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Origens da Liturgia Adventista
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07072010
Origens da Liturgia Adventista
A influência de Zwinglio
Com a invenção da imprensa por Gutenberg (por volta de 1450), o aumento na produção de livros litúrgicos acelerou as mudanças litúrgicas que os reformadores tentavam efetuar.[51] Estas mudanças então foram implementadas através de tipos móveis e impressas em quantidades massivas.
Zwinglio (1484-1531), o reformador suíço, aos poucos introduziu sua própria reforma, que ajudou a desenhar a ordem de adoração de hoje. Ele substituiu a mesa do altar por algo chamado “mesa da comunhão”, onde se ministrava o pão e o vinho.[52] Ele também ordenou que se levasse o pão e o vinho à congregação em seus bancos utilizando bandejas de madeira e taças.[53] Muitas igrejas protestantes tem tal mesa. Originalmente a mesa continha duas velas, um costume que veio diretamente da corte dos Imperadores Romanos.[54] A maioria leva o pão e o vinho à congregação sentada em seu banco.
Zwinglio também recomendou que a Santa Ceia fosse observada trimestralmente (quatro vezes por ano). Fez isso em oposição ao tomá-la semanalmente como os outros reformadores haviam recomendado.[55] Muitos protestantes imitam a observação trimestral da Santa Ceia hoje. Alguns a observam mensalmente.
Zwinglio também é nominado como o paladino da abordagem da Santa Ceia enquanto “memorial”. Este ponto de vista é apoiado pela corrente principal do protestantismo estadunidense.[56] O pão e o vinho são meramente símbolos do corpo e do sangue de Cristo.[57]
Todavia, aparte destas novidades, a liturgia de Zwinglio não diferia muito da de Lutero.[58] Como Lutero, Zwinglio enfatizou a centralidade do sermão. Tanto que ele e seus colegas pregavam tão freqüentemente como um canal de notícias televisivo: catorze vezes por semana![59]
Leia também “A influência Luterana”
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[51] Christian Liturgy, p. 300.
[52] Oscar Hardman, A History of Christian Worship (Tennessee: Parthenon Press, 1937), p. 161. Sobre isso, Frank Senn escreveu, “Nas igrejas reformadas, o púlpito dominou o altar tão completamente que em vez do altar desaparecer ele foi substituído pela mesa usada para a santa comunhão usada apenas algumas vezes por ano. A pregação da Palavra dominou o serviço. Isso ocorreu como conseqüência da chamada redescoberta da Bíblia. Mas a redescoberta da Bíblia surgiu em virtude da invenção da imprensa, um fenômeno cultural” (Christian Worship and Its Cultural Setting, p. 45).
[53] Christian Liturgy, p. 362; Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 62.
[54] The Early Liturgy, pp. 132-133, 291-292; From Christ to Constantine, p. 173.
[55] Christian Liturgy, p. 363.
[56] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 60.
[57] O ponto de vista Zwinglio era mais complexa sobre isso. Todavia seu conceito da Eucaristia não era tão “elevado” como a de Calvino ou Lutero (An Outline of Christian Worship, p. 81). Zwinglio é o pai da moderna visão protestante da Ceia do Senhor. É bom destacar que as igrejas “litúrgicas” protestantes celebram a Palavra e o Sacramento semanalmente.
[58] A liturgia de Zwinglio é descrita em Christian Liturgy, pp. 362-364.
[59] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 61.
Obs.: Esse texto foi adaptado a partir do livro Pagan Christianity: The Origins of Our Modern Church Practices, de Frank Viola. As obras de Frank Viola tem sido utilizadas por movimentos dissidentes da IASD para reforçarem suas mensagens de rebeldia e critica a igreja instituída. Não concordamos com todas as idéias de Frank Viola, mas suas obras nos proporcionam um excelente levantamento histórico a respeito da origem das praticas e tradições da igreja cristã. Não nos interessa a opinião de Frank Viola mas sim as informações históricas que traz em suas obras.
Leia tudo, inclusive as notas de rodapé.
Com a invenção da imprensa por Gutenberg (por volta de 1450), o aumento na produção de livros litúrgicos acelerou as mudanças litúrgicas que os reformadores tentavam efetuar.[51] Estas mudanças então foram implementadas através de tipos móveis e impressas em quantidades massivas.
Zwinglio (1484-1531), o reformador suíço, aos poucos introduziu sua própria reforma, que ajudou a desenhar a ordem de adoração de hoje. Ele substituiu a mesa do altar por algo chamado “mesa da comunhão”, onde se ministrava o pão e o vinho.[52] Ele também ordenou que se levasse o pão e o vinho à congregação em seus bancos utilizando bandejas de madeira e taças.[53] Muitas igrejas protestantes tem tal mesa. Originalmente a mesa continha duas velas, um costume que veio diretamente da corte dos Imperadores Romanos.[54] A maioria leva o pão e o vinho à congregação sentada em seu banco.
Zwinglio também recomendou que a Santa Ceia fosse observada trimestralmente (quatro vezes por ano). Fez isso em oposição ao tomá-la semanalmente como os outros reformadores haviam recomendado.[55] Muitos protestantes imitam a observação trimestral da Santa Ceia hoje. Alguns a observam mensalmente.
Zwinglio também é nominado como o paladino da abordagem da Santa Ceia enquanto “memorial”. Este ponto de vista é apoiado pela corrente principal do protestantismo estadunidense.[56] O pão e o vinho são meramente símbolos do corpo e do sangue de Cristo.[57]
Todavia, aparte destas novidades, a liturgia de Zwinglio não diferia muito da de Lutero.[58] Como Lutero, Zwinglio enfatizou a centralidade do sermão. Tanto que ele e seus colegas pregavam tão freqüentemente como um canal de notícias televisivo: catorze vezes por semana![59]
Leia também “A influência Luterana”
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[51] Christian Liturgy, p. 300.
[52] Oscar Hardman, A History of Christian Worship (Tennessee: Parthenon Press, 1937), p. 161. Sobre isso, Frank Senn escreveu, “Nas igrejas reformadas, o púlpito dominou o altar tão completamente que em vez do altar desaparecer ele foi substituído pela mesa usada para a santa comunhão usada apenas algumas vezes por ano. A pregação da Palavra dominou o serviço. Isso ocorreu como conseqüência da chamada redescoberta da Bíblia. Mas a redescoberta da Bíblia surgiu em virtude da invenção da imprensa, um fenômeno cultural” (Christian Worship and Its Cultural Setting, p. 45).
[53] Christian Liturgy, p. 362; Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 62.
[54] The Early Liturgy, pp. 132-133, 291-292; From Christ to Constantine, p. 173.
[55] Christian Liturgy, p. 363.
[56] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 60.
[57] O ponto de vista Zwinglio era mais complexa sobre isso. Todavia seu conceito da Eucaristia não era tão “elevado” como a de Calvino ou Lutero (An Outline of Christian Worship, p. 81). Zwinglio é o pai da moderna visão protestante da Ceia do Senhor. É bom destacar que as igrejas “litúrgicas” protestantes celebram a Palavra e o Sacramento semanalmente.
[58] A liturgia de Zwinglio é descrita em Christian Liturgy, pp. 362-364.
[59] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 61.
Obs.: Esse texto foi adaptado a partir do livro Pagan Christianity: The Origins of Our Modern Church Practices, de Frank Viola. As obras de Frank Viola tem sido utilizadas por movimentos dissidentes da IASD para reforçarem suas mensagens de rebeldia e critica a igreja instituída. Não concordamos com todas as idéias de Frank Viola, mas suas obras nos proporcionam um excelente levantamento histórico a respeito da origem das praticas e tradições da igreja cristã. Não nos interessa a opinião de Frank Viola mas sim as informações históricas que traz em suas obras.
Leia tudo, inclusive as notas de rodapé.
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Origens da Liturgia Adventista :: Comentários
A influência Luterana
No ano de 1520, Lutero lançou uma intensa campanha contra a Missa Católica Romana. Esta campanha foi articulada no radical tratado de Lutero, The Babylonian Captivity of the Church. Este livro caiu como uma bomba sobre o sistema católico romano, desafiando o núcleo da teologia por trás da Missa Católica.
Em The Babylonian Captivity of the Church, Lutero atacou as seguintes três características da Missa: 1) Negação do cálice aos leigos, 2) Transubstanciação 3) O conceito da Missa é uma obra humana oferecida a deus como um sacrifício de Cristo. Embora Lutero rechaçasse a transubstanciação, ele ainda acreditava numa “presença real” do corpo e do sangue de Cristo nos elementos do pão e do vinho. Esta crença se chama “consubstanciação”. Em Captivity, Lutero também nega os sete sacramentos, adotando apenas três: batismo, penitência e a ceia.[21] A penitência foi a última a ser adotada como sacramento.
O ponto culminante da Missa sempre foi a Eucaristia,[22] também conhecida como “Comunhão”, “Ceia do Senhor” ou “Santa Ceia”. Tudo é direcionado para o momento mágico quando o sacerdote parte o pão e o distribui para as pessoas. Da perspectiva da mente católica Medieval, oferecer a Eucaristia era Jesus Cristo se sacrificando novamente. Desde Gregório o Grande (540-604) a igreja católica ensinava que Jesus Cristo é novamente sacrificado através da Missa.[23]
Lutero repudiava (muitas vezes de uma maneira vulgar) as mitras e os báculos dos papistas, e seus ensinos sobre a Eucaristia. O erro cardeal da Missa, disse Lutero, era que esta foi uma “obra” humana baseada numa falsa compreensão do sacrifício de Cristo.[24] Então, em 1523, Lutero enunciou sua própria revisão da Missa Católica.[25] Esta revisão é o fundamento de toda adoração protestante.[26] O núcleo dela é: Em vez da Eucaristia,[27] Lutero colocou a pregação no centro da reunião.
Por conseguinte, no culto de adoração dos protestantes modernos o púlpito é o elemento central e não a mesa do altar.[28]
Lutero recebe o crédito por fazer com que o sermão seja o ponto culminante do culto protestante.[29] Leia suas palavras: "Uma congregação cristã nunca deve reunir-se sem a pregação da Palavra de Deus e a oração, não importa quão exíguo seja o tempo da reunião. A pregação e o ensino da Palavra de Deus é a parte mais importante do culto divino."[30]
A crença de Lutero no que diz respeito à pregação como ponto culminante do culto de adoração permanece até nossos dias (apesar de tal crença não ter nenhuma procedência bíblica).[31] Como disse um historiador, “O púlpito é o trono do pastor protestante”.[32] É por esta razão que os ministros protestantes ordenados são ordinariamente chamados de “pregadores”.[33]
Mas, considerando estas modificações, a liturgia de Lutero variava bem pouco da Missa Católica.[34] Lutero meramente tentou salvar aquilo que representava o elemento “cristão” da antiga liturgia católica.[35] Por conseguinte, se alguém comparar a liturgia de adoração elaborada por Lutero com a liturgia de Gregório, verá que é praticamente a mesma.[36] Basicamente, Lutero reinterpretou muitos dos rituais da Missa. Mas, ele preservou o cerimonial, julgando-o apropriado.[37]
Por exemplo, Lutero manteve o ato que marcava o ponto culminante da Missa Católica: Quando o sacerdote levanta o pão e o cálice e os consagra. Ele meramente reinterpreta o significado deste ato.[38] A prática de consagrar o pão e o cálice, elevando-os, teve início no século XIII. É uma prática construída principalmente com base na superstição.[39] Contudo continua sendo observada por muitos pastores em nossos dias.
Da mesma maneira, Lutero fez uma drástica cirurgia na oração Eucarística, mantendo apenas as “palavras sacramentais”.[40] Tais palavras são as de 1 Coríntios 11:23 em diante — “O Senhor Jesus na noite em que foi traído, tomou o pão... e disse ‘Tomai e comei, este é o meu Corpo’...” Até hoje os pastores protestantes recitam este texto antes de ministrar a comunhão.
Enfim, a liturgia de Lutero era nada menos que uma versão truncada da Missa Católica.[41] A Missa de Lutero detinha os mesmos problemas da Missa Católica: Os paroquianos continuaram sendo espectadores passivos (com a exceção de poderem cantar), e toda liturgia era dirigida por um clérigo ordenado (o pastor tomando o lugar do sacerdote).
Segundo as próprias palavras de Lutero; “Nunca foi nossa intenção eliminar completamente o culto litúrgico a Deus, mas purificar o que já está em uso dos vínculos que o corrompem...”.[42] Tragicamente, Lutero não se deu conta de que o vinho novo não pode ser guardado em odres velhos.[43] Em nenhum momento Lutero (e nenhum outro dos principais reformadores) demonstrou desejo de voltar às práticas da igreja do século I. Estes homens meramente se dedicaram a reformar a teologia da igreja católica, deixando a liturgia quase intacta.
Em suma, as maiores mudanças duradouras feitas por Lutero na Missa Católica foram as seguintes: (1) Ele realizou a Missa na linguagem do povo. (2) Deu ao sermão uma posição central na reunião. (3) Ele introduziu a música na congregação.[44] (4) Ele eliminou a idéia de que a Missa era um sacrifício de Cristo. (5) Permitiu que a congregação participasse no pão e no vinho (em vez de limitá-los exclusivamente ao sacerdote como faz a prática católica.) Aparte destas diferenças, Lutero manteve a mesma liturgia como se vê na Missa Católica.
Embora Lutero falasse muito sobre “sacerdócio de todos os crentes”, ele nunca abandonou a prática de ordenação do clero.[45] De fato, sua crença era tão forte em um clero ordenado que escreveu, “O ministério público da Palavra deve ser estabelecido pela ordenação santa
como a mais importante das funções da igreja”.[46] Sob a influência de Lutero, o pastor protestante simplesmente substituiu o sacerdote católico. Em sua maior parte, houve pouca diferença prática na maneira como funcionaram estas duas instituições.[47] Isto não foi modificado por longa data.
Agora segue a ordem da adoração elaborada por Lutero.[49] Você deve conhecer bem este resumo geral, por ser a principal raiz do culto dominical matutino.[50]
Música
Oração
Sermão
Anúncios à Congregação
Santa Ceia
Música
Oração depois da Comunhão
Despedida (Bênção).
Leia também “A influencia católica”: Parte 1 e Parte 2
----------------------------------
[21] Christian Liturgy, p. 268.
[22] A palavra “Eucaristia” deriva-se da palavra grega eucharisteo que significa “dar graças”. Aparece em 1 Coríntios 11:24. Onde diz que Jesus tomou o pão, partiu-o e “deu graças”. Os cristãos pós-apostólicos referiam-se à Ceia do Senhor como “Eucaristia”.
[23] Lutero fez suas revisões litúrgicas no tratado Form of the Mass. Justo L. Gonzalez, The Story of Christianity (Peabody: Prince Press, 1999), p. 247. Note que os teólogos católicos mais recentes, nos últimos 70 anos, dizem que a Missa é uma representação do único sacrifício em vez de um novo sacrifício como acreditava a Igreja Católica Medieval.
[24] A Eucaristia foi muitas vezes tida como uma “oblação” ou “sacrifício” por cinco séculos (James Hastings Nichols, Corporate Worship in the Reformed Tradition, Philadelphia: The Westminster Press, 1968 p. 25). Veja também Christian Liturgy, pp. 270-275. Loraine Boettner detalha os erros da Missa Medieval Católica no Capítulo 8 de seu livro Roman Catholicism (Phillipsburg: The Presbyterian and Reformed Publishing Company, 1962).
[25] O nome latino é Formula Missae.
[26] Protestant Worship: Traditions in Transition, pp. 36-37.
[27] Ibid., pp. 41-42. Mesmo tendo uma elevadíssima estima pela Eucaristia, Lutero retirou da missa toda sua linguagem sacrificial, reservando tal linguagem apenas para a própria Eucaristia. Ele acreditava fortemente na Palavra e no Sacramento. Então sua Missa Alemã assumiu a santa comunhão e a pregação.
[28] Algumas igrejas “litúrgicas” na tradição protestante ainda mantém a mesa do altar próxima do púlpito.
[29] Antes da era Medieval, tanto o sermão como a Eucaristia tiveram um lugar proeminente na liturgia Cristã. O sermão, porém, entrou em sério declínio durante o período Medieval. Muitos padres eram iletrados demais para pregar, e outros elementos impediram a pregação das Escrituras. William D. Maxwell, An Outline of Christian Worship: Its Developments and Forms (New York: Oxford University Press, 1936), p. 72. Gregório o Grande buscou restabelecer o lugar do sermão na Missa. Contudo seus esforços falharam. Foi apenas com a chegada da Reforma que o sermão tomou o papel central na liturgia (History of the Christian Church: Volume 4, pp. 227, 399-402).
[30] “The German Mass,” Luther’s Works, LIII, 68.
[31] Rethinking the Wineskin, Capítulo 1; Capítulo 2 of this book.
[32] History of the Christian Church: Volume 7, p. 490.
[33] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 20.
[34] Lutero ainda seguia a histórica Ordem Ocidental. A principal diferença foi que Lutero eliminou as orações do ofertório e as orações do Cânon que falavam em oferendas, depois do Sanctus. Em suma, Lutero golpeou a Missa sempre fortalecendo o “sacrifício”. Eles, juntamente com outros Reformadores, removeram muitos dos decadentes elementos medievais da Missa. Para fazer isso eles construíram a liturgia em vernáculo comum, incluindo canções congregacionais (cânticos e coros para os luteranos; salmos métricos para os reformados), centralizando o sermão, e permitindo aos congregantes participarem na sagrada comunhão (Frank Senn, Christian Worship and Its Cultural Setting, Philadelphia: Fortress Press, 1983, pp. 84, 102).
[35] History of the Christian Church: Volume 7, pp. 486-487. O reformador alemão Carlstadt (1477-1541) foi mais radical que Lutero. Durante a ausência de Lutero Carlstadt aboliu a Missa por inteiro, destruindo os altares juntamente com as imagens.
[36] Frank Senn descreve a liturgia católica primitiva em seu livro (Christian Liturgy, p. 139). Lutero mesmo retendo a palavra “Missa”, que significava toda a liturgia (pág. 486).
[37] Lutero enfatizou o cerimonial da corte dos reis e acreditava que isso deveria ser aplicado na adoração a Deus (Christian Worship and Its Cultural Setting, p. 15). Veja o capítulo 3 deste livro para ver como o ingresso do protocolo imperial chegou a ser parte integrante da liturgia cristã durante o século IV com o reino de Constantino.
[38] Quando o sacerdote católico levantava o sacramento, ele o fazia para inaugurar o sacrifício.
[39] Christian Worship and Its Cultural Setting, pp. 18-19.
[40] Protestant Worship: Traditions in Transition, pp. 41-42; An Outline of Christian Worship, p. 75.
[41] Lutero reteve a ordem básica da Missa Medieval juntamente com os aspectos das luzes, incenso e as vestes (An Outline of Worship, p. 77).
[42] Luther’s Works, LIII, 20.
[43] Ironicamente, Lutero insistiu que sua Missa Alemã não deveria ser adotada legalistamente, e se fosse antiquada deveria ser descartada (Christian Worship and Its Cultural Setting, p. 17). Tragicamente, isto nunca aconteceu. Dificilmente as tradições morrem.
[44] Amante da música, Lutero introduziu a música como uma das principais partes do culto. Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 41; Christian History, Volume XII, No. 3, Issue 39, pp. 3, 16-19. Lutero era um gênio musical. Seu dom musical era tão forte que os Jesuítas disseram que os cânticos de Lutero “provocaram mais dano às almas do que seus escritos e pregações”. Não é surpreendente que um dos maiores talentos musicais da história da igreja fosse um luterano. Seu nome era Sebastian Bach. Para mais detalhes quanto à contribuição musical de Lutero à liturgia protestante veja: Christian Liturgy, pp. 284-287; Protestant Worship: Traditions in Transition, pp. 41, 47-48; Will Durant, The Reformation (New York: Simon and Schuster, 1957), pp. 778-779.
[45] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 41.
[46] “Concerning the Ministry,” Luther’s Works, XL, 11.
[47] O sacerdote ministrava sete sacramentos enquanto que o pastor ministrava dois (o batismo e a Eucaristia). Todavia tanto sacerdotes como pastores viam a si mesmos dotados da exclusiva autoridade para proclamar a Palavra de Deus. Para Lutero, o uso de batinas clericais, velas no altar e a atitude do ministro quanto à oração era motivo de indiferença (History of the Christian Church: Volume 7, p. 489). Mas mesmo sendo indiferente a tais coisas ele aconselhou que elas permanecessem (Christian Liturgy, p. 282). Portanto permanecem conosco até hoje.
[49] Esta liturgia foi publicada em sua German Mass and Order of Service, em 1526.
[50] Christian Liturgy, pp. 282-283.
Obs.: Esse texto foi adaptado a partir do livro Pagan Christianity: The Origins of Our Modern Church Practices, de Frank Viola. As obras de Frank Viola tem sido utilizadas por movimentos dissidentes da IASD para reforçarem suas mensagens de rebeldia e critica a igreja instituída. Não concordamos com todas as idéias de Frank Viola, mas suas obras nos proporcionam um excelente levantamento histórico a respeito da origem das praticas e tradições da igreja cristã. Não nos interessa a opinião de Frank Viola mas sim as informações históricas que traz em suas obras.
Leia tudo, inclusive as notas de rodapé.
No ano de 1520, Lutero lançou uma intensa campanha contra a Missa Católica Romana. Esta campanha foi articulada no radical tratado de Lutero, The Babylonian Captivity of the Church. Este livro caiu como uma bomba sobre o sistema católico romano, desafiando o núcleo da teologia por trás da Missa Católica.
Em The Babylonian Captivity of the Church, Lutero atacou as seguintes três características da Missa: 1) Negação do cálice aos leigos, 2) Transubstanciação 3) O conceito da Missa é uma obra humana oferecida a deus como um sacrifício de Cristo. Embora Lutero rechaçasse a transubstanciação, ele ainda acreditava numa “presença real” do corpo e do sangue de Cristo nos elementos do pão e do vinho. Esta crença se chama “consubstanciação”. Em Captivity, Lutero também nega os sete sacramentos, adotando apenas três: batismo, penitência e a ceia.[21] A penitência foi a última a ser adotada como sacramento.
O ponto culminante da Missa sempre foi a Eucaristia,[22] também conhecida como “Comunhão”, “Ceia do Senhor” ou “Santa Ceia”. Tudo é direcionado para o momento mágico quando o sacerdote parte o pão e o distribui para as pessoas. Da perspectiva da mente católica Medieval, oferecer a Eucaristia era Jesus Cristo se sacrificando novamente. Desde Gregório o Grande (540-604) a igreja católica ensinava que Jesus Cristo é novamente sacrificado através da Missa.[23]
Lutero repudiava (muitas vezes de uma maneira vulgar) as mitras e os báculos dos papistas, e seus ensinos sobre a Eucaristia. O erro cardeal da Missa, disse Lutero, era que esta foi uma “obra” humana baseada numa falsa compreensão do sacrifício de Cristo.[24] Então, em 1523, Lutero enunciou sua própria revisão da Missa Católica.[25] Esta revisão é o fundamento de toda adoração protestante.[26] O núcleo dela é: Em vez da Eucaristia,[27] Lutero colocou a pregação no centro da reunião.
Por conseguinte, no culto de adoração dos protestantes modernos o púlpito é o elemento central e não a mesa do altar.[28]
Lutero recebe o crédito por fazer com que o sermão seja o ponto culminante do culto protestante.[29] Leia suas palavras: "Uma congregação cristã nunca deve reunir-se sem a pregação da Palavra de Deus e a oração, não importa quão exíguo seja o tempo da reunião. A pregação e o ensino da Palavra de Deus é a parte mais importante do culto divino."[30]
A crença de Lutero no que diz respeito à pregação como ponto culminante do culto de adoração permanece até nossos dias (apesar de tal crença não ter nenhuma procedência bíblica).[31] Como disse um historiador, “O púlpito é o trono do pastor protestante”.[32] É por esta razão que os ministros protestantes ordenados são ordinariamente chamados de “pregadores”.[33]
Mas, considerando estas modificações, a liturgia de Lutero variava bem pouco da Missa Católica.[34] Lutero meramente tentou salvar aquilo que representava o elemento “cristão” da antiga liturgia católica.[35] Por conseguinte, se alguém comparar a liturgia de adoração elaborada por Lutero com a liturgia de Gregório, verá que é praticamente a mesma.[36] Basicamente, Lutero reinterpretou muitos dos rituais da Missa. Mas, ele preservou o cerimonial, julgando-o apropriado.[37]
Por exemplo, Lutero manteve o ato que marcava o ponto culminante da Missa Católica: Quando o sacerdote levanta o pão e o cálice e os consagra. Ele meramente reinterpreta o significado deste ato.[38] A prática de consagrar o pão e o cálice, elevando-os, teve início no século XIII. É uma prática construída principalmente com base na superstição.[39] Contudo continua sendo observada por muitos pastores em nossos dias.
Da mesma maneira, Lutero fez uma drástica cirurgia na oração Eucarística, mantendo apenas as “palavras sacramentais”.[40] Tais palavras são as de 1 Coríntios 11:23 em diante — “O Senhor Jesus na noite em que foi traído, tomou o pão... e disse ‘Tomai e comei, este é o meu Corpo’...” Até hoje os pastores protestantes recitam este texto antes de ministrar a comunhão.
Enfim, a liturgia de Lutero era nada menos que uma versão truncada da Missa Católica.[41] A Missa de Lutero detinha os mesmos problemas da Missa Católica: Os paroquianos continuaram sendo espectadores passivos (com a exceção de poderem cantar), e toda liturgia era dirigida por um clérigo ordenado (o pastor tomando o lugar do sacerdote).
Segundo as próprias palavras de Lutero; “Nunca foi nossa intenção eliminar completamente o culto litúrgico a Deus, mas purificar o que já está em uso dos vínculos que o corrompem...”.[42] Tragicamente, Lutero não se deu conta de que o vinho novo não pode ser guardado em odres velhos.[43] Em nenhum momento Lutero (e nenhum outro dos principais reformadores) demonstrou desejo de voltar às práticas da igreja do século I. Estes homens meramente se dedicaram a reformar a teologia da igreja católica, deixando a liturgia quase intacta.
Em suma, as maiores mudanças duradouras feitas por Lutero na Missa Católica foram as seguintes: (1) Ele realizou a Missa na linguagem do povo. (2) Deu ao sermão uma posição central na reunião. (3) Ele introduziu a música na congregação.[44] (4) Ele eliminou a idéia de que a Missa era um sacrifício de Cristo. (5) Permitiu que a congregação participasse no pão e no vinho (em vez de limitá-los exclusivamente ao sacerdote como faz a prática católica.) Aparte destas diferenças, Lutero manteve a mesma liturgia como se vê na Missa Católica.
Embora Lutero falasse muito sobre “sacerdócio de todos os crentes”, ele nunca abandonou a prática de ordenação do clero.[45] De fato, sua crença era tão forte em um clero ordenado que escreveu, “O ministério público da Palavra deve ser estabelecido pela ordenação santa
como a mais importante das funções da igreja”.[46] Sob a influência de Lutero, o pastor protestante simplesmente substituiu o sacerdote católico. Em sua maior parte, houve pouca diferença prática na maneira como funcionaram estas duas instituições.[47] Isto não foi modificado por longa data.
Agora segue a ordem da adoração elaborada por Lutero.[49] Você deve conhecer bem este resumo geral, por ser a principal raiz do culto dominical matutino.[50]
Música
Oração
Sermão
Anúncios à Congregação
Santa Ceia
Música
Oração depois da Comunhão
Despedida (Bênção).
Leia também “A influencia católica”: Parte 1 e Parte 2
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[21] Christian Liturgy, p. 268.
[22] A palavra “Eucaristia” deriva-se da palavra grega eucharisteo que significa “dar graças”. Aparece em 1 Coríntios 11:24. Onde diz que Jesus tomou o pão, partiu-o e “deu graças”. Os cristãos pós-apostólicos referiam-se à Ceia do Senhor como “Eucaristia”.
[23] Lutero fez suas revisões litúrgicas no tratado Form of the Mass. Justo L. Gonzalez, The Story of Christianity (Peabody: Prince Press, 1999), p. 247. Note que os teólogos católicos mais recentes, nos últimos 70 anos, dizem que a Missa é uma representação do único sacrifício em vez de um novo sacrifício como acreditava a Igreja Católica Medieval.
[24] A Eucaristia foi muitas vezes tida como uma “oblação” ou “sacrifício” por cinco séculos (James Hastings Nichols, Corporate Worship in the Reformed Tradition, Philadelphia: The Westminster Press, 1968 p. 25). Veja também Christian Liturgy, pp. 270-275. Loraine Boettner detalha os erros da Missa Medieval Católica no Capítulo 8 de seu livro Roman Catholicism (Phillipsburg: The Presbyterian and Reformed Publishing Company, 1962).
[25] O nome latino é Formula Missae.
[26] Protestant Worship: Traditions in Transition, pp. 36-37.
[27] Ibid., pp. 41-42. Mesmo tendo uma elevadíssima estima pela Eucaristia, Lutero retirou da missa toda sua linguagem sacrificial, reservando tal linguagem apenas para a própria Eucaristia. Ele acreditava fortemente na Palavra e no Sacramento. Então sua Missa Alemã assumiu a santa comunhão e a pregação.
[28] Algumas igrejas “litúrgicas” na tradição protestante ainda mantém a mesa do altar próxima do púlpito.
[29] Antes da era Medieval, tanto o sermão como a Eucaristia tiveram um lugar proeminente na liturgia Cristã. O sermão, porém, entrou em sério declínio durante o período Medieval. Muitos padres eram iletrados demais para pregar, e outros elementos impediram a pregação das Escrituras. William D. Maxwell, An Outline of Christian Worship: Its Developments and Forms (New York: Oxford University Press, 1936), p. 72. Gregório o Grande buscou restabelecer o lugar do sermão na Missa. Contudo seus esforços falharam. Foi apenas com a chegada da Reforma que o sermão tomou o papel central na liturgia (History of the Christian Church: Volume 4, pp. 227, 399-402).
[30] “The German Mass,” Luther’s Works, LIII, 68.
[31] Rethinking the Wineskin, Capítulo 1; Capítulo 2 of this book.
[32] History of the Christian Church: Volume 7, p. 490.
[33] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 20.
[34] Lutero ainda seguia a histórica Ordem Ocidental. A principal diferença foi que Lutero eliminou as orações do ofertório e as orações do Cânon que falavam em oferendas, depois do Sanctus. Em suma, Lutero golpeou a Missa sempre fortalecendo o “sacrifício”. Eles, juntamente com outros Reformadores, removeram muitos dos decadentes elementos medievais da Missa. Para fazer isso eles construíram a liturgia em vernáculo comum, incluindo canções congregacionais (cânticos e coros para os luteranos; salmos métricos para os reformados), centralizando o sermão, e permitindo aos congregantes participarem na sagrada comunhão (Frank Senn, Christian Worship and Its Cultural Setting, Philadelphia: Fortress Press, 1983, pp. 84, 102).
[35] History of the Christian Church: Volume 7, pp. 486-487. O reformador alemão Carlstadt (1477-1541) foi mais radical que Lutero. Durante a ausência de Lutero Carlstadt aboliu a Missa por inteiro, destruindo os altares juntamente com as imagens.
[36] Frank Senn descreve a liturgia católica primitiva em seu livro (Christian Liturgy, p. 139). Lutero mesmo retendo a palavra “Missa”, que significava toda a liturgia (pág. 486).
[37] Lutero enfatizou o cerimonial da corte dos reis e acreditava que isso deveria ser aplicado na adoração a Deus (Christian Worship and Its Cultural Setting, p. 15). Veja o capítulo 3 deste livro para ver como o ingresso do protocolo imperial chegou a ser parte integrante da liturgia cristã durante o século IV com o reino de Constantino.
[38] Quando o sacerdote católico levantava o sacramento, ele o fazia para inaugurar o sacrifício.
[39] Christian Worship and Its Cultural Setting, pp. 18-19.
[40] Protestant Worship: Traditions in Transition, pp. 41-42; An Outline of Christian Worship, p. 75.
[41] Lutero reteve a ordem básica da Missa Medieval juntamente com os aspectos das luzes, incenso e as vestes (An Outline of Worship, p. 77).
[42] Luther’s Works, LIII, 20.
[43] Ironicamente, Lutero insistiu que sua Missa Alemã não deveria ser adotada legalistamente, e se fosse antiquada deveria ser descartada (Christian Worship and Its Cultural Setting, p. 17). Tragicamente, isto nunca aconteceu. Dificilmente as tradições morrem.
[44] Amante da música, Lutero introduziu a música como uma das principais partes do culto. Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 41; Christian History, Volume XII, No. 3, Issue 39, pp. 3, 16-19. Lutero era um gênio musical. Seu dom musical era tão forte que os Jesuítas disseram que os cânticos de Lutero “provocaram mais dano às almas do que seus escritos e pregações”. Não é surpreendente que um dos maiores talentos musicais da história da igreja fosse um luterano. Seu nome era Sebastian Bach. Para mais detalhes quanto à contribuição musical de Lutero à liturgia protestante veja: Christian Liturgy, pp. 284-287; Protestant Worship: Traditions in Transition, pp. 41, 47-48; Will Durant, The Reformation (New York: Simon and Schuster, 1957), pp. 778-779.
[45] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 41.
[46] “Concerning the Ministry,” Luther’s Works, XL, 11.
[47] O sacerdote ministrava sete sacramentos enquanto que o pastor ministrava dois (o batismo e a Eucaristia). Todavia tanto sacerdotes como pastores viam a si mesmos dotados da exclusiva autoridade para proclamar a Palavra de Deus. Para Lutero, o uso de batinas clericais, velas no altar e a atitude do ministro quanto à oração era motivo de indiferença (History of the Christian Church: Volume 7, p. 489). Mas mesmo sendo indiferente a tais coisas ele aconselhou que elas permanecessem (Christian Liturgy, p. 282). Portanto permanecem conosco até hoje.
[49] Esta liturgia foi publicada em sua German Mass and Order of Service, em 1526.
[50] Christian Liturgy, pp. 282-283.
Obs.: Esse texto foi adaptado a partir do livro Pagan Christianity: The Origins of Our Modern Church Practices, de Frank Viola. As obras de Frank Viola tem sido utilizadas por movimentos dissidentes da IASD para reforçarem suas mensagens de rebeldia e critica a igreja instituída. Não concordamos com todas as idéias de Frank Viola, mas suas obras nos proporcionam um excelente levantamento histórico a respeito da origem das praticas e tradições da igreja cristã. Não nos interessa a opinião de Frank Viola mas sim as informações históricas que traz em suas obras.
Leia tudo, inclusive as notas de rodapé.
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