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Chocante: exigir morte antes de doação de órgãos é desnecessário, diz especialista
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16112011
Chocante: exigir morte antes de doação de órgãos é desnecessário, diz especialista
Kathleen Gilbert
TORONTO, Canadá, 1 de novembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Pelo fato de que os doadores de órgãos muitas vezes estão vivos quando seus órgãos são tirados, a classe médica não deveria exigir que os doadores sejam declarados mortos, mas em vez disso deveria adotar critérios morais mais “honestos” que permitam a remoção de órgãos de pacientes que estão “morrendo” ou que estão “gravemente feridos”, com consentimento apropriado, argumentaram três importantes especialistas.
Essa abordagem, dizem eles, evitaria a afirmação “pseudo-objetiva” de que um doador está “realmente morto”, o que é muitas vezes baseado em definições puramente ideológicas de morte designadas a expandir as reservas de doadores de órgãos, e permitiria que os removedores de órgãos fossem mais honestos com o público, bem como garantiria que os doadores não sentissem dor durante o processo de remoção dos órgãos.
Esses comentários horripilantes foram feitos pelo Dr. Neil Lazar, diretor da unidade de terapia intensiva médico-cirúrgica do Hospital Geral de Toronto, pelo Dr. Maxwell J. Smith da Universidade de Toronto e por David Rodriguez-Arias da Universidade del Pais Vasco na Espanha, numa conferência de bioética nos EUA em outubro e publicada num recente documento da Revista Americana de Bioética.
Os autores declaram francamente que sob os costumes atuais, os doadores podem estar tecnicamente ainda vivos quando os órgãos são removidos — uma condição necessária para se produzir órgãos saudáveis e vivos. Por causa disso, eles dizem que o protocolo que exige a morte do doador é “perigosamente enganador”, e poderia ignorar o bem-estar do doador que pode ainda estar em condições de sofrer durante o procedimento de remoção.
“Pelo fato de que há uma suposição geral de que não dá para se machucar indivíduos mortos, a veneração da norma do doador morto é perigosamente enganadora”, escrevem eles. “No final das contas, o que é importante para a proteção e respeito dos potenciais doadores não é ter uma certidão de óbito assinada, mas em vez disso ter certeza de que eles não podem sofrer e garantir que a autonomia deles seja respeitada”.
Em vez da tão chamada Norma do Doador Morto (NDM), os autores propõem que os doadores sejam “protegidos de sofrer dores” (isto é, que eles recebam anestesia de modo que não sintam dor durante o processo de doação), que o consentimento informado deva ser obtido e que a sociedade seja “plenamente informada da natureza inerentemente contestável de qualquer critério de declaração de morte”.
Os médicos observam que o desenvolvimento dos critérios para a tão chamada “morte cerebral”, que é muitas vezes usada pelos médicos para declarar morte antes de uma doação de órgãos, foi uma “estratégia ideológica” com a finalidade de aumentar as reservas de doadores que se constatou tinha “falhas empíricas e teóricas”. Eles também criticam a mais recente tentativa de se criar definições novas e ainda mais vagas da morte, tal como morte circulatória, que eles argumentam equivale a simplesmente “fingir” que o paciente está morto a fim de se obter seus órgãos.
A legitimidade da “morte cerebral”, “morte cardíaca” e até mesmo “morte circulatória” — que pode ser declarada apenas 75 segundos depois da parada circulatória — como real morte tem sido um debate permanente nos comentários do público sobre a doação de órgãos. Muitos especialistas afirmam que os médicos que conhecem a doação de órgãos estão cientes de que os termos, cuja intenção é delinear um ponto inicial de provável morte, são diferentes da real morte do corpo, tornando altamente incerta a condição moral da doação de órgãos.
Enquanto isso, inúmeros casos estão surgindo de despertamentos “miraculosos” após uma morte cerebral, fornecendo o peso para os argumentos de médicos e outros que dizem que o processo de obter órgãos viáveis não só não consegue garantir que um paciente tenha morrido com certeza, mas é impossível, a menos que um corpo esteja ainda tecnicamente vivo.
O Dr. Paul Byrne, neonatologista de muita experiência, professor clínico de pediatria na Universidade de Toledo e presidente da Fundação Guardiã da Vida, disse que não está surpreso com essas recentes declarações, que ele disse meramente refletem um segredo que todo mundo da área de doação de órgãos já sabe há muito tempo.
“Todos os participantes de transplantes de órgãos sabem que os doadores não estão realmente mortos”, Byrne disse para LifeSiteNews.com numa entrevista por telefone na terça-feira.
“Como é que dá para se conseguir órgãos saudáveis de um cadáver? Não dá”.
Byrne afirmou que dar medicação contra dor para doadores de órgãos é rotina. Os médicos que removem órgãos de doadores cerebralmente mortos “têm de paralisá-los de modo que eles não se mexam quando os médicos estão cortando aberturas dentro de seus corpos para remover órgãos, e quando eles os paralisam sem anestesia, o batimento cardíaco se acelera e a pressão sanguínea sobe”, observou ele. “Isso não é algo que acontece com alguém que está realmente morto”.
O neonatologista disse que pessoalmente tem estudado a teoria da “morte cerebral” desde 1975, sete anos depois do primeiro transplante de órgão vital em 1968, e descobriu que os critérios de morte estão sendo continuamente mudados para atender à demanda de órgãos frescos. A ideia de uma “norma de doador morto” só surgiu na década de 1980, disse ele, e só entrou na linguagem coloquial anos mais tarde.
“Não existe realmente nenhuma norma de doador de órgão, embora estejam tentando fazer parecer que há”, disse Byrne.
Byrne liderou uma conferência do Vaticano sobre critérios de “morte cerebral” em 2008 em que um grande grupo de especialistas internacionais, muitos dos quais são líderes mundiais em suas áreas, testificaram que é ilegítimo usar a “morte cerebral” como um critério aceito para se remover órgãos.
Os comentários dos especialistas canadenses e espanhol estão sendo criticados pela classe de doadores de órgãos, onde alguns de seus membros estão expressando preocupação com o fato de que essas declarações poderiam levar as pessoas optar por não doar seus órgãos.
“Na vasta maioria dos casos, o conceito de morte é fácil, óbvio e não realmente sujeito a nenhuma interpretação complexa. É muito claro”, o Dr. Andrew Baker, diretor medico da Rede Dom da Vida Trillium, a qual supervisiona o sistema de transplante de órgãos de Ontário, disse para o jornal National Post. “Eles estão mortos, dá para você ver isso, não há volta para nada”.
James DuBois, professor de ética de saúde da Universidade de Saint Louis, também criticou os comentários, dizendo que a eliminação da Norma do Doador Morto poderia “ter consequências negativas: uma diminuição no índice de doações de órgãos, transtorno dos membros da família do doador e criação de estresse entre funcionários médicos”.
Chocante: exigir morte antes de doação de órgãos é desnecessário, diz especialista
TORONTO, Canadá, 1 de novembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Pelo fato de que os doadores de órgãos muitas vezes estão vivos quando seus órgãos são tirados, a classe médica não deveria exigir que os doadores sejam declarados mortos, mas em vez disso deveria adotar critérios morais mais “honestos” que permitam a remoção de órgãos de pacientes que estão “morrendo” ou que estão “gravemente feridos”, com consentimento apropriado, argumentaram três importantes especialistas.
Essa abordagem, dizem eles, evitaria a afirmação “pseudo-objetiva” de que um doador está “realmente morto”, o que é muitas vezes baseado em definições puramente ideológicas de morte designadas a expandir as reservas de doadores de órgãos, e permitiria que os removedores de órgãos fossem mais honestos com o público, bem como garantiria que os doadores não sentissem dor durante o processo de remoção dos órgãos.
Esses comentários horripilantes foram feitos pelo Dr. Neil Lazar, diretor da unidade de terapia intensiva médico-cirúrgica do Hospital Geral de Toronto, pelo Dr. Maxwell J. Smith da Universidade de Toronto e por David Rodriguez-Arias da Universidade del Pais Vasco na Espanha, numa conferência de bioética nos EUA em outubro e publicada num recente documento da Revista Americana de Bioética.
Os autores declaram francamente que sob os costumes atuais, os doadores podem estar tecnicamente ainda vivos quando os órgãos são removidos — uma condição necessária para se produzir órgãos saudáveis e vivos. Por causa disso, eles dizem que o protocolo que exige a morte do doador é “perigosamente enganador”, e poderia ignorar o bem-estar do doador que pode ainda estar em condições de sofrer durante o procedimento de remoção.
“Pelo fato de que há uma suposição geral de que não dá para se machucar indivíduos mortos, a veneração da norma do doador morto é perigosamente enganadora”, escrevem eles. “No final das contas, o que é importante para a proteção e respeito dos potenciais doadores não é ter uma certidão de óbito assinada, mas em vez disso ter certeza de que eles não podem sofrer e garantir que a autonomia deles seja respeitada”.
Em vez da tão chamada Norma do Doador Morto (NDM), os autores propõem que os doadores sejam “protegidos de sofrer dores” (isto é, que eles recebam anestesia de modo que não sintam dor durante o processo de doação), que o consentimento informado deva ser obtido e que a sociedade seja “plenamente informada da natureza inerentemente contestável de qualquer critério de declaração de morte”.
Os médicos observam que o desenvolvimento dos critérios para a tão chamada “morte cerebral”, que é muitas vezes usada pelos médicos para declarar morte antes de uma doação de órgãos, foi uma “estratégia ideológica” com a finalidade de aumentar as reservas de doadores que se constatou tinha “falhas empíricas e teóricas”. Eles também criticam a mais recente tentativa de se criar definições novas e ainda mais vagas da morte, tal como morte circulatória, que eles argumentam equivale a simplesmente “fingir” que o paciente está morto a fim de se obter seus órgãos.
A legitimidade da “morte cerebral”, “morte cardíaca” e até mesmo “morte circulatória” — que pode ser declarada apenas 75 segundos depois da parada circulatória — como real morte tem sido um debate permanente nos comentários do público sobre a doação de órgãos. Muitos especialistas afirmam que os médicos que conhecem a doação de órgãos estão cientes de que os termos, cuja intenção é delinear um ponto inicial de provável morte, são diferentes da real morte do corpo, tornando altamente incerta a condição moral da doação de órgãos.
Enquanto isso, inúmeros casos estão surgindo de despertamentos “miraculosos” após uma morte cerebral, fornecendo o peso para os argumentos de médicos e outros que dizem que o processo de obter órgãos viáveis não só não consegue garantir que um paciente tenha morrido com certeza, mas é impossível, a menos que um corpo esteja ainda tecnicamente vivo.
O Dr. Paul Byrne, neonatologista de muita experiência, professor clínico de pediatria na Universidade de Toledo e presidente da Fundação Guardiã da Vida, disse que não está surpreso com essas recentes declarações, que ele disse meramente refletem um segredo que todo mundo da área de doação de órgãos já sabe há muito tempo.
“Todos os participantes de transplantes de órgãos sabem que os doadores não estão realmente mortos”, Byrne disse para LifeSiteNews.com numa entrevista por telefone na terça-feira.
“Como é que dá para se conseguir órgãos saudáveis de um cadáver? Não dá”.
Byrne afirmou que dar medicação contra dor para doadores de órgãos é rotina. Os médicos que removem órgãos de doadores cerebralmente mortos “têm de paralisá-los de modo que eles não se mexam quando os médicos estão cortando aberturas dentro de seus corpos para remover órgãos, e quando eles os paralisam sem anestesia, o batimento cardíaco se acelera e a pressão sanguínea sobe”, observou ele. “Isso não é algo que acontece com alguém que está realmente morto”.
O neonatologista disse que pessoalmente tem estudado a teoria da “morte cerebral” desde 1975, sete anos depois do primeiro transplante de órgão vital em 1968, e descobriu que os critérios de morte estão sendo continuamente mudados para atender à demanda de órgãos frescos. A ideia de uma “norma de doador morto” só surgiu na década de 1980, disse ele, e só entrou na linguagem coloquial anos mais tarde.
“Não existe realmente nenhuma norma de doador de órgão, embora estejam tentando fazer parecer que há”, disse Byrne.
Byrne liderou uma conferência do Vaticano sobre critérios de “morte cerebral” em 2008 em que um grande grupo de especialistas internacionais, muitos dos quais são líderes mundiais em suas áreas, testificaram que é ilegítimo usar a “morte cerebral” como um critério aceito para se remover órgãos.
Os comentários dos especialistas canadenses e espanhol estão sendo criticados pela classe de doadores de órgãos, onde alguns de seus membros estão expressando preocupação com o fato de que essas declarações poderiam levar as pessoas optar por não doar seus órgãos.
“Na vasta maioria dos casos, o conceito de morte é fácil, óbvio e não realmente sujeito a nenhuma interpretação complexa. É muito claro”, o Dr. Andrew Baker, diretor medico da Rede Dom da Vida Trillium, a qual supervisiona o sistema de transplante de órgãos de Ontário, disse para o jornal National Post. “Eles estão mortos, dá para você ver isso, não há volta para nada”.
James DuBois, professor de ética de saúde da Universidade de Saint Louis, também criticou os comentários, dizendo que a eliminação da Norma do Doador Morto poderia “ter consequências negativas: uma diminuição no índice de doações de órgãos, transtorno dos membros da família do doador e criação de estresse entre funcionários médicos”.
Chocante: exigir morte antes de doação de órgãos é desnecessário, diz especialista
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Inscrição : 08/05/2010
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