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Mensagem por Carlstadt Dom Mar 14, 2010 6:52 pm

O texto abaixo foi extraído do livro “The Vatican Billions”, de Avro Manhattan, capítulo 24 - The Wealthiest Giant Theocracy of the Americas.

Ultimamente só se ouve falar em globalização e, no entanto, ninguém atenta para o fato de que há um poder religioso, político, econômico e financeiro mundial por trás desse fenômeno, o qual mudará completamente a vida dos habitantes deste planeta, com o ressurgimento do Império Romano.

O que não se pode ignorar é a existência de uma conspiração mundial encabeçada por uma super corporação global possuidora de mais de um terço de toda a fortuna do Ocidente, sócia majoritária de quase todos os bancos internacionais, se não de todos. Sócia majoritária, por exemplo, com 51%, desde o início, do maior banco do mundo, o Bank of America. Operando como forte acionista em todos os maiores bancos mundiais, como o dos Rothschilds, Hambros (Inglaterra), Credit Suisse (Suíça), Chase Manhattan, City Bank, Morgan, Bankers Trust (E. Unidos). De gigantes industriais do petróleo (Gulf, Shell), de Aço, Motores, Eletricidade (General Motors, General Electric, Bethlem SteeL) da aviação (Boeing, Lockheed, Douglas, Curtis Wright), e de outros grupos gigantes internacionais. Os Estados Unidos não são, como muitos pensam, exatamente o país mais rico do mundo, pois quem mais possui valores econômicos, financeiros e religiosos dentro desse país, é o Vaticano, do qual os Estados Unidos já são praticamente uma colônia. Os verdadeiros responsáveis pelas desigualdades sociais do planeta não são exatamente os Estados Unidos da América, nem os países ricos da Europa, mas a maior potência econômica, financeira e política, a qual opera desabridamente dentro desses países, dominando a sua economia.

Vamos focalizar como essa potência tem operado dentro do país mais importante da terra, segundo o escritor britânico, Avro Manhattan, no capítulo 24 do seu livro “The Vatican Billions”, editado na Califórnia, em 1985.

A Igreja Católica dos Estados Unidos é “uma nação dentro de uma nação”. Isso não é mera figura de linguagem. É um fato sólido e irrefutável na vida americana.

Quando os católicos dos Estados Unidos falam de liberdade americana, democracia americana, e coisas semelhantes, eles sempre querem dizer democracia católica americana, visto como o seu objetivo final é uma constituição católica nos Estados Unidos como estágio final e uma América totalmente católica.

Esse desejo deles não é mera abstração. O processo já está em operação e cresce assustadoramente. O Vaticano está construindo o seu império dentro dos Estados Unidos com tal sucesso que já não precisa temer competição alguma à expansão de sua inevitável apropriação.

A Igreja exerce controle em todos os setores da sociedade americana, horizontal e verticalmente. O resultado é que praticamente todas as estruturas dos Estados Unidos estão interligadas direta ou indiretamente com as estruturas católicas. As conseqüências dessa interligação são como as de um velho carvalho abraçado por um parasita vigorosamente saudável.

As difundidas ramificações da Igreja Católica são as inúmeras instituições que penetram dentro do contexto americano. Essas vão desde a Mãe Católica do Ano, Legião Católica Romana da Decência, Clube de Livro e Discos Católicos Romanos, Associação dos Empregados Postais Católicos Romanos, Associações de Rádio e TV Católicas Romanas, Associação de Imprensa católica Romana, Companhias de Seguro Católicas Romanas, Veteranos de Guerra Católicos Romanos – e uma infinita variedade de agências semelhantes. Todas essas organizações católicas romanas são apoiadas por possessões financeiras as quais, quando tomadas num todo, devem somar milhões de dólares.

As mais impressionantes de todas essas unidades católicas se encontram nos campos educacional e médico. Aqui a Igreja Católica se tornou verdadeiramente, não uma nação dentro de uma nação, mas um império financeiro dentro da nação americana. Sua máquina educacional opera desde os jardins da infância até às universidades, passando por todos os estados intermediários. Sua máquina médica opera desde as clínicas mais humildes até os hospitais mais atualizados. As posses financeiras dessas estruturas educacionais e médicas atingem as cifras de bilhões e esses bilhões não são apenas o resultado da energia católica. Uma parte substancial dos mesmos tem sido direta ou indiretamente “entregues” à Igreja Católica pela média dos pagadores de impostos protestantes.

Isso é feito através de um desvio aberto e ilícito da Constituição dos Estados Unidos por meio da pressão oculta exercida dentro do governo federal e local com manipulações político-financeiras legais, semi-legais e ilegais feitas por manipuladores católicos desonestos, operando incansavelmente nos campos legislativo, financeiro e imobiliário, em favor da Igreja Católica.

Assim, por exemplo, em 1965 um programa patrocinado pelo governo, no Mississipi, no valor de 7 milhões de dólares foi entregue a uma agência organizada por uma diocese católica romana. Esses 7 milhões foram financiados pelo governo. Na administração Johnson (1963-1969) centenas de programas federais proveram vastas quantias do governo americano a agências, na maioria católicas, ligadas à Igreja. Milhões de dólares passaram pelos cofres eclesiásticos.

Em 1954, o Hillburton Act deu permissão para prover de um a dois terços do custo da construção de hospitais em geral. Em 1964 este Ato foi ampliado para conceder dinheiro aos centros de tratamento e reabilitação de doenças crônicas e semelhantes. De 1947 a 1964, nada menos de 7.372 projetos desse tipo foram aprovados. As Igrejas dos estados Unidos coletaram uma fortuna com essas contas graças a esta já mencionada. Por exemplo, a Igreja Católica obteve 305 milhões de dólares, a parte do leão, contra 168 milhões de dólares concedidos às denominações protestante e judaica juntas.

Para citar apenas algumas cifras gritantes, em 1947 e 1948 a Igreja Católica recebeu uma média de 14 milhões anuais provenientes dos pagadores de impostos, graças a essas contas. Isso quer dizer que ela coletou US1,2 milhão mensalmente, ou seja, US$40 mil diários. Isso, dos cidadãos americanos, cuja maioria é constituída de protestantes. De 1961 a 1966, as quantias anuais haviam mais que dobrado para US$30,5 milhões anuais ou US$83.500 diários. A Associação de Hospitais Católicos registrou que esses hospitais, entre 1968/1970, possuíam um valor corrente de US$1,5 bilhão. Os pagadores de impostos haviam contribuído com nada menos de US$305 milhões desse total (1).

As propriedades da Igreja Católica através do seu programa de educação não ficam abaixo. A Igreja controla mais de 2.500 escolas secundárias, 300 colégios e universidades, seminários e semelhantes. Muitos de seus edifícios são valiosas possessões imobiliárias. Para comprar, financiar e dirigir estes a Igreja tem recebido do governo contínuos e crescentes volumes de dinheiro que supõe-se ficarem à parte da religião organizada.

O Senador Wayne Morse, de Oregon, para citar apenas um caso típico, introduziu no Senado uma emenda especial solicitando US$75 milhões anuais para a construção de escolas particulares e paroquiais, a maioria destas católicas.

A verdade é que milhões de dólares dos protestantes americanos, e até mesmo agnósticos, contribuam anualmente para aquisições e manutenção de propriedades católicas, sob uma variedade de programas federais. Subsídios chamados de “concessões de pesquisa” são obtidos através de duvidosos desvios legais e semi legais pela Igreja Católica através de todo o país. Uma instituição católica de educação mais graduada, o Marymount College, em Boca Ratton, Flórida, é típica. Embora em 1968 ela tivesse um corpo estudantil de apenas 350 alunos e tivesse sido fundada em 1963, conseguiu do governo US$2 milhões em concessão para construir dormitórios, uma doação de US$55 mil dólares para combate à pobreza dos estudantes filhos de imigrantes, e uma concessão educacional semelhante de US$10 mil (2).

As escolas paroquiais estão crescendo mais depressa do que as escolas públicas, o que significa novamente que a Igreja Católica está conseguindo concessões cada vez maiores e subsídios desse país predominantemente protestante. Isso foi descoberto pelo fato de que, em 1968, por exemplo, uma taxa de 10% de sobrecarga foi imposta ao cidadão, embora as Igrejas já estivessem recebendo 16 milhões de dólares diários, só de impostos federais. A Igreja Católica nos Estados Unidos contudo, exigia mais. As exigências dos seus bispos custariam aos pagadores de impostos americanos uma doação compulsória de US$280 federais diários, ou seja US$70 per capta de cada pessoa na América (3).

Para se ter uma idéia da riqueza da Igreja Católica, somente nos campos educacional e médico, um jornal de classe média comercial mostrou que o valor anual das construções de escolas, colégios, hospitais e igrejas católicas (nessa ordem) chega ao montante de US$1,75 bilhão anualmente (1983).

As concessões financeiras e empresas geradoras de lucros do Vaticano são tão variadas como as dos mais enérgicos e avançados gigantes comerciais do globo. Como já vimos, suas ramificações financeiras da Societa General Immobiliare, na Itália, cujo capital bruto é de US$170 milhões (1967) e controlam mais de 50 companhias italianas, e até as suas filiais em Washington, Paris e Nova Iorque. Isso também acontece no Canadá, onde há uma companhia Edilltecno e uma filial latino-americana Edilltecno em México City .

O Vaticano controla vastas empresas de construções e especulação, desde aquelas do “foggy bottom” do capital americano, atingindo US$70 milhões, até à Montreal Redbrook Estate, edifícios no Passeo de Las Palmas, e imóveis em México City e na Europa, inclusive na chique avenida Champs Elysées em Paris. Na própria Roma, o Vaticano possui há muito tempo mais de 100 milhões de pés quadrados em propriedades “dentro dos limites da cidade”. Nino Lo Bello, jornalista do New York Herald Tribune, especializado em assuntos econômicos, um católico liberal, teve de admitir, após anos de pesquisa, dentro do poder econômico do Vaticano, que “as empresas de fazer dinheiro do Vaticano são tão difundidas que é quase impossível obter um quadro claro de todas elas” (4). Ele tinha razão, particularmente em vista do fato de que descobriu, para o seu espanto, que a Montecatine Edison “uma das maiores corporações italianas e talvez mundiais que negocia com produtos de minas e metalurgia, fertilizantes, resinas sintéticas, tecidos, fibras e produtos farmacêuticos, bem como energia elétrica... era... ligada ao Vaticano com cadeias de aço”.

O quadro não é diferente – de fato se torna cada vez mais significativamente nebuloso – quando entramos puramente no campo financeiro. Aqui os investimentos do Vaticano são cada vez mais ramificados. A maior parte de seus milhões está depositada em bancos não italianos. “Alguns estão na América e muitos na Suíça, onde o Vaticano mantém os seus fundos em contas numeradas. Ninguém sabe a quanto monta o seu dinheiro guardado nos cofres da Suíça... O Vaticano usa também suas contas suíças para manter o seu anonimato, quando consegue o controle de corporações financeiras” (5). Essa prática tem dado ao Vaticano vastos lucros não revelados, nestas últimas décadas.

O resultado desta última prática, perfeitamente legal é que o Vaticano, ao contrário das grandes corporações da Europa e da América, as quais se restringem aos seus governos, é totalmente livre para especular e transferir vastos fundos, aqui, ali e acolá, sempre que surge uma oportunidade proveitosa. E essas oportunidades nunca faltam. Consequentemente, as corporações mais potencialmente financeiras já foram “penetradas” ou são dirigidas através de potencial controle remoto pelos investimentos e política do Vaticano.

Isso quer dizer que o valor da propriedade da Igreja Católica está aumentando anualmente. Sua riqueza se espalha e atinge a maior parte dos canais da vida econômica das nações. Como tal ela está totalmente desvinculada da religião. Contudo é isenta de impostos sob o aspecto religioso. Os grupos de ação católica entram também nesta categoria. Estes são afiliados à Igreja e são ricos em seus próprios direitos. Típicos desses grupos são a Opus Dei e os Colombos, para mencionar apenas dois.

Existem mais de 250 associações filiadas à Igreja Católica, todas elas enriquecidas com fundos financeiros. A maioria dessas organizações quase religiosas operam comercialmente. Além disso, a Igreja Católica, do mesmo modo como as protestantes, mantém negócios de seguros através de companhias relacionadas à Igreja. Uma destas companhias é a Catholic Association of Forresters “designada pela lei para servir somente os católicos”. Recentemente, ela declarou ter pago mais de 2 milhões em benefícios. Outra, a Cavaleiros de Colombo, têm muito mais de 1,5 bilhão de seguros “só para católicos”.

Outro aspecto comercial e cultural está no campo publicitário. Em 1972 havia 98 casas publicadoras de livros e mais de 517 periódicos católicos com circulação excedendo os 30 milhões. Junto com estes a Igreja lucra sobre os “negócios não relacionados”, tal como a propriedade dos cemitérios denominacionais. Então existem as chamadas agências intermediárias. Finalmente duas das maiores lixeiras de Chicago, por exemplo, pertencem à Arquidiocese de Chicago. A Arquidiocese de Nova Iorque, por outro lado, vendeu metade de seus royalties da Listerine por US$25 milhões. Outro intermediário foi a Universidade Hill Foundation da Loyola, de Los Angeles. Ela estava operando 24 negócios diferentes, tais como uma fundição, um hotel, uma imprensa, leiterias, queimadores a óleo e similares (6).

A De Rance Inc., de Millwalkee, era uma fundição intermediária das ordens da Igreja católica. Entre outras possessões a De Rance possuía 47% de interesse na Cervejaria Miller. No ano anterior a Miller atingiu 145 milhões de dólares em vendas. É o oitavo maior produtor de cerveja nos Estados Unidos (7).

Que a Igreja Católica estaria envolvida na venda de álcool por atacado não é de admirar. Várias de suas ordens religiosas fazem exatamente isso. Os Irmãos Cristãos, por exemplo, anunciam o brandy mais vendido nos Estados Unidos. A Ordem Cartusiana de frades produz e vende o Chartreuse, que é um tipo de “super licor”. Frades e freiras americanos estão fortemente engajados em auferir lucros. Os Frades Trapistas da Abadia de São José, Massachussets, por exemplo, manufaturam 27 sabores diferentes de geleia, em sua fazenda de 2.300 acres. Os monges da Abadia de N. S. do Getsêmani, Dard Stone, Kentucky, dirigem um próspero negócio de queijos, tortas, presunto, bacon e carnes enlatadas. A Abadia de São Benedito, Aspen, Colorado, possui 500 cabeças de gado, conduzidas por monges cowboys em seu rancho de 3.800 acres. Os Frades Cistercianos têm um negócio de leite e carnes, perto de Dubuque, Iowa. Eles possuem 2.300 acres e grandes rebanhos de gado leiteiro e de corte. Essas Ordens operam também um moinho, uma pedreira e outros negócios. As Filhas de São Paulo têm um lucrativo negócio de impressão. Os Padres Maristas têm uma empresa de discos no Havaí. Essas ordens religiosas têm possuído ou ainda possuem direta ou vicariamente lojas de departamentos em Saint Louis, Missouri, Camden, New Jersey, Filadélfia e Pensilvania. Em Hartford, Connecticut, eles compraram os hotéis Bond Vendome; em Columbus, Ohio, o Edifício Montgomery Ward; Em New Port, Road Island, o Teatro Strand; em New Haven, Connecticut, o edifício do quartel general da Ferrovia New Haven e o Hotel Sheraton; em Detroit, Michigan, o armazém da Companhia de Aço Crucible; em Chicago, Illinois, os Edifícios Brunswick, Balke-Collander; em Bridge Port, Connecticut; um moinho de tubos de aço da Brigde Port Brass Co. por US$1,9 milhão. (8).

A riqueza de uma dessas Ordens, dos Marianistas, serve para esclarecer. Em certa ocasião, tendo decidido veicular uma emissão de títulos, seus padres enviaram um prospecto indicando que a sociedade possuía haveres de mais de US$515 milhões, dos quais gozavam isenção de impostos no valor de US$669 mil, anualmente.

Existem centenas de ordens religiosas similares, dirigindo prósperos negócios, e sem pagar um único centavo de impostos, sob a alegação de serem instituições religiosas. Algumas delas, embora apenas parcialmente religiosas, ou mesmo mais leigas do que religiosas, são gigantes financeiros em seu próprio direito. Uma destas é a dos Cavaleiros de Colombo. Os Cavaleiros possuem haveres que excedem os US$200 milhões. Seu portifólio inclui US$55,5 milhões em seguridade; vários milhões em bônus do governo canadense; US$4,8 milhões em emissões ferroviárias; US$18 milhões em estoques utilitários e títulos; US$12 milhões em seguridade industrial e bônus do governo dos Estados Unidos. Ela possui propriedades, tais como o Estádio Ianque em Nova Iorque, o edifício do quartel general da ex-Ferrovia New Haven, os armazéns da Companhia de Aços Crucible, o Edifício das Companhia Brunswick Balke-Collander, em Chicago; o sítio de US$5 milhões de dólares do Sheraton Hotel, em New Haven; lojas de departamento em St. Louis (valor da propriedade US$4,5 milhões); um novo moinho de tubos de aço da Bridge Port Brass Co. e outros (9). Eles dirigem uma vasta empresa de seguros. Em 1966 registraram possessões no valor de U$281.228.300. Agora estas excedem a US$300 milhões (1983).

A ordem mais importante, contudo, como uma verdadeira ordem religiosa, é a dos Jesuítas. A Sociedade é importante nos campos educacional e financeiro. Ela opera 28 universidades católicas. Algumas destas, como a Fordham, na cidade de Nova Iorque, e a Universidade da Louisiannia, recebem enormes subsídios do governo, sem levar em conta que a Ordem está engajada direta ou vicariamente em negócios muito vantajosos. Suas transações financeiras e ramificações cruzam-se com as fábricas americanas. Em São Francisco, há algumas décadas atrás, a Ordem financiou um siciliano, Di Giorgio, na expansão de sua empresa de frutas. Hoje a Ordem tem o controle de toda essa estrutura, a Di Giorgio Fruit Co., que opera na Califórnia, na Flórida, na América Central, e possui sua própria frota naval (10).

Muito mais impressionante é que há 50 anos atrás os Jesuítas bancaram A. P. Gianninni, um promotor italiano, com a metade do capital inicial do Bank of América do qual os Jesuítas possuem hoje 51% das ações.

Conforme fonte confiável “os Jesuítas são um dos maiores corretores da companhia de aço americana, Republic and National. Eles se encontram também entre os mais importantes proprietários das quatro maiores companhias fabricantes de aviões dos Estados Unidos – Boeing, Lockheed, Douglas e Curtis Wright. Além disso, eles têm o controle da Phillips Oil Company e da Creole Petrolium Co. que têm muitíssimas concessões na Venezuela” (11).

Os Jesuítas também possuem grandes interesses na TV e no Rádio. A Ordem é talvez a mais rica de todas as organizações religiosas, com uma renda extra oficial, nos Estados Unidos oscilando entre US$250 a US$280 milhões de dólares por ano (1983). E sem pagar um centavo de imposto.

Deve-se lembrar que existem centenas dessas ordens. Ao contrário da crença geral elas são tão numerosas quanto na Europa. De fato, nos Estados Unidos existem 125 ordens de padres e monges e 414 ordens de freiras, num total de 539 ordens católicas religiosas, operando em todos os Estados. Ao contrário dos seus confrades europeus, elas estão muito preocupadas com as finanças. Alguns exemplos dos haveres de algumas ordens femininas poderiam comprovar a exatidão desta declaração. Os haveres das Grey Nuns Charity são de US$3,5 milhões. Os haveres das Irmãs do Coração Imaculado, da Califórnia, chegam a US$7,5 milhões. Das Irmãs de São José, em Newark, chegam a U$17.899.384. Os das Irmãzinhas dos Pobres chegam a US$25 milhões; os das Irmãs da Misericórdia chegam a U$39.754.132. Das Irmãs de Caridade chegam a U$66.533.833. Das Irmãs de Caridade da Providência chegam a U$90.000.187. Das Irmãs da Mãe Dolorosa chegam a U$93.636.516. Das Irmãs da Santa Cruz chegam a U$110.892.759 (1983).

Martin Larson e Stanley Lowell, em seu livro Praise the Lord for Tax Exemption (Graças a Deus pela Isenção de Impostos), dão uma lista de 23 ordens femininas e seus haveres. O total destes atinge a soma astronômica de U$705.968.300, uma média de U$30.695.513 para cada ordem. Estes autores concluem: “extrapolando essas bases, os haveres das 414 ordens femininas dariam um total geral de 12,7 bilhões de dólares”. Uma destas, a Ordem das Irmãzinhas dos Pobres, controlando 3 províncias dos Estados Unidos e um hospital em quase cada diocese, tem uma riqueza totalizando pelo menos US$1 bilhão (1983).

A seguir vêm as ordens religiosas masculinas. Numa base de US$90 milhões em média os mesmos escritores computaram que as 125 ordens masculinas apresentariam uma riqueza total de US$23 bilhões. Contudo, este autor acredita ter sido essa computação grosseiramente minimizada, pois muitos haveres, que estão à margem da propriedade legalizada, não foram levados em conta.

Mencionamos os haveres das ordens religiosas simplesmente por serem elas consideradas as mais “pobres”. Contudo, sua “pobreza” chega a 24 bilhões de dólares (1983). Quais seriam os haveres totais da Igreja Católica, se alguém pudesse escrutinar suas propriedades, seus investimentos, suas ações industriais e semelhantes? Pode-se dar uma idéia: se mencionarmos apenas os valores das igrejas católicas e reitorias. Antes de 1936 o seu valor era de U$ 891.435.725. Quarenta anos mais tarde este já havia se multiplicado além de toda a compreensão. Como em 1968 a riqueza da Igreja Católica limitava-se apenas à função religiosa deve-se declarar que atualmente ela excede a US$54 bilhões.

Esta é apenas a ponta do iceberg financeiro desta Igreja, visível acima da água, visto como suas operações comerciais nos Estados Unidos são tão vastas e tão bem camufladas do público que é quase impossível trazê-las à luz. Recentemente, por exemplo, um projeto de residências de luxo em Washington D.C. avaliado em US$75 milhões foi anunciado pela Societa General Immobiliare, de Roma, a qual já vimos que é uma subsidiária do Vaticano. Contudo nenhum só jornal mencionou este pormenor (12).

Se a estes haveres forem anexadas as propriedades de milhares de paróquias católicas existentes nos Estados Unidos chegaremos a um resultado verdadeiramente assustador, embora as somas jamais tenham sido reveladas. Contudo, uma idéia claramente exata pode ser alcançada através de consultas feitas às declarações do Imposto de Renda. Mesmo assim, tais declarações jamais deveriam ser tomadas em seu valor apresentado, visto como a avaliação de tais propriedades geralmente apresenta um valor muito inferior ao valor real de mercado.

Um caso típico deveria ser suficiente para prová-lo. Em Buffalo, Nova Iorque, os assessores do Imposto taxaram a Igreja Católica Romana em impostos sobre escolas, colégios, terras e construções hospitalares no valor de US$51 milhões. Mas os próprios algarismos da hierarquia mostraram um valor total de seus haveres ali, principalmente em imóveis e construções, no valor de US$231 milhões.

O Departamento de Pesquisa dos Americanos Unidos, em estudo feito no Estado da Columbia, sobre os números oficiais de impostos, descobriu que embora a Igreja Católica Romana afirme ter apenas 19% da população da Capital da nação, ela na realidade possui 38% do valor em dólares de todas as isenções religiosas de propriedades e 50% da área física de terreno isenta desse modo. As escolas primárias e médias do Distrito de Columbia cobrem uma área de 68,1 acres com valor calculado de US$6.430.000. Os colégios e universidades cobrem 265,5 acres com valor calculado de U$24.557.000. O número total de acres nestas categorias (333,6) mostra interessante comparação com os 108,7 acres do Estado do Vaticano (1983)

O valor total computado das propriedades da Igreja Católica, isentas de imposto no Distrito de Columbia foi de U$ 7.557.000 nas categorias acima. Isso não inclui propriedades de investimentos em mãos das agências da Igreja e do próprio Vaticano. Então, adicione-se à lista a isenção de impostos do “governo estrangeiro” do Distrito, que inclui o quartel general em Washington, do Delegado Apostólico do papa, com um suntuoso estabelecimento na Av. Massachussets cobrindo 2 acres portando uma etiqueta de US$550 mil. Outra revelação interessante foi o fato de que, em Washington D.C, a Igreja Católica Romana investe o mínimo do seu dinheiro – apenas 18% - em programas de caridade em relação a outras categorias.

O Church and State, de maio de 1961, calculou, baseado na diocese de Bufallo, que a isenção total gozada diretamente pela Igreja Católica Romana nos Estados Unidos é de US$11 bilhões anuais. Este cálculo é baseado em simples aritmética. Os haveres da Igreja, somente nesta diocese, chegam a US$236 milhões. O imposto bruto é de US$24.500.000. Comparando-se a membresia de Bufallo, na base de 860 mil, com a alegada membresia americana de 40 milhões, chega-se a uma riqueza nacional de US$11 bilhões de dólares. Este é apenas um cálculo por baixo (1983).

Os confiáveis pesquisadores, Larson e Lowell, conseguiram apenas uma estimativa conservadora da Igreja Católica dos Estados Unidos. Em cuidadoso cálculo dos haveres da Igreja haveres eles chegaram a um total geral de proporções alarmantes. Entre esses, eles resumiram as contribuições voluntárias anuais no valor de US$5 milhões; imposto sobre negócios ativos, US1,2 bilhão; dinheiro, títulos e imóveis, US$13 bilhões; propriedade comercial, US$12 bilhões; imóveis usados pelos religiosos, U$ 54.277.600.000. Com diversos outros haveres por eles mencionados o total geral alcança a soma de U$80.177.600.000 (13).

Este escritor, contudo, calcula que eles subestimaram o valor total, visto como uma vasta soma de atividades financeiras, comerciais e religiosas não podem ser calculadas dentro do padrão convencional, em razão da intangibilidade, e, portanto, da impossibilidade de comprovação. Essa aludida riqueza, portanto concreta, deveria ser levada em conta e certamente não seria subestimada em seu valor real se a ela juntássemos mais US$20 bilhões, chegando a um total de US$100 bilhões (1983).

Mencionamos dois ou três casos, a fim de provar a validade da existência real desses bilhões invisíveis. A Igreja Católica, por exemplo, sempre solicita testamentos. As organizações católicas têm o hábito de contatar os advogados para reclamar pelo menos 10% do valor desses testamentos. A colheita jamais é revelada, mas é computada como atingindo centenas de milhões de dólares, anualmente.

Embora o bingo seja legalizado em apenas 11 Estados, a Igreja Católica tira proveito deste em todos os 50 Estados do país. Larson e Lowell computaram que, visto como muitas paróquias arrecadam US$50 mil anuais em bingo “se esta fosse a média, o total chegaria a um bilhão de dólares”. Esse é o seu cálculo fatual, depois de escrutinar os lucros líquidos das paróquias católicas. Outro haver invisível é a isenção de impostos. Os dois investigadores computaram que as variadas propriedades usadas para fins religiosos, todas elas isentas de impostos, podem exceder os US$60 bilhões (14). Porém o fato mais espantoso de toda essa riqueza é que a Igreja recebe riqueza adicional como um “dom gratuito” do próprio governo americano, isto é, além dos US$125 milhões dos fundos de impostos públicos que vão para os hospitais da Igreja, ela recebeu a parte do leão, no valor de US$112 milhões.

A anomalia da situação torna-se mais absurda, como já mencionamos, pelo fato de que a Igreja Católica, conquanto recebendo tantos milhões dos impostos pagos pelos cidadãos comuns dos Estados Unidos, não paga ela própria imposto algum sobre as suas propriedades e ganhos.

Estes últimos ultrapassaram os US$12 a US$13 bilhões (12.785.000.000 em 1970). De fato, além de um total geral de todas as denominações religiosas dos Estados Unidos, incluindo a dos Judeus (141.813.400.000), mais de 50% é propriedade de uma só Igreja: a Católica (a riqueza da Igreja Judaica é de U$7.547.800.000; a das protestantes é U$54.088.000.000, enquanto a da Igreja Católica é U$80.177.600.000) (15). Imposto algum jamais foi coletado e nenhuma conta foi exigida a respeito dessa imensa riqueza.

Como já dissemos, todas as organizações religiosas são isentas de impostos federais, estaduais e municipais. Elas não pagam imposto imobiliário, imposto sobre heranças, imposto sobre vendas, imposto comercial, imposto sobre doações, imposto sobre empregados, imposto sobre seguro social. Nenhum dos ganhos, até mesmo os comerciais possuídos e operados pela várias ordens religiosas de monges e freiras, ou pelas várias dioceses e arquidioceses em todos os Estados Unidos, ou mesmo companhias intermediárias afiliadas, paga os 52% do imposto corporativo que todo negócio é obrigado a pagar pelo desvio do título recebido como Igreja ou convenção de Igrejas, ou associação eclesiástica. Além disso, elas são isentas de fazer qualquer registro, de revelar seus haveres disponíveis, seus ganhos, ou qualquer outra transação financeira, não importa qual seja o tipo de atividade.

Elas são isentas de impostos em dividendos de interesses, de bens imóveis, de royalties, de lucros rentáveis e de capital (16). Em junho de 1965, a Igreja Católica havia acumulado um mínimo de U$80 bilhões, somente em imóveis, do total de US$325 bilhões dos imóveis concedidos como propriedade real em todos os Estados Unidos. Isso eqüivale a 25% de toda a terra possuída particularmente. Destas, 56% são apropriados em trust pelo Vaticano (17). Em 1972, os registros combinados das cinco maiores corporações industriais dos Estados Unidos totalizaram cerca de US$46,9 bilhões. Enquanto os da Igreja Católica atingiram de US$80 a US$100 bilhões.

Em virtude disso, a Igreja Católica é, portanto, a mais poderosa corporação dos Estados Unidos, um colosso diante do qual até mesmo as organizações mais poderosas desse país mergulham na insignificância. E assim, dentro de apenas 40 anos (1983), ela conseguiu transformar-se na mais rica teocracia gigante do hemisfério ocidental e, quiçá, do mundo inteiro.
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