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Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
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Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Jorge- Mensagens : 2
Idade : 54
Inscrição : 10/05/2010
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Se você acha que não então diga qual...
Diephe- Mensagens : 26
Idade : 50
Inscrição : 28/10/2010
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Nobre irmãos shalom de Yahuh, a pergunta merece uma resposta digna e a autura para que os leitores entendam o real posicionamento deste livro.
1) Os mandamentos morais (os Dez Mandamentos) do AT continuam vigentes ou valendo? Re- isto depende de quem quer obedece-lo!
Todo aquele que quizer obedecer os Dez Mandamentos hoje, são considerados como "legalistas" que não aceitaram a vinda do Messias Yahushuah; para estes, o Mashiach ainda não nasceu e a Nova Aliança é uma fraude.
Porque? Qualquer um ou grupo de pessoas que aderirem a guarda de qualquer um destes Dez Mandamentos, estão obrigados por decreto divino, a guardar toda a lei e seus estatutos que são 613, sem falhar um!
Isto implica na negação da vinda do Mashiach Yahushuah; para estes, o Mashiach ainda não veio e o mundo continua maldito, não tem nada reconciliado, tem que continuar: a guardar dias e festas, abstinencias de manjares, os rituais de sacrificios de animais e a matança dos rebeldes.
Porque? Não se pode usar duas alianças (sangue de bodes e de humano) num mesmo concerto! A torah (sangue de bodes) é um concerto perpétuo e a Nova Aliança (sangue do Príncipe e Salvador Yahushuah) também o é, assim sendo, cada uma tem a sua função e o seu galardão.
Para os Gideões de Yahushuah, que aceitaram o Mashiach Yahushuah como nosso Príncipe e Salvador, o antigo pacto está arquivado e não o usamos como regra de fé e prática de salvação das nossas almas.
Porque? No antigo pacto (com sangue de animais), não existia promessa de salvação de alma, mais sim, uma morada temporária na terra que manava leite e mel que é a Palestina de hoje que está um caos.
A Nova Aliança (feita no sangue de Yahushuah Ha-Mashiach) é que existe a promessa da salvação de nossas almas e a vida eterna no Reino Eterno de Yahuh dos Exércitos; tendo como Salvador de nossas almas o Príncipe e Salvador Yahushuah.
Qual a finalidade de se guardar a torah hoje? Nenhuma! Primeiro, ela apontava para um Salvador e não era o modelo de salvação; se ela, a torah, nos trouxe o Messias Yahushuah, porque continuarmos escravos de suas leis nazistas? De modo nenhum!
Segundo, para se guardar a torah, temos que usar o juízo impiedoso da torah, temos que voltar a matar as pessoas que não guardam o Shabat, os idólatras e continuarmos a esperar o Messias, como os judeus ainda estão esperando.
Para nós os Gideões de Yahushuah, a torah foi arquivada e hoje seguimos por fé a doutrina da "água e do Espírito" através do sangue de Yahushuah Ha-Mashiach;
Assim, a torah virou para nós uma espécie de exemplo do passado, mais nunca uma regra de fé e modelo de salvação, porque? A nossa salvação está no Único Nome: Yahushuah Ha-Mashiach Atos 4;12, amém.
1) Os mandamentos morais (os Dez Mandamentos) do AT continuam vigentes ou valendo? Re- isto depende de quem quer obedece-lo!
Todo aquele que quizer obedecer os Dez Mandamentos hoje, são considerados como "legalistas" que não aceitaram a vinda do Messias Yahushuah; para estes, o Mashiach ainda não nasceu e a Nova Aliança é uma fraude.
Porque? Qualquer um ou grupo de pessoas que aderirem a guarda de qualquer um destes Dez Mandamentos, estão obrigados por decreto divino, a guardar toda a lei e seus estatutos que são 613, sem falhar um!
Isto implica na negação da vinda do Mashiach Yahushuah; para estes, o Mashiach ainda não veio e o mundo continua maldito, não tem nada reconciliado, tem que continuar: a guardar dias e festas, abstinencias de manjares, os rituais de sacrificios de animais e a matança dos rebeldes.
Porque? Não se pode usar duas alianças (sangue de bodes e de humano) num mesmo concerto! A torah (sangue de bodes) é um concerto perpétuo e a Nova Aliança (sangue do Príncipe e Salvador Yahushuah) também o é, assim sendo, cada uma tem a sua função e o seu galardão.
Para os Gideões de Yahushuah, que aceitaram o Mashiach Yahushuah como nosso Príncipe e Salvador, o antigo pacto está arquivado e não o usamos como regra de fé e prática de salvação das nossas almas.
Porque? No antigo pacto (com sangue de animais), não existia promessa de salvação de alma, mais sim, uma morada temporária na terra que manava leite e mel que é a Palestina de hoje que está um caos.
A Nova Aliança (feita no sangue de Yahushuah Ha-Mashiach) é que existe a promessa da salvação de nossas almas e a vida eterna no Reino Eterno de Yahuh dos Exércitos; tendo como Salvador de nossas almas o Príncipe e Salvador Yahushuah.
Qual a finalidade de se guardar a torah hoje? Nenhuma! Primeiro, ela apontava para um Salvador e não era o modelo de salvação; se ela, a torah, nos trouxe o Messias Yahushuah, porque continuarmos escravos de suas leis nazistas? De modo nenhum!
Segundo, para se guardar a torah, temos que usar o juízo impiedoso da torah, temos que voltar a matar as pessoas que não guardam o Shabat, os idólatras e continuarmos a esperar o Messias, como os judeus ainda estão esperando.
Para nós os Gideões de Yahushuah, a torah foi arquivada e hoje seguimos por fé a doutrina da "água e do Espírito" através do sangue de Yahushuah Ha-Mashiach;
Assim, a torah virou para nós uma espécie de exemplo do passado, mais nunca uma regra de fé e modelo de salvação, porque? A nossa salvação está no Único Nome: Yahushuah Ha-Mashiach Atos 4;12, amém.
Fco Oliveira- Mensagens : 211
Idade : 62
Inscrição : 15/07/2009
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Só respende uma coisa:
Pela antiga lei diz não adulterar...
Se lermos no antigo testamento só era considerado adultério o ato sexual...
Se obedecessemos esta lei hoje eu poderia ficar com quantas mulheres eu quisesse que não teria problema... bastaria não ter o ato sexual com penetração... todo o resto poderia...
Na lei de Cristo sobre ao adultério... o até pensar em uma mulher com pensamentos impuros (e não significa só o sexo) a pessoa está pecando...
Qual que é mais fácil de observar nos dias de hoje:
a lei antiga ou a lei de Cristo?
e a lei de Cristo se opõem em que a lei antiga?
e qual las leis de Cristo que se opõem as leis morais do antigo testamento?
Dãããããã...
Ô coisa difícil de Adventista ou as outras igrejas aprenderem... parece que não entra na cabeça... novamente a bíblia está correta em dizer que nos ultimos dias as pessoas não iriam ver, ouvir e entender... não adianta mostrar, falar ou explicar... todos tem os sentidos empedrados...
Pela antiga lei diz não adulterar...
Se lermos no antigo testamento só era considerado adultério o ato sexual...
Se obedecessemos esta lei hoje eu poderia ficar com quantas mulheres eu quisesse que não teria problema... bastaria não ter o ato sexual com penetração... todo o resto poderia...
Na lei de Cristo sobre ao adultério... o até pensar em uma mulher com pensamentos impuros (e não significa só o sexo) a pessoa está pecando...
Qual que é mais fácil de observar nos dias de hoje:
a lei antiga ou a lei de Cristo?
e a lei de Cristo se opõem em que a lei antiga?
e qual las leis de Cristo que se opõem as leis morais do antigo testamento?
Dãããããã...
Ô coisa difícil de Adventista ou as outras igrejas aprenderem... parece que não entra na cabeça... novamente a bíblia está correta em dizer que nos ultimos dias as pessoas não iriam ver, ouvir e entender... não adianta mostrar, falar ou explicar... todos tem os sentidos empedrados...
Diephe- Mensagens : 26
Idade : 50
Inscrição : 28/10/2010
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Mestre você tem toda razão:
Ô coisa difícil de um Adventista ou de qualquer outras igrejas aprenderem, principalmente dos que querem ser judeus e nem sabe o que isto significa... parece que não entra na cabeça... Sem a luz divina meu amado, impossivel.
Ô coisa difícil de um Adventista ou de qualquer outras igrejas aprenderem, principalmente dos que querem ser judeus e nem sabe o que isto significa... parece que não entra na cabeça... Sem a luz divina meu amado, impossivel.
Fco Oliveira- Mensagens : 211
Idade : 62
Inscrição : 15/07/2009
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Mestre só tem um e Ele está no céu...
se isto te importa, sou judeu de sangue... e sou cristão...
os judeus não aceitam o cristo do "cristianismo moderno" porque estão certos em não aceitar... o Cristo do Novo Testamento não é o cristo que ensinam... segundo João, eles estão ensinando segundo o anti cristo...
Cristo não veio se opor ao judaismo veio buscar os que estavam fora dele... as promessas foram feitas aos judeus... não existem novas promessas... existe é um resgate aos que estavam fora...
antes de tudo, Cristo era judeu e não cristão... o cristianismo são seguidores de um judeu chamado Jesus, o qual é o Cristo...
Por outro lado, quando os judeus rejeitaram ao Cristo rejeitaram a única maneira de continuarem judeus... se tivessem aceitado o sacerdócio e o sacrifício (o cordeiro não é voluntário mas é mudo diante a morte) poderiam continuar com todas as suas festas... o calendário judaico não tem valor sem sacrifício... para cada dia da semana era preciso dois sacrifícios... no sábado eram preciso quatro sacrifícios, dois pelo dia e dois por ser sábado... e sem sacrifício o que Deus aceita?
se isto te importa, sou judeu de sangue... e sou cristão...
os judeus não aceitam o cristo do "cristianismo moderno" porque estão certos em não aceitar... o Cristo do Novo Testamento não é o cristo que ensinam... segundo João, eles estão ensinando segundo o anti cristo...
Cristo não veio se opor ao judaismo veio buscar os que estavam fora dele... as promessas foram feitas aos judeus... não existem novas promessas... existe é um resgate aos que estavam fora...
antes de tudo, Cristo era judeu e não cristão... o cristianismo são seguidores de um judeu chamado Jesus, o qual é o Cristo...
Por outro lado, quando os judeus rejeitaram ao Cristo rejeitaram a única maneira de continuarem judeus... se tivessem aceitado o sacerdócio e o sacrifício (o cordeiro não é voluntário mas é mudo diante a morte) poderiam continuar com todas as suas festas... o calendário judaico não tem valor sem sacrifício... para cada dia da semana era preciso dois sacrifícios... no sábado eram preciso quatro sacrifícios, dois pelo dia e dois por ser sábado... e sem sacrifício o que Deus aceita?
Diephe- Mensagens : 26
Idade : 50
Inscrição : 28/10/2010
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Meu querido, a princípio como disse: nenhum judeu pode ser chamado de cristão, sabe porque? Cristão para eles é isto:
Cristãos quer dizer escravo do derrotado, do fracassado que se dizia messias. Esta palavra cristão foi inventada pelo o inimigo do Salvador, foi a forma mais cruel de debochar do Príncipe e Salvador Yahushuah que Satanás usou chamá-lo de Cristo!
Em síntese, o significado literal dessa palavra CRISTO é ESMAGADO, ESFREGADO, Triturado por THEOS/ZEUS. Este título na realidade foi uma forma indireta dos gregos afirmarem sua vitória, seu poder, seu domínio sobre os Yahudim daquela época.
Atos 11: 26 e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos.
Da mesma forma que algumas pessoas hoje caçoam, zombam dos crentes dizendo: “lá vai os bíblias”
Para os Gregos foi um prato cheio para sujar o sacrifício salvítico do Príncipe e Salvador Yahushuah, chama-lo de Cristo ou o fracassado; porque vitorioso é somente um: Ha-shatan que o venceu com a morte.
Esse é o real motivo dos judeus não aceitarem o vosso Jesus Cristo e não essa baboseira que falaste sobre a torah; o Mashiach dos hebreus cumpriu sim a torah e seu estatuto e consumou tudo na sua cruz, cravando-a no sua cruz e criou a Nova Aliança que os amados desconhecem.
Cristãos quer dizer escravo do derrotado, do fracassado que se dizia messias. Esta palavra cristão foi inventada pelo o inimigo do Salvador, foi a forma mais cruel de debochar do Príncipe e Salvador Yahushuah que Satanás usou chamá-lo de Cristo!
Em síntese, o significado literal dessa palavra CRISTO é ESMAGADO, ESFREGADO, Triturado por THEOS/ZEUS. Este título na realidade foi uma forma indireta dos gregos afirmarem sua vitória, seu poder, seu domínio sobre os Yahudim daquela época.
Atos 11: 26 e tendo-o achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos.
Da mesma forma que algumas pessoas hoje caçoam, zombam dos crentes dizendo: “lá vai os bíblias”
Para os Gregos foi um prato cheio para sujar o sacrifício salvítico do Príncipe e Salvador Yahushuah, chama-lo de Cristo ou o fracassado; porque vitorioso é somente um: Ha-shatan que o venceu com a morte.
Esse é o real motivo dos judeus não aceitarem o vosso Jesus Cristo e não essa baboseira que falaste sobre a torah; o Mashiach dos hebreus cumpriu sim a torah e seu estatuto e consumou tudo na sua cruz, cravando-a no sua cruz e criou a Nova Aliança que os amados desconhecem.
Fco Oliveira- Mensagens : 211
Idade : 62
Inscrição : 15/07/2009
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Pelo visto você segue a Lieber e o Telema... afff
Diephe- Mensagens : 26
Idade : 50
Inscrição : 28/10/2010
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
Permitam-me destacar alguns pontos que requerem melhor esclarecimento nesta discussão. Primeiro, que o escriba que entrevistou-se com Jesus e lhe fez a pergunta "para prová-lo" (Mat. 22:35) ficou satisfeito com a Sua resposta (Mar. 12:28-34). Por quê? É que percebeu que Jesus não estava contradizendo nada da lei de Israel, como ele estava bem acostumado.
A “regra áurea” de 'amor a Deus' e 'amor ao próximo' é a SÍNTESE de toda a legislação divina, não seu substituto. Jesus não estava apresentando nenhuma nova e revolucionária “legislação cristã”, como muitos pensam. Apenas reiterava os princípios básicos da lei, e Paulo faz o mesmo em Rom. 13:10.
Para entender o teor de toda a discussão de Paulo sobre a lei, basta ler Rom. 9:30-32: Israel tropeçou porque buscou na lei a fonte de justificação. Esse foi o seu erro pois não é essa a função da lei.
Agora, leiam Hebreus, caps. 7 a 10, que é onde o seu autor busca explicar a seus leitores de origem judaica o sentido de toda a legislação israelita sobre ritos cerimoniais e sacerdócio. Fica claro que as leis cerimoniais cessaram em vista de terem cumprido o seu papel tipológico, simbólico, do sacrifício expiatório de Cristo.
Mas há três grandes AUSENTES nessas discussões: 1 - o sábado, 2 - as leis de restrição alimentar, 3 - o dízimo.
Essas três coisas tinham o maior destaque para o povo de Israel e integravam praticamente o seu dia-a-dia. É incrível que tais elementos, tão destacados da religião de Israel, não merecessem uma discussão detalhada de seu sentido prefigurativo que justificasse a sua eliminação.
Se não constam tais discussões sobre esses três elementos, é porque não havia por que discuti-los--NÃO ERAM PREFIGURATIVOS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO. Ou seja, não tinham caráter cerimonial. Então, não foram abolidos na cruz de Cristo.
E sobre o que foi dito acima, que agora estamos na “graça”, o fato é que isso reflete um entendimento falso, pois SEMPRE houve a graça de Deus, desde a pregação do chamado proto-Evangelho de Gên. 3:15. Foi um ato de graça divino conceder ao homem pecador mais uma chance, oferecendo-lhe o Libertador futuro.
Graça e lei sempre vieram juntas, cada qual cumprindo o seu papel, que envolve a justificação (graça, da parte de Deus) e a santificação (obediência às leis divinas, da parte do homem).
A “regra áurea” de 'amor a Deus' e 'amor ao próximo' é a SÍNTESE de toda a legislação divina, não seu substituto. Jesus não estava apresentando nenhuma nova e revolucionária “legislação cristã”, como muitos pensam. Apenas reiterava os princípios básicos da lei, e Paulo faz o mesmo em Rom. 13:10.
Para entender o teor de toda a discussão de Paulo sobre a lei, basta ler Rom. 9:30-32: Israel tropeçou porque buscou na lei a fonte de justificação. Esse foi o seu erro pois não é essa a função da lei.
Agora, leiam Hebreus, caps. 7 a 10, que é onde o seu autor busca explicar a seus leitores de origem judaica o sentido de toda a legislação israelita sobre ritos cerimoniais e sacerdócio. Fica claro que as leis cerimoniais cessaram em vista de terem cumprido o seu papel tipológico, simbólico, do sacrifício expiatório de Cristo.
Mas há três grandes AUSENTES nessas discussões: 1 - o sábado, 2 - as leis de restrição alimentar, 3 - o dízimo.
Essas três coisas tinham o maior destaque para o povo de Israel e integravam praticamente o seu dia-a-dia. É incrível que tais elementos, tão destacados da religião de Israel, não merecessem uma discussão detalhada de seu sentido prefigurativo que justificasse a sua eliminação.
Se não constam tais discussões sobre esses três elementos, é porque não havia por que discuti-los--NÃO ERAM PREFIGURATIVOS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO. Ou seja, não tinham caráter cerimonial. Então, não foram abolidos na cruz de Cristo.
E sobre o que foi dito acima, que agora estamos na “graça”, o fato é que isso reflete um entendimento falso, pois SEMPRE houve a graça de Deus, desde a pregação do chamado proto-Evangelho de Gên. 3:15. Foi um ato de graça divino conceder ao homem pecador mais uma chance, oferecendo-lhe o Libertador futuro.
Graça e lei sempre vieram juntas, cada qual cumprindo o seu papel, que envolve a justificação (graça, da parte de Deus) e a santificação (obediência às leis divinas, da parte do homem).
Eduardo- Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010
Re: Os mandamentos morais do AT continuam vigentes ?
A Questão da Lei Divina
Olá, amigos
Entre os grandes erros que a cristandade tem acatado, sabemos que ocorre o pensamento, que é dominante no ambiente evangélico/protestante, de que a lei dos 10 Mandamentos teria sido "abolida", ou que o seu 4o. mandamento não mais se aplica aos cristãos por ter cumprido o seu papel cerimonial.
Mas observem alguns fatos importantes de que nossos irmãos evangélicos muitas vezes não são sabedores:
O Que Disseram e Dizem Grandes Próceres Cristãos Evangélicos e as Confissões de Fé das Diferentes Igrejas Cristãs Sobre o Tema da Lei de Deus e do Seu Quarto Mandamento
As Confissões de Fé oficiais das diferentes igrejas evangélicas-protestantes sempre ensinaram a vigência do Decálogo como norma de conduta cristã, bem como próceres do mais elevado conceito e gabarito no meio cristão. A enumeração abaixo dessas autoridades demonstra que:
a) A lei de Deus é expressão de Seu caráter de santidade, justiça e amor e antecede a própria criação do universo, sendo revelada aos homens em linguagem a eles adaptada, segundo suas condições de vida sobre este planeta, nos Dez Mandamentos, síntese dessa lei divina.
b) Os Dez Mandamentos sempre foram e serão a regra de conduta válida para o povo de Deus do passado e do presente, a comunidade de cristãos regenerados (não para promover salvação, logicamente, mas porque temos a Jesus como Salvador e Senhor de nossa vida--ver João 14:15; 1 Cor. 7:19).
c) O Decálogo divino é reconhecido pelas clássicas Confissões de Fé das várias igrejas evangélicas-protestantes e por doutíssimas autoridades em Teologia do passado e do presente, pertencentes às diferentes igrejas, como vigente para os cristãos, entendendo que as leis definiam-se como moral, cerimonial, civil, etc.
d) Os que ensinam que tal norma de conduta caducou ou é inferior é um mau cristão, indigno de confiança (ver também Mateus 5:19).
e) O 4o. mandamento prossegue em vigor tanto quanto qualquer dos demais nove do Decálogo. O sábado teve sua origem no Éden, quando da criação do mundo (Gên. 2:2,3) e foi estabelecido para o benefício físico e espiritual do homem (Marcos 2:27), devendo ser dedicado a Deus e observado em suas 24 horas.
1. Pensamento Oficial das Várias Igrejas Cristãs Evangélicas:
Igreja Batista: “Cremos que a Lei de Deus é a eterna e imutável regra de seu governo moral; que é santa, justa e boa; e que a incapacidade que as Escrituras atribuem ao homem caído para cumprir seus preceitos deriva inteiramente de seu amor pelo pecado; sendo um dos grandes objetivos do Evangelho e dos meios de graça ligados ao estabelecimento da igreja visível livrá-lo e restaurá-lo mediante um Mediador à genuína obediência à santa Lei.- Artigo 12 da “Confissão de New Hampshire”.
“Todos nós temos a obrigação de cumprir a lei moral. . . . que é a que nos prescreve as obrigações para com Deus e o próximo. . . . A lei se acha expressa com maior minuciosidade nos dez mandamentos, dados por Deus a Moisés no Sinai”.--Catecismo da Doutrina Batista, do Pastor W. D. T. MacDonald, págs. 28 e 29.
Igreja Metodista: “O Velho Testamento não é contrário ao Novo: pois tanto no Velho quanto no Novo Testamento a vida eterna é oferecida à humanidade por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem, sendo tanto Deus quanto homem. . . . Conquanto a lei dada por Deus mediante Moisés, no que tange a cerimônias e ritos, não seja vigente para os cristãos, nem os seus preceitos civis . . . não obstante nenhum cristão de modo algum está livre da obediência aos mandamentos que são denominados Morais”.--Artigo 7 dos “Trinta e Nove Artigos de Religião”.
Obs.: Esta mesma confissão é adotada pela Igreja Episcopal.
Igreja Luterana: “Conquanto aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo, e são sinceramente convertidos a Deus, estão mediante Cristo libertos da maldição e restrições da Lei, não obstante não estão, nesse sentido, sem Lei, uma vez que o Filho de Deus os redimiu para a razão mesma de que possam meditar sobre a Lei de Deus dia e noite, e continuamente exercitar-se em sua observância”.--“Fórmula de Concórdia”, Artigo 6.
Igreja Presbiteriana: “A lei moral para sempre obriga a todos, tanto as pessoas justificadas quanto as demais, à sua obediência; e isso não só com respeito a seu conteúdo, mas também com respeito à autoridade de Deus o Criador que a concedeu. Nem Cristo no evangelho de modo algum desfez, mas fortaleceu essa obrigação. . .”
“O Espírito de Cristo subjuga e capacita a vontade do homem para . . . cumprir o que a vontade de Deus, revelada na Lei, requer que seja feito. . . .
“A liberdade que Cristo adquiriu para os crentes sob o evangelho consiste em sua liberdade da culpa do pecado, da condenatória ira de Deus, da maldição da lei moral . . . Sob o Novo Testamento a liberdade do cristão é mais ampliada na liberdade do jugo da lei cerimonial, à qual a igreja judaica estava sujeita”.--Seções V, VII e XX do Capitulo XIX da “Confissão de Fé de Westminster”.
No capítulo XIX, da Confissão de Fé (da Igreja Presbiteriana), nós encontramos a seguinte afirmação:
"I. Deus deu a Adão uma lei, como um concerto de obras, pelo qual ele se sujeitava e toda a sua posteridade à obediência pessoal, completa, exata e perpétua; prometia vida ante o cumprimento, e ameaçava de morte por sua quebra; e o capacitava de poder e habilidade para cumpri-la.
"II. Essa lei, após a queda, continuou a ser a perfeita regra de justiça; e, como tal, foi concedida por Deus sobre o Monte Sinai em dez mandamentos, e escrita em duas tábuas; os primeiros quatro mandamentos contendo o nosso dever para com Deus, e os outros sei o nosso dever para com o homem.
"III. Além dessa lei, comumente chamada moral, Deus agradou-Se de dar ao povo de Israel, como uma Igreja em minoridade, leis cerimoniais, contendo várias ordenanças típicas, parcialmente de culto, prefigurando a Cristo, Suas graças, ações, sofrimentos, e beneficios; e parcialmente estabelecendo diversas instruções de deveres morais. Todas essas leis cerimoniais estão agora abrogadas sob o Novo Testamento.
"IV. A eles também, como um corpo político, Ele concedeu vários leis judiciais, que expiraram juntamente com o Estado daquele povo [judaico], não obrigando quaisquer outros agora, mais do que a igualdade geral que a mesma possa exigir". -- Confissão de Fé de Westminster, Cap. 19, citado em Philip Schaff, The Creeds of Christendom, Vol. 3, pág. 640, 641.
Igreja Congregacional: “Declaração de Savóia”, contendo a mesma “Confissão de Fé de Westminster” relativa à Igreja Presbiteriana (ver citação acima). Também Art. 21 da declaração oficial de fé da denominação, afirma, sob o título "Da Obediência dos Crentes:
“Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei, senão pelos merecimentos de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça. Ef 2:8,9; I Jo 5:2,3; Tt 3:4-8”.
Adicionalmente, ensina a Lição da Escola Dominical da UIECB de 15-8-71: “A transmissão da Lei em Monte Sinai constitui-se em um dos acontecimentos mais destacados, e mais universal. . . Como as rochas . . . da montanha em que foram transmitidos, estes preceitos formam a base imóvel da vida moral de homens e de nações, o fundamento duradouro de toda civilização digna e firme”.
Trecho do hino no. 519 do Hinário Salmos e Hinos, utilizado pela denominação Congregacional: “Salvação por homens dada, paz fingida, paz comprada, lei de Deus falsificada, tudo rejeitai! Lei de Deus não muda, o Senhor ajuda a quem cumprir sem desistir”.
2. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Passado Sobre o Tema da Lei Divina:
Declarou João Wesley [Works of Wesley--Obras de Wesley (New York: Waugh & Mason, 1833)], fundador do metodismo e o grande evangelista e reavivalista do século XVIII em um dos seus famosos sermões:
“Na mais alta categoria dos inimigos do evangelho de Cristo, estão aqueles que, aberta e explicitamente, ‘julgam a lei’, e ‘falam mal da lei’; aqueles que ensinam os homens a quebrar . . . não somente um . . . mas todos os mandamentos de um só golpe. . . Isto é, na verdade, demolir enunciados com muita violência. . . ; isto é resistir na cara a nosso Senhor”.
“A lei moral firma-se sobre um fundamento inteiramente diverso da lei cerimonial ou ritual, que tinha o desígnio de servir para uma restrição temporária sobre um povo desobediente e de dura cerviz; enquanto esta [a lei moral] procede do princípio do mundo, sendo ‘escrita, não em tábuas de pedra’, mas nos corações de todos os filhos dos homens, quando saíram das mãos do Criador”. -- João Wesley, “Upon Our Lord’s Sermon on the Mount”, Discurso 5, em Works of Wesley, Vol. 5, (edição de 1829), p. 311.
Por seu turno, o fervoroso evangelista Moody acrescenta estes valiosos pensamentos:
“Jamais encontrei um homem honesto que achasse falta nos Dez Mandamentos. A lei dada no Sinai nada perdeu de sua solenidade. . . . O povo precisa ser levado a compreender que os Dez Mandamentos estão ainda em vigor, e que há uma penalidade ligada a cada violação. . . . O sermão do monte não cancelou os Dez Mandamentos”.--Weighed and Wanting, págs. 11 e 16.
E eis o que Lutero falou sobre os Dez Mandamentos num escrito “contra os antinomistas”:
“Eu muito me admiro como chegou a ser-me imputado que eu rejeitaria a lei dos dez mandamentos. . . . pode alguém pensar que o pecado existe onde não há lei? Quem quer que ab-rogue a lei, deve necessariamente abrograr também o pecado.--Martinho Lutero, “Wider die Antinomer” (contra os antinomistas), secs. 6, 8, in seus Sämsmtliche Schriften, ed. Por Johann George Walck, Vol. 20 (St. Louis, Concordia, 1890), cols. 1613, 1614.
3. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Presente Sobre o Tema da Lei Divina:
Vejamos o que pensam autores cristãos-evangélicos mais modernos. O Pr. Carlo Johansson, da Igreja Assembléia de Deus, faz a seguinte afirmativa:
“A lei é a vontade de Deus, no Decálogo”.--Síntese Bíblica do Velho Testamento, pág. 48.
Já o Pr. Harold J. Brokke, também pentecostal, declara:
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias. . . a santa lei de Deus é um pré-requisito divino para uma experiência mais profunda da graça”.--Prosperidade Pela Obediência, pág. 10.
Por sua vez, o Pr. Myer Pearlman, pentecostal, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, por muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”, assim se expressou:
“Os mandamentos representam e expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos”.--Através da Bíblia, pág. 27.
Já citado, o Pr. Harold J. Brokke, dá várias respostas a essa pergunta. Ele diz:
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. . . . Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. . . . O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. . . . Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis”.--Op. Cit., págs. 14, 15, 16 e 17.
Concordando de que a lei de Deus é para o benefício do homem, o Pr. Carlo Johansson declarou o seguinte:
“O decálogo--fundamento do pacto e o mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade”.--Op. Cit., pág. 116.
Por seu turno, o Pastor Nilson do Amaral Fanini, pregador do programa de televisão “Reencontro”, escreveu o seguinte no seu livro Dez Passos Para Uma Vida Melhor, págs.18 e 19:
“Se quisermos viver em paz com Deus e com o nosso próximo devemos, então, observar o Decálogo. . . . Devemos obedecer não por medo mas por amor. Precisamos observar as leis divinas tais quais elas são e não acomodá-las de acordo com as tendências da época, esquecendo ou comprometendo as leis divinas que regem a conduta moral”.
Para o Dr. George Eldon Ladd, teólogo de renome, batista, a resposta é a seguinte:
“Está claro que a Lei continua a ser a expressão da vontade de Deus para a conduta, mesmo para aqueles que não estão mais sujeitos à lei”.--Teologia do Novo Testamento, pág. 473.
Quem responde a isto é o Pastor Antonio Neves de Mesquita, Doutor em Teologia, e professor de seminários batistas de grande projeção. No seu livro Estudo no Livro de Êxodo, pág. 133, ele registrou estas palavras:
“Tomemos em consideração que antes de serem dadas as dez proposições, comumente chamadas Lei, já todos os ensinos nelas codificados estavam em vigor. Podemos mesmo dizer que desde que apareceu o homem sobre a terra os princípios do Decálogo tinham força de lei. E, se quisermos recuar mais ao passado, podemos afirmar que nunca houve tempo nem eternidade em que tais princípios não existissem. . . . Quando o homem foi criado, não lhe foi dada esta lei em forma catalogada, mas lhe foi posta no coração, dentro da consciência, dentro de sua íntima natureza, para que por ela se governasse”. (Grifos nossos)
Aí está o testemunho de alguém que estudou bastante o Livro de Deus, e os ensinamentos dos grandes mestres da Igreja Batista. O Dr. Antonio Neves de Mesquita é autoridade muito responsável, e que pode muito bem responder pela Igreja Batista!
E temos Billy Graham citando Wesley sobre os Dez Mandamentos:
“A exemplo de Wesley, sinto que deva pregar a lei e o juízo antes de pregar a graça e o amor. . . . Os dez mandamentos . . . são as leis morais de Deus para a conduta das pessoas. Alguns pensam que eles foram revogados. Isso não é verdade. Cristo ensinou a lei. Eles ainda estão em vigor hoje. Deus não mudou. As pessoas é que têm mudado. . . . A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Os Dez Mandamentos são um espelho para nos mostrar como ficamos aquém em preencher os requisitos de Deus”.--Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, Billy Graham and the New York Crusade (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), pp. 108 e 109.
Noutro sermão o grande evangelista prossegue:
“Eu vos advirto esta noite, não pode haver paz até que a Lei seja observada e não há poder em nós para observar a Lei. A natureza humana é corrupta. É por isso que Cristo veio para dar-nos uma nova natureza e pôr em operação forças que nos possam trazer à existência uma nova ordem mundial”.--Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, Billy Graham and the New York Crusade (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 191.
E eis declarações de um autor batista:
“Jesus não deu um novo código moral. Ele não foi um segundo Promulgador de leis, como Moisés. Ele era muito superior, e Seus ensinos morais situam-se num plano muito mais elevado do que os de Moisés. Ele não Se preocupava tanto com enunciar regras detalhadas para regular a vida moral, e sim em enunciar princípios eternos pelos quais os homens deviam viver sob Deus e em falar sobre motivos e propósitos que deviam governar todos os nossos atos.
“Jesus não concedeu um novo código, mas também não disse que os ensinamentos do Velho Testamento estavam suspensos. As leis cerimoniais e ritualísticas do Velho Testamento foram ab-rogados para o cristão, mas não os Dez Mandamentos”—J. Philip Hyatt, The Teacher (publicação batista), outubro de 1943, Vol. 57, no. 10, pág. 5.
O grande evangelista Spurgeon, por seu turno, declarou:
“A lei de Deus é uma lei divina, santa, celestial, perfeita. Aqueles que acham defeito na lei, ou que a depreciam em grau mínimo, não compreendem o seu desígnio e não têm uma idéia correta da própria lei. Paulo diz que ‘a lei é santa, mas eu sou carnal; vendido sob o pecado’. Em tudo quanto dizemos concernente à justificação pela fé, nunca intencionamos diminuir o conceito que nossos ouvintes têm da lei, pois a lei é uma das obras de Deus mais sublimes. Não ocorre nenhum mandamento a mais, não há lei nenhuma de menos, mas é tão incomprável que sua perfeição é uma prova de sua divindade”. – Charles H. Spurgeon, Sermons, 2a. série (1857), p. 280.
* Existe uma Divisão de Lei Moral e a Lei Cerimonial?
Da obra A Interpretação da Bíblia, de Weldon E. Viertel, autor batista, na pág. 194, nós transcrevemos este texto:
“A Lei pode ser dividida em três tipos: cerimonial, civil e moral. . . . De acordo com o livro de Hebreus, as leis cerimoniais eram sombras de Cristo. A sombra foi substituída pela realidade de Cristo e Seu ato redentor. As leis cerimoniais foram cumpridas; portanto, a Igreja não observa as leis sacrificiais e os festivais. As leis cerimoniais foram aplicadas a Cristo, em grande parte pelo uso da tipologia.
“. . . A lei moral continua efetiva; todavia, Cristo deu-lhe outro nível de sentido e aplicação. Lidou com a raiz das atividades éticas, incluindo atividades e motivos (o coração do homem)”. (grifos nossos)
Ainda, Antonio Neves de Mesquita ajuda na resposta, quando diz:
“O concerto divide-se em três partes: lei moral ou os Dez Mandamentos (20:1-17); lei do altar ou cerimonial, meio de aproximação a Deus (20:22-26 e o livro de Levítico); e lei civil (21:1-23:19)”.--Op. Cit., pág. 131. (negritos nossos)
E eis um comentário bíblico muito usado nos meios pentecostais, com sua definição clara também:
"Se Jesus não veio abolir a lei, todas as leis do AT ainda se aplicam a nós hoje? É preciso lembrar que havia três categorias de leis: a cerimonial, a civil e a moral.
(1) A lei cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel (Levítico 1.2,3). Seu propósito primário era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais necessária depois da morte e ressurreição de Jesus. Mesmo não estando mais ligados à lei cerimonial, os princípios que constituem a base da adoração - amar e adorar a Deus Santo - ainda se aplicam. Jesus foi frequentemente acusado pelos fariseus de violar a lei cerimonial.
(2) A lei civil se aplicava à vida cotidiana em Israel (Deuteronomio 24.10,11). Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão radicalmente diferentes das daquele tempo, esse código como um todo não pode ser seguido. Mas os princípios éticos contidos nos mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus demonstrou estes princípios por meio de sua vida exemplar.
(3) A lei moral (como os Dez Mandamentos) é a ordem direta de Deus, exige uma obediência total (Exodo 20.13), pois revela sua natureza e vontade. Assim, ainda é aplicável em nossos dias. Jesus obedeceu completamente à lei moral". -- Bíblia de Estudos e Aplicação Pessoal, Almeida. (CPAD-Casa Publicadora das Assembléias de Deus).
Quem vai responder a esta pergunta é o erudito bíblico John Davis, autor de um dos mais famosos dicionários bíblicos, que já alcançou várias edições. Ele assegura que:
“Os DEZ MANDAMENTOS, sendo a lei fundamental e sumária de toda MORAL, permanecem firmes; baseiam-se na imutável natureza de Deus e nas relações permanentes do homem sobre a terra. . . . A LEI CERIMONIAL a que se refere a carta aos Hebreus 8:7, como o primeiro pacto, ela a declara como antiquada e prestes a perecer. . . . O Apóstolo não julgou necessário obrigar a ela os gentios, Atos 15:23-28.
“Tinha função transitória, apontando para Cristo, nosso sumo pontífice por meio de seu sacerdócio, de seus sacrifícios, de suas cerimônias e de seus símbolos”.--John D. Davis, Dicionário da Bíblia, págs. 356 e 357 (versais acrescentados).
Também da Confissão de Fé (da Igreja Presbiteriana), extraímos essas informações valiosas:
“III. Além dessa lei [dos dez mandamentos], geralmente chamada LEI MORAL, foi Deus servido dar ao Seu povo de Israel, considerado uma igreja sob a Sua tutela, LEIS CERIMONIAIS que contêm diversas ordenanças típicas. Essas leis, que em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, as Suas graças, os Seus atos, os Seus sofrimentos e os Seus benefícios. . . estão todas abrogadas sob o Novo Testamento”.-págs. 35 e 36 (versais acrescentados).
Dr. Albert Barnes, notável comentarista presbiteriano, em comentário sobre Mateus 5:18, disse:
“As leis dos judeus estavam geralmente divididas em morais, cerimoniais e judiciais. As leis morais são aquelas que emanam da natureza das coisas - tais como o dever de amar a Deus e Suas criaturas. Estas não podem ser abolidas, pois jamais poderá ser correto odiar a Deus ou aos nossos semelhantes. Dessa natureza são os Dez Mandamentos; e estes nosso Salvador não aboliu nem suprimiu”.--Notes, Explanatory and Practical, on the Gospel, Volume 1, pág. 65.
De tudo que está registrado, fica mais do que claro que os mestres presbiterianos admitem que existam pelo menos duas leis das quais fala a Escritura Sagrada: (a) Lei Moral--sumarizada nos Dez Mandamentos; e (b) Lei Cerimonial--representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
E mais uma vez o Pr. Boyer nos apresenta aquilo que tem aprendido de Deus, em anos de estudo da Palavra:
“Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso. . . . As leis ‘cerimoniais’ podem ser abrogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção”.--Marcos: O Evangelho do Senhor, págs. 38 e 39.
E o Pr. Antonio Gilberto, também da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, confirma:
“A parte moral da lei é eterna e universal”.--Manual da Escola Dominical, pág. 86.
4. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Passado e do Presente Sobre o Tema do Mandamento do Sábado:
* Qual a Origem do Sábado do Quarto Mandamento?
O Dr. Archibald A. Hodge, membro da Junta Presbiteriana de Publicações, e antigo Professor no Seminário Princeton (Presbiteriano), nos Estados Unidos, escreveu um folheto, no qual apresenta uma defesa da perpetuidade do sábado como dia santificado por Deus. Dele extraímos o seguinte:
“Deus instituiu o sábado na criação do homem, separou o sétimo dia para esse fim e ordenou sua observância como uma obrigação universal e perpétua à raça”.--Folheto N° 175.
Conforme o Dr. Hodge, o sábado teve sua ORIGEM NA CRIAÇÃO, antes, portanto, da queda do homem. Antes de ter havido necessidade de um sistema de sacrifícios e rituais típicos.
Recorremos, novamente ao Professor John D. Davis, a fim de reforçar aquilo que já foi assegurado.
“SÁBADO, Descanso. Dia de descanso instituído por Deus, para ser observado por todos os homens. Tendo completado a obra da criação em seis dias, cessou de trabalhar no dia sétimo. ‘E abençoou o dia sétimo e o santificou; porque nele mesmo cessara de toda a sua obra que Deus criou para fazer’, Gên. 2:1-3”.--Dicionário da Bíblia, pág. 519.
Pelo que lemos acima, não há nenhuma dúvida, entre os mentores presbiterianos, de que os Dez Mandamentos foram dados a Adão, ANTES DA QUEDA.
* Há Razões Para Observarmos o Sábado do Sétimo Dia?
Ainda o Professor Davis, com sua autoridade:
“A doutrina ensina claramente que este dia foi ordenado por Deus, para repouso do corpo, e bem-estar do homem; que o deviam observar, imitando o exemplo que Deus dá, e por causa das bênçãos por Ele conferidas”.--Dicionário da Bíblia, pág. 520.
Agora, do Breve Catecismo, editada pela Casa Editora Presbiteriana:
“O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempos determinados em Sua Palavra, particularmente um dia inteiro em cada sete, para ser um dia de santo descanso a Ele dedicado. . . . proíbe a omissão ou a negligência no cumprimento dos deveres exigidos, e a profanação deste dia por meio de ociosidade, ou por fazer aquilo que é em si mesmo pecaminoso, ou por desnecessários pensamentos, palavras ou obras acerca de nossos negócios e recreações temporais. . . . Deus nos concede de fazermos uso dos seis dias da semana para os nossos interesses temporais: o reclamar Ele para Si a propriedade especial do dia sétimo, o Seu próprio exemplo, e a bênção que Ele conferiu ao dia de descanso”.--Breve Catecismo de Doutrina Cristã, págs. 17 e 18.
* Por Quanto Tempo Deve Durar o Mandamento do Sábado?
Recorremos, ainda desta vez, ao que disse o erudito John Davis:
“O sábado foi instituído para benefício do gênero humano; as suas obrigações duram enquanto o homem viver e enquanto subsistirem as suas necessidades”.--Dicionário da Bíblia, pág. 520.
“A respeito do quarto mandamento, disse Jesus: ‘O sábado foi feito para o homem’; segue-se, pois, que a lei permanece em toda a sua força enquanto o homem existir sobre a terra”.--Dicionário da Bíblia, pág. 356.
* A Que Tipo de Lei, Dentre as Referidas Acima, o Apóstolo Paulo Apresenta em Colossenses 2:16?
Diz um destacado teólogo evangélico:
“Apela-se a passagens tais como Colossenses 2:16: ‘Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados”. E Romanos 14:5: ‘Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente”. Cada um de nós, contudo, sabe que as igrejas apostólicas viviam grandemente atribuladas pelos judaizantes, os quais insistiam em que a lei mosaica continuava em vigor, e que os cristãos eram obrigados a conformar-se às suas prescrições acerca da distinção entre alimentos limpos e impuros, bem como a seus numerosos dias de festa, nos quais todo trabalho tinha de ser interrrompido. Esses eram os falso mestres e essa era a falsa doutrina contra a qual muitas das epístolas de Paulo se dirigiam. É uma óbvia referência a tais homens e suas doutrinas que passagens como as supracitadas foram escritas. Elas não fazem nenhuma referência ao Sábado semanal, o qual fora observado desde a criação, e o qual os próprios Apóstolos introduziram e perpetuaram na Igreja Cristã.”--Teologia Sistemática, Charles Hodge, pág. 1269
O Dr. Albert Barnes, acima referido, e conhecido autoridades presbiteriana, assim se expressou sobre o texto de Colossenses 2:16:
“‘Ou dos sábados’. A palavra ‘sábado’, no Velho Testamento, é aplicada não somente ao sétimo dia, mas a todos os outros dias de repouso sagrado que eram observados pelos hebreus, e particularmente ao começo e encerramento de suas grandes festividades. Há, certamente, referência a esses dias nesse lugar, visto que a palavra é usada no plural e o apóstolo não se refere particularmente a o assim chamado sábado, propriamente.
“Não há nada que indique tivesse ele ensinado não haver nenhuma obrigação de observar qualquer dia santificado, pois não há a menor razão para crer que ele tencionasse ensinar que um dos Dez Mandamentos tivesse deixado de ser obrigatório para a humanidade.
“Se houvesse usado a palavra no singular, ‘o sábado’, teria ficado claro, naturalmente, que ele pretendia ensinar que esse mandamento havia deixado de ser obrigatório, e que o sábado não mais devia ser observado. Mas o uso do termo no plural e o contexto, mostram que tinha sua atenção voltada para o grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festas, como parte de sua lei típica e cerimonial, e não para a lei moral ou os Dez Mandamentos.
“De nenhuma parte da lei moral--pode dizer-se ser ‘uma sombra das coisas futuras.’ Estes mandamentos são, em virtude da natureza da lei moral, de perpétua e universal obrigatoriedade”.--Notes on Colossians, edição de 1850, págs. 306 e 307.
Mais uma questão devidamente esclarecida. E muito bem esclarecida, pelo ilustre Dr. Albert Barnes, comentador de reconhecido valor no meio presbiteriano.
Assim essas autoridades presbiterianas, além das que já fizemos notar entre batistas, congregacionais, metodistas, luteranos, assembleianos, concordam com os adventistas e demais cristãos observadores do sábado quanto à validade deste e de TODOS os mandamentos do decálogo.
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Obs.: É verdade que quando tratam de "sábado" esses documentos e autores reiterpretam o 4o. mandamento como agora aplicando-se ao domingo. Estão certos quanto à validade e vigência de TODOS os mandamentos do Decálogo e das origens edênicas do princípios do sábado, mas ERRADOS ao quererem ensinar que o domingo tomou o lugar do sábado, uma informação que não consta de parte alguma da Bíblia.
QUEM TROCOU O “QUANDO” PELO “SE”?
Nesse debate todo da questão sábado/domingo-dianenhumismo-diaqualquerismo-tododiaísmo houve uma sutil mudança de enfoque. A questão de fundo não é “SE” temos que dedicar ao Senhor um dia, pois isso está claramente definido em Sua lei. A questão deveria ser somente “QUANDO” é esse dia a dedicar ao Senhor, e não “SE” há ainda esse mandamento, proferido solenemente pelo próprio Deus ao Seu povo reunido no Sinai, segundo o “memorial da Criação” que Ele instituiu na própria criação do mundo. Este é o fato a definir-se, mas que tem sido ofuscado com toda essa confusão tremenda de teses de “lei abolida” e assemelhadas.
E a questão do dia a observar não só é assim claro pelas Escrituras, como representa o que sempre caracterizou o entendimento da cristandade protestante ao longo dos séculos.
Nas clássicas Confissões de Fé, Credos, Catecismos e Declarações Doutrinárias, bem como instrutores individuais em obras da maior autoridade entre batistas, metodistas, presbiterianos, congregacionais e outros, fica definido que, a) os 10 Mandamentos seguem sendo normativos aos cristãos em TODOS os seus preceitos; b) o 4o. mandamento, do sábado, é princípio originário da criação do mundo, tendo, portanto, caráter universal (ainda que o reinterpetrando para aplicá-lo equivocadamente ao domingo); c) o entendimento das leis divinas, segundo seus objetivos, como “moral” (o Decálogo), “cerimonial”, “civil”, “penal”, etc. é correto.
A Real Questão
Então, a questão básica não é “SE” há ou não esse preceito a cumprir, mas “QUANDO” é o tempo correto para isso. Daí, há que se perguntar, quem trocou, então, o enfoque do “QUANDO” para o “SE”?
Sem dúvida quem fez isso foi aquele mesmo ser rebelde que sempre se empenhou em distorcer a genuína adoração a Deus. Ele sabia muito bem que se as coisas fossem deixadas nessa base, seria fácil, fácil para os que realmente têm a Sola Scriptura como filosofia religiosa básica, provar que não há nenhum fundamento para mudança do “QUANDO” seria o sábado.
Aliás, a história do pecado começou exatamente com o fator “adoração” em jogo. Isaías 14:13 e 14, faz referência ao que pensava o anjo rebelde: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”.
Sobre a Terra, esse anjo rebelde sempre buscou levar o povo de Deus a desviar-se da genuína adoração a Ele mediante a idolatria, como é fato histórico bem sabido. Ele até criou uma “rainha do céu” ao qual o povo desviado de Deus queimava incenso (Jer. 44:18, 25). Pois não é que pretendeu obter a adoração do próprio Cristo no deserto da tentação?! (Mateus e Lucas cap. 4).
Posteriormente fez com que uma Igreja desviada do evangelho puro, como profetizado em Atos 20:29, 20; 2a. Ped. 2:1-3 e Apoc. caps. 2 e 3, também alterasse a lei de Deus para permitir o culto a imagens, eliminando o seu 2o. mandamento, bem como mudando o dia de observância, do sábado pelo domingo, o dies solis, antigo feriado solar dos romanos. Até hoje em vários idiomas o dia de domingo é chamado de “dia do Sol”. E por favor, não me apresentem aquele ridículo argumento de que o sábado era o dia de Saturno, dos mesmos romanos, porque muito antes da própria existência dos romanos já há milênios o povo fiel de Deus dedicava-lhe o sábado do sétimo dia.
Enquanto observância do sábado não tem absolutamente nada a ver com o fato de os romanos dedicarem o sétimo dia a Saturno, os observadores do domingo já não podem provar que o povo fiel de Deus dedicava-Lhe o domingo, seja pelo pretexto de Jesus ter ressuscitado no domingo, ou qualquer outro, como a desculpa de que agora vale qualquer dia. Contudo, não sabem justificar por que esse “dia qualquer” sempre cai naquele o qual quer a Igreja Católica que seja o feriado religioso preferido, e procedente de sua tradição.
Culto Também ao deus da Lua
Outro dia ouvi uma entrevista por uma estação evangélica de TV com um missionário evangélico que atuou em países árabes por muitos anos. Ele conta que quando Maomé iniciou no século VII a sua revolução religiosa entre as tribos árabes, cada qual tendo o seu deus predileto, o que ele fez foi impor sobre todas as demais tribos a divindade patrona da sua tribo, que era o deus da Lua, chamado “Alá”. Tanto que a meia-lua faz parte dos símbolos do Islã, como se vê nas bandeiras de países muçulmanos e nos píncaros de minaretes das suas mesquitas. Todavia, os muçulmanos em geral nada sabem das origens pagãs de seu culto a Alá, e desconhecem o sentido dessa meia-lua tradicional de seu culto.
Destarte, parcelas imensas da sociedade humana estão presas a expressões de culto que procedem de artimanhas satânicas para desviar o povo da genuína forma de culto determinada pelo Criador, seja com a guarda do domingo (ou a adoção do mais “cômodo” dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo), seja cultuando uma “rainha do céu” moderna que faz lembrar Astarte, dos tempos de Jeremias, seja cultuando uma divindade que contraria o ensino bíblico e que tem também origens pagãs—Alá, o antigo “deus da Lua” da tribo de Maomé.
Deus Se Propõe a Trocar Corações, Não Sua Lei
O texto mais importante da Bíblia que trata da passagem do Velho Concerto para o Novo Concerto é Hebreus 8:6-10 e não ocorre qualquer menção nele de que na passagem do Velho para o Novo Concerto [Novo Testamento], Deus escreva o que é chamado de “Minhas leis” nos corações e mentes dos que acolhem esse Novo Concerto eliminando o mandamento do sábado, trocando o sábado pelo domingo ou deixando o princípio do dia de repouso como algo vago, voluntário e variado, ajustável aos interesses ou conveniências do crente (ou seu empregador).
[size=12]Além de nada informar sobre uma possível mudança na lei moral divina com o seu estabelecimento, para desconsolo dos novidadeiros dessa teologia confusa e caótica do semi-antinomismo dispensacionalista (que inclui até um “falso cristo” violador do sábado) a linguagem do texto não traz tampouco menção alguma de “lei de Cristo”, ou “lei da fé”, ou “lei do amor”, ou “lei do Espírito” como sendo aquela que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitam os termos desse Novo Concerto [Novo Testamento]. A referência é somente a “Minhas leis”, as mesmas que eram válidas ao tempo de Jeremias, pois o texto de Hebreus 8:6-10 é mera reprodução de Jeremias 31:31-33. Logicamente essas “Minhas leis” abarcam tudo isso--são a “lei de Cristo”, a “lei da fé”, a “lei do amor” e a “lei do Espírito”.
Impressionante Paralelo de Linguagem
Nenhum mandamento da “lei moral” é de caráter simbólico, cerimonial (bem como as leis dietéticas), objetivando prefigurar a morte de Cristo, muito menos o relacionado com o dia de repouso. O diabo, porém, faz de tudo para confundir a mente das pessoas, daí que criou os vários sofismas argumentativos que trocam o “QUANDO” pelo “SE”. Ou seja, levanta uma série de objeções e confusão de entendimento para transformar o debate sobre o dia de repouso cristão numa questão de “SE” é mesmo para manter-se tal preceito na Era Cristã, não “QUANDO” isso deve ocorrer numa base regular.
E por que os cristãos não se beneficiariam com um preceito de repousar um dia por semana, numa base regular, se isso serviu tão bem ao povo de Israel, se é reconhecido que mais do que nunca os homens hoje, nesta trepidante era moderna, carecem dos benefícios físicos, mentais e, especialmente, espirituais do preceito do sábado?
Que falta de lógica teológica é essa de que agora o crente pode arrebentar-se de trabalhar física e mentalmente sete dias da semana (pois conta com a “liberdade cristã” de fazê-lo, além do rótulo de “legalista” que ganha se desejar seguir o preceito bíblico), para demonstrar que encontrou o “repouso” da salvação em Cristo?!
A questão, portanto, não é “SE” há um dia a dedicar ao Senhor, e sim “QUANDO” seria tal dia, que a Bíblia indica claramente ser o sétimo, e por razões bem definidas em Êxo. 20:11. Ali ocorre um POR QUE e um POR ISSO Deus determinou o sétimo dia: “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou”.
A mensagem final de advertência a este mundo inclui três proclamações de ‘anjos’, que representam a pregação da Igreja no tempo do fim, e essa mensagem inclui um chamamento à adoração ao Criador “do céu, da Terra, do mar e das fontes das águas” (Apo. 14:7). O paralelo de linguagem entre esta proclamação e o que se lê em Êxo. 20:11—“em seis dias fez o Senhor, o céu, a Terra, o mar e tudo quanto neles há”—é impressionante e muito significativo. A ênfase ao sábado é parte integrante dessa mensagem final de advertência, em contraste com a outra advertência, de que há uma “marca da besta” que receberão na mão direita e na testa os que rejeitarem a mensagem da verdade (Apo. 14:8, 9).
Como o sábado é claramente definido como “sinal” entre Deus e Seu povo (o que é reconhecido pelos próprios batistas da CBN, ao citarem o texto de Êxo. 31:14-18 nas notas de rodapé de seu tópico XV da Declaração Doutrinária, tratando do tema do “Sábado Cristão”), então o “sinal da besta” só pode ser um falso sábado, um arremedo da verdade criado pelo diabo, na sua campanha incansável de levar as pessoas à falsa adoração para com isso se desviarem do genuíno culto a Deus.
Assim, temos que avisar a todos os que crêem na autoridade bíblica do perigo que correm em serem pretensos seguidores da filosofia religiosa da Sola Scriptura, falhando, porém, tão flagrantemente em demonstrar isso quanto ao QUANDO da questão do 4o. mandamento das Escrituras. Aceitar convenientemente em lugar do “assim diz o Senhor” a mera tradição da Igreja que apostatou nos primeiros séculos da história cristã é uma negação dessa intenção de fidelidade à Palavra de Deus, seja pelo pretexto que for.
Em conclusão, o “QUANDO” é que devia ser a base de preocupação na análise deste tema, e não o “SE”.
Pensem seriamente sobre isso os amantes da verdade.
Olá, amigos
Entre os grandes erros que a cristandade tem acatado, sabemos que ocorre o pensamento, que é dominante no ambiente evangélico/protestante, de que a lei dos 10 Mandamentos teria sido "abolida", ou que o seu 4o. mandamento não mais se aplica aos cristãos por ter cumprido o seu papel cerimonial.
Mas observem alguns fatos importantes de que nossos irmãos evangélicos muitas vezes não são sabedores:
O Que Disseram e Dizem Grandes Próceres Cristãos Evangélicos e as Confissões de Fé das Diferentes Igrejas Cristãs Sobre o Tema da Lei de Deus e do Seu Quarto Mandamento
As Confissões de Fé oficiais das diferentes igrejas evangélicas-protestantes sempre ensinaram a vigência do Decálogo como norma de conduta cristã, bem como próceres do mais elevado conceito e gabarito no meio cristão. A enumeração abaixo dessas autoridades demonstra que:
a) A lei de Deus é expressão de Seu caráter de santidade, justiça e amor e antecede a própria criação do universo, sendo revelada aos homens em linguagem a eles adaptada, segundo suas condições de vida sobre este planeta, nos Dez Mandamentos, síntese dessa lei divina.
b) Os Dez Mandamentos sempre foram e serão a regra de conduta válida para o povo de Deus do passado e do presente, a comunidade de cristãos regenerados (não para promover salvação, logicamente, mas porque temos a Jesus como Salvador e Senhor de nossa vida--ver João 14:15; 1 Cor. 7:19).
c) O Decálogo divino é reconhecido pelas clássicas Confissões de Fé das várias igrejas evangélicas-protestantes e por doutíssimas autoridades em Teologia do passado e do presente, pertencentes às diferentes igrejas, como vigente para os cristãos, entendendo que as leis definiam-se como moral, cerimonial, civil, etc.
d) Os que ensinam que tal norma de conduta caducou ou é inferior é um mau cristão, indigno de confiança (ver também Mateus 5:19).
e) O 4o. mandamento prossegue em vigor tanto quanto qualquer dos demais nove do Decálogo. O sábado teve sua origem no Éden, quando da criação do mundo (Gên. 2:2,3) e foi estabelecido para o benefício físico e espiritual do homem (Marcos 2:27), devendo ser dedicado a Deus e observado em suas 24 horas.
1. Pensamento Oficial das Várias Igrejas Cristãs Evangélicas:
Igreja Batista: “Cremos que a Lei de Deus é a eterna e imutável regra de seu governo moral; que é santa, justa e boa; e que a incapacidade que as Escrituras atribuem ao homem caído para cumprir seus preceitos deriva inteiramente de seu amor pelo pecado; sendo um dos grandes objetivos do Evangelho e dos meios de graça ligados ao estabelecimento da igreja visível livrá-lo e restaurá-lo mediante um Mediador à genuína obediência à santa Lei.- Artigo 12 da “Confissão de New Hampshire”.
“Todos nós temos a obrigação de cumprir a lei moral. . . . que é a que nos prescreve as obrigações para com Deus e o próximo. . . . A lei se acha expressa com maior minuciosidade nos dez mandamentos, dados por Deus a Moisés no Sinai”.--Catecismo da Doutrina Batista, do Pastor W. D. T. MacDonald, págs. 28 e 29.
Igreja Metodista: “O Velho Testamento não é contrário ao Novo: pois tanto no Velho quanto no Novo Testamento a vida eterna é oferecida à humanidade por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem, sendo tanto Deus quanto homem. . . . Conquanto a lei dada por Deus mediante Moisés, no que tange a cerimônias e ritos, não seja vigente para os cristãos, nem os seus preceitos civis . . . não obstante nenhum cristão de modo algum está livre da obediência aos mandamentos que são denominados Morais”.--Artigo 7 dos “Trinta e Nove Artigos de Religião”.
Obs.: Esta mesma confissão é adotada pela Igreja Episcopal.
Igreja Luterana: “Conquanto aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo, e são sinceramente convertidos a Deus, estão mediante Cristo libertos da maldição e restrições da Lei, não obstante não estão, nesse sentido, sem Lei, uma vez que o Filho de Deus os redimiu para a razão mesma de que possam meditar sobre a Lei de Deus dia e noite, e continuamente exercitar-se em sua observância”.--“Fórmula de Concórdia”, Artigo 6.
Igreja Presbiteriana: “A lei moral para sempre obriga a todos, tanto as pessoas justificadas quanto as demais, à sua obediência; e isso não só com respeito a seu conteúdo, mas também com respeito à autoridade de Deus o Criador que a concedeu. Nem Cristo no evangelho de modo algum desfez, mas fortaleceu essa obrigação. . .”
“O Espírito de Cristo subjuga e capacita a vontade do homem para . . . cumprir o que a vontade de Deus, revelada na Lei, requer que seja feito. . . .
“A liberdade que Cristo adquiriu para os crentes sob o evangelho consiste em sua liberdade da culpa do pecado, da condenatória ira de Deus, da maldição da lei moral . . . Sob o Novo Testamento a liberdade do cristão é mais ampliada na liberdade do jugo da lei cerimonial, à qual a igreja judaica estava sujeita”.--Seções V, VII e XX do Capitulo XIX da “Confissão de Fé de Westminster”.
No capítulo XIX, da Confissão de Fé (da Igreja Presbiteriana), nós encontramos a seguinte afirmação:
"I. Deus deu a Adão uma lei, como um concerto de obras, pelo qual ele se sujeitava e toda a sua posteridade à obediência pessoal, completa, exata e perpétua; prometia vida ante o cumprimento, e ameaçava de morte por sua quebra; e o capacitava de poder e habilidade para cumpri-la.
"II. Essa lei, após a queda, continuou a ser a perfeita regra de justiça; e, como tal, foi concedida por Deus sobre o Monte Sinai em dez mandamentos, e escrita em duas tábuas; os primeiros quatro mandamentos contendo o nosso dever para com Deus, e os outros sei o nosso dever para com o homem.
"III. Além dessa lei, comumente chamada moral, Deus agradou-Se de dar ao povo de Israel, como uma Igreja em minoridade, leis cerimoniais, contendo várias ordenanças típicas, parcialmente de culto, prefigurando a Cristo, Suas graças, ações, sofrimentos, e beneficios; e parcialmente estabelecendo diversas instruções de deveres morais. Todas essas leis cerimoniais estão agora abrogadas sob o Novo Testamento.
"IV. A eles também, como um corpo político, Ele concedeu vários leis judiciais, que expiraram juntamente com o Estado daquele povo [judaico], não obrigando quaisquer outros agora, mais do que a igualdade geral que a mesma possa exigir". -- Confissão de Fé de Westminster, Cap. 19, citado em Philip Schaff, The Creeds of Christendom, Vol. 3, pág. 640, 641.
Igreja Congregacional: “Declaração de Savóia”, contendo a mesma “Confissão de Fé de Westminster” relativa à Igreja Presbiteriana (ver citação acima). Também Art. 21 da declaração oficial de fé da denominação, afirma, sob o título "Da Obediência dos Crentes:
“Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei, senão pelos merecimentos de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça. Ef 2:8,9; I Jo 5:2,3; Tt 3:4-8”.
Adicionalmente, ensina a Lição da Escola Dominical da UIECB de 15-8-71: “A transmissão da Lei em Monte Sinai constitui-se em um dos acontecimentos mais destacados, e mais universal. . . Como as rochas . . . da montanha em que foram transmitidos, estes preceitos formam a base imóvel da vida moral de homens e de nações, o fundamento duradouro de toda civilização digna e firme”.
Trecho do hino no. 519 do Hinário Salmos e Hinos, utilizado pela denominação Congregacional: “Salvação por homens dada, paz fingida, paz comprada, lei de Deus falsificada, tudo rejeitai! Lei de Deus não muda, o Senhor ajuda a quem cumprir sem desistir”.
2. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Passado Sobre o Tema da Lei Divina:
Declarou João Wesley [Works of Wesley--Obras de Wesley (New York: Waugh & Mason, 1833)], fundador do metodismo e o grande evangelista e reavivalista do século XVIII em um dos seus famosos sermões:
“Na mais alta categoria dos inimigos do evangelho de Cristo, estão aqueles que, aberta e explicitamente, ‘julgam a lei’, e ‘falam mal da lei’; aqueles que ensinam os homens a quebrar . . . não somente um . . . mas todos os mandamentos de um só golpe. . . Isto é, na verdade, demolir enunciados com muita violência. . . ; isto é resistir na cara a nosso Senhor”.
“A lei moral firma-se sobre um fundamento inteiramente diverso da lei cerimonial ou ritual, que tinha o desígnio de servir para uma restrição temporária sobre um povo desobediente e de dura cerviz; enquanto esta [a lei moral] procede do princípio do mundo, sendo ‘escrita, não em tábuas de pedra’, mas nos corações de todos os filhos dos homens, quando saíram das mãos do Criador”. -- João Wesley, “Upon Our Lord’s Sermon on the Mount”, Discurso 5, em Works of Wesley, Vol. 5, (edição de 1829), p. 311.
Por seu turno, o fervoroso evangelista Moody acrescenta estes valiosos pensamentos:
“Jamais encontrei um homem honesto que achasse falta nos Dez Mandamentos. A lei dada no Sinai nada perdeu de sua solenidade. . . . O povo precisa ser levado a compreender que os Dez Mandamentos estão ainda em vigor, e que há uma penalidade ligada a cada violação. . . . O sermão do monte não cancelou os Dez Mandamentos”.--Weighed and Wanting, págs. 11 e 16.
E eis o que Lutero falou sobre os Dez Mandamentos num escrito “contra os antinomistas”:
“Eu muito me admiro como chegou a ser-me imputado que eu rejeitaria a lei dos dez mandamentos. . . . pode alguém pensar que o pecado existe onde não há lei? Quem quer que ab-rogue a lei, deve necessariamente abrograr também o pecado.--Martinho Lutero, “Wider die Antinomer” (contra os antinomistas), secs. 6, 8, in seus Sämsmtliche Schriften, ed. Por Johann George Walck, Vol. 20 (St. Louis, Concordia, 1890), cols. 1613, 1614.
3. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Presente Sobre o Tema da Lei Divina:
Vejamos o que pensam autores cristãos-evangélicos mais modernos. O Pr. Carlo Johansson, da Igreja Assembléia de Deus, faz a seguinte afirmativa:
“A lei é a vontade de Deus, no Decálogo”.--Síntese Bíblica do Velho Testamento, pág. 48.
Já o Pr. Harold J. Brokke, também pentecostal, declara:
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias. . . a santa lei de Deus é um pré-requisito divino para uma experiência mais profunda da graça”.--Prosperidade Pela Obediência, pág. 10.
Por sua vez, o Pr. Myer Pearlman, pentecostal, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, por muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”, assim se expressou:
“Os mandamentos representam e expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos”.--Através da Bíblia, pág. 27.
Já citado, o Pr. Harold J. Brokke, dá várias respostas a essa pergunta. Ele diz:
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. . . . Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. . . . O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. . . . Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis”.--Op. Cit., págs. 14, 15, 16 e 17.
Concordando de que a lei de Deus é para o benefício do homem, o Pr. Carlo Johansson declarou o seguinte:
“O decálogo--fundamento do pacto e o mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade”.--Op. Cit., pág. 116.
Por seu turno, o Pastor Nilson do Amaral Fanini, pregador do programa de televisão “Reencontro”, escreveu o seguinte no seu livro Dez Passos Para Uma Vida Melhor, págs.18 e 19:
“Se quisermos viver em paz com Deus e com o nosso próximo devemos, então, observar o Decálogo. . . . Devemos obedecer não por medo mas por amor. Precisamos observar as leis divinas tais quais elas são e não acomodá-las de acordo com as tendências da época, esquecendo ou comprometendo as leis divinas que regem a conduta moral”.
Para o Dr. George Eldon Ladd, teólogo de renome, batista, a resposta é a seguinte:
“Está claro que a Lei continua a ser a expressão da vontade de Deus para a conduta, mesmo para aqueles que não estão mais sujeitos à lei”.--Teologia do Novo Testamento, pág. 473.
Quem responde a isto é o Pastor Antonio Neves de Mesquita, Doutor em Teologia, e professor de seminários batistas de grande projeção. No seu livro Estudo no Livro de Êxodo, pág. 133, ele registrou estas palavras:
“Tomemos em consideração que antes de serem dadas as dez proposições, comumente chamadas Lei, já todos os ensinos nelas codificados estavam em vigor. Podemos mesmo dizer que desde que apareceu o homem sobre a terra os princípios do Decálogo tinham força de lei. E, se quisermos recuar mais ao passado, podemos afirmar que nunca houve tempo nem eternidade em que tais princípios não existissem. . . . Quando o homem foi criado, não lhe foi dada esta lei em forma catalogada, mas lhe foi posta no coração, dentro da consciência, dentro de sua íntima natureza, para que por ela se governasse”. (Grifos nossos)
Aí está o testemunho de alguém que estudou bastante o Livro de Deus, e os ensinamentos dos grandes mestres da Igreja Batista. O Dr. Antonio Neves de Mesquita é autoridade muito responsável, e que pode muito bem responder pela Igreja Batista!
E temos Billy Graham citando Wesley sobre os Dez Mandamentos:
“A exemplo de Wesley, sinto que deva pregar a lei e o juízo antes de pregar a graça e o amor. . . . Os dez mandamentos . . . são as leis morais de Deus para a conduta das pessoas. Alguns pensam que eles foram revogados. Isso não é verdade. Cristo ensinou a lei. Eles ainda estão em vigor hoje. Deus não mudou. As pessoas é que têm mudado. . . . A Bíblia diz que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Os Dez Mandamentos são um espelho para nos mostrar como ficamos aquém em preencher os requisitos de Deus”.--Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, Billy Graham and the New York Crusade (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), pp. 108 e 109.
Noutro sermão o grande evangelista prossegue:
“Eu vos advirto esta noite, não pode haver paz até que a Lei seja observada e não há poder em nós para observar a Lei. A natureza humana é corrupta. É por isso que Cristo veio para dar-nos uma nova natureza e pôr em operação forças que nos possam trazer à existência uma nova ordem mundial”.--Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, Billy Graham and the New York Crusade (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 191.
E eis declarações de um autor batista:
“Jesus não deu um novo código moral. Ele não foi um segundo Promulgador de leis, como Moisés. Ele era muito superior, e Seus ensinos morais situam-se num plano muito mais elevado do que os de Moisés. Ele não Se preocupava tanto com enunciar regras detalhadas para regular a vida moral, e sim em enunciar princípios eternos pelos quais os homens deviam viver sob Deus e em falar sobre motivos e propósitos que deviam governar todos os nossos atos.
“Jesus não concedeu um novo código, mas também não disse que os ensinamentos do Velho Testamento estavam suspensos. As leis cerimoniais e ritualísticas do Velho Testamento foram ab-rogados para o cristão, mas não os Dez Mandamentos”—J. Philip Hyatt, The Teacher (publicação batista), outubro de 1943, Vol. 57, no. 10, pág. 5.
O grande evangelista Spurgeon, por seu turno, declarou:
“A lei de Deus é uma lei divina, santa, celestial, perfeita. Aqueles que acham defeito na lei, ou que a depreciam em grau mínimo, não compreendem o seu desígnio e não têm uma idéia correta da própria lei. Paulo diz que ‘a lei é santa, mas eu sou carnal; vendido sob o pecado’. Em tudo quanto dizemos concernente à justificação pela fé, nunca intencionamos diminuir o conceito que nossos ouvintes têm da lei, pois a lei é uma das obras de Deus mais sublimes. Não ocorre nenhum mandamento a mais, não há lei nenhuma de menos, mas é tão incomprável que sua perfeição é uma prova de sua divindade”. – Charles H. Spurgeon, Sermons, 2a. série (1857), p. 280.
* Existe uma Divisão de Lei Moral e a Lei Cerimonial?
Da obra A Interpretação da Bíblia, de Weldon E. Viertel, autor batista, na pág. 194, nós transcrevemos este texto:
“A Lei pode ser dividida em três tipos: cerimonial, civil e moral. . . . De acordo com o livro de Hebreus, as leis cerimoniais eram sombras de Cristo. A sombra foi substituída pela realidade de Cristo e Seu ato redentor. As leis cerimoniais foram cumpridas; portanto, a Igreja não observa as leis sacrificiais e os festivais. As leis cerimoniais foram aplicadas a Cristo, em grande parte pelo uso da tipologia.
“. . . A lei moral continua efetiva; todavia, Cristo deu-lhe outro nível de sentido e aplicação. Lidou com a raiz das atividades éticas, incluindo atividades e motivos (o coração do homem)”. (grifos nossos)
Ainda, Antonio Neves de Mesquita ajuda na resposta, quando diz:
“O concerto divide-se em três partes: lei moral ou os Dez Mandamentos (20:1-17); lei do altar ou cerimonial, meio de aproximação a Deus (20:22-26 e o livro de Levítico); e lei civil (21:1-23:19)”.--Op. Cit., pág. 131. (negritos nossos)
E eis um comentário bíblico muito usado nos meios pentecostais, com sua definição clara também:
"Se Jesus não veio abolir a lei, todas as leis do AT ainda se aplicam a nós hoje? É preciso lembrar que havia três categorias de leis: a cerimonial, a civil e a moral.
(1) A lei cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel (Levítico 1.2,3). Seu propósito primário era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais necessária depois da morte e ressurreição de Jesus. Mesmo não estando mais ligados à lei cerimonial, os princípios que constituem a base da adoração - amar e adorar a Deus Santo - ainda se aplicam. Jesus foi frequentemente acusado pelos fariseus de violar a lei cerimonial.
(2) A lei civil se aplicava à vida cotidiana em Israel (Deuteronomio 24.10,11). Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão radicalmente diferentes das daquele tempo, esse código como um todo não pode ser seguido. Mas os princípios éticos contidos nos mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus demonstrou estes princípios por meio de sua vida exemplar.
(3) A lei moral (como os Dez Mandamentos) é a ordem direta de Deus, exige uma obediência total (Exodo 20.13), pois revela sua natureza e vontade. Assim, ainda é aplicável em nossos dias. Jesus obedeceu completamente à lei moral". -- Bíblia de Estudos e Aplicação Pessoal, Almeida. (CPAD-Casa Publicadora das Assembléias de Deus).
Quem vai responder a esta pergunta é o erudito bíblico John Davis, autor de um dos mais famosos dicionários bíblicos, que já alcançou várias edições. Ele assegura que:
“Os DEZ MANDAMENTOS, sendo a lei fundamental e sumária de toda MORAL, permanecem firmes; baseiam-se na imutável natureza de Deus e nas relações permanentes do homem sobre a terra. . . . A LEI CERIMONIAL a que se refere a carta aos Hebreus 8:7, como o primeiro pacto, ela a declara como antiquada e prestes a perecer. . . . O Apóstolo não julgou necessário obrigar a ela os gentios, Atos 15:23-28.
“Tinha função transitória, apontando para Cristo, nosso sumo pontífice por meio de seu sacerdócio, de seus sacrifícios, de suas cerimônias e de seus símbolos”.--John D. Davis, Dicionário da Bíblia, págs. 356 e 357 (versais acrescentados).
Também da Confissão de Fé (da Igreja Presbiteriana), extraímos essas informações valiosas:
“III. Além dessa lei [dos dez mandamentos], geralmente chamada LEI MORAL, foi Deus servido dar ao Seu povo de Israel, considerado uma igreja sob a Sua tutela, LEIS CERIMONIAIS que contêm diversas ordenanças típicas. Essas leis, que em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, as Suas graças, os Seus atos, os Seus sofrimentos e os Seus benefícios. . . estão todas abrogadas sob o Novo Testamento”.-págs. 35 e 36 (versais acrescentados).
Dr. Albert Barnes, notável comentarista presbiteriano, em comentário sobre Mateus 5:18, disse:
“As leis dos judeus estavam geralmente divididas em morais, cerimoniais e judiciais. As leis morais são aquelas que emanam da natureza das coisas - tais como o dever de amar a Deus e Suas criaturas. Estas não podem ser abolidas, pois jamais poderá ser correto odiar a Deus ou aos nossos semelhantes. Dessa natureza são os Dez Mandamentos; e estes nosso Salvador não aboliu nem suprimiu”.--Notes, Explanatory and Practical, on the Gospel, Volume 1, pág. 65.
De tudo que está registrado, fica mais do que claro que os mestres presbiterianos admitem que existam pelo menos duas leis das quais fala a Escritura Sagrada: (a) Lei Moral--sumarizada nos Dez Mandamentos; e (b) Lei Cerimonial--representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
E mais uma vez o Pr. Boyer nos apresenta aquilo que tem aprendido de Deus, em anos de estudo da Palavra:
“Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso. . . . As leis ‘cerimoniais’ podem ser abrogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção”.--Marcos: O Evangelho do Senhor, págs. 38 e 39.
E o Pr. Antonio Gilberto, também da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, confirma:
“A parte moral da lei é eterna e universal”.--Manual da Escola Dominical, pág. 86.
4. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Passado e do Presente Sobre o Tema do Mandamento do Sábado:
* Qual a Origem do Sábado do Quarto Mandamento?
O Dr. Archibald A. Hodge, membro da Junta Presbiteriana de Publicações, e antigo Professor no Seminário Princeton (Presbiteriano), nos Estados Unidos, escreveu um folheto, no qual apresenta uma defesa da perpetuidade do sábado como dia santificado por Deus. Dele extraímos o seguinte:
“Deus instituiu o sábado na criação do homem, separou o sétimo dia para esse fim e ordenou sua observância como uma obrigação universal e perpétua à raça”.--Folheto N° 175.
Conforme o Dr. Hodge, o sábado teve sua ORIGEM NA CRIAÇÃO, antes, portanto, da queda do homem. Antes de ter havido necessidade de um sistema de sacrifícios e rituais típicos.
Recorremos, novamente ao Professor John D. Davis, a fim de reforçar aquilo que já foi assegurado.
“SÁBADO, Descanso. Dia de descanso instituído por Deus, para ser observado por todos os homens. Tendo completado a obra da criação em seis dias, cessou de trabalhar no dia sétimo. ‘E abençoou o dia sétimo e o santificou; porque nele mesmo cessara de toda a sua obra que Deus criou para fazer’, Gên. 2:1-3”.--Dicionário da Bíblia, pág. 519.
Pelo que lemos acima, não há nenhuma dúvida, entre os mentores presbiterianos, de que os Dez Mandamentos foram dados a Adão, ANTES DA QUEDA.
* Há Razões Para Observarmos o Sábado do Sétimo Dia?
Ainda o Professor Davis, com sua autoridade:
“A doutrina ensina claramente que este dia foi ordenado por Deus, para repouso do corpo, e bem-estar do homem; que o deviam observar, imitando o exemplo que Deus dá, e por causa das bênçãos por Ele conferidas”.--Dicionário da Bíblia, pág. 520.
Agora, do Breve Catecismo, editada pela Casa Editora Presbiteriana:
“O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempos determinados em Sua Palavra, particularmente um dia inteiro em cada sete, para ser um dia de santo descanso a Ele dedicado. . . . proíbe a omissão ou a negligência no cumprimento dos deveres exigidos, e a profanação deste dia por meio de ociosidade, ou por fazer aquilo que é em si mesmo pecaminoso, ou por desnecessários pensamentos, palavras ou obras acerca de nossos negócios e recreações temporais. . . . Deus nos concede de fazermos uso dos seis dias da semana para os nossos interesses temporais: o reclamar Ele para Si a propriedade especial do dia sétimo, o Seu próprio exemplo, e a bênção que Ele conferiu ao dia de descanso”.--Breve Catecismo de Doutrina Cristã, págs. 17 e 18.
* Por Quanto Tempo Deve Durar o Mandamento do Sábado?
Recorremos, ainda desta vez, ao que disse o erudito John Davis:
“O sábado foi instituído para benefício do gênero humano; as suas obrigações duram enquanto o homem viver e enquanto subsistirem as suas necessidades”.--Dicionário da Bíblia, pág. 520.
“A respeito do quarto mandamento, disse Jesus: ‘O sábado foi feito para o homem’; segue-se, pois, que a lei permanece em toda a sua força enquanto o homem existir sobre a terra”.--Dicionário da Bíblia, pág. 356.
* A Que Tipo de Lei, Dentre as Referidas Acima, o Apóstolo Paulo Apresenta em Colossenses 2:16?
Diz um destacado teólogo evangélico:
“Apela-se a passagens tais como Colossenses 2:16: ‘Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados”. E Romanos 14:5: ‘Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente”. Cada um de nós, contudo, sabe que as igrejas apostólicas viviam grandemente atribuladas pelos judaizantes, os quais insistiam em que a lei mosaica continuava em vigor, e que os cristãos eram obrigados a conformar-se às suas prescrições acerca da distinção entre alimentos limpos e impuros, bem como a seus numerosos dias de festa, nos quais todo trabalho tinha de ser interrrompido. Esses eram os falso mestres e essa era a falsa doutrina contra a qual muitas das epístolas de Paulo se dirigiam. É uma óbvia referência a tais homens e suas doutrinas que passagens como as supracitadas foram escritas. Elas não fazem nenhuma referência ao Sábado semanal, o qual fora observado desde a criação, e o qual os próprios Apóstolos introduziram e perpetuaram na Igreja Cristã.”--Teologia Sistemática, Charles Hodge, pág. 1269
O Dr. Albert Barnes, acima referido, e conhecido autoridades presbiteriana, assim se expressou sobre o texto de Colossenses 2:16:
“‘Ou dos sábados’. A palavra ‘sábado’, no Velho Testamento, é aplicada não somente ao sétimo dia, mas a todos os outros dias de repouso sagrado que eram observados pelos hebreus, e particularmente ao começo e encerramento de suas grandes festividades. Há, certamente, referência a esses dias nesse lugar, visto que a palavra é usada no plural e o apóstolo não se refere particularmente a o assim chamado sábado, propriamente.
“Não há nada que indique tivesse ele ensinado não haver nenhuma obrigação de observar qualquer dia santificado, pois não há a menor razão para crer que ele tencionasse ensinar que um dos Dez Mandamentos tivesse deixado de ser obrigatório para a humanidade.
“Se houvesse usado a palavra no singular, ‘o sábado’, teria ficado claro, naturalmente, que ele pretendia ensinar que esse mandamento havia deixado de ser obrigatório, e que o sábado não mais devia ser observado. Mas o uso do termo no plural e o contexto, mostram que tinha sua atenção voltada para o grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festas, como parte de sua lei típica e cerimonial, e não para a lei moral ou os Dez Mandamentos.
“De nenhuma parte da lei moral--pode dizer-se ser ‘uma sombra das coisas futuras.’ Estes mandamentos são, em virtude da natureza da lei moral, de perpétua e universal obrigatoriedade”.--Notes on Colossians, edição de 1850, págs. 306 e 307.
Mais uma questão devidamente esclarecida. E muito bem esclarecida, pelo ilustre Dr. Albert Barnes, comentador de reconhecido valor no meio presbiteriano.
Assim essas autoridades presbiterianas, além das que já fizemos notar entre batistas, congregacionais, metodistas, luteranos, assembleianos, concordam com os adventistas e demais cristãos observadores do sábado quanto à validade deste e de TODOS os mandamentos do decálogo.
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Obs.: É verdade que quando tratam de "sábado" esses documentos e autores reiterpretam o 4o. mandamento como agora aplicando-se ao domingo. Estão certos quanto à validade e vigência de TODOS os mandamentos do Decálogo e das origens edênicas do princípios do sábado, mas ERRADOS ao quererem ensinar que o domingo tomou o lugar do sábado, uma informação que não consta de parte alguma da Bíblia.
QUEM TROCOU O “QUANDO” PELO “SE”?
Nesse debate todo da questão sábado/domingo-dianenhumismo-diaqualquerismo-tododiaísmo houve uma sutil mudança de enfoque. A questão de fundo não é “SE” temos que dedicar ao Senhor um dia, pois isso está claramente definido em Sua lei. A questão deveria ser somente “QUANDO” é esse dia a dedicar ao Senhor, e não “SE” há ainda esse mandamento, proferido solenemente pelo próprio Deus ao Seu povo reunido no Sinai, segundo o “memorial da Criação” que Ele instituiu na própria criação do mundo. Este é o fato a definir-se, mas que tem sido ofuscado com toda essa confusão tremenda de teses de “lei abolida” e assemelhadas.
E a questão do dia a observar não só é assim claro pelas Escrituras, como representa o que sempre caracterizou o entendimento da cristandade protestante ao longo dos séculos.
Nas clássicas Confissões de Fé, Credos, Catecismos e Declarações Doutrinárias, bem como instrutores individuais em obras da maior autoridade entre batistas, metodistas, presbiterianos, congregacionais e outros, fica definido que, a) os 10 Mandamentos seguem sendo normativos aos cristãos em TODOS os seus preceitos; b) o 4o. mandamento, do sábado, é princípio originário da criação do mundo, tendo, portanto, caráter universal (ainda que o reinterpetrando para aplicá-lo equivocadamente ao domingo); c) o entendimento das leis divinas, segundo seus objetivos, como “moral” (o Decálogo), “cerimonial”, “civil”, “penal”, etc. é correto.
A Real Questão
Então, a questão básica não é “SE” há ou não esse preceito a cumprir, mas “QUANDO” é o tempo correto para isso. Daí, há que se perguntar, quem trocou, então, o enfoque do “QUANDO” para o “SE”?
Sem dúvida quem fez isso foi aquele mesmo ser rebelde que sempre se empenhou em distorcer a genuína adoração a Deus. Ele sabia muito bem que se as coisas fossem deixadas nessa base, seria fácil, fácil para os que realmente têm a Sola Scriptura como filosofia religiosa básica, provar que não há nenhum fundamento para mudança do “QUANDO” seria o sábado.
Aliás, a história do pecado começou exatamente com o fator “adoração” em jogo. Isaías 14:13 e 14, faz referência ao que pensava o anjo rebelde: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”.
Sobre a Terra, esse anjo rebelde sempre buscou levar o povo de Deus a desviar-se da genuína adoração a Ele mediante a idolatria, como é fato histórico bem sabido. Ele até criou uma “rainha do céu” ao qual o povo desviado de Deus queimava incenso (Jer. 44:18, 25). Pois não é que pretendeu obter a adoração do próprio Cristo no deserto da tentação?! (Mateus e Lucas cap. 4).
Posteriormente fez com que uma Igreja desviada do evangelho puro, como profetizado em Atos 20:29, 20; 2a. Ped. 2:1-3 e Apoc. caps. 2 e 3, também alterasse a lei de Deus para permitir o culto a imagens, eliminando o seu 2o. mandamento, bem como mudando o dia de observância, do sábado pelo domingo, o dies solis, antigo feriado solar dos romanos. Até hoje em vários idiomas o dia de domingo é chamado de “dia do Sol”. E por favor, não me apresentem aquele ridículo argumento de que o sábado era o dia de Saturno, dos mesmos romanos, porque muito antes da própria existência dos romanos já há milênios o povo fiel de Deus dedicava-lhe o sábado do sétimo dia.
Enquanto observância do sábado não tem absolutamente nada a ver com o fato de os romanos dedicarem o sétimo dia a Saturno, os observadores do domingo já não podem provar que o povo fiel de Deus dedicava-Lhe o domingo, seja pelo pretexto de Jesus ter ressuscitado no domingo, ou qualquer outro, como a desculpa de que agora vale qualquer dia. Contudo, não sabem justificar por que esse “dia qualquer” sempre cai naquele o qual quer a Igreja Católica que seja o feriado religioso preferido, e procedente de sua tradição.
Culto Também ao deus da Lua
Outro dia ouvi uma entrevista por uma estação evangélica de TV com um missionário evangélico que atuou em países árabes por muitos anos. Ele conta que quando Maomé iniciou no século VII a sua revolução religiosa entre as tribos árabes, cada qual tendo o seu deus predileto, o que ele fez foi impor sobre todas as demais tribos a divindade patrona da sua tribo, que era o deus da Lua, chamado “Alá”. Tanto que a meia-lua faz parte dos símbolos do Islã, como se vê nas bandeiras de países muçulmanos e nos píncaros de minaretes das suas mesquitas. Todavia, os muçulmanos em geral nada sabem das origens pagãs de seu culto a Alá, e desconhecem o sentido dessa meia-lua tradicional de seu culto.
Destarte, parcelas imensas da sociedade humana estão presas a expressões de culto que procedem de artimanhas satânicas para desviar o povo da genuína forma de culto determinada pelo Criador, seja com a guarda do domingo (ou a adoção do mais “cômodo” dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo), seja cultuando uma “rainha do céu” moderna que faz lembrar Astarte, dos tempos de Jeremias, seja cultuando uma divindade que contraria o ensino bíblico e que tem também origens pagãs—Alá, o antigo “deus da Lua” da tribo de Maomé.
Deus Se Propõe a Trocar Corações, Não Sua Lei
O texto mais importante da Bíblia que trata da passagem do Velho Concerto para o Novo Concerto é Hebreus 8:6-10 e não ocorre qualquer menção nele de que na passagem do Velho para o Novo Concerto [Novo Testamento], Deus escreva o que é chamado de “Minhas leis” nos corações e mentes dos que acolhem esse Novo Concerto eliminando o mandamento do sábado, trocando o sábado pelo domingo ou deixando o princípio do dia de repouso como algo vago, voluntário e variado, ajustável aos interesses ou conveniências do crente (ou seu empregador).
[size=12]Além de nada informar sobre uma possível mudança na lei moral divina com o seu estabelecimento, para desconsolo dos novidadeiros dessa teologia confusa e caótica do semi-antinomismo dispensacionalista (que inclui até um “falso cristo” violador do sábado) a linguagem do texto não traz tampouco menção alguma de “lei de Cristo”, ou “lei da fé”, ou “lei do amor”, ou “lei do Espírito” como sendo aquela que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitam os termos desse Novo Concerto [Novo Testamento]. A referência é somente a “Minhas leis”, as mesmas que eram válidas ao tempo de Jeremias, pois o texto de Hebreus 8:6-10 é mera reprodução de Jeremias 31:31-33. Logicamente essas “Minhas leis” abarcam tudo isso--são a “lei de Cristo”, a “lei da fé”, a “lei do amor” e a “lei do Espírito”.
Impressionante Paralelo de Linguagem
Nenhum mandamento da “lei moral” é de caráter simbólico, cerimonial (bem como as leis dietéticas), objetivando prefigurar a morte de Cristo, muito menos o relacionado com o dia de repouso. O diabo, porém, faz de tudo para confundir a mente das pessoas, daí que criou os vários sofismas argumentativos que trocam o “QUANDO” pelo “SE”. Ou seja, levanta uma série de objeções e confusão de entendimento para transformar o debate sobre o dia de repouso cristão numa questão de “SE” é mesmo para manter-se tal preceito na Era Cristã, não “QUANDO” isso deve ocorrer numa base regular.
E por que os cristãos não se beneficiariam com um preceito de repousar um dia por semana, numa base regular, se isso serviu tão bem ao povo de Israel, se é reconhecido que mais do que nunca os homens hoje, nesta trepidante era moderna, carecem dos benefícios físicos, mentais e, especialmente, espirituais do preceito do sábado?
Que falta de lógica teológica é essa de que agora o crente pode arrebentar-se de trabalhar física e mentalmente sete dias da semana (pois conta com a “liberdade cristã” de fazê-lo, além do rótulo de “legalista” que ganha se desejar seguir o preceito bíblico), para demonstrar que encontrou o “repouso” da salvação em Cristo?!
A questão, portanto, não é “SE” há um dia a dedicar ao Senhor, e sim “QUANDO” seria tal dia, que a Bíblia indica claramente ser o sétimo, e por razões bem definidas em Êxo. 20:11. Ali ocorre um POR QUE e um POR ISSO Deus determinou o sétimo dia: “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou”.
A mensagem final de advertência a este mundo inclui três proclamações de ‘anjos’, que representam a pregação da Igreja no tempo do fim, e essa mensagem inclui um chamamento à adoração ao Criador “do céu, da Terra, do mar e das fontes das águas” (Apo. 14:7). O paralelo de linguagem entre esta proclamação e o que se lê em Êxo. 20:11—“em seis dias fez o Senhor, o céu, a Terra, o mar e tudo quanto neles há”—é impressionante e muito significativo. A ênfase ao sábado é parte integrante dessa mensagem final de advertência, em contraste com a outra advertência, de que há uma “marca da besta” que receberão na mão direita e na testa os que rejeitarem a mensagem da verdade (Apo. 14:8, 9).
Como o sábado é claramente definido como “sinal” entre Deus e Seu povo (o que é reconhecido pelos próprios batistas da CBN, ao citarem o texto de Êxo. 31:14-18 nas notas de rodapé de seu tópico XV da Declaração Doutrinária, tratando do tema do “Sábado Cristão”), então o “sinal da besta” só pode ser um falso sábado, um arremedo da verdade criado pelo diabo, na sua campanha incansável de levar as pessoas à falsa adoração para com isso se desviarem do genuíno culto a Deus.
Assim, temos que avisar a todos os que crêem na autoridade bíblica do perigo que correm em serem pretensos seguidores da filosofia religiosa da Sola Scriptura, falhando, porém, tão flagrantemente em demonstrar isso quanto ao QUANDO da questão do 4o. mandamento das Escrituras. Aceitar convenientemente em lugar do “assim diz o Senhor” a mera tradição da Igreja que apostatou nos primeiros séculos da história cristã é uma negação dessa intenção de fidelidade à Palavra de Deus, seja pelo pretexto que for.
Em conclusão, o “QUANDO” é que devia ser a base de preocupação na análise deste tema, e não o “SE”.
Pensem seriamente sobre isso os amantes da verdade.
Eduardo- Mensagens : 5997
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Inscrição : 08/05/2010
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