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Cientistas admitem omissão em artigos
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11062009
Cientistas admitem omissão em artigos
Cientistas admitem omissão em artigos
Até 34% de cientistas estrangeiros admitem ter realizado práticas de pesquisa questionáveis, como omitir novos resultados que colocariam em xeque trabalhos anteriores ou descartar certas informações obtidas em experimentos por uma percepção subjetiva de que estão incorretas. Foi o que mostrou uma revisão sistemática de artigos sobre má conduta científica realizada por Daniele Fanelli, do Instituto para o Estudo da Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Cerca de 2% dos pesquisadores chegaram a confessar que já fabricaram, falsificaram ou adulteraram dados para melhorar os resultados das suas publicações. A íntegra pode ser lida na revista digital Public Library of Science ONE. Daniele examinou 3.276 pesquisas que tratam de desvios éticos. Separou 22 artigos publicados nos últimos 23 anos. Todos reúnem dados de questionários respondidos livre e anonimamente pelos próprios cientistas. Os estudos foram escolhidos por usar metodologias semelhantes, que permitem consolidação dos resultados.
Segundo a revisão sistemática, cerca de 14% dos estudiosos conheciam alguém que tinha fabricado ou adulterado voluntariamente dados. Até 72% disseram ter testemunhado outras práticas de pesquisa reprováveis menos graves. Casos de plágio foram ignorados, pois o trabalho analisou somente desvios éticos. Daniele afirmou à reportagem que a pressão do “publique ou pereça”, que obriga os pesquisadores a produzir continuamente artigos científicos, explica boa parte dos deslizes.
O chefe de gabinete do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Felizardo Penalva da Silva, explica que todos os trabalhos de pesquisa financiados pelo órgão são aprovados por comitês técnico-científicos. Se algum problema é identificado, o CNPq estuda caso a caso a melhor abordagem: diálogo com o pesquisador ou, nos casos mais graves, uma ação judicial para restituir o dinheiro investido ao erário. “Em caso de fraude, a maior punição para o pesquisador é o descrédito”, afirma Silva. “Todas as portas vão se fechar para ele.”
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1182394-5603,00.html
Até 34% de cientistas estrangeiros admitem ter realizado práticas de pesquisa questionáveis, como omitir novos resultados que colocariam em xeque trabalhos anteriores ou descartar certas informações obtidas em experimentos por uma percepção subjetiva de que estão incorretas. Foi o que mostrou uma revisão sistemática de artigos sobre má conduta científica realizada por Daniele Fanelli, do Instituto para o Estudo da Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Cerca de 2% dos pesquisadores chegaram a confessar que já fabricaram, falsificaram ou adulteraram dados para melhorar os resultados das suas publicações. A íntegra pode ser lida na revista digital Public Library of Science ONE. Daniele examinou 3.276 pesquisas que tratam de desvios éticos. Separou 22 artigos publicados nos últimos 23 anos. Todos reúnem dados de questionários respondidos livre e anonimamente pelos próprios cientistas. Os estudos foram escolhidos por usar metodologias semelhantes, que permitem consolidação dos resultados.
Segundo a revisão sistemática, cerca de 14% dos estudiosos conheciam alguém que tinha fabricado ou adulterado voluntariamente dados. Até 72% disseram ter testemunhado outras práticas de pesquisa reprováveis menos graves. Casos de plágio foram ignorados, pois o trabalho analisou somente desvios éticos. Daniele afirmou à reportagem que a pressão do “publique ou pereça”, que obriga os pesquisadores a produzir continuamente artigos científicos, explica boa parte dos deslizes.
O chefe de gabinete do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Felizardo Penalva da Silva, explica que todos os trabalhos de pesquisa financiados pelo órgão são aprovados por comitês técnico-científicos. Se algum problema é identificado, o CNPq estuda caso a caso a melhor abordagem: diálogo com o pesquisador ou, nos casos mais graves, uma ação judicial para restituir o dinheiro investido ao erário. “Em caso de fraude, a maior punição para o pesquisador é o descrédito”, afirma Silva. “Todas as portas vão se fechar para ele.”
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