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Revisando as agendas do neo ateísmo, da anti-religião e da esquerda

com um comentário

Fazia tempo que eu precisava resumir a relação do neo ateísmo com a anti-religião, e da anti-religião com a esquerda.
O Iluminismo moderado deu origem ao que hoje é sistema capitalista, e somente pregava a independência do estado em relação às religiões. Já o Iluminismo Radical era mais orientado à revolução, de esquerda, e totalmente anti-religioso. Vemos aí, principalmente com influencias de Spinoza, Hume e Conte, dentre outros, o início do discurso anti-religião.
Vamos avaliar, então, a agenda conservadora:


  • Há uma moral objetiva (isso significa que a moral não é algo definido por cada um, e sim que obedece a um padrão objetivo – são as leis que são discutidas, e não a moral);
  • Os valores, convenções, costumes e conhecimentos do passado devem ser valorizados (isso inclui as religiões, as filosofias antigas, etc.);
  • Mudanças sugeridas para a sociedade devem ser avaliadas com prudência (até por que o conservador não é contra a mudança, mas sim contra mudanças revolucionárias);
  • O princípio da variedade deve ser respeitado (igualdade forçada não é justificável);
  • Tentativas de se criar um mundo perfeito, utópico, são condenáveis (os genocídios do passado são habilitados por promessas de utopia);
  • O direito à propriedade é inviolável;
  • Contra um estado forte (que concentre demais o poder) e o totalitarismo;
  • Mudanças sociais devem tomar cuidado com o que já está estabelecido (evitar o ad novitatem).

Pelo que vimos, o conservadorismo é um sistema de pensamento lúcido, que não alimenta falsas expectativas e nem precisa de idiotas úteis. Mas nem tudo são flores. Variações mais radicais do conservadorismo podem incluir xenofobia, preconceitos contra as minorias e culturas estrangeiras. Obviamente que, quando falo do conservadorismo, não falo do conservadorismo radical. De qualquer forma, mesmo a versão radical do conservadorismo radical não é tão danosa como a visão da esquerda.
Agora vejamos a agenda liberal, herdada do Iluminismo Radical, atualmente em voga:

  • Regulação do livre mercado;
  • Aumento do tamanho do estado, pois existirão vários programas mantidos e/ou subsidiados pelo estado (existe apoio à manutenção de empresas estatais ou até estatização de algumas empresas privadas);
  • Aumento da taxação, para suportar os programas acima;
  • Um sistema de segurança mais “paternal”, inclusive em total oposição à pena de morte;
  • Incentivo a idéias como governo global;
  • Maior abertura à emigração e difusão do multicuralismo;
  • Apoio ao internacionalismo, e oposição ao nacionalismo;
  • Política social laica e progressiva – isso inclui apoio a educação sexual, causas da militância homossexual, apoio ao aborto, abolição da pena de morte e apoio à eutanásia.

Todos os itens relacionados à economia são facilmente demolidos pelos fatos, pois o estado inchado tende a não se sustentar por muito tempo (a crise que está chegando à Europa é consequência disto).
Em outros aspectos, parece uma agenda a princípio bonitinha, não? Muitos dos esquerdistas “light” (liberais) adoram falar que são os promotores de Direitos Humanos. Para início de conversa, isso se chama apelo à autoridade. Não passa de um fingimento de que se é o representante dos Direitos Humanos, para depois evitar críticas. Pois ninguém, em sã consciência, seria contra os Direitos Humanos.
Não deixa de ser importante notar que a discussão a respeito dos Direitos Humanos teve origem durante a Idade Média, no seio do cristianismo, com a afirmação da defesa da igualdade de todos os homens numa mesma dignidade – nesta época, matemáticos cristãos desenvolveram uma teoria (Direito Natural). Esta afirmava que todo ser humano está no centro de uma ordem social e jurídica justa. A diferença é que a lei divina tinha prevalência sobre o direito laico. Nos tempos do Iluminismo, essas teorias do Direito Natural foram reformuladas, evitando a submissão a uma ordem divina.
De qualquer forma, a teoria do Direito Natural já foi má utilizada no passado por monarcas, de forma que os Direitos Humanos atuais são, de fato, mais justos.
O problema é que a própria aplicação dos Direitos Humanos pela esquerda raramente é justificável. Por exemplo, por que os criminosos merecem tratamento melhor que fetos. Ademais, há vários exemplos de limitação do direito dos religiosos, a partir de interpretações equivocadas de leis de separação do estado e da religião. Assim, na agenda implícita da esquerda, temos não apenas a independência perante a religião, mas uma busca constante por iniciativas que vão contra a religião estabelecida. Isso acaba sendo explicado pelas idéias de civilização global, que vivem advogando idéias ecumenistas e/ou opostas à presença de uma religião.
A religião principal de um povo dá sustentação a ele. Logo, iniciativas de governo global precisam acabar com essa idéia de religião de um país. A melhor forma que encontraram para atender a isso é a luta contra a religião.
Em relação à social democracia, eu nem preciso falar, pois esta por si só busca o comunismo, mas já aceita a luta democrática. No caso do marxismo, este assume que o objetivo é tomar o poder mesmo, como no caso da Venezuela e de Cuba (assim como na China e na Coréia do Norte). Como os marxistas não conseguem hoje implementar o marxismo pela via armada diretamente (pois a população já suspeita disso depois dos genocídios na Rússia e na China), o jeito é ir comendo pelas beiradas, através do marxismo cultural.
Para o marxismo cultural, de acordo com a estratégia gramsciana, a implementação cultural da agenda da esquerda liberal está bem “azeitada”. Claro que eles dividem a prioridade (que é de toda a esquerda) de eliminar a religião do páreo. Os marxistas, assim como os discípulos do Iluminismo Radical, possuem ambições globais.
Podemos adicionar na agenda marxista os seguintes itens (aqui já estou considerando a agenda implícita):

  • Em termos culturais, tudo que está na agenda liberal (por enquanto, está bom);
  • Estímulo à idéias subversivas, incluindo idolatria a criminosos e movimentos paramilitares criminosos (como as FARC);
  • Eliminação da cultura baseada em filosofia grega e direito romano;
  • Eliminar os conceitos de certo e errado da população;
  • Criar uma cultura de luta entre classes, em que existem os “burgueses” desonestos e os proletários “oprimidos”.


A leitura de obras como “Indoctrination U.” (de David Horowitz), “Godless” (de Ann Coulter) e “Bias” (de Bernard Goldberg) mostra que o modus operandi gramsciano não é exclusivo de ideólogos marxistas, mas é utilizado em larga escala por todos os ideólogos da esquerda. Obviamente, como são os mais radicais, ao final eles tendem a levar vantagem. Por exemplo, caso a estratégia gramsciana marxista cresça muito, ela tende a engolir no futuro a estratégia gramsciana liberal. Nos Estados Unidos, não há expectativas disso ocorrer, mas no Brasil já ocorreu.
A agenda anti-religião serve para atender toda a agenda da esquerda, e não apenas ao marxismo, ao liberalismo social e à social democracia. A cultura de anti-religião não é nova. Diversas formas de ataque à religião sempre ocorreram através do marxismo cultural, implementados através da Estratégia Gramsciana.
Como os anti-religiosos são apenas um grupo especializado em executar uma sub-agenda da esquerda, obviamente aprenderam o modus operandi gramsciano. A iniciativa de Richard Dawkins em impedir que as crianças assimilem os valores religiosos dos pais é apenas uma especialização da Estratégia Gramsciana para o ateísmo.
Se atualmente hoje em dia a anti-religião é encarada como normal, por reformulação do senso comum, o neo ateísmo surgiu há alguns anos para dar uma forcinha, radicalizando bastante o discurso anti-religioso.
A figura abaixo dá um panorama disso que foi tratado aqui (clique para aumentá-la):

Revisando as agendas do neo ateísmo Mapa_da_esquerda_e_anti_religiao

Mapa conceitual incluindo neo ateísmo, anti-religião, esquerda e direita

Se até agora sabemos para que serve o neo ateísmo, e como eles aprenderam a discursar e atuar, vamos então aos 5 pilares do discurso neo ateísta:


  • 1. A Religião é essencialmente má
  • 2. O ateísmo é essencialmente bom (e racional)
  • 3. A ciência nega a religião
  • 4. A religião é sempre injustificada
  • 5. A religião é ridícula

Sendo a agenda acima aquela que deverá ser propagada através do maior número de canais (Internet, Mídia, Salas de Aula, Cultura), devemos também identificar as diretivas de ação dele, novamente em alinhamento com a estratégia gramsciana. Estou considerando, agora, o programa (que já divulguei anteriormente, mas aqui está de novo para facilitar o entendimento) a ser executado pela MASSA dos neo ateus, ou seja, os leitores e seguidores dos autores do neo ateísmo:

  • Agir de forma militante na luta contra a religião
  • Utilizar de escárnio o máximo que conseguir, fazendo o uso tanto quanto possível de simulação de falso entendimento em relação às doutrinas religiosas
  • Permanecer o maior tempo possível atuando virtualmente (sites, redes sociais, YouTube, etc.) interferindo em discussões entre religiosos ou pregando ateísmo, além de divulgar o maior número possível de ridicularizações e difamações
  • Apoiar causas da esquerda que mesmo não sendo oficialmente anti-religiosas, podem ser úteis para o discurso anti-religião
  • Simular que se representa a ciência, e forçar a discussão criacionismo X evolucionismo
  • Buscar notícias na Internet em que religiosos cometam equívocos ou situações ridicularizáveis, e usar de generalizações, dando a impressão de que se aplicam ao todo
  • Tentar maquiar o maior número possível de fatos históricos para simular a impressão de que religião é decisiva para eventos inconvenientes
  • Em contrapartida, inocentar o ateísmo da maior quantidade possível de eventos
  • Maquiar dados para fingir que em alguns países, como Suécia e Nova Zelândia, há uma maioria de ateus, e usar a estratégia da “Vitória Irresistível”
  • Criar e/ou divulgar imagens simuladamente humorísticas ou charges em que se descrevem “o comportamento teísta”, usando da generalização o máximo possível (é recomendável nunca associar a ofensa a um teísta ou um grupo específico, mas a todos os teístas)
  • Em caso de estar na mídia, usar ressignificações e técnicas de pânico moral sempre com intuito de difamação e/ou ridicularização de religiosos
  • Endeusar em público as figuras de Richard Dawkins, Sam Harris, Christopher Hitchens e Daniel Dennett – em caso de discordâncias, simular discordâncias em pontos irrelevantes, apenas para não dar muito na cara que os adeptos do neo ateísmo não possuem senso crítico (ou seja, jamais discordar destes autores nas teses centrais do neo ateísmo)
  • Em caso de surgir um refutador ao neo ateísmo pela frente, ofender o máximo possível, e usar difamações contra ele
  • Usar o maior número possível de chavões e frases de efeito em sua pregação

Justamente por isso, considerando tanto a agenda deles, como também as agendas às quais eles se submetem (podendo ser a agenda do marxismo ou da esquerda liberal), fica mais fácil investigar a questão das iniciativas deles.
Por exemplo, vejam ONGs e comunidades de ateus, todas em polvorosa querendo apoiar a PL 122.
O motivo é claro. Esse é um item da agenda da esquerda, mas que cai como uma luva também na agenda neo ateísta.
Sendo aprovada esta lei, será possível criminalizar a leitura da Bíblia, já que o homossexual não mais poderá ser criticado.
Para a esquerda liberal, a lei é ótima, mesmo que essa imposição de preferência ao homossexual possa resultar em AUMENTO do preconceito contra os gays futuramente. Mas de fato os esquerdistas jamais se preocupam realmente com a população, nem aqueles que alegam defender, mas sim obter o efeito psicológico de dizer que se preocupam com as minorias.
Para o neo ateu, melhor ainda, pois sempre que um “casal” de homossexuais entrar em uma Igreja e alguém tentar impedi-los, tentarão usar isso como pretexto contra a Igreja.
Assim, dentro de uma Igreja, as doutrinas da mesma não podem mais valer, e sim a diretiva social que implicaria que os homossexuais não podem mais ser criticados.
Todas essas situações de conflito geradas com a possível nova lei serão aproveitadas pelos neo ateus como oportunidades.
Não há dúvidas de que ações para criminalizar a leitura da Bíblia serão, naturamente, encabeçadas em conjunto por organizações neo ateístas, gayzistas e esquerdistas em geral.
E esse é apenas um exemplo.
Utilizando-se desta base de análise, creio que fica mais fácil mapear todo o comportamento neo ateu, todas as iniciativas, todas as provocações que lançam, e até as defesas que utilizam.
Basicamente, isso é ler o que está escrito nas agendas deles.
E esperar eles executarem a agenda e pegá-los com a boca na botija.
Eduardo
Eduardo

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Inscrição : 08/05/2010

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