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Diga não ao futebol, sim à família
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Diga não ao futebol, sim à família
O que você faria se alguém o atacasse, caluniando-o como corrupto ou um indivíduo que vive à custa de propina? O que você faria se uma instituição o injuriasse, agredindo-o verbalmente ou por escrito? O primeiro sentimento é de revolta, de indignação, de vontade de devolver a ofensa com um processo na Justiça. Se fosse o Manoel da panificadora, provavelmente você não iria mais comprar pão e leite no estabelecimento dele. Se fosse o diretor da escola, você iria parar de pagar a mensalidade e solicitar a transferência dos filhos. Se a agressora fosse uma marca famosa de vestuário ou perfume, é de se pensar que ela amargaria um prejuízo gigantesco com a sangria da clientela. E se fosse a entidade maior do futebol mundial? Nesta semana, em documento oficial, essa entidade afirmou que não percebe diferenças entre os corruptos e a população da América do Sul e da África (confira). Para eles, “todos somos corruptos” e vivemos de “propina”. Qual será a sua reação?
Quem dirige essa entidade? Indivíduos que vivem à custa de trabalhadores, que torram parte de seus salários nas arenas pós-modernas. Os dirigentes dessa entidade não fazem nada na vida que valorize seus polpudos soldos, a não ser tecer a rede de conluios com governantes e políticos (por sinal, corruptos). São pessoas que se relacionam com os piores tipos de governantes do mundo. Quem é a Suíça, país-sede do futebol? País que tem bancos com contas secretas, cujos numerários, joias, pedras preciosas, obras de arte e títulos de valores são provenientes de nações que tiveram seus tesouros dilapidados por políticos mal-intencionados e genocidas. Ao terem conhecimento disso, os banqueiros suíços são coparticipantes da roubalheira mundial. E pior, até mesmo de assassinatos em massa nas conflagrações civis ao redor do planeta. Basta olhar para a História há 70 anos e verificar por que a Suíça não foi invadida pelos alemães (estranho, muito estranho!) e como os helvéticos ficaram riquíssimos com o saque dos judeus promovido pelos nazistas. A instituição gestora do futebol é um órgão que tem culpa no cartório (leia Como Eles Roubaram o Jogo, de David Yallop).
É inaceitável que cristãos, que aguardam a vinda de Jesus, sejam tão “fieis” ao futebol quanto ao Senhor. É absurdo que cristãos queimem, literalmente, seu salário em fogos de artifício e, de quebra, prejudiquem o sono e o descanso de outros que nada têm que ver com a “liturgia” nos “templos” erigidos às “divindades da bola”. Sabemos que é coisa difícil convencer pessoas ao boicote contra o futebol, parte da cultura brasileira, do DNA de cada cidadão, mas deveríamos aproveitar para mudar o estilo de vida com o propósito mais saudável, tanto do ponto de vista físico e biológico, como espiritual. Então, por que não planejar desde agora um mês de viagem, acampamento ou retiro da cidade em junho-julho de 2014 e de “desligue a TV”, “não vá aos estádios”, “fique mais perto de Jesus”?
Quatro experiências pessoais: (1) Atuei durante seis meses na equipe que organizou a cobertura da Olimpíada de Atlanta. Minha função era auxiliar o editor-chefe de Esportes a levantar o histórico dos jogos, entrevistar personalidades junto aos esportes e promover a agenda dos jogos. Suportei seis meses em uma guerra de vaidades, envolvendo repórteres, empresários, dirigentes, atletas. Optei pela política. (2) Um dos diretores de redação era um ex-jogador, atacante promissor, mas que escolheu a universidade e a redação aos 19 anos. Por quê? Porque ele sabia que os jogos eram arranjados, manipulados. (3) Assisti ao Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo de 2009, em São Paulo. Nele, ficou claro que a Copa resultaria em um prejuízo bilionário para a África do Sul e, talvez, quase trilionário para o Brasil. (4) Certo cliente do meu sogro era diretor de um clube de renome. Um dia, ele perguntou se o diretor poderia doar umas camisas para ele entregar aos netos de presente. O diretor respondeu-lhe que não fizesse isso com os netos, pois nem ele fazia com os dele. Por quê? Ele explicou que era para contar aos netos que futebol profissional não é um esporte honesto, que eles não perdessem tempo assistindo a qualquer partida. Jogassem no campinho como atividade recreativa, mas não usassem as camisas dos clubes, a fim de não colaborar com a desonestidade. No fim da conversa, ele esclareceu dizendo que, anualmente, os diretores dos três clubes da capital se reuniam para decidir quem seria o campeão do próximo ano. Aqueles que ficassem de fora do título, receberiam os bônus, em forma de casas, automóveis, viagens, mulheres, dinheiro. Por que vou perder meu tempo assistindo futebol? Eu sei que muitas dessas coisas que foram escritas aqui, aqueles que são honestos e têm bom senso deveriam conhecer.
Dedique o tempo que você perde durante a semana, em frente à TV ou em um estádio, permanecendo mais com a família, com os amigos que não são iludidos por essa camarilha do país helvético. Somos sul-americanos, com orgulho, e não podemos aceitar que uma instituição espúria nos ataque desse modo. Já não basta a entidade gestora do futebol haver dinamitado a soberania do Brasil impondo uma legislação própria? Vamos dar um chute nas más-intenções dessa entidade. Abrace essa causa e diga “não” à Fifa, “não” à Copa das Confederações de 2013, “não” à Copa do Mundo de 2014. Sabemos que iremos pagar essa conta o resto de nossa vida. Entretanto, deve ficar claro que “a Copa pode até afundar o Brasil, mas não a minha relação com Deus e com a família”.
(Ruben Dargã Holdorf é jornalista, foi editor do jornal O Estado do Paraná e hoje é professor universitário)
Nota: Além da ilusão idólatra do futebol, rapidamente ganhou força em nosso país (por imposição da mídia e aceitação passiva dos brasileiros) o UFC, com rios de sangue derramados do octógono e rios de dinheiro fluindo para o bolso de quem organiza e promove a carnificina. Cristãos gastarem tempo nessa arena moderna é no mínimo contraditório.[MB]
Leia também: "A última partida" e "Futebolópio do povo"
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