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Índios karajás recebem missão humanitária de jovens adventistas mato-grossenses
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Índios karajás recebem missão humanitária de jovens adventistas mato-grossenses
[Ilha do Bananal - TO] Awire! A saudação no idioma karajá que também quer dizer seja bem vindo, agora faz parte do vocabulário dos voluntários mato-grossenses que participaram da Missão Karajá 2009. Entre os dias 18 e 29 de julho, um grupo de 32 profissionais de diversas áreas partiram de Cuiabá – MT com destino a Ilha do Bananal – TO, com o objetivo de levar ajuda humanitária e espiritual a comunidade indígena situada as margens do rio Araguaia, entre Mato Grosso e Tocantins. Veja a galeria de fotos do evento Após quase 24 horas de viagem e muita poeira, o grupo chegou de ônibus no porto de Luciara e se acomodou na embarcação Tainá do Araguaia para começar as visitas as aldeias. São Domingo foi a primeira comunidade a receber atendimento médico, psicológico, recreativo e educacional para as crianças, manutenção nos laboratórios de informática e término da construção da Igreja Adventista local. Os sete computadores do laboratório de informática da Escola Rural de São Domingo foram conectados a internet e deixados prontos para o uso. Na sequência, os aldeãos de Fontoura receberam com entusiasmo o grupo de toris, termo que quer dizer homem branco em karajá. Logo na chegada, uma multidão de crianças e jovens saudou os toris gritando awire. Em três dias de trabalho, os voluntários reformaram o auditório construído pela Adra e o transformou em igreja, consertou os computadores do laboratório de informática e prestou atendimento médico e psicológico a todos os necessitados. Houve até um campeonato entre os sete times profissionais de futebol. O time Berohokã venceu o torneio fazendo jus a grandeza do nome que quer dizer o grande rio Araguaia. Mais seis horas de barco rio abaixo, Santa Isabel foi a terceira aldeia a receber a visita do grupo. No sábado pela manhã, o culto foi celebrado na igreja Adventista da aldeia entre toris e karajás. Ao lado do terreno do templo acontecia o primeiro Akaraji, uma versão karajá do Campori de Desbravadores. Os meninos e meninas do clube Kristu Deodu participaram do culto e depois receberam aulas do grupo de líderes de desbravadores de Mato Grosso. “É impressionante observar que aqueles a quem considerávamos limitados, são tão iguais ou mais dedicados em suas tarefas religiosas e sociais. Liderar a Missão Karajás e trabalhar de perto com os desbravadores foi uma lição de que cultura é apenas uma questão de aceitação”, comentou o pastor Levino Santos. Aproveitando a oportunidade, o grupo de voluntários mato-grossenses, ao desembarcar em São Felix do Araguaia, organizou uma tarde de ação global oferecendo atendimento médico, psicológico e jurídico a população local. A ação só foi possível graças a parceria com a secretaria de saúde do município que avaliou a atitude como singular na região. “Essa é a primeira vez que recebemos um grupo com esse objetivo e pelos resultados vamos apoiar mais vezes”, afirmou o secretário de saúde Carlo Fabiano Veronezzi. Durante a expedição foram realizados 10 batismos em três aldeias karajás. “As aldeias esperam o ano todo para receberem a Missão Karajá, é com se fosse uma festa onde o que se celebra são a integração cultural e o respeito ao próximo,” conta o pastor Matson Santana que é responsável pela comunidade indígena adventista na região há cinco anos. De acordo com Santana existem 130 índios adventistas na Ilha do Bananal. MISSÃO O cristianismo foi introduzido na cultura karajá em 1927 com o casal de missionários norte-americanos Nathan Allen e Alvin Allen. Depois o pastor Calleb Pinho e sua esposa Abgail Pinho deram continuidade ao trabalho com a lancha Luzeiros do Araguaia levando atendimento médico e odontológico na década de 1970. Na década seguinte, o pastor Eurico Muniz foi responsável pela região até que se graduou o primeiro pastor karajá, João Ueheriá. Desde então, Ueheriá foi o responsável pela etnia karajá até o pastor Matson Santana assumir o posto em 2005. De lá para cá foram realizados muitos projetos humanitários com a comunidade indígena da Ilha do Bananal. Em 2001 começou uma série visitas anuais organizadas pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo; foram seis edições até que em 2008 a liderança da Igreja Adventista na região centro-oeste assumiu a direção do projeto que passou a ser Missão Karajá, dessa vez também com foco evangelístico. Em 2008 voluntários de Brasília participaram da Missão e este ano foi a vez de Mato Grosso. Em 2010 os irmãos karajás irão conhecer os voluntários de Tocantins. SALDO FINAL Apesar dos dias intensos de trabalho, muitos voluntários terminaram o projeto entusiasmados e dispostos a retornar. “Voltarei quantas vezes tiver oportunidade, o maior beneficiado aqui com certeza fomos nós”, analisa a advogada Lídia Monteiro. Ao todo foram feitos 332 atendimentos médicos nas aldeias e em São Felix do Araguaia, 31 consultas com psicólogas, reforma geral nas igrejas de São Domingo, Fontoura e Santa Izabel, manutenção em 13 microcomputadores, atendimento aos 83 desbravadores das três aldeias, recreação com 245 crianças, torneio para 145 adultos, doação de material esportivo como bolas e uniformes além de uma bicicleta para o missionário Tewahura. Mas como disse a voluntária Lídia, o saldo positivo fica com os toris, que pensaram em levar auxilio e retornaram auxiliados. Abaixo segue o relato de alguns voluntários a respeito da Missão Karajás 2009. DEPOIMENTOS A Missão Karajá envolveu fatores impressionantes. Uma equipe com pessoas que praticamente não se conheciam, uma natureza exuberante, uma realidade de vida completamente diferente do nosso cotidiano. Mas o mesmo Deus que adoramos, também transforma índios karajás. E esse ponto em comum permitiu que esta Missão fosse cumprida com êxito. Obrigado Senhor por essa oportunidade. Deivis Teixeira – pastor distrital em Colíder – MT Participar da Missão Karajá 2009 significou valorizar o potencial missionário que todos podemos desenvolver dentro do campo profissional individual, se assim escolhermos servir ao Senhor. Visitamos os lares dessas pessoas sempre oferecendo algo, e na verdade, nós é que sempre saíamos presenteados. E diante da condição de vida deles - vícios, crises existenciais, inabilidade para lidar com os conflitos -, são intensos em dispensar sorrisos, solidariedade, respeito e amizade. Acima de tudo, estar entre o povo Karajá significou aprender a respeitar culturas diferentes, porém, conquistar corações a ponto de nos enxergarmos como um só povo, criados à semelhança de um único Deus. Rhafaela Marques Monteiro Salgado – estudante do 5º ano de Psicologia O trabalho realizado nas aldeias da Ilha do Bananal foi vivenciado com muita intensidade por todos os integrantes da equipe. O projeto foi elaborado com muita precisão e executado com muita força de vontade. No meu ponto de vista, a psicologia foi aceita e compreendida com muita facilidade pelos habitantes da ilha - inys. Tive a oportunidade de estar em contato direto com as pessoas, sentir a verdadeira receptividade e amizade deles, ouvir suas dificuldades e problemas, e ajudá-los a diminuir o sofrimento e buscar o caminho certo a seguir. O envolvimento com eles foi muito espontâneo e sincero. Espero que o nosso trabalho seja apenas o começo e sirva de base para os projetos futuros, podendo assim ver o resultado alcançado. Deise Rocha - estudante do 4º ano de Psicologia Desde criança fui fascinada pelos relatos do Informativo Mundial das Missões. A Missão Karajás foi a minha oportunidade de realizar o sonho de fazer parte das histórias que poderão inspirar outras crianças a serem missionárias, seja pertinho de casa ou em outro país. Foi uma experiência que com certeza me fez crescer muito, como cidadã e como cristã, principalmente. Lídia Monteiro – bacharel em Direito Amor por um povo traduzido em atos de bondade, amizade e fé. A Missão Karajá 2009 marcou meu ministério. O amor de Deus derruba todas as barreiras, quer sociais ou culturais. Só um pouquinho mais, e o Senhor vai congregar cada nação, tribo, língua e povo. Foram dez dias de comunhão com Deus, contato com a natureza e com o povo Karajá cuja hospitalidade e alegria são contagiantes. Me impressionou o espírito fraterno entre eles, e como a liberdade é valorizada. Porém, a maior liberdade que podemos desfrutar, está em Jesus, só Ele nos liberta do pecado e nos garante a vida eterna. O grande Deus, Wedu Nirrican abençoe o povo Karajá. Joelson Ferreira – pastor distrital em Várzea Grande Acabamos de voltar de um universo totalmente diferente do qual estamos acostumados. Confesso que ao chegar à Ilha tentava imaginar como seria trabalhar com os Karajás, mas ao terminar o projeto a única coisa que posso dizer é que estou com saudades. Já estou quase pintando duas bolinhas no meu rosto e me tornando um deles, de tanto que me impressionei com sua cultura e sinceridade. Resumindo, foi uma experiência para toda a vida, e quando tiver outra oportunidade, lá estarei!!! Juliano Will – técnico de Informática e Segurança Eletrônica Foi uma benção, Deus não podia ter me preparado coisa melhor. Algo que não irei esquecer, é do sorriso do garoto que entrou no barco. Aquela cena ficou na minha memória, e as vezes ela fica passando como se fosse um filme que jamais quero esquecer. Hoje tenho certeza que Deus ama a todos independente de etnia, cor, riqueza. Deus tem um plano na vida de cada um e eu já descobri o meu e vou realizá-lo com a benção de Deus. Awire! Wélita Will – estudante de Pedagogia Paulo Mondego |
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