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O evangelho e a igreja
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13012012
O evangelho e a igreja
VERSO PARA MEMORIZAR: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6:10).
Leituras da semana: Gl 6:1-10; Mt 18:15-17; 1Co 10:12; Rm 15:1; Jo 13:34; Lc 22:3
Alguns produtores de batata decidiram guardar as maiores batatas para si mesmos e plantar as menores batatas, como sementes. Depois de algumas colheitas insatisfatórias, eles descobriram que a natureza havia reduzido suas colheitas de batata ao tamanho de bolas de gude. Com esse desastre, os agricultores aprenderam uma importante lei da vida.
“Eles não poderiam reter para si mesmos as melhores coisas da vida e utilizar as sobras para semente. A lei da vida decretou que a colheita seria o reflexo do plantio.
“Em outro sentido, plantar batatas pequenas ainda é uma prática comum. Tomamos as grandes coisas da vida para nós mesmos e plantamos as sobras. Esperamos que, por alguma estranha reviravolta das leis espirituais, nosso egoísmo seja recompensado com altruísmo” (International Student Fellowship Newsletter [Boletim da Sociedade Internacional de Estudantes], março de 2007).
Paulo aplicou esse princípio em Gálatas 6:1-10. Em lugar de membros que “se mordem e se devoram uns aos outros” (Gl 5:15, NVI), a igreja deve ser um lugar em que o Espírito nos leve a colocar os outros antes de nós mesmos. Entender que somos salvos pela graça deve nos tornar humildes, mais pacientes e compassivos em nossa maneira de tratar os outros.
Restaurando os caídos
Embora Paulo tivesse elevadas expectativas para a natureza da vida cristã (Gl 5:16), seu conselho aos cristãos em Gálatas 6:1 também apresenta a realidade de forma restauradora. Os seres humanos não são perfeitos, e nem mesmo os cristãos mais dedicados são imunes a erros. Em grego, as palavras de Paulo em Gálatas 5:16 indicam que ele estava imaginando uma situação ideal que possivelmente aconteceria na igreja, em algum momento. Mas Paulo deu aos gálatas a orientação prática sobre a maneira de lidar com situações difíceis quando elas surgissem.
1. Como os cristãos devem reagir se um irmão cair em algum comportamento pecaminoso? Gl 6:1; Mt 18:15-17
Para sermos beneficiados pelo conselho de Paulo em Gálatas 6:1, precisamos entender exatamente o tipo de situação que Paulo tinha em mente. A questão girava em torno de duas palavras usadas na primeira metade da frase. A primeira palavra é apanhado (NTLH) ou surpreendido (NVI). Significa literalmente “ser descoberto, surpreendido ou pego de surpresa”. O contexto e diferentes nuances associados com essa palavra sugere que Paulo tinha dois aspectos em mente. Não se referia apenas a um cristão que “apanha” um irmão em algum ato de pecado, mas também ao processo pelo qual uma pessoa é “surpreendida” por um comportamento (Pv 5:22) que, na melhor das circunstâncias, ela preferiria evitar.
A probabilidade de que a transgressão que Paulo mencionou não fosse deliberada é evidente pela linguagem que ele usou. A palavra traduzida por “falta” (RA) ou “pecado” (NIV), que vem da palavra grega paraptoma, não se referia a um pecado deliberado, mas a um erro, um tropeço, ou um passo em falso. Este último, em particular, faz sentido à luz dos comentários anteriores de Paulo sobre “andar” no Espírito. Embora isso de modo nenhum desculpe o erro da pessoa, torna claro que Paulo não estava lidando com um caso de pecado obstinado (1Co 5:1-5).
A resposta adequada em tais circunstâncias não deve ser a punição, condenação ou exclusão, mas a restauração. A palavra grega traduzida como “restaurar” (NVI) ou “corrigir” (RA) é katartizo e significa “consertar” ou “pôr em ordem”. No Novo Testamento ela é usada no sentido de “consertar” redes de pesca (Mt 4:21), e descreve o processo de restauração de um osso quebrado, sendo um termo médico na literatura grega. Da mesma forma que não abandonaríamos um irmão cristão que caísse e quebrasse uma perna, como membros do corpo de Cristo, devemos bondosamente cuidar de nossos irmãos e irmãs em Cristo que podem tropeçar e cair, enquanto andamos juntos no caminho para o reino de Deus.
Em vez de praticar Mateus 18:15-17, por que tantas vezes falamos mal da pessoa, permitindo que nossa irritação cresça contra ela ou até planejemos uma vingança?
Cuidado com a tentação
“Disse Natã a Davi: Tu és o homem” (2Sm 12:7).
A seriedade das palavras de Paulo em Gálatas 6:1 – guardar nossa vida para que nós também não entremos em tentação – não deve ser menosprezada. Uma indicação da urgência e interesse pessoal por trás do conselho de Paulo pode ser vista em sua maneira de fazer o apelo. A expressão traduzida por “olhando por ti mesmo” (RC) ou “guarda-te” (RA) significa literalmente “considerar cuidadosamente” ou “prestar cuidadosa atenção a” (Rm 16:17; Fp 2:4). Então, o que Paulo disse literalmente foi: “mantenha um olhar atento sobre si mesmo” para que o pecado também não o pegue de surpresa. Para realçar essa advertência, Paulo mudou da segunda pessoa do plural (“vós”) na primeira metade de Gálatas 6:1 para a segunda pessoa do singular (“guarda-te”) na última metade do verso. Esta não era uma advertência geral que se aplicava a toda a congregação; era uma advertência pessoal, dirigida a cada indivíduo dentro da igreja.
Paulo não identificou explicitamente a natureza da tentação contra a qual ele advertiu os gálatas com tanta firmeza. Talvez ele não tivesse uma transgressão específica em mente, mas estivesse simplesmente se referindo ao perigo de cometer o mesmo pecado, não importando qual fosse, do qual eles estivessem tentando restaurar outra pessoa. Ao mesmo tempo, suas palavras em Gálatas 5:26 contra a atitude de se tornarem “presunçosos” (NVI) sugere que ele os estivesse advertindo contra a ideia de que eram, de alguma forma, espiritualmente superiores àqueles aos quais estavam restaurando.
2. Por que Paulo precisou advertir os gálatas contra o orgulho espiritual? 1Co 10:12; Mt 26:34; 2Sm 12:1-7
Um dos maiores perigos para a caminhada cristã é o sentimento de orgulho espiritual, que nos faz pensar que somos, de alguma forma, imunes a cometer certos tipos de pecado. O fato preocupante é que todos temos a mesma natureza pecaminosa, que está em oposição a Deus. Assim, sem o poder da restrição do Espírito de Deus, poderíamos nos entregar a quase qualquer pecado, se as circunstâncias fossem convenientes. Essa consciência da nossa verdadeira identidade fora de Cristo pode nos impedir de cair no pecado da justiça própria e nos tornar mais solidários com os que erram.
Quantas vezes você condenou os outros (talvez apenas em seu coração) por terem cometido pecados que, um dia, você também cometeu?
Levando os fardos dos outros (Gl 6:2-5)
3. Além de restaurar os caídos, que outras instruções Paulo deu aos cristãos na Galácia? Gl 6:2-5; Rm 15:1; Mt 7:12
A palavra grega traduzida como “carga” em Gálatas 6:5 é baros. Ela se referia literalmente a um grande peso ou carga que alguém tinha que carregar por uma longa distância. No decorrer do tempo, no entanto, se tornou uma metáfora para qualquer tipo de problema ou dificuldade, como o fardo de uma longa jornada de trabalho em um dia quente (Mt 20:12). Embora o contexto imediato da ordem de Paulo de “[levar] as cargas uns dos outros” certamente incluísse as falhas morais dos irmãos mencionadas no verso anterior, o conceito de carregar os fardos, que ele tinha em mente, era muito mais amplo. As instruções de Paulo revelam várias noções espirituais sobre a vida cristã que não devem ser menosprezadas.
Primeiramente, como observou Timothy George, “todos os cristãos têm fardos. Nossos fardos podem ser diferentes em tamanho e forma e podem ser de natureza variada, dependendo da ordem providencial de nossa vida. Para alguns, é o fardo da tentação e as consequências de uma falha moral, como está em Gálatas 6:1. Para outros, pode ser doença física, distúrbio mental, crise familiar, falta de emprego, opressão do demônio, ou uma série de outras coisas; mas nenhum cristão está isento de fardos” (Galatians, p. 413).
Em segundo lugar, Deus não pretende que carreguemos sozinhos todos os nossos fardos. Infelizmente, muitas vezes estamos muito mais dispostos a ajudar os outros a levar seus fardos do que a permitir que os outros nos ajudem a carregar os nossos. Paulo condenou essa atitude de autossuficiência (Gl 6:3) como orgulho humano, quando nos recusamos a admitir que também temos necessidades e fraquezas. Esse orgulho não apenas nos priva do conforto dos outros, mas também impede os outros de cumprir o ministério que Deus os chamou a realizar.
Finalmente, Deus nos chama a levar as cargas dos outros, porque é através das nossas ações que o conforto de Deus se manifesta. Esse conceito está fundamentado no fato de que a igreja é o corpo de Cristo. Um exemplo disso está nas palavras de Paulo: “Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito” (2Co 7:6). Observe que “o consolo divino não foi dado a Paulo na sua oração pessoal e espera pelo Senhor, mas por meio do companheirismo de um amigo e pelas boas notícias que ele trouxe”.
“A amizade humana, na qual levamos as cargas uns dos outros, faz parte do propósito de Deus para Seu povo” (John R. W. Stott, The Message of Galatians , p. 158).
O que impede você de procurar ajuda? Seria orgulho, vergonha, falta de confiança ou senso de autossuficiência? Em caso de necessidade, por que não procurar uma pessoa de confiança para compartilhar seus fardos?
A lei de Cristo (Gl 6:2-5)
4. Para Paulo, levar os fardos e cumprir a lei de Cristo estavam relacionados. O que ele quis dizer com “a lei de Cristo”? Gl 5:14; 6:2; Jo 13:34; Mt 22:34-40
Ouso que Paulo fez da expressão “a lei de Cristo” (ton nomon tou Christou) não ocorreu em nenhuma outra parte da Bíblia, embora ele tenha usado uma expressão semelhante em 1 Coríntios 9:21 (ennomos Christou). A singularidade dessa frase tem resultado em uma série de interpretações diferentes. Alguns equivocadamente argumentam que essa é uma evidência de que a lei de Deus, dada no Sinai, havia sido substituída por uma lei diferente, a lei de Cristo. Outros alegam que a palavra lei se refere simplesmente a um “princípio geral” (Rm 7:21), significando que, ao levar os fardos dos outros, estamos seguindo o exemplo de Jesus. Embora esta última interpretação tenha algum mérito, o contexto e a semelhança de linguagem com Gálatas 5:14 sugerem que, “[cumprir] a lei de Cristo” é mais uma referência ao cumprimento da lei mosaica através do amor. Paulo mostrou anteriormente, em sua carta, que a lei moral não havia sido anulada com a vinda de Cristo. Em vez disso, a lei moral, representada pelo amor, continuava a desempenhar um papel importante na vida cristã. Isto é o resumo do que Jesus ensinou durante Seu ministério terrestre e também praticou em toda a Sua vida e até na Sua morte. Ao levar os fardos dos outros, não apenas estamos seguindo os passos de Jesus, mas também estamos cumprindo a lei.
Outra questão que surge nesses textos é a aparente contradição entre Gálatas 6:2 e 6:5. No entanto, esse problema é facilmente resolvido quando se percebe que Paulo estava usando duas palavras diferentes para descrever duas situações diferentes. Como já vimos, a palavra para carga no verso 2 (baros), se refere a uma carga pesada que deve ser carregada por uma longa distância. A palavra phortion, no verso 5, no entanto, se refere à carga de navio, à mochila de um soldado, ou até mesmo a uma criança no ventre. Enquanto os dois primeiros fardos podem ser deixados de lado, este último não pode. A mulher grávida deve levar seu próprio filho. Como esse exemplo sugere, existem alguns fardos que as pessoas podem nos ajudar a carregar, mas há outros que nenhum ser humano pode carregar por nós, como o peso de uma consciência culpada, o sofrimento e a morte. Para esses, precisamos contar com a ajuda de Deus somente (Mt 11:28-30).
Embora você possa obter ajuda de outras pessoas com relação a alguns fardos, há cargas que você deve levar unicamente ao Senhor. Como você pode aprender a entregar ao Senhor as coisas que simplesmente não pode suportar?
Semear e colher (Gl 6:6-10)
No Novo Testamento, a palavra traduzida por “zomba” (mukterizo), ocorre somente em Gálatas 6:7, embora apareça muitas vezes na tradução grega do Antigo Testamento. Significa literalmente “erguer o nariz em desprezo”. No Antigo Testamento, isso normalmente se referia ao desprezo pelos profetas de Deus (2Cr 36:16; Jr 20:7), e ainda foi usado uma vez para descrever de forma viva uma atitude rebelde para com Deus (Ez 8:17).
O raciocínio de Paulo é que as pessoas podem ignorar Deus ou mesmo zombar de Seus mandamentos, mas não podem enganar Deus. Ele é o juiz supremo, e no fim eles terão que pagar o preço por suas ações.
5. O que Paulo quis dizer em Gálatas 6:8? Que exemplos você pode encontrar na Bíblia de personagens semeando para a carne e para o Espírito? At 5:1-5; Lc 22:3; Dn 1:8; Mt 4:1
A metáfora de Paulo sobre semear e colher não é única. É um fato da vida que aparece em muitos antigos provérbios famosos. O que é significativo, entretanto, é como Paulo o utiliza para destacar seus comentários anteriores sobre a carne e o Espírito. James D. G. Dunn observa: “Um equivalente moderno é que ‘somos livres para escolher, mas não somos livres para escolher as consequências de nossa escolha’” (Galatians, p. 330).
Embora Deus nem sempre nos livre das consequências terrenas dos nossos pecados, não devemos ser dominados pelo desespero em virtude das más escolhas que fizemos. Podemos nos alegrar porque Deus nos perdoou os pecados e nos adotou como Seus filhos. Devemos aproveitar as oportunidades que temos hoje para investir nas coisas que produzirão uma colheita celestial.
Gálatas 6:10, entretanto, esclarece a questão de que a “a ética cristã tem um foco duplo: um é universal e totalmente abrangente: ‘façamos o bem a todos’; a outra é particular e específica: ‘especialmente aos da família da fé’. O apelo universalista de Paulo estava apoiado no fato de que todas as pessoas, em todos os lugares, foram criadas à imagem de Deus e são, portanto, infinitamente preciosas aos Seus olhos. Todas as vezes que os cristãos se esqueceram dessa informação básica da revelação bíblica, inevitavelmente eles se tornaram vítimas dos pecados ofuscantes do racismo, sexismo (preconceito contra o sexo oposto), tribalismo, discriminação de classes sociais e muitos outros tipos de intolerância que têm devastado a comunidade humana desde Adão e Eva até os dias atuais” (Timothy George, Galatians, p. 427, 428).
Você está semeando, para o bem ou para o mal. Considerando sua vida, que tipo de colheita você obterá?
Estudo adicional
O Espírito de Deus mantém o mal sob o controle da consciência. Quando o homem se coloca acima da influência do Espírito, ele obtém uma colheita de iniquidade. Sobre esse homem, o Espírito tem uma influência cada vez menor para impedi-lo de semear as sementes da desobediência. As advertências têm cada vez menos poder sobre ele. Essa pessoa perde gradualmente seu temor de Deus. Ele semeia para a carne; ele colherá corrupção. A colheita da semente que ele próprio tem semeado está amadurecendo. Ele despreza os santos mandamentos de Deus. Seu coração de carne se torna um coração de pedra. A resistência à verdade o confirma na iniquidade. Visto que os homens semearam as sementes do mal, a ilegalidade, o crime e a violência prevaleceram no mundo antediluviano.
“Todos devem ser inteligentes no que diz respeito aos meios pelos quais uma pessoa é destruída. Não é por causa de algum decreto que Deus determinou contra o homem. Ele não torna o homem cego espiritualmente. Deus dá luz e provas suficientes para capacitar o homem a distinguir a verdade do erro. Mas Ele não força o homem a receber a verdade. Ele o deixa livre para escolher o bem ou para escolher o mal. Se o homem resiste à evidência que é suficiente para orientar sua decisão na direção certa, e escolhe o mal uma vez, ele fará isso mais facilmente na segunda vez. Na terceira vez, ele se afastará de Deus ainda mais avidamente e decidirá se colocar do lado de Satanás. Ele continuará nessa direção até que seja confirmado no mal, e acredite na mentira que ele tem acariciado como se fosse verdade. Sua resistência produziu a colheita” (MS 126, 1901, Ellen G. White Comments, SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.112).
Perguntas para reflexão
1. Na prática, o que significa realmente “restaurar” um irmão que caiu em pecado? De que forma a natureza do pecado cometido afeta o processo de restauração? Será que a restauração significa que tudo será como antes? Comente.
2. Visto que existem alguns fardos que as pessoas devem levar por si mesmas (Gl 6:5), como o cristão pode saber se deve tentar ajudar alguém?
3. Sua igreja está de acordo com as instruções de Paulo em Gálatas 6? O que você pode fazer pessoalmente para ajudar a melhorar as coisas?
Resumo: A indicação da presença de Deus entre Seu povo está na manifestação do espírito cristão dentro da igreja. Ela pode ser vista na forma pela qual o perdão e a restauração são estendidos aos que erram, na maneira de se ajudarem mutuamente nas provações e nos atos intencionais de bondade, partilhados não apenas entre si, mas também com os incrédulos.
Leituras da semana: Gl 6:1-10; Mt 18:15-17; 1Co 10:12; Rm 15:1; Jo 13:34; Lc 22:3
Alguns produtores de batata decidiram guardar as maiores batatas para si mesmos e plantar as menores batatas, como sementes. Depois de algumas colheitas insatisfatórias, eles descobriram que a natureza havia reduzido suas colheitas de batata ao tamanho de bolas de gude. Com esse desastre, os agricultores aprenderam uma importante lei da vida.
“Eles não poderiam reter para si mesmos as melhores coisas da vida e utilizar as sobras para semente. A lei da vida decretou que a colheita seria o reflexo do plantio.
“Em outro sentido, plantar batatas pequenas ainda é uma prática comum. Tomamos as grandes coisas da vida para nós mesmos e plantamos as sobras. Esperamos que, por alguma estranha reviravolta das leis espirituais, nosso egoísmo seja recompensado com altruísmo” (International Student Fellowship Newsletter [Boletim da Sociedade Internacional de Estudantes], março de 2007).
Paulo aplicou esse princípio em Gálatas 6:1-10. Em lugar de membros que “se mordem e se devoram uns aos outros” (Gl 5:15, NVI), a igreja deve ser um lugar em que o Espírito nos leve a colocar os outros antes de nós mesmos. Entender que somos salvos pela graça deve nos tornar humildes, mais pacientes e compassivos em nossa maneira de tratar os outros.
Domingo | Ano Bíblico: 1 Pedro |
Restaurando os caídos
Embora Paulo tivesse elevadas expectativas para a natureza da vida cristã (Gl 5:16), seu conselho aos cristãos em Gálatas 6:1 também apresenta a realidade de forma restauradora. Os seres humanos não são perfeitos, e nem mesmo os cristãos mais dedicados são imunes a erros. Em grego, as palavras de Paulo em Gálatas 5:16 indicam que ele estava imaginando uma situação ideal que possivelmente aconteceria na igreja, em algum momento. Mas Paulo deu aos gálatas a orientação prática sobre a maneira de lidar com situações difíceis quando elas surgissem.
1. Como os cristãos devem reagir se um irmão cair em algum comportamento pecaminoso? Gl 6:1; Mt 18:15-17
Para sermos beneficiados pelo conselho de Paulo em Gálatas 6:1, precisamos entender exatamente o tipo de situação que Paulo tinha em mente. A questão girava em torno de duas palavras usadas na primeira metade da frase. A primeira palavra é apanhado (NTLH) ou surpreendido (NVI). Significa literalmente “ser descoberto, surpreendido ou pego de surpresa”. O contexto e diferentes nuances associados com essa palavra sugere que Paulo tinha dois aspectos em mente. Não se referia apenas a um cristão que “apanha” um irmão em algum ato de pecado, mas também ao processo pelo qual uma pessoa é “surpreendida” por um comportamento (Pv 5:22) que, na melhor das circunstâncias, ela preferiria evitar.
A probabilidade de que a transgressão que Paulo mencionou não fosse deliberada é evidente pela linguagem que ele usou. A palavra traduzida por “falta” (RA) ou “pecado” (NIV), que vem da palavra grega paraptoma, não se referia a um pecado deliberado, mas a um erro, um tropeço, ou um passo em falso. Este último, em particular, faz sentido à luz dos comentários anteriores de Paulo sobre “andar” no Espírito. Embora isso de modo nenhum desculpe o erro da pessoa, torna claro que Paulo não estava lidando com um caso de pecado obstinado (1Co 5:1-5).
A resposta adequada em tais circunstâncias não deve ser a punição, condenação ou exclusão, mas a restauração. A palavra grega traduzida como “restaurar” (NVI) ou “corrigir” (RA) é katartizo e significa “consertar” ou “pôr em ordem”. No Novo Testamento ela é usada no sentido de “consertar” redes de pesca (Mt 4:21), e descreve o processo de restauração de um osso quebrado, sendo um termo médico na literatura grega. Da mesma forma que não abandonaríamos um irmão cristão que caísse e quebrasse uma perna, como membros do corpo de Cristo, devemos bondosamente cuidar de nossos irmãos e irmãs em Cristo que podem tropeçar e cair, enquanto andamos juntos no caminho para o reino de Deus.
Em vez de praticar Mateus 18:15-17, por que tantas vezes falamos mal da pessoa, permitindo que nossa irritação cresça contra ela ou até planejemos uma vingança?
Segunda | Ano Bíblico: 2 Pedro |
Cuidado com a tentação
“Disse Natã a Davi: Tu és o homem” (2Sm 12:7).
A seriedade das palavras de Paulo em Gálatas 6:1 – guardar nossa vida para que nós também não entremos em tentação – não deve ser menosprezada. Uma indicação da urgência e interesse pessoal por trás do conselho de Paulo pode ser vista em sua maneira de fazer o apelo. A expressão traduzida por “olhando por ti mesmo” (RC) ou “guarda-te” (RA) significa literalmente “considerar cuidadosamente” ou “prestar cuidadosa atenção a” (Rm 16:17; Fp 2:4). Então, o que Paulo disse literalmente foi: “mantenha um olhar atento sobre si mesmo” para que o pecado também não o pegue de surpresa. Para realçar essa advertência, Paulo mudou da segunda pessoa do plural (“vós”) na primeira metade de Gálatas 6:1 para a segunda pessoa do singular (“guarda-te”) na última metade do verso. Esta não era uma advertência geral que se aplicava a toda a congregação; era uma advertência pessoal, dirigida a cada indivíduo dentro da igreja.
Paulo não identificou explicitamente a natureza da tentação contra a qual ele advertiu os gálatas com tanta firmeza. Talvez ele não tivesse uma transgressão específica em mente, mas estivesse simplesmente se referindo ao perigo de cometer o mesmo pecado, não importando qual fosse, do qual eles estivessem tentando restaurar outra pessoa. Ao mesmo tempo, suas palavras em Gálatas 5:26 contra a atitude de se tornarem “presunçosos” (NVI) sugere que ele os estivesse advertindo contra a ideia de que eram, de alguma forma, espiritualmente superiores àqueles aos quais estavam restaurando.
2. Por que Paulo precisou advertir os gálatas contra o orgulho espiritual? 1Co 10:12; Mt 26:34; 2Sm 12:1-7
Um dos maiores perigos para a caminhada cristã é o sentimento de orgulho espiritual, que nos faz pensar que somos, de alguma forma, imunes a cometer certos tipos de pecado. O fato preocupante é que todos temos a mesma natureza pecaminosa, que está em oposição a Deus. Assim, sem o poder da restrição do Espírito de Deus, poderíamos nos entregar a quase qualquer pecado, se as circunstâncias fossem convenientes. Essa consciência da nossa verdadeira identidade fora de Cristo pode nos impedir de cair no pecado da justiça própria e nos tornar mais solidários com os que erram.
Quantas vezes você condenou os outros (talvez apenas em seu coração) por terem cometido pecados que, um dia, você também cometeu?
Terça | Ano Bíblico: 1 João |
Levando os fardos dos outros (Gl 6:2-5)
3. Além de restaurar os caídos, que outras instruções Paulo deu aos cristãos na Galácia? Gl 6:2-5; Rm 15:1; Mt 7:12
A palavra grega traduzida como “carga” em Gálatas 6:5 é baros. Ela se referia literalmente a um grande peso ou carga que alguém tinha que carregar por uma longa distância. No decorrer do tempo, no entanto, se tornou uma metáfora para qualquer tipo de problema ou dificuldade, como o fardo de uma longa jornada de trabalho em um dia quente (Mt 20:12). Embora o contexto imediato da ordem de Paulo de “[levar] as cargas uns dos outros” certamente incluísse as falhas morais dos irmãos mencionadas no verso anterior, o conceito de carregar os fardos, que ele tinha em mente, era muito mais amplo. As instruções de Paulo revelam várias noções espirituais sobre a vida cristã que não devem ser menosprezadas.
Primeiramente, como observou Timothy George, “todos os cristãos têm fardos. Nossos fardos podem ser diferentes em tamanho e forma e podem ser de natureza variada, dependendo da ordem providencial de nossa vida. Para alguns, é o fardo da tentação e as consequências de uma falha moral, como está em Gálatas 6:1. Para outros, pode ser doença física, distúrbio mental, crise familiar, falta de emprego, opressão do demônio, ou uma série de outras coisas; mas nenhum cristão está isento de fardos” (Galatians, p. 413).
Em segundo lugar, Deus não pretende que carreguemos sozinhos todos os nossos fardos. Infelizmente, muitas vezes estamos muito mais dispostos a ajudar os outros a levar seus fardos do que a permitir que os outros nos ajudem a carregar os nossos. Paulo condenou essa atitude de autossuficiência (Gl 6:3) como orgulho humano, quando nos recusamos a admitir que também temos necessidades e fraquezas. Esse orgulho não apenas nos priva do conforto dos outros, mas também impede os outros de cumprir o ministério que Deus os chamou a realizar.
Finalmente, Deus nos chama a levar as cargas dos outros, porque é através das nossas ações que o conforto de Deus se manifesta. Esse conceito está fundamentado no fato de que a igreja é o corpo de Cristo. Um exemplo disso está nas palavras de Paulo: “Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito” (2Co 7:6). Observe que “o consolo divino não foi dado a Paulo na sua oração pessoal e espera pelo Senhor, mas por meio do companheirismo de um amigo e pelas boas notícias que ele trouxe”.
“A amizade humana, na qual levamos as cargas uns dos outros, faz parte do propósito de Deus para Seu povo” (John R. W. Stott, The Message of Galatians , p. 158).
O que impede você de procurar ajuda? Seria orgulho, vergonha, falta de confiança ou senso de autossuficiência? Em caso de necessidade, por que não procurar uma pessoa de confiança para compartilhar seus fardos?
Quarta | Ano Bíblico: 2 João; 3 João; Judas |
A lei de Cristo (Gl 6:2-5)
4. Para Paulo, levar os fardos e cumprir a lei de Cristo estavam relacionados. O que ele quis dizer com “a lei de Cristo”? Gl 5:14; 6:2; Jo 13:34; Mt 22:34-40
Ouso que Paulo fez da expressão “a lei de Cristo” (ton nomon tou Christou) não ocorreu em nenhuma outra parte da Bíblia, embora ele tenha usado uma expressão semelhante em 1 Coríntios 9:21 (ennomos Christou). A singularidade dessa frase tem resultado em uma série de interpretações diferentes. Alguns equivocadamente argumentam que essa é uma evidência de que a lei de Deus, dada no Sinai, havia sido substituída por uma lei diferente, a lei de Cristo. Outros alegam que a palavra lei se refere simplesmente a um “princípio geral” (Rm 7:21), significando que, ao levar os fardos dos outros, estamos seguindo o exemplo de Jesus. Embora esta última interpretação tenha algum mérito, o contexto e a semelhança de linguagem com Gálatas 5:14 sugerem que, “[cumprir] a lei de Cristo” é mais uma referência ao cumprimento da lei mosaica através do amor. Paulo mostrou anteriormente, em sua carta, que a lei moral não havia sido anulada com a vinda de Cristo. Em vez disso, a lei moral, representada pelo amor, continuava a desempenhar um papel importante na vida cristã. Isto é o resumo do que Jesus ensinou durante Seu ministério terrestre e também praticou em toda a Sua vida e até na Sua morte. Ao levar os fardos dos outros, não apenas estamos seguindo os passos de Jesus, mas também estamos cumprindo a lei.
Outra questão que surge nesses textos é a aparente contradição entre Gálatas 6:2 e 6:5. No entanto, esse problema é facilmente resolvido quando se percebe que Paulo estava usando duas palavras diferentes para descrever duas situações diferentes. Como já vimos, a palavra para carga no verso 2 (baros), se refere a uma carga pesada que deve ser carregada por uma longa distância. A palavra phortion, no verso 5, no entanto, se refere à carga de navio, à mochila de um soldado, ou até mesmo a uma criança no ventre. Enquanto os dois primeiros fardos podem ser deixados de lado, este último não pode. A mulher grávida deve levar seu próprio filho. Como esse exemplo sugere, existem alguns fardos que as pessoas podem nos ajudar a carregar, mas há outros que nenhum ser humano pode carregar por nós, como o peso de uma consciência culpada, o sofrimento e a morte. Para esses, precisamos contar com a ajuda de Deus somente (Mt 11:28-30).
Embora você possa obter ajuda de outras pessoas com relação a alguns fardos, há cargas que você deve levar unicamente ao Senhor. Como você pode aprender a entregar ao Senhor as coisas que simplesmente não pode suportar?
Quinta | Ano Bíblico: Ap 1–3 |
Semear e colher (Gl 6:6-10)
No Novo Testamento, a palavra traduzida por “zomba” (mukterizo), ocorre somente em Gálatas 6:7, embora apareça muitas vezes na tradução grega do Antigo Testamento. Significa literalmente “erguer o nariz em desprezo”. No Antigo Testamento, isso normalmente se referia ao desprezo pelos profetas de Deus (2Cr 36:16; Jr 20:7), e ainda foi usado uma vez para descrever de forma viva uma atitude rebelde para com Deus (Ez 8:17).
O raciocínio de Paulo é que as pessoas podem ignorar Deus ou mesmo zombar de Seus mandamentos, mas não podem enganar Deus. Ele é o juiz supremo, e no fim eles terão que pagar o preço por suas ações.
5. O que Paulo quis dizer em Gálatas 6:8? Que exemplos você pode encontrar na Bíblia de personagens semeando para a carne e para o Espírito? At 5:1-5; Lc 22:3; Dn 1:8; Mt 4:1
A metáfora de Paulo sobre semear e colher não é única. É um fato da vida que aparece em muitos antigos provérbios famosos. O que é significativo, entretanto, é como Paulo o utiliza para destacar seus comentários anteriores sobre a carne e o Espírito. James D. G. Dunn observa: “Um equivalente moderno é que ‘somos livres para escolher, mas não somos livres para escolher as consequências de nossa escolha’” (Galatians, p. 330).
Embora Deus nem sempre nos livre das consequências terrenas dos nossos pecados, não devemos ser dominados pelo desespero em virtude das más escolhas que fizemos. Podemos nos alegrar porque Deus nos perdoou os pecados e nos adotou como Seus filhos. Devemos aproveitar as oportunidades que temos hoje para investir nas coisas que produzirão uma colheita celestial.
Gálatas 6:10, entretanto, esclarece a questão de que a “a ética cristã tem um foco duplo: um é universal e totalmente abrangente: ‘façamos o bem a todos’; a outra é particular e específica: ‘especialmente aos da família da fé’. O apelo universalista de Paulo estava apoiado no fato de que todas as pessoas, em todos os lugares, foram criadas à imagem de Deus e são, portanto, infinitamente preciosas aos Seus olhos. Todas as vezes que os cristãos se esqueceram dessa informação básica da revelação bíblica, inevitavelmente eles se tornaram vítimas dos pecados ofuscantes do racismo, sexismo (preconceito contra o sexo oposto), tribalismo, discriminação de classes sociais e muitos outros tipos de intolerância que têm devastado a comunidade humana desde Adão e Eva até os dias atuais” (Timothy George, Galatians, p. 427, 428).
Você está semeando, para o bem ou para o mal. Considerando sua vida, que tipo de colheita você obterá?
Sexta | Ano Bíblico: Ap 4–6 |
Estudo adicional
O Espírito de Deus mantém o mal sob o controle da consciência. Quando o homem se coloca acima da influência do Espírito, ele obtém uma colheita de iniquidade. Sobre esse homem, o Espírito tem uma influência cada vez menor para impedi-lo de semear as sementes da desobediência. As advertências têm cada vez menos poder sobre ele. Essa pessoa perde gradualmente seu temor de Deus. Ele semeia para a carne; ele colherá corrupção. A colheita da semente que ele próprio tem semeado está amadurecendo. Ele despreza os santos mandamentos de Deus. Seu coração de carne se torna um coração de pedra. A resistência à verdade o confirma na iniquidade. Visto que os homens semearam as sementes do mal, a ilegalidade, o crime e a violência prevaleceram no mundo antediluviano.
“Todos devem ser inteligentes no que diz respeito aos meios pelos quais uma pessoa é destruída. Não é por causa de algum decreto que Deus determinou contra o homem. Ele não torna o homem cego espiritualmente. Deus dá luz e provas suficientes para capacitar o homem a distinguir a verdade do erro. Mas Ele não força o homem a receber a verdade. Ele o deixa livre para escolher o bem ou para escolher o mal. Se o homem resiste à evidência que é suficiente para orientar sua decisão na direção certa, e escolhe o mal uma vez, ele fará isso mais facilmente na segunda vez. Na terceira vez, ele se afastará de Deus ainda mais avidamente e decidirá se colocar do lado de Satanás. Ele continuará nessa direção até que seja confirmado no mal, e acredite na mentira que ele tem acariciado como se fosse verdade. Sua resistência produziu a colheita” (MS 126, 1901, Ellen G. White Comments, SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.112).
Perguntas para reflexão
1. Na prática, o que significa realmente “restaurar” um irmão que caiu em pecado? De que forma a natureza do pecado cometido afeta o processo de restauração? Será que a restauração significa que tudo será como antes? Comente.
2. Visto que existem alguns fardos que as pessoas devem levar por si mesmas (Gl 6:5), como o cristão pode saber se deve tentar ajudar alguém?
3. Sua igreja está de acordo com as instruções de Paulo em Gálatas 6? O que você pode fazer pessoalmente para ajudar a melhorar as coisas?
Resumo: A indicação da presença de Deus entre Seu povo está na manifestação do espírito cristão dentro da igreja. Ela pode ser vista na forma pela qual o perdão e a restauração são estendidos aos que erram, na maneira de se ajudarem mutuamente nas provações e nos atos intencionais de bondade, partilhados não apenas entre si, mas também com os incrédulos.
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