conforme se verifica em 1Coríntios 9:20 onde, para os que não tinham aTorah, ele se tornara como alguém sem a Torah, sublinhou que ele próprio que não era sem T orah e simennomos Christou, ³na Lei´, ou ³na Torah do Messias´. Ele usou um termo diferente, ennomos em lugar de upo nomon, para distinguir seu relacionamento livre deopressão com seu relacionamento completo com a Torah, em contraste aos legalismos rabí nicos naépoca. Sha'ul veio a mostrar que estava unido ao Messias e compreendia o sentimento de opressão que notavanas pessoas (prosélitos provavelmente) que, em vez de se relacionarem alegremente com a Torah santa,justa e boa de Elohim, submetiam-se a uma perversão dos perushim(fariseus), com ordenanças humanase legalistas sem o teor de Vida constante na Torah. Assim, do modo como Gálatas, Romanos e as cartas aos Coríntios estão traduzidas hoje, sem o perfeitoentendimento das expressões advindas do g rego, fica evidenciado a grande dificuldade de compreensão arespeito da Torah. Passa a ser notório a contradição dentro do próprio texto de romanos 7, gálatas 2, etc. Vejam como muda a compreensão de 1Co 9:20,21: [ aos judeus]Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão no legalismo, como seestivesse eu no legalismo (embora debaixo deste não esteja), para ganhar os que estão debaixo dolegalismo; [aos não-judeus] para os que estão sem a Torah, como se estivesse sem Torah (não estando sem Torah para com Elohim,mas apoiado pela ennomos Christou), para ganhar os que estão sem Torah. Assim, o que diz em Rom 2:13: Pois não são justos diante de Elohim os que só ouvem a Torah;mas serão justificados os que praticam a Torah.
Pergunto, finalizando esta explicação, se observássemos a descrição comum que fazem da ³lei´, perguntoque lei é esta que ora tem uma conotação ruim, ora é boa, justa e agradável diante de Adonai? Certamente Rav.Sha¶ul fala de DUAS coisas em extremo difere ntes: A Torah x legalismo. Esta diferença está quase ³apagada´ nas traduções contemporâneas. Esta era a pregação de Sha¶ul(Paulo), que a Lei viria julgar os legalistas, que viviam sob uma aparência deTorah, mas não a cumpriam, eram ouvintes, mas não pra ticantes. Vejam que não precisamos olhar o texto das cartas de rav. Sha¶ul no original semítico, basta vermos ocompêndio das traduções gregas chamado Textus Receptus. Infelizmente, nossas traduções portuguesas e as traduções inglesas, têm esta tendência de desconsiderar a Torah, não devido as dificuldades de tradução, mas pela imposição de que o entendimento que queriampassar encaixaria nos moldes e credos sendo estabelecidos desde segundo e terceiro século. Se houvesse distanciamento destes moldes e credos, bastando simplesmente observar o que o TextusReceptus diz, já compreenderíamos claramente o que Sha¶ul queria dizer em suas cartas, os obstinadosesforços dos teólogos e estudiosos hoje para tentar validar uma doutrina anti -nomiana não existiriam. Se os tradutores portugueses/ingleses entendessem os conceitos de upo nomon e erga nomou usadasnas 20 passagens onde tais frases ocorrem, creio que isto modificaria para melhor o entendimento daTorah por muitos hoje.Desde o início que vemos HaSatan inserindo e meias-verdades, desde o evento da árvore no no Jardimdo Éden, até hoje, se possível para confundir os eleitos.Assim, observe que tradução maligna que ocorreu do grego para o português de Romanos10:6 : "Ora Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer doalto a Cristo.)" (Romanos 10:5-6) Reparem na palavra "mas". Segundo o dicionário Houais s, a conjunção "mas" é definida como: conjunçãoadversativa - com variações de sentido, introduz o segmento que denota basicamente uma oposição ourestrição ao que já foi dito; Ou seja, a palavra "mas" é usada em sutil tentativa de forçar oposição entre " Torah" e "graça." Contudo, apalavra "mas" NÃO é encontrada!!!!!!!Nem no Texto Recebido (grego) nem na Peshitta (aramaico)! Foi uma inserção desde as primeiras traduções de João Ferreira de Almeida!Vejam como fica a tradução mais fiel de acordo com o Te xtus Receptus de Romanos 10:5-6: "PorqueMoisés escreve que o homem que pratica a justiça que vem da Lei(Torah) viverá por ela, e é a justiça que vem pela fé. Assim [Moisés] diz: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu etrará do alto ao Mashiach?" Vejam que basta uma palavra acrescentada, uma palavrinha inocente, um "mas", e dá -se margem a todo osistema teológico, anti-Torah, anti-nomiana, uma teologia de desobediência, em fim, uma teologia anti -messias.
Eduardo- Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010
As expressões "sob a lei" e "debaixo da lei" não são iguais :: Comentários
O Rav. Sha'ul (Paulo) não antagoniza "Torah" e "graça", mas sim complementa a questão do viver a Torah, mostrando que o viver a Torah é pela fé. O rav.Sha'ul ao escrever este trecho faz uma alusão a Devarim (Deuteronômio 30:11 -14), veja queinteressante: ³Porque este mandamento, que hoje te ordeno , não te é encoberto, e tampouco está longede ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no -lo traga, e no-lo faça ouvir,para que o cumpramos? Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além domar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Porque esta palavra está mui pertode ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires. ³ (Devarim/Deuteronômio 30:11 -14). Ou seja, Rav. Sha'ul (Paulo) faz aqui um belíssimo Remez1. Ao citar, falando do Messias, um texto quefala da Torah, ele está nos mostrando que o Messias e a Torah são UM ± não há como dividí-los. As implicações disso são fantásticas, pois podem ser encontradas em ambos os lados da equação doRemez de Rav.Sha'ul (Paulo): não há como viver a Torah sem a fé no Messias, e não há como viver a fé doMessias sem viver a Torah. Antes de finalizarmos a comparação do grego com as versões portuguesas, um dos trechos maisinteressantes e mal compreendidos do Ketuvim Netsarim é o tre cho de Gálatas 3:24-25: "Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendochegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor." (Gálatas 3:24 -25 ± NVI) Na versão portuguesa acerta em traduzir o trecho a partir do grego, temos a impressão pelo texto de que aTorah serviu apenas como um instrutor, e que não mais estamos "debaixo da Lei de Elohim". Entretanto, se observássemos o contexto e outros manuscritos, preferencialmente, os manuscritossemíticos, veremos que o grego do trecho não consegue transmitir o teor exato das palavras de Sha'ul. Com um pensamento hebreu, não encontramos problemas quanto ao grego, porém, quando ainterpretação foge ao contexto judaico, passa a ser talvez um dos maiores e mais incorretasinterpretações/traduções das palavras de rav. Sha'ul, o mais enfatizado por aqueles que insistem em viver em desobediência à Palavra de Elohim. O problema é que no grego, temos a expressão "upo paidagogos", que literalmente poderia ser traduzidacomo "sob tutor". Contudo, no aramaico, que percebemos ser a língua mais próxima do original, senão alíngua que o próprio Shaul utilizou, o que encontramos é a expressão plural "t'cheit t'araea", isto é, "sobtutores". Ora, Rav. Sha'ul (Paulo) usa aqui uma típica estrutura poética rabínica, fazendo um jogo de palavras entre"O TUTOR" que conduz ao Mashiach, isto é, a Torah, e "os mestres/tutores", isto é, os rabinos. Se comparássemos outros escritos, em especial o livro de Atos, e as traduções portuguesas de gálatas,identificaríamos grande contradição a respeito de Rav. Sha'ul, ou seja, o que ele é realmente ou aroupagem que em geral o Cristianismo o veste, senão observe alguns fatos: 1 Os Rabinos estabeleceram quatro categorias de interpreta ção da Torah chamadas PDRS ou PaRDeS=paraíso. Pshat, o significado literal e simples do texto. Drash, o significado homilético, Remez, osignificado escondido, e Sod, o oculto, misterioso.
1) Ano 48-49 DC ± Rav. Sha'ul(Paulo) escreve o livro de Gálatas;2) Ano 50 DC ± Ocorre o Concílio de Jerusalém (Atos 15) e Rav.Sha'ul(Paulo) se declara cumpridor daTorah;3) Atos 15:1-2, mostra o real objetivo da carta de Gálatas, e o que estava acontecendo naépoca: "Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e p assaram a ensinar aos irmãos: "Se vocêsnão forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos'. Isto levouPaulo e Barnabé a uma grande contenda e discussão com eles. Assim, Paulo e Barnabé foramdesignados, juntamente com outros, para irem a Jerusalém tratar dessa questão com os apóstolos e ospresbíteros."A grande questão do texto de Atos 15 e do texto da Carta aos Gálatas NÃO era cumprir ou não a Torah,mas sim exigi-la para fins de salvação. É justamente a mensagem de Rav. Sha'ul (Paulo), pois doutra forma seria que um judeu herético seescrevesse qualquer coisa que contradisse tudo aquilo que YHWH falou no Sinai, mas sim a de que olegalismo rabínico era um jugo que desviava o foco da salvação pela fé e, conseqüentemen te, doMashiach.CORRIGINDO O GREGO Outra grande diferença é que as traduções romanizadas trazem o texto do versículo 24 no passado, veja : "Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé." (Gálatas3:24 - NVI) Equanto que claramente a expressão aramaica "namosa hakil t'araa haoyan" dentro desse contexto não épassado, isso mostra o real objetivo da Torah, isto é, conduzir -nos ao Messias - ou seja, Rav. Sha'ul(Paulo) não está dizendo que a Torah é obsoleta, mas o própr io Yeshua disse que a Torah não passaria,não deixaria de vigorar. A mensagem de Rav. Sha'ul (Paulo) é clara: Não se prenda ao legalismo rabínico, pois a Torah sim é o que leva ao Mashiach.Deste modo, a tradução mais fiel ao original para o trecho fica: "De modo que a Torah se torna nosso tutor, para nos conduzir ao Mashiach, a fim de que pela fé sejamosjustificados. Mas, quando vem a confiança, já não estamos sob a autoridade de tutores [rabínicos ]."(Galutyah 3:24-25 ± Teshuvá v2:5 - A partir da Peshitta) Ou, de uma maneira mais interpretativa, poderíamos traduzir: "De modo que a Torah nos leva a sermos justificados pela fé no Mashiach, e desta forma não maistentamos ser justificados através do legalismo farisaico". Recordando, é HaSatan, e não os escritos de Sha'ul quem desde o princípio se coloca em antagonismo àsLeis de YHWH.Aprofundando nos manuscritos, entramos agora na questão da primazia lingüística dosKetuvim Netsarim, ou seja o originalidade das escrituras. Em Romanos 7, Paulo diz que a Torah é justa. Porém, em Romanos 3:21, nas traduções portuguesas romanizadas , encontramos a seguintecontradição: "Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas" (Rm 3:21Almeida)
1) Ano 48-49 DC ± Rav. Sha'ul(Paulo) escreve o livro de Gálatas;2) Ano 50 DC ± Ocorre o Concílio de Jerusalém (Atos 15) e Rav.Sha'ul(Paulo) se declara cumpridor daTorah;3) Atos 15:1-2, mostra o real objetivo da carta de Gálatas, e o que estava acontecendo naépoca: "Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e p assaram a ensinar aos irmãos: "Se vocêsnão forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos'. Isto levouPaulo e Barnabé a uma grande contenda e discussão com eles. Assim, Paulo e Barnabé foramdesignados, juntamente com outros, para irem a Jerusalém tratar dessa questão com os apóstolos e ospresbíteros."A grande questão do texto de Atos 15 e do texto da Carta aos Gálatas NÃO era cumprir ou não a Torah,mas sim exigi-la para fins de salvação. É justamente a mensagem de Rav. Sha'ul (Paulo), pois doutra forma seria que um judeu herético seescrevesse qualquer coisa que contradisse tudo aquilo que YHWH falou no Sinai, mas sim a de que olegalismo rabínico era um jugo que desviava o foco da salvação pela fé e, conseqüentemen te, doMashiach.CORRIGINDO O GREGO Outra grande diferença é que as traduções romanizadas trazem o texto do versículo 24 no passado, veja : "Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé." (Gálatas3:24 - NVI) Equanto que claramente a expressão aramaica "namosa hakil t'araa haoyan" dentro desse contexto não épassado, isso mostra o real objetivo da Torah, isto é, conduzir -nos ao Messias - ou seja, Rav. Sha'ul(Paulo) não está dizendo que a Torah é obsoleta, mas o própr io Yeshua disse que a Torah não passaria,não deixaria de vigorar. A mensagem de Rav. Sha'ul (Paulo) é clara: Não se prenda ao legalismo rabínico, pois a Torah sim é o que leva ao Mashiach.Deste modo, a tradução mais fiel ao original para o trecho fica: "De modo que a Torah se torna nosso tutor, para nos conduzir ao Mashiach, a fim de que pela fé sejamosjustificados. Mas, quando vem a confiança, já não estamos sob a autoridade de tutores [rabínicos ]."(Galutyah 3:24-25 ± Teshuvá v2:5 - A partir da Peshitta) Ou, de uma maneira mais interpretativa, poderíamos traduzir: "De modo que a Torah nos leva a sermos justificados pela fé no Mashiach, e desta forma não maistentamos ser justificados através do legalismo farisaico". Recordando, é HaSatan, e não os escritos de Sha'ul quem desde o princípio se coloca em antagonismo àsLeis de YHWH.Aprofundando nos manuscritos, entramos agora na questão da primazia lingüística dosKetuvim Netsarim, ou seja o originalidade das escrituras. Em Romanos 7, Paulo diz que a Torah é justa. Porém, em Romanos 3:21, nas traduções portuguesas romanizadas , encontramos a seguintecontradição: "Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas" (Rm 3:21Almeida)
Sob a lei e Obras da lei
Por Chenoch Dvar Oz
INTRODUÇÃO
Quando muitos lêem os livros dos Ketuvim Netsarim(Escritos Nazarenos), comumente chamado “Novo Testamento”, principalmente as cartas do rav. Sha'ul(Apóstolo Paulo), o entendimento geral que passam a ter da Torah(Pentateuco), que significa Instruções acerca da Lei, é o pior possível, pois baseia-se na tradução e no entendimento incorreto de duas expressões gregas traduzidas para as versões portuguesas(JFA) das nossas bíblias.
CORRIGINDO AS VERSÕES PORTUGUESAS
A primeira das expressões gregas é upo nomos, que aparece 10 vezes em Romanos,
1Coríntios e Gálatas é em geral traduzida nas versões inglesas (baseadas na bíblia inglesa do
Rei Tiago V) e nas versões portuguesas de João Ferreira de Almeida, Bíblia de Genebra, etc, como “sob a lei”.
A outra expressão é erga nomou, encontrada, com pequenas variações, 10 vezes em Romanos e Gálatas e traduzida como “obras da lei”.
Está evidente que estas expressões tem o significado negativo, ou seja, estar “sob a lei” é mau, e as “obras da lei” são coisas más. Isto é aceito por todos.
Porém, começa a complicar quando tradutores e estudiosos, sejam clássicos, modernos ou contemporâneos, entendem e ensinam que a primeira expressão, upo nomon, significa “dentro da estrutura de observância da Torah” e a segunda,
erga nomou , “atos de obediência à Torah”.
Estes entendimentos e ensinos são advindos de uma tradução incompleta das expressões gregas e ainda de uma tendência anti-nomiana que se consolidou após os concílios papais e determinações dos pais eclesiásticos cristãos já em
início do 2º século.
Este modo de interpretação choca com outros textos e afirmações paulinas e dos demais apóstolos que nunca consideravam mau o viver de acordo com a estrutura da Torah, nem que era mau obedecer a ela.
Contrariamente, quando Sha'ul escreve em sua carta que a Torah é “santa, justa e boa” (Romanos 7:12), além de ter baseado esta afirmação no Tanach(Torah/Neviim/Ketuvim), comumente chamado “Velho Testamento”, confirma a veracidade e validade de todo o Tanach para o período que iniciou após a ressurreição do Messias/início da Congregação de crentes.
Considerando, inédito para a época, o artícife tradutor conseguiu, através da compreensão dos originais semíticos e criação das novas expressões para língua grega, o que realmente rav.Sha'ul estava falando em suas cartas.
Assim, podemos hoje, em vital diferenciação, entender os conceitos de “Lei(de Elohim)”, “Torah”, ”lei”, “obras da lei”, “debaixo da lei”, “legalismo”, “legalista”, etc" como distinção vital que irão agora harmonizar textos das epístolas do Rav.Sha'ul com os demais textos inspirados, em atenção aos textos do Tanach, sem mais aquela ginástica para impor crença anti- nominiana e até a proibição destes para aqueles que buscam a Torah como legalistas.
Diante disto, deveríamos estar sempre abertos a enfrentar a possibilidade de que as declarações paulinas, que a princípio parecem depreciar a Lei(Torah), voltavam-se na verdade, não contra a própria Lei(Torah), e sim contra aquela mácompreensão e mau uso da Lei, para
os quais dispomos agora de terminologia adequada e entendimento convicto.
Assim, o escritor grego buscou ao máximo conservar o entendimento e fé com que o Apostolo
Paulo estava transmitindo.
Assim, com este entendimento, deveríamos entender que erga nomou é “obras da lei”, ou seja “observância legalista de determinados mandamentos da Torah”. De igual modo, deveríamos entender que upo nomon, “sob a lei”, ou seja, “em sujeição ao sistema que resulta de perverter a Torah em legalismo”.
É assim que estas expressões são traduzidas no Jewish New Testament. David H. Stern, no
Manifesto Judeu Messiânico – Págs. 117-119.
A expressão “em sujeição” é importante porque o contexto de upo nomon que transmite sempre um elemento opressivo.
Sha’ul é bem claro a respeito, conforme se verifica em 1Coríntios 9:20 onde, para os que não tinham a Torah, ele se tornara como alguém sem a Torah, sublinhou que ele próprio que não era sem Torah e sim ennomos Christou, “na Lei”, ou “na Torah do Messias”.
Ele usou um termo diferente, ennomos em lugar de upo nomon, para distinguir seu relacionamento livre de opressão com seu relacionamento completo com a Torah, em contraste aos legalismos rabínicos na época.
Sha'ul veio a mostrar que estava unido ao Messias e compreendia o sentimento de opressão que notava nas pessoas (prosélitos provavelmente) que, em vez de se relacionarem alegremente com a Torah santa, justa e boa de Elohim, submetiam-se a uma perversão dos perushim(fariseus), com ordenanças humanas e legalistas sem o teor de Vida constante na Torah.
Assim, do modo como Gálatas, Romanos e as cartas aos Coríntios estão traduzidas hoje, sem o perfeito entendimento das expressões advindas do grego, fica evidenciado a grande dificuldade de compreensão a respeito da Torah. Passa a ser notório a contradição dentro do próprio texto de romanos 7, gálatas 2, etc.
Vejam como muda a compreensão de 1Co 9:20,21: [ aos judeus]
Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão no legalismo, como se estivesse eu no legalismo (embora debaixo deste não esteja), para ganhar os que estão debaixo do legalismo;
[aos não-judeus]
para os que estão sem a Torah, como se estivesse sem Torah(não estando sem Torah para com Elohim, mas apoiado pela ennomos Christou), para ganhar os que estão sem Torah.
Assim, o que diz em Rom 2:13: Pois não são justos diante de Elohim os que só ouvem a Torah;
mas serão justificados os que praticam a Torah.
Pergunto, finalizando esta explicação, se observássemos a descrição comum que fazem da “lei”, pergunto que lei é esta que ora tem uma conotação ruim, ora é boa, justa e agradável diante de Adonai?
Certamente Rav.Sha’ul fala de DUAS coisas em extremo diferentes: A Torah x legalismo.
Esta diferença está quase “apagada” nas traduções contemporâneas.
Esta era a pregação de Sha’ul(Paulo), que a Lei viria julgar os legalistas, que viviam sob uma aparência de Torah, mas não a cumpriam, eram ouvintes, mas não praticantes.
Vejam que não precisamos olhar o texto das cartas de rav. Sha’ul no original semítico, basta vermos o compêndio das traduções gregas chamado Textus Receptus.
Infelizmente, nossas traduções portuguesas e as traduções inglesas, têm esta tendência de desconsiderar a Torah, não devido as dificuldades de tradução, mas pela imposição de que o entendimento que queriam passar encaixaria nos moldes e credos sendo estabelecidos desde segundo e terceiro século.
Se houvesse distanciamento destes moldes e credos, bastando simplesmente observar o que o Textus Receptus diz, já compreenderíamos claramente o que Sha’ul queria dizer em suas cartas, os obstinados esforços dos teólogos e estudiosos hoje para tentar validar uma doutrina anti-nomiana não existiriam.
Se os tradutores portugueses/ingleses entendessem os conceitos de upo nomon e erga nomou usadas nas 20 passagens onde tais frases ocorrem, creio que isto modificaria para melhor o entendimento da Torah por muitos hoje.
Desde o início que vemos HaSatan inserindo e meias-verdades, desde o evento da árvore no no Jardim do Éden, até hoje, se possível para confundir os eleitos.
Assim, observe que tradução maligna que ocorreu do grego para o português de Romanos
10:6 :
"Ora Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas. Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.)" (Romanos 10:5-6)
Reparem na palavra "mas". Segundo o dicionário Houaiss, a conjunção "mas" é definida como: conjunção adversativa - com variações de sentido, introduz o segmento que denota basicamente uma oposição ou restrição ao que já foi dito;
Ou seja, a palavra "mas" é usada em sutil tentativa de forçar oposição entre "Torah" e "graça." Contudo, a palavra "mas" NÃO é encontrada!!!!!!!
Nem no Texto Recebido (grego) nem na Peshitta (aramaico)!
Foi uma inserção desde as primeiras traduções de João Ferreira de Almeida!
Vejam como fica a tradução mais fiel de acordo com o Textus Receptus de Romanos 10:5-6: "Porque Moisés escreve que o homem que pratica a justiça que vem da Lei(Torah) viverá por
ela, e é a justiça que vem pela fé. Assim [Moisés] diz: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu e trará do alto ao Mashiach?"
Vejam que basta uma palavra acrescentada, uma palavrinha inocente, um "mas", e dá-se margem a todo o sistema teológico, anti-Torah, anti-nomiana, uma teologia de desobediência, em fim, uma teologia anti-messias.
O Rav. Sha'ul (Paulo) não antagoniza "Torah" e "graça", mas sim complementa a questão do
viver a Torah, mostrando que o viver a Torah é pela fé.
O rav.Sha'ul ao escrever este trecho faz uma alusão a Devarim (Deuteronômio 30:11-14), veja que interessante: “Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires. “ (Devarim/Deuteronômio 30:11-14).
Ou seja, Rav. Sha'ul (Paulo) faz aqui um belíssimo Remez1. Ao citar, falando do Messias, um texto que fala da Torah, ele está nos mostrando que o Messias e a Torah são UM – não há como dividí-los.
As implicações disso são fantásticas, pois podem ser encontradas em ambos os lados da equação do Remez de Rav.
Sha'ul (Paulo): não há como viver a Torah sem a fé no Messias, e não há como viver a fé do
Messias sem viver a Torah.
Antes de finalizarmos a comparação do grego com as versões portuguesas, um dos trechos mais interessantes e mal compreendidos do Ketuvim Netsarim é o trecho de Gálatas 3:24-25:
"Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor." (Gálatas 3:24-25 – NVI)
Na versão portuguesa acerta em traduzir o trecho a partir do grego, temos a impressão pelo texto de que a Torah serviu apenas como um instrutor, e que não mais estamos "debaixo da Lei de Elohim".
Entretanto, se observássemos o contexto e outros manuscritos, preferencialmente, os manuscritos semíticos, veremos que o grego do trecho não consegue transmitir o teor exato das palavras de Sha'ul.
Com um pensamento hebreu, não encontramos problemas quanto ao grego, porém, quando a interpretação foge ao contexto judaico, passa a ser talvez um dos maiores e mais incorretas interpretações/traduções das palavras de rav. Sha'ul, o mais enfatizado por aqueles que insistem em viver em desobediência à Palavra de Elohim.
O problema é que no grego, temos a expressão "upo paidagogos", que literalmente poderia ser traduzida como "sob tutor". Contudo, no aramaico, que percebemos ser a língua mais próxima do original, senão a língua que o próprio Shaul utilizou, o que encontramos é a expressão plural "t'cheit t'araea", isto é, "sob tutores".
Ora, Rav. Sha'ul (Paulo) usa aqui uma típica estrutura poética rabínica, fazendo um jogo de palavras entre "O TUTOR" que conduz ao Mashiach, isto é, a Torah, e "os mestres/tutores", isto é, os rabinos.
Se comparássemos outros escritos, em especial o livro de Atos, e as traduções portuguesas de gálatas, identificaríamos grande contradição a respeito de Rav. Sha'ul, ou seja, o que ele é realmente ou a roupagem que em geral o Cristianismo o veste, senão observe alguns fatos:
1 Os Rabinos estabeleceram quatro categorias de interpretação da Torah chamadas PDRS ou PaRDeS
=paraíso. Pshat, o significado literal e simples do texto. Drash, o significado homilético, Remez,
o significado escondido, e Sod, o oculto, misterioso.
1) Ano 48-49 DC – Rav. Sha'ul(Paulo) escreve o livro de Gálatas;
2) Ano 50 DC – Ocorre o Concílio de Jerusalém (Atos 15) e Rav.Sha'ul(Paulo) se declara cumpridor da Torah;
3) Atos 15:1-2, mostra o real objetivo da carta de Gálatas, e o que estava acontecendo na
época: "Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos'. Isto levou Paulo e Barnabé a uma grande contenda e discussão com eles. Assim, Paulo e Barnabé foram designados, juntamente com outros, para irem a Jerusalém tratar dessa questão com os apóstolos e os presbíteros."
A grande questão do texto de Atos 15 e do texto da Carta aos Gálatas NÃO era cumprir ou não a Torah, mas sim exigi-la para fins de salvação.
É justamente a mensagem de Rav. Sha'ul (Paulo), pois doutra forma seria que um judeu herético se escrevesse qualquer coisa que contradisse tudo aquilo que YHWH falou no Sinai, mas sim a de que o legalismo rabínico era um jugo que desviava o foco da salvação pela fé e, conseqüentemente, do Mashiach.
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CORRIGINDO O GREGO
Outra grande diferença é que as traduções romanizadas trazem o texto do versículo 24 no passado, veja :
"Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé." (Gálatas
3:24 - NVI)
Vejamos o texto da peshitta(aramaico):
http://www.beitfilah.org/estudos/pdf/O%20Fator%20Septuaginta%20LXX.pdf
Enquanto que claramente a expressão aramaica "namosa hakil t'araa haoyan" dentro desse contexto não é passado, isso mostra o real objetivo da Torah, isto é, conduzir-nos ao Messias - ou seja, Rav. Sha'ul (Paulo) não está dizendo que a Torah é obsoleta, mas o próprio Yeshua disse que a Torah não passaria, não deixaria de vigorar. A mensagem de Rav.
Sha'ul (Paulo) é clara: Não se prenda ao legalismo rabínico, pois a Torah sim é o que leva ao Mashiach. Deste modo, a tradução mais fiel ao original para o trecho fica:
"De modo que a Torah se torna nosso tutor, para nos conduzir ao Mashiach, a fim de que pela fé sejamos justificados. Mas, quando vem a confiança, já não estamos sob a autoridade de tutores [rabínicos]." (Galutyah 3:24-25 - Teshuvá
v2:5 - A partir da Peshitta)
Ou, de uma maneira mais interpretativa, poderíamos traduzir:
"De modo que a Torah nos leva a sermos justificados pela fé no Mashiach, e desta forma não mais tentamos ser justificados através do legalismo farisaico".
Recordando, é HaSatan, e não os escritos de Sha'ul quem desde o princípio se coloca em antagonismo às Leis de YHWH.
Aprofundando nos manuscritos, entramos agora na questão da primazia lingüística dos
Ketuvim Netsarim, ou seja o originalidade das escrituras. Em Romanos 7, Paulo diz que a Torah
é justa. Porém, em Romanos 3:21, nas traduções portuguesas romanizadas , encontramos a seguinte contradição:
"Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas" (Rm 3:21 Almeida)
Verificando o aramaico para a expressão que é traduzida como "sem a lei", ainda vemos que a Lei é colocada em letra minúscula o que evidencia ainda mais o desprezo do tradutor, encontra-se a seguinte expressão:
alet-Lamed-Alef (1a. palavra)
-Mem-Vav-Samech-Alef (2a. palavra)
Essa expressão poderia ser lida de duas formas, uma vez que na época não existiam os sinais vocálicos:
d'loa namusa ("de não" lei) OU dalea namusa (a partir da lei)
d'loa namusa não tem sentido. "dalea namusa" sim faz sentido.
O tradutor grego confundiu e leu d'loa ao invés de dalea do texto aramaico. Estes e outras confusões enganos , tal qual a questão do "camelo na agulha" ao invés de "corda na agulha", evidenciam a primazia dos manuscritos semíticos e colocam no devido lugar a importância do texto grego, que deve ser agora entendido como uma tradução , não mais como um texto da língua original das escrituras dos Ketuvim Netsarim.
Assim, a leitura correta de Romanos 3:21 seria:
"Mas agora, a partir da Torah, tem-se manifestado a justiça de Elohim, que é atestada pela
Torah e pelos profetas;"
Como muda o entendimento e passa a concordar com os textos sagrados anteriores!!! É uma notória diferença da tradução comum que vemos.
CONCLUSÃO
Rav. Sha'ul(Apóstolo Paulo) não foi um judeu que se converteu a uma nova religião, que surgiu contradizendo as revelações anteriores dadas por Elohim, que disse que estamos livres de algo que nem o Filho de Elohim ousou dizer, contradizendo Próprias Palavras, muito menos Sha'ul usou de "artifícios" para tapear os judeus.
Infelizmente, é deste modo Sha'ul é visto, seja intencionalmente ou não.
Rav. Sha'ul(Paulo) foi sim um rabino, formado segundo a escola de Gamaliel (neto de Hillel), que nunca negou o chamado de Israel, nem a Torah, que foi apenas contra o legalismo, ou seja, contra a deturpação da Torah.
Este Paulo sim, é o Paulo não contradiz nenhuma escritura anterior.
BIBLIOGRAFIA
1) "O Livro de Gálatas: Contra a Torah?" - Sha'ul ben Tsion
2) "Como estudar a Torah" - Edward L. Nydle (Traduzido por: Shlomo Ben Avraham)
3) "Manifesto Judaico Messiânico" - D.Stern
Por Chenoch Dvar Oz
INTRODUÇÃO
Quando muitos lêem os livros dos Ketuvim Netsarim(Escritos Nazarenos), comumente chamado “Novo Testamento”, principalmente as cartas do rav. Sha'ul(Apóstolo Paulo), o entendimento geral que passam a ter da Torah(Pentateuco), que significa Instruções acerca da Lei, é o pior possível, pois baseia-se na tradução e no entendimento incorreto de duas expressões gregas traduzidas para as versões portuguesas(JFA) das nossas bíblias.
CORRIGINDO AS VERSÕES PORTUGUESAS
A primeira das expressões gregas é upo nomos, que aparece 10 vezes em Romanos,
1Coríntios e Gálatas é em geral traduzida nas versões inglesas (baseadas na bíblia inglesa do
Rei Tiago V) e nas versões portuguesas de João Ferreira de Almeida, Bíblia de Genebra, etc, como “sob a lei”.
A outra expressão é erga nomou, encontrada, com pequenas variações, 10 vezes em Romanos e Gálatas e traduzida como “obras da lei”.
Está evidente que estas expressões tem o significado negativo, ou seja, estar “sob a lei” é mau, e as “obras da lei” são coisas más. Isto é aceito por todos.
Porém, começa a complicar quando tradutores e estudiosos, sejam clássicos, modernos ou contemporâneos, entendem e ensinam que a primeira expressão, upo nomon, significa “dentro da estrutura de observância da Torah” e a segunda,
erga nomou , “atos de obediência à Torah”.
Estes entendimentos e ensinos são advindos de uma tradução incompleta das expressões gregas e ainda de uma tendência anti-nomiana que se consolidou após os concílios papais e determinações dos pais eclesiásticos cristãos já em
início do 2º século.
Este modo de interpretação choca com outros textos e afirmações paulinas e dos demais apóstolos que nunca consideravam mau o viver de acordo com a estrutura da Torah, nem que era mau obedecer a ela.
Contrariamente, quando Sha'ul escreve em sua carta que a Torah é “santa, justa e boa” (Romanos 7:12), além de ter baseado esta afirmação no Tanach(Torah/Neviim/Ketuvim), comumente chamado “Velho Testamento”, confirma a veracidade e validade de todo o Tanach para o período que iniciou após a ressurreição do Messias/início da Congregação de crentes.
Considerando, inédito para a época, o artícife tradutor conseguiu, através da compreensão dos originais semíticos e criação das novas expressões para língua grega, o que realmente rav.Sha'ul estava falando em suas cartas.
Assim, podemos hoje, em vital diferenciação, entender os conceitos de “Lei(de Elohim)”, “Torah”, ”lei”, “obras da lei”, “debaixo da lei”, “legalismo”, “legalista”, etc" como distinção vital que irão agora harmonizar textos das epístolas do Rav.Sha'ul com os demais textos inspirados, em atenção aos textos do Tanach, sem mais aquela ginástica para impor crença anti- nominiana e até a proibição destes para aqueles que buscam a Torah como legalistas.
Diante disto, deveríamos estar sempre abertos a enfrentar a possibilidade de que as declarações paulinas, que a princípio parecem depreciar a Lei(Torah), voltavam-se na verdade, não contra a própria Lei(Torah), e sim contra aquela mácompreensão e mau uso da Lei, para
os quais dispomos agora de terminologia adequada e entendimento convicto.
Assim, o escritor grego buscou ao máximo conservar o entendimento e fé com que o Apostolo
Paulo estava transmitindo.
Assim, com este entendimento, deveríamos entender que erga nomou é “obras da lei”, ou seja “observância legalista de determinados mandamentos da Torah”. De igual modo, deveríamos entender que upo nomon, “sob a lei”, ou seja, “em sujeição ao sistema que resulta de perverter a Torah em legalismo”.
É assim que estas expressões são traduzidas no Jewish New Testament. David H. Stern, no
Manifesto Judeu Messiânico – Págs. 117-119.
A expressão “em sujeição” é importante porque o contexto de upo nomon que transmite sempre um elemento opressivo.
Sha’ul é bem claro a respeito, conforme se verifica em 1Coríntios 9:20 onde, para os que não tinham a Torah, ele se tornara como alguém sem a Torah, sublinhou que ele próprio que não era sem Torah e sim ennomos Christou, “na Lei”, ou “na Torah do Messias”.
Ele usou um termo diferente, ennomos em lugar de upo nomon, para distinguir seu relacionamento livre de opressão com seu relacionamento completo com a Torah, em contraste aos legalismos rabínicos na época.
Sha'ul veio a mostrar que estava unido ao Messias e compreendia o sentimento de opressão que notava nas pessoas (prosélitos provavelmente) que, em vez de se relacionarem alegremente com a Torah santa, justa e boa de Elohim, submetiam-se a uma perversão dos perushim(fariseus), com ordenanças humanas e legalistas sem o teor de Vida constante na Torah.
Assim, do modo como Gálatas, Romanos e as cartas aos Coríntios estão traduzidas hoje, sem o perfeito entendimento das expressões advindas do grego, fica evidenciado a grande dificuldade de compreensão a respeito da Torah. Passa a ser notório a contradição dentro do próprio texto de romanos 7, gálatas 2, etc.
Vejam como muda a compreensão de 1Co 9:20,21: [ aos judeus]
Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão no legalismo, como se estivesse eu no legalismo (embora debaixo deste não esteja), para ganhar os que estão debaixo do legalismo;
[aos não-judeus]
para os que estão sem a Torah, como se estivesse sem Torah(não estando sem Torah para com Elohim, mas apoiado pela ennomos Christou), para ganhar os que estão sem Torah.
Assim, o que diz em Rom 2:13: Pois não são justos diante de Elohim os que só ouvem a Torah;
mas serão justificados os que praticam a Torah.
Pergunto, finalizando esta explicação, se observássemos a descrição comum que fazem da “lei”, pergunto que lei é esta que ora tem uma conotação ruim, ora é boa, justa e agradável diante de Adonai?
Certamente Rav.Sha’ul fala de DUAS coisas em extremo diferentes: A Torah x legalismo.
Esta diferença está quase “apagada” nas traduções contemporâneas.
Esta era a pregação de Sha’ul(Paulo), que a Lei viria julgar os legalistas, que viviam sob uma aparência de Torah, mas não a cumpriam, eram ouvintes, mas não praticantes.
Vejam que não precisamos olhar o texto das cartas de rav. Sha’ul no original semítico, basta vermos o compêndio das traduções gregas chamado Textus Receptus.
Infelizmente, nossas traduções portuguesas e as traduções inglesas, têm esta tendência de desconsiderar a Torah, não devido as dificuldades de tradução, mas pela imposição de que o entendimento que queriam passar encaixaria nos moldes e credos sendo estabelecidos desde segundo e terceiro século.
Se houvesse distanciamento destes moldes e credos, bastando simplesmente observar o que o Textus Receptus diz, já compreenderíamos claramente o que Sha’ul queria dizer em suas cartas, os obstinados esforços dos teólogos e estudiosos hoje para tentar validar uma doutrina anti-nomiana não existiriam.
Se os tradutores portugueses/ingleses entendessem os conceitos de upo nomon e erga nomou usadas nas 20 passagens onde tais frases ocorrem, creio que isto modificaria para melhor o entendimento da Torah por muitos hoje.
Desde o início que vemos HaSatan inserindo e meias-verdades, desde o evento da árvore no no Jardim do Éden, até hoje, se possível para confundir os eleitos.
Assim, observe que tradução maligna que ocorreu do grego para o português de Romanos
10:6 :
"Ora Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas. Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.)" (Romanos 10:5-6)
Reparem na palavra "mas". Segundo o dicionário Houaiss, a conjunção "mas" é definida como: conjunção adversativa - com variações de sentido, introduz o segmento que denota basicamente uma oposição ou restrição ao que já foi dito;
Ou seja, a palavra "mas" é usada em sutil tentativa de forçar oposição entre "Torah" e "graça." Contudo, a palavra "mas" NÃO é encontrada!!!!!!!
Nem no Texto Recebido (grego) nem na Peshitta (aramaico)!
Foi uma inserção desde as primeiras traduções de João Ferreira de Almeida!
Vejam como fica a tradução mais fiel de acordo com o Textus Receptus de Romanos 10:5-6: "Porque Moisés escreve que o homem que pratica a justiça que vem da Lei(Torah) viverá por
ela, e é a justiça que vem pela fé. Assim [Moisés] diz: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu e trará do alto ao Mashiach?"
Vejam que basta uma palavra acrescentada, uma palavrinha inocente, um "mas", e dá-se margem a todo o sistema teológico, anti-Torah, anti-nomiana, uma teologia de desobediência, em fim, uma teologia anti-messias.
O Rav. Sha'ul (Paulo) não antagoniza "Torah" e "graça", mas sim complementa a questão do
viver a Torah, mostrando que o viver a Torah é pela fé.
O rav.Sha'ul ao escrever este trecho faz uma alusão a Devarim (Deuteronômio 30:11-14), veja que interessante: “Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires. “ (Devarim/Deuteronômio 30:11-14).
Ou seja, Rav. Sha'ul (Paulo) faz aqui um belíssimo Remez1. Ao citar, falando do Messias, um texto que fala da Torah, ele está nos mostrando que o Messias e a Torah são UM – não há como dividí-los.
As implicações disso são fantásticas, pois podem ser encontradas em ambos os lados da equação do Remez de Rav.
Sha'ul (Paulo): não há como viver a Torah sem a fé no Messias, e não há como viver a fé do
Messias sem viver a Torah.
Antes de finalizarmos a comparação do grego com as versões portuguesas, um dos trechos mais interessantes e mal compreendidos do Ketuvim Netsarim é o trecho de Gálatas 3:24-25:
"Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor." (Gálatas 3:24-25 – NVI)
Na versão portuguesa acerta em traduzir o trecho a partir do grego, temos a impressão pelo texto de que a Torah serviu apenas como um instrutor, e que não mais estamos "debaixo da Lei de Elohim".
Entretanto, se observássemos o contexto e outros manuscritos, preferencialmente, os manuscritos semíticos, veremos que o grego do trecho não consegue transmitir o teor exato das palavras de Sha'ul.
Com um pensamento hebreu, não encontramos problemas quanto ao grego, porém, quando a interpretação foge ao contexto judaico, passa a ser talvez um dos maiores e mais incorretas interpretações/traduções das palavras de rav. Sha'ul, o mais enfatizado por aqueles que insistem em viver em desobediência à Palavra de Elohim.
O problema é que no grego, temos a expressão "upo paidagogos", que literalmente poderia ser traduzida como "sob tutor". Contudo, no aramaico, que percebemos ser a língua mais próxima do original, senão a língua que o próprio Shaul utilizou, o que encontramos é a expressão plural "t'cheit t'araea", isto é, "sob tutores".
Ora, Rav. Sha'ul (Paulo) usa aqui uma típica estrutura poética rabínica, fazendo um jogo de palavras entre "O TUTOR" que conduz ao Mashiach, isto é, a Torah, e "os mestres/tutores", isto é, os rabinos.
Se comparássemos outros escritos, em especial o livro de Atos, e as traduções portuguesas de gálatas, identificaríamos grande contradição a respeito de Rav. Sha'ul, ou seja, o que ele é realmente ou a roupagem que em geral o Cristianismo o veste, senão observe alguns fatos:
1 Os Rabinos estabeleceram quatro categorias de interpretação da Torah chamadas PDRS ou PaRDeS
=paraíso. Pshat, o significado literal e simples do texto. Drash, o significado homilético, Remez,
o significado escondido, e Sod, o oculto, misterioso.
1) Ano 48-49 DC – Rav. Sha'ul(Paulo) escreve o livro de Gálatas;
2) Ano 50 DC – Ocorre o Concílio de Jerusalém (Atos 15) e Rav.Sha'ul(Paulo) se declara cumpridor da Torah;
3) Atos 15:1-2, mostra o real objetivo da carta de Gálatas, e o que estava acontecendo na
época: "Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos'. Isto levou Paulo e Barnabé a uma grande contenda e discussão com eles. Assim, Paulo e Barnabé foram designados, juntamente com outros, para irem a Jerusalém tratar dessa questão com os apóstolos e os presbíteros."
A grande questão do texto de Atos 15 e do texto da Carta aos Gálatas NÃO era cumprir ou não a Torah, mas sim exigi-la para fins de salvação.
É justamente a mensagem de Rav. Sha'ul (Paulo), pois doutra forma seria que um judeu herético se escrevesse qualquer coisa que contradisse tudo aquilo que YHWH falou no Sinai, mas sim a de que o legalismo rabínico era um jugo que desviava o foco da salvação pela fé e, conseqüentemente, do Mashiach.
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CORRIGINDO O GREGO
Outra grande diferença é que as traduções romanizadas trazem o texto do versículo 24 no passado, veja :
"Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé." (Gálatas
3:24 - NVI)
Vejamos o texto da peshitta(aramaico):
http://www.beitfilah.org/estudos/pdf/O%20Fator%20Septuaginta%20LXX.pdf
Enquanto que claramente a expressão aramaica "namosa hakil t'araa haoyan" dentro desse contexto não é passado, isso mostra o real objetivo da Torah, isto é, conduzir-nos ao Messias - ou seja, Rav. Sha'ul (Paulo) não está dizendo que a Torah é obsoleta, mas o próprio Yeshua disse que a Torah não passaria, não deixaria de vigorar. A mensagem de Rav.
Sha'ul (Paulo) é clara: Não se prenda ao legalismo rabínico, pois a Torah sim é o que leva ao Mashiach. Deste modo, a tradução mais fiel ao original para o trecho fica:
"De modo que a Torah se torna nosso tutor, para nos conduzir ao Mashiach, a fim de que pela fé sejamos justificados. Mas, quando vem a confiança, já não estamos sob a autoridade de tutores [rabínicos]." (Galutyah 3:24-25 - Teshuvá
v2:5 - A partir da Peshitta)
Ou, de uma maneira mais interpretativa, poderíamos traduzir:
"De modo que a Torah nos leva a sermos justificados pela fé no Mashiach, e desta forma não mais tentamos ser justificados através do legalismo farisaico".
Recordando, é HaSatan, e não os escritos de Sha'ul quem desde o princípio se coloca em antagonismo às Leis de YHWH.
Aprofundando nos manuscritos, entramos agora na questão da primazia lingüística dos
Ketuvim Netsarim, ou seja o originalidade das escrituras. Em Romanos 7, Paulo diz que a Torah
é justa. Porém, em Romanos 3:21, nas traduções portuguesas romanizadas , encontramos a seguinte contradição:
"Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas" (Rm 3:21 Almeida)
Verificando o aramaico para a expressão que é traduzida como "sem a lei", ainda vemos que a Lei é colocada em letra minúscula o que evidencia ainda mais o desprezo do tradutor, encontra-se a seguinte expressão:
alet-Lamed-Alef (1a. palavra)
-Mem-Vav-Samech-Alef (2a. palavra)
Essa expressão poderia ser lida de duas formas, uma vez que na época não existiam os sinais vocálicos:
d'loa namusa ("de não" lei) OU dalea namusa (a partir da lei)
d'loa namusa não tem sentido. "dalea namusa" sim faz sentido.
O tradutor grego confundiu e leu d'loa ao invés de dalea do texto aramaico. Estes e outras confusões enganos , tal qual a questão do "camelo na agulha" ao invés de "corda na agulha", evidenciam a primazia dos manuscritos semíticos e colocam no devido lugar a importância do texto grego, que deve ser agora entendido como uma tradução , não mais como um texto da língua original das escrituras dos Ketuvim Netsarim.
Assim, a leitura correta de Romanos 3:21 seria:
"Mas agora, a partir da Torah, tem-se manifestado a justiça de Elohim, que é atestada pela
Torah e pelos profetas;"
Como muda o entendimento e passa a concordar com os textos sagrados anteriores!!! É uma notória diferença da tradução comum que vemos.
CONCLUSÃO
Rav. Sha'ul(Apóstolo Paulo) não foi um judeu que se converteu a uma nova religião, que surgiu contradizendo as revelações anteriores dadas por Elohim, que disse que estamos livres de algo que nem o Filho de Elohim ousou dizer, contradizendo Próprias Palavras, muito menos Sha'ul usou de "artifícios" para tapear os judeus.
Infelizmente, é deste modo Sha'ul é visto, seja intencionalmente ou não.
Rav. Sha'ul(Paulo) foi sim um rabino, formado segundo a escola de Gamaliel (neto de Hillel), que nunca negou o chamado de Israel, nem a Torah, que foi apenas contra o legalismo, ou seja, contra a deturpação da Torah.
Este Paulo sim, é o Paulo não contradiz nenhuma escritura anterior.
BIBLIOGRAFIA
1) "O Livro de Gálatas: Contra a Torah?" - Sha'ul ben Tsion
2) "Como estudar a Torah" - Edward L. Nydle (Traduzido por: Shlomo Ben Avraham)
3) "Manifesto Judaico Messiânico" - D.Stern
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