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A Abominação Desoladora - Ángel Manuel Rodriguez
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25052012
A Abominação Desoladora - Ángel Manuel Rodriguez
Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora.
Daniel 11:31
O livro de Daniel é uma das obras literárias mais importantes da história da humanidade. Sua intrincada gama de imagens e símbolos conectados com eventos históricos que percorrem séculos e milênios tem sido objeto de fascinação e profundo estudo. Nesse Post trago a tradução de um breve artigo intitulado "A abominação Desoladora" de Ángel Manuel Rodriguez publicado originalmente no site do Instituto de Pesquisas Bíblicas da conferência geral (Para acessar o artigo origina em inglês apenas clique aqui)
Espero que esse material seja útil a todos os estudantes das profecias de Daniel!
Para ter acesso ao artigo apenas clique no link "Mais informações" logo abaixo!
Graça e Paz!!!
A Abominação desoladora
Ángel Manuel Rodriguez
A Abominação desoladora
Ángel Manuel Rodriguez
A recente incursão do futurismo entre os adventistas têm conduzido alguns a interpretar o uso das expressões “a abominação desoladora” e o “contínuo” no livro de Daniel. Aqui nós vamos nos concentrar na frase “abominação desoladora.” A frase é encontrada em Daniel 11:31 (LXX: bdelugma erēmōseōs) e 12:11 (LXX: to bdelugma tēs erēmōseōs). Expressões semelhantes são encontradas em 9:27 (LXX: bdelugma erēmōseōs), e 8:13 (LXX: hē hamartia erēmōseōs). Vamos examinar brevemente essas passagens.
I. Daniel 8:13
Aqui nós temos a frase “a transgressão [Habraico: happeša] assoladora [šomēm].” ao invés de a “abominação [Hebraico: šiqqû§] desoladora [šomēm].” Ambas as frases parecem se referir ao mesmo fenômeno.[1] A Palavra hebraica traduzida como “Transgressão,” “rebelião” [happeša], designa uma pessoa que “não apenas se rebela ou protesta contra Deus (YHWH) mas rompe com Ele, tira, rouba, frauda, se apropria indevidamente aquilo que é dEle.”[2] A atividade do chifre pequeno é uma rebelião consciente e uma apropriação indevida da obra de mediação do príncipe celestial que resulta em “desolação” ou “devastação” espiritual.
Quando o verbo “desolar” (šmm) é aplicado para objetos inanimados, ele descreve o estado no qual um lugar é deixado após ser atacado por inimigos (ex. Levítico 26:31; Joel 1:17). Quando aplicado a seres humanos ele se refere ao impacto psicológico produzido pela desolação naqueles que a observaram (1 Reis 9:8; Esdras 9:3, 4; Daniel 8:27; 9:18).[3] No Antigo Testamento um lugar desolado é um lugar deserdado, abandonado por aqueles que costumavam viver ali ou tinham acesso a ele (Levítico 26:22, 34; Isaías 33:8; Jeremias 33:10; Sofonias 3:6; Zacarias 7:14). O contexto de Daniel 8:13 sugere que a desolação está relacionada ao ataque do chifre pequeno (a igreja durante a idade média) contra o santuário celestial. O ato de rebelião causou desolação espiritual pela usurpação da obra sacerdotal do príncipe, pela rejeição do próprio fundamento do santuário, e pelo estabelecimento de seu próprio sacerdócio.
II. Daniel 9:27
Esse texto é parte da profecia das 70 semanas, com sua predição da vinda do Messias e da destruição do templo e da cidade de Jerusalém no ano 70 d.C. A destruição é a associada com “a abominação desoladora.” A frase não é exatamente a mesma usada em 8:13. Ao invés de “rebelião/transgressão” encontramos “abominação” (šiqqû§), também usada em Daniel 11:31 e 12:11. Em 9:27 existe um problema de sintaxe; enquanto o substantivo “abominação” é plural (šiqqû§îm, “abominações”), o particípio é singular (mešomēm, piel particípio, “desoladora”). Isso tem conduzido a interpretações diferentes sobre essa frase. Mas o problema poderia ser resolvido se identificássemos o plural como sendo um plural de intensificação, significando nesse caso “a máxima abominação.”
O substantivo (šiqqû§) [Abominação] é empregado no Antigo Testamento em contextos cúlticos para se referir “a imagens e símbolos de deuses pagãos,”[4] ou seja, à idolatria (cf. 1 Reis 11:5; 2 Reis 23:13; Isaías 66:3; Jeremias 32:34). Um bom exemplo é encontrado em Zacarias 9:7, onde “a comida abominãvel (šiqqû§) dentre os seus dentes,” se refere à repuguinante carne do sacrifício animal feito pelos pagãos. Šiqqû§ designa fundamentalmente aquilo que é essencialmente incompatível com a adoração ao Senhor. Aqueles que praticam abominações, incluindo-se os israelitas, se tornam eles mesmos abomináveis ao Senhor (Oséias 9:10). Esse é também o caso com os israelitas que comem animais abomináveis/imundos. Em Levítico 11:43 o verbo šq§, “detestar como cerimonialmente imundo,”[5] é empregado no piel (šiqqē§), significando “fazer de alguém como algo imundo e aborrecível”[6] por comer animais imundos. O substantivo šeqe§ (“Abominação cúltica”), outro substantivo da mesma família de palavras, é ocasionalmente usado para se referir a animais imundos que são repulsivos e detestáveis ao Senhor. Isso está intimamente relacionado com a ideia de impureza e, como impureza ela designa aquilo que é essencialmente incompatível com a santidade do Senhor (Levítico 7:21; 11:10-13, 20, 23, 41).
Em Daniel 9:27 šiqqû§ designa a força abominável que depois da morte do Messias causa desolação por destruir a cidade, e especialmente o templo. Foi precisamente assim que Jesus entendeu a passagem quando ele a aplicou a uma destruição futura literal tanto da cidade quanto do templo pelos exércitos romanos.[7] Esse uso da frase “abominação desoladora” é diferente daquela que encontramos em 8:13, 11:31, e 12:11.
III Daniel 11:31; 12:11
Nessas passagens a abominação está diretamente relacionada ao “diário” (tāmîd), i.e. A mediação de Cristo no Santuário Celestial. Em Daniel 8:12 o chifre pequeno, através de um ato de rebeldia, usurpa a função do Príncipe e coloca seus exércitos contra “o diário.” É a essa ação à qual Daniel 8:13 se refere com a frase “transgressão assoladora.” Em Daniel 11:31 o rei do norte profana o templo, remove “o diário,” e então estabelece “a abominação desoladora.” Novamente encontramos “o diário” removido e a abominação/transgressão tomando seu lugar. O oposto do tāmîd (o diário) é a šiqqû§ šomēm (abominação desoladora). Daniel 8:9-13 indica que a linguagem de “rebelião/abominação” está descrevendo a obra do chifre pequeno em estabelecer ou fundar seu próprio sistema de mediação e adoração, seus próprios serviços diários. É para essa mesma atividade que a frase “abominação desoladora” está se referindo em Daniel 12:11. O verbo nāthan (armar) é usado de várias formas no Antigo Testamento, mas aqui ele pode ser traduzido como “fundar, colocar, por,” um uso associado com a idolatria (Levítico 26:1). Neste caso o que é colocado é “a abominação desoladora.” A colocação dessa abominação inclui o processo histórico que conduziu a se colocar de lado “o diário.”
Alguns adventistas estão agora argumentando que a abominação desoladora em 12:11 designa a imposição da observância do domingo brevemente antes da vinda do Senhor, e que o “diário” está de alguma forma conectado com o sábado. Falta apoio contextual e linguístico para essa interpretação. Ela é fundamentalmente uma visão especulativa que não deveria ser levada a sério. A frase “abominação desoladora” designa o que aconteceu durante a destruição de Jerusalém e a obra do papado durante a idade média. As pequenas variações nas palavras que formam as frases no texto hebraico de Daniel apontam para esses dois eventos diferentes.
________________________________________
[1] 1Johan Lust, “Cult and Sacrifice in Daniel: The Tamid and the Abomination of Desolation,” in Ritual and Sacrifice in the Ancient Near East, Proceedings of the International Conference Organized by the Katholieke Universiteit Leuven from the 17th to the 20th of April 1991, edited by J. Quaegebeur (Leuven: Uitgeverij Peeters, 1993), 285.
[2] 2R. Knierim, “Peša,” in Theological Lexicon of the OT, vol. 2, edited by E. Jenni and C. Westermann (Peabody, MA: Hendrickson, 1997), 1036 (hereafter TLOT).
[3] F. Stolz, “Šmm,” in TLOT, vol. 2, 1372.
[4] Ludwig Koehler and Walter Baumgartner, M. Richardson, and J. J. Stamm, The Hebrew and Aramaic Lexicon of the OT (Leiden: Brill, 2001), 1640 (hereafter KBL3).
[5] KBL3, 1646.
[6] Ibid.
[7] A maneira como diferentes Evangelhos relatam os comentários de Jesus nos ajuda a entender como Ele entendeu a profecia de Daniel 9:27. A frase que Marcos usa, “situado onde não deveria estar” (Marcos 13:14), é esclarecida por Mateus com a frase, “no lugar santo” (Mateus 24:15) se referindo ao templo. Isso está baseado no texto grego de Daniel 9:27 que traduz a frase hebraica cal kenaph šiqqû§îm mešomēm (“sobre a asa da abominação virá o assolador”), como epi to hieron bdelugma tôn erēmōseōn estai (“no templo haverá uma abominação desoladora”). Mateus sugere que aqueles que praticam abominação são eles mesmos abomináveis e estão agora presentes no templo para destruí-lo, causando desolação. Lucas define claramente a referência à abominação desoladora como os exércitos romanos que cercaram Jerusalém (Lucas 21:20-22; cf. T. J. Gedert, “Apocalyptic Teaching,” in Dictionary of Jesus and the Gospels, edited by J. B. Green, S. McKnight, I. H. Marshall [Downers Grove, IL: InterVarsity, 1992], 23). A predição de Jesus, baseada em Daniel 9:27, a respeito “da abominação desoladora” foi cumprida quando o templo de Jerusalém foi profanado e destruído em 70 d.C.” (Ibid.).
Daniel 11:31
O livro de Daniel é uma das obras literárias mais importantes da história da humanidade. Sua intrincada gama de imagens e símbolos conectados com eventos históricos que percorrem séculos e milênios tem sido objeto de fascinação e profundo estudo. Nesse Post trago a tradução de um breve artigo intitulado "A abominação Desoladora" de Ángel Manuel Rodriguez publicado originalmente no site do Instituto de Pesquisas Bíblicas da conferência geral (Para acessar o artigo origina em inglês apenas clique aqui)
Espero que esse material seja útil a todos os estudantes das profecias de Daniel!
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Graça e Paz!!!
A Abominação desoladora
Ángel Manuel Rodriguez
A Abominação desoladora
Ángel Manuel Rodriguez
A recente incursão do futurismo entre os adventistas têm conduzido alguns a interpretar o uso das expressões “a abominação desoladora” e o “contínuo” no livro de Daniel. Aqui nós vamos nos concentrar na frase “abominação desoladora.” A frase é encontrada em Daniel 11:31 (LXX: bdelugma erēmōseōs) e 12:11 (LXX: to bdelugma tēs erēmōseōs). Expressões semelhantes são encontradas em 9:27 (LXX: bdelugma erēmōseōs), e 8:13 (LXX: hē hamartia erēmōseōs). Vamos examinar brevemente essas passagens.
I. Daniel 8:13
Aqui nós temos a frase “a transgressão [Habraico: happeša] assoladora [šomēm].” ao invés de a “abominação [Hebraico: šiqqû§] desoladora [šomēm].” Ambas as frases parecem se referir ao mesmo fenômeno.[1] A Palavra hebraica traduzida como “Transgressão,” “rebelião” [happeša], designa uma pessoa que “não apenas se rebela ou protesta contra Deus (YHWH) mas rompe com Ele, tira, rouba, frauda, se apropria indevidamente aquilo que é dEle.”[2] A atividade do chifre pequeno é uma rebelião consciente e uma apropriação indevida da obra de mediação do príncipe celestial que resulta em “desolação” ou “devastação” espiritual.
Quando o verbo “desolar” (šmm) é aplicado para objetos inanimados, ele descreve o estado no qual um lugar é deixado após ser atacado por inimigos (ex. Levítico 26:31; Joel 1:17). Quando aplicado a seres humanos ele se refere ao impacto psicológico produzido pela desolação naqueles que a observaram (1 Reis 9:8; Esdras 9:3, 4; Daniel 8:27; 9:18).[3] No Antigo Testamento um lugar desolado é um lugar deserdado, abandonado por aqueles que costumavam viver ali ou tinham acesso a ele (Levítico 26:22, 34; Isaías 33:8; Jeremias 33:10; Sofonias 3:6; Zacarias 7:14). O contexto de Daniel 8:13 sugere que a desolação está relacionada ao ataque do chifre pequeno (a igreja durante a idade média) contra o santuário celestial. O ato de rebelião causou desolação espiritual pela usurpação da obra sacerdotal do príncipe, pela rejeição do próprio fundamento do santuário, e pelo estabelecimento de seu próprio sacerdócio.
II. Daniel 9:27
Esse texto é parte da profecia das 70 semanas, com sua predição da vinda do Messias e da destruição do templo e da cidade de Jerusalém no ano 70 d.C. A destruição é a associada com “a abominação desoladora.” A frase não é exatamente a mesma usada em 8:13. Ao invés de “rebelião/transgressão” encontramos “abominação” (šiqqû§), também usada em Daniel 11:31 e 12:11. Em 9:27 existe um problema de sintaxe; enquanto o substantivo “abominação” é plural (šiqqû§îm, “abominações”), o particípio é singular (mešomēm, piel particípio, “desoladora”). Isso tem conduzido a interpretações diferentes sobre essa frase. Mas o problema poderia ser resolvido se identificássemos o plural como sendo um plural de intensificação, significando nesse caso “a máxima abominação.”
O substantivo (šiqqû§) [Abominação] é empregado no Antigo Testamento em contextos cúlticos para se referir “a imagens e símbolos de deuses pagãos,”[4] ou seja, à idolatria (cf. 1 Reis 11:5; 2 Reis 23:13; Isaías 66:3; Jeremias 32:34). Um bom exemplo é encontrado em Zacarias 9:7, onde “a comida abominãvel (šiqqû§) dentre os seus dentes,” se refere à repuguinante carne do sacrifício animal feito pelos pagãos. Šiqqû§ designa fundamentalmente aquilo que é essencialmente incompatível com a adoração ao Senhor. Aqueles que praticam abominações, incluindo-se os israelitas, se tornam eles mesmos abomináveis ao Senhor (Oséias 9:10). Esse é também o caso com os israelitas que comem animais abomináveis/imundos. Em Levítico 11:43 o verbo šq§, “detestar como cerimonialmente imundo,”[5] é empregado no piel (šiqqē§), significando “fazer de alguém como algo imundo e aborrecível”[6] por comer animais imundos. O substantivo šeqe§ (“Abominação cúltica”), outro substantivo da mesma família de palavras, é ocasionalmente usado para se referir a animais imundos que são repulsivos e detestáveis ao Senhor. Isso está intimamente relacionado com a ideia de impureza e, como impureza ela designa aquilo que é essencialmente incompatível com a santidade do Senhor (Levítico 7:21; 11:10-13, 20, 23, 41).
Em Daniel 9:27 šiqqû§ designa a força abominável que depois da morte do Messias causa desolação por destruir a cidade, e especialmente o templo. Foi precisamente assim que Jesus entendeu a passagem quando ele a aplicou a uma destruição futura literal tanto da cidade quanto do templo pelos exércitos romanos.[7] Esse uso da frase “abominação desoladora” é diferente daquela que encontramos em 8:13, 11:31, e 12:11.
III Daniel 11:31; 12:11
Nessas passagens a abominação está diretamente relacionada ao “diário” (tāmîd), i.e. A mediação de Cristo no Santuário Celestial. Em Daniel 8:12 o chifre pequeno, através de um ato de rebeldia, usurpa a função do Príncipe e coloca seus exércitos contra “o diário.” É a essa ação à qual Daniel 8:13 se refere com a frase “transgressão assoladora.” Em Daniel 11:31 o rei do norte profana o templo, remove “o diário,” e então estabelece “a abominação desoladora.” Novamente encontramos “o diário” removido e a abominação/transgressão tomando seu lugar. O oposto do tāmîd (o diário) é a šiqqû§ šomēm (abominação desoladora). Daniel 8:9-13 indica que a linguagem de “rebelião/abominação” está descrevendo a obra do chifre pequeno em estabelecer ou fundar seu próprio sistema de mediação e adoração, seus próprios serviços diários. É para essa mesma atividade que a frase “abominação desoladora” está se referindo em Daniel 12:11. O verbo nāthan (armar) é usado de várias formas no Antigo Testamento, mas aqui ele pode ser traduzido como “fundar, colocar, por,” um uso associado com a idolatria (Levítico 26:1). Neste caso o que é colocado é “a abominação desoladora.” A colocação dessa abominação inclui o processo histórico que conduziu a se colocar de lado “o diário.”
Alguns adventistas estão agora argumentando que a abominação desoladora em 12:11 designa a imposição da observância do domingo brevemente antes da vinda do Senhor, e que o “diário” está de alguma forma conectado com o sábado. Falta apoio contextual e linguístico para essa interpretação. Ela é fundamentalmente uma visão especulativa que não deveria ser levada a sério. A frase “abominação desoladora” designa o que aconteceu durante a destruição de Jerusalém e a obra do papado durante a idade média. As pequenas variações nas palavras que formam as frases no texto hebraico de Daniel apontam para esses dois eventos diferentes.
________________________________________
[1] 1Johan Lust, “Cult and Sacrifice in Daniel: The Tamid and the Abomination of Desolation,” in Ritual and Sacrifice in the Ancient Near East, Proceedings of the International Conference Organized by the Katholieke Universiteit Leuven from the 17th to the 20th of April 1991, edited by J. Quaegebeur (Leuven: Uitgeverij Peeters, 1993), 285.
[2] 2R. Knierim, “Peša,” in Theological Lexicon of the OT, vol. 2, edited by E. Jenni and C. Westermann (Peabody, MA: Hendrickson, 1997), 1036 (hereafter TLOT).
[3] F. Stolz, “Šmm,” in TLOT, vol. 2, 1372.
[4] Ludwig Koehler and Walter Baumgartner, M. Richardson, and J. J. Stamm, The Hebrew and Aramaic Lexicon of the OT (Leiden: Brill, 2001), 1640 (hereafter KBL3).
[5] KBL3, 1646.
[6] Ibid.
[7] A maneira como diferentes Evangelhos relatam os comentários de Jesus nos ajuda a entender como Ele entendeu a profecia de Daniel 9:27. A frase que Marcos usa, “situado onde não deveria estar” (Marcos 13:14), é esclarecida por Mateus com a frase, “no lugar santo” (Mateus 24:15) se referindo ao templo. Isso está baseado no texto grego de Daniel 9:27 que traduz a frase hebraica cal kenaph šiqqû§îm mešomēm (“sobre a asa da abominação virá o assolador”), como epi to hieron bdelugma tôn erēmōseōn estai (“no templo haverá uma abominação desoladora”). Mateus sugere que aqueles que praticam abominação são eles mesmos abomináveis e estão agora presentes no templo para destruí-lo, causando desolação. Lucas define claramente a referência à abominação desoladora como os exércitos romanos que cercaram Jerusalém (Lucas 21:20-22; cf. T. J. Gedert, “Apocalyptic Teaching,” in Dictionary of Jesus and the Gospels, edited by J. B. Green, S. McKnight, I. H. Marshall [Downers Grove, IL: InterVarsity, 1992], 23). A predição de Jesus, baseada em Daniel 9:27, a respeito “da abominação desoladora” foi cumprida quando o templo de Jerusalém foi profanado e destruído em 70 d.C.” (Ibid.).
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