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Antíoco Epifânio, o Exterminador do Culto Judaico?
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08122010
Antíoco Epifânio, o Exterminador do Culto Judaico?
Antíoco Epifânio, o Exterminador do Culto Judaico?
Quanto à resposta do irmão Josiel ao artigo que escrevi, quero apresentar algumas considerações:
Reafirmo que por enquanto não é meu intento defender, mesmo que pareça o contrário, que Antíoco IV Epifânio seja o correspondente histórico ao “chifre pequeno” de Daniel 8. Se um dia eu resolver fazer essa defesa, certamente a farei fundamentada em bases coerentes e lógicas. Quero ainda destacar que se existem milhares de pessoas que enxergam em Antíoco o cumprimento da profecia, é porque em alguns aspectos, ele se encaixa muito bem na interpretação.
Quero também deixar claro que não tenho nada contra os especialistas em questões bíblicas, muito pelo contrário. Como não podemos ser especialistas em tudo, nada mais natural que ir buscar em quem sabe e provou que sabe, respostas para as nossas dúvidas.
Quanto a “mudança de foco” que foi apresentada pelo irmão Josiel como algo pernicioso, quero dizer que muitas vezes precisamos mudar o foco do nosso olhar para podermos enxergar melhor. Se o que o irmão Josiel defende for verdade, não há o que temer; se não for...
Preciso ainda dizer que em momento algum afirmei que a questão da ambigüidade que está presente em Daniel 8:9, seja originalmente minha. Simplesmente mostrei que pessoas especialistas em línguas antigas, hebraico e grego, mostram posição diferente da que é defendida pelo irmão Josiel. Não fui eu quem afirmou que a questão pode estar no campo da ambigüidade, foram especialistas que teriam todos os motivos para pensar como o Josiel, mas por uma questão de honestidade intelectual, não o fizeram. Quem teria mais interesse em negar que Antíoco seja a “ponta pequena” de Daniel 8 do que os teólogos adventistas? No entanto, eles reconhecem que no verso analisado, existe a possibilidade de uma situação de indefinição que só poderia ser resolvida, na minha opinião, aceitando o que o autor do livro de Daniel quis escrever ao invés de propor o que ele deveria ter escrito.
O irmão Josiel considera que por não existir no verso 8 a palavra “chifres” para que a expressão “e de um deles” possa concordar com ela, já é o bastante para determinar que o chifre pequeno de Daniel 8:9 não esteja ligado aos chifres do versículo 7. Eu acredito que o irmão Josiel esteja errado. Seria anti-natural o “chifre pequeno” vir de ventos e não de outro chifre. É mais lógico e natural que o “chifre pequeno” tenha saído de um dos “quatro também notáveis”, que por sua vez vieram “daquela grande ponta que foi quebrada”. Todos nós sabemos que no livro de Daniel o símbolo usado para reis e reinos é chifre. Ventos aparecem no verso 8 apenas como referência geográfica, nada mais. Como o irmão Josiel bem aceita, a palavra “chifre” está subentendida no verso 8. Como para o bom entendedor ponto é letra, imagino que o autor do livro de Daniel considerou que não seria necessário colocar a palavra específica, já que a mesma estava subentendida. Também é certo que não podemos interpretar um verso isoladamente, fora do seu contexto. Não podemos interpretar o verso 8, isolado do 7. Um complementa e explica o outro.
Um outro caminho que também pode ser usado para elucidar essa questão, é procurar saber como os judeus historicamente tem interpretado o capítulo 8 de Daniel. Algumas perguntas poderiam ser feitas nesse sentido: Antes de Cristo, existia entre os judeus interpretação para Daniel 8? No tempo de Cristo existia alguma interpretação para o mesmo capítulo? Como os judeus têm visto Antíoco IV Epifânio? Não podemos ficar presos apenas a questões gramaticais. Bater o pé nesta questão, é desconsiderar a possibilidade de erro gramatical por parte do autor do livro de Daniel quando da sua composição. Exigir do autor do livro, que não conhecemos muito bem, um rigor técnico exagerado, é uma temeridade. Melhor seria tentar descobrir o que ele queria escrever e não ficar apenas no como ele escreveu.
O irmão Josiel também apresenta o raciocínio de que quem defende Antíoco como o “chifre pequeno” de Daniel 8, não pode sustentar a defesa porque, em Daniel 8:23 fala do aparecimento de um rei. Nesse caso, não poderia ser Antíoco IV, pois este estaria muito distante do tempo em que os selêucidas martirizaram o povo judeu. Se Antíoco fosse rei logo após os 4 reinos surgidos do esfacelamento do império de Alexandre, ele jamais chegaria ao tempo em que os selêucidas profanaram o templo judaico. Para o irmão Josiel, não se trata apenas de rei, mas de reinos e reis. Sendo assim, para o irmão Josiel, no final do poder dos reinos que sucederam a Alexandre, surge um novo reino, o Império Romano com os seus reis. E dentro desse novo reino que surgiu, o irmão Josiel elegeu o romano Júlio César como figura histórica correspondente ao “chifre pequeno” de Daniel 8:23 “Mas no fim do seu reinado, (segundo o irmão Josiel, no fim do reinado dos selêucidas) quando os prevaricadores acabarem, se levantará um rei, (segundo o irmão Josiel, Júlio César) feroz de cara, e será entendido em adivinhações”. Esse rei de Daniel 8:23 para uns é Antíoco IVEpifânio e para outros, uma representação do Império Romano pagão e papal e para o irmão Josiel, ele é a figura histórica de Júlio César.
Quem está certo? Para responder basta analisar com isenção os versos 24 e 25. Antes porém de fazermos a análise, convém lembrar que a transposição do raciocínio do irmão Josiel para a figura de Antíoco, se ajusta como uma luva. Considerando que segundo o irmão Josiel a “ponta pequena” é ao mesmo tempo reino e rei, então foi encontrado lugar para Antíoco IV na profecia de Daniel. Primeiro a “ponta pequena” é um reino, o dos selêucidas e no fim do reino selêucida, surgiu dentro deste mesmo reino, um “rei feroz de cara”, Antíoco IV.
Na interpretação proposta pelo irmão Josiel, o reino selêucida e Antíoco levam muito mais vantagens do que Roma e Júlio César. Vejamos: mesmo no final do império selêucida Roma já não era uma “ponta pequena”, um reino pequeno. Se fosse pequeno não teria derrotado os selêucidas. Não era pequena, era maior do que seus inimigos mais imediatos. Roma não tirou o sacrifício enquanto ele valia alguma coisa. Pelo contrário, quando Roma conquistou a Palestina, os judeus tiveram o seu culto preservado e a sua religião respeitada.
Em nenhum momento o Império Romano se levantou contra a pessoa de Cristo. O Império se levantou contra os seguidores de Cristo após sua morte. O Império Romano nunca perseguiu os judeus da mesma maneira que perseguiu os cristãos. Os ataques que a “ponta pequena” faria, ela faria aos judeus, aos que tinham o “contínuo” e o santuário. Os cristãos não tinham “contínuo” e muito menos santuário. Roma nunca “lançou a verdade por terra” e muito menos prosperou quando perseguiu os cristãos. O santuário que Roma destruiu nunca mais foi restaurado, purificado ou re-erguido.
A “ponta pequena” de Daniel 8:9 está anos luz de distância de Roma. Por outro lado, tudo aquilo que Roma não fez aos judeus nas coisas específicas em relação ao “santuário”, ao “contínuo” e a “verdade lançada por terra” , o Império Selêucida fez. Ele ainda “cresceu para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa”. Se “engrandeceu até o exército do céu”, a linhagem sacerdotal e a alguns dessa linhagem corrompeu e a outros pisou, matou. Se “engrandeceu até o príncipe do exército” o sumo sacerdote do templo, impôs outro em seu lugar, tirou o culto a Jeová e colocou dentro do templo uma estátua de Zeus.
O antigo culto judaico, comandado por um sacerdote hereditário foi extinto por Antíoco. Acabou temporariamente com o “contínuo’ lançando por terra o culto ritual e prosperou nisso. Os selêucidas acabaram com o “contínuo”, colocaram dentro do templo a “transgressão assoladora” e fizeram o que fizeram por “causa das transgressões” do povo judeu. Roma jamais fez tanto contra os judeus.
E Júlio César? Pode ser ele o rei de Daniel 8:23? Jamais. Júlio César chegou ao poder pela suas próprias forças e não apenas por intrigas. Ele era general, tinha tropas militares e experiência militar. Participou junto com outros dois generais, Pompeu e Crasso, do Primeiro Triunvirato formado no ano 60 a.C. Júlio César não destruiu nenhum templo judeu e definitivamente não se levantou contra a pessoa do “príncipe dos príncipes” quer seja ela Cristo ou qualquer sumo sacerdote. De Cristo, Júlio César esteve 44 anos de distância. Júlio César morreu assassinado no ano 44 a.C e portanto, com “o auxílio de mãos”.
Tecnicamente foi Pilatos quem condenou Cristo a morte, porém moralmente, quem o condenou foram os sacerdotes judeus e Daniel não faz nenhuma previsão de que seu povo participaria da morte do “príncipe dos príncipes”, caso ele tivesse sido Cristo. Quem era Pilatos? Um simples governador indicado para uma efêmera província submissa. Depois de se levantar contra o “príncipe dos príncipes” o rei de “cara feroz” seria “quebrado sem o auxílio de mão”. Júlio César foi “quebrado sem o auxílio de mão”? A mão que quebrou Júlio César foi a mão de Brutus. “Até tu Brutus?” A mão que “quebrou” o Império Selêucida foi a mão dos romanos, e a mão que quebrou o Império Romano foi a mão dos invasores bárbaros.
Sob nenhuma hipótese é possível identificar a “ponta pequena” e o “rei feroz de cara” de Daniel 8 como sendo Roma/reino e Júlio César/rei. A carapuça se ajusta com mais perfeição ao Império Selêucida/reino e a Antíoco/rei. Continuo afirmando: se Daniel 8 não estiver falando dos selêucidas, também não o estará de Roma. -- Elpídio da Cruz Silva.
OS ARGUMENTOS E NÃO, O ARGUMENTO!
Que YHWH nos abençoe e nos guarde...
Neste artigo, antes de fazer comentários sobre as considerações feitas pelo irmão Elpídio - ao que escrevi: NO VERSO, ONDE SE ENCONTRA O CHIFRE? – que novamente fazer duas correções ao que foi escrito no referido artigo.
CORREÇÕES
No artigo: A Falácia dos 1.150 Dias ou 2.300 Sacrifícios, escrevi: DAN 8:9 SEQÜÊNCIA LITERAL – Por mais que alguns queiram colocar Roma Papal em Daniel 8:9, ela também não se encaixa nessa profecia. De fato, em de Dan. 8:9, a ponta pequena também não é Roma Pagã.
Neste (Daniel 8:9: Um Outro Argumento Gramatical), onde foi dito no final: Roma Pagã; deveria ter sido escrito Roma Papal. Porque é Roma Papal que não faz parte da profecia de Dan. 8:9.
Em um outro parágrafo, a correção é na última frase:
No entanto, duvidoso mesmo é o que esses especialistas, segundo o irmão, estão afirmando. Eles de fato estão mudando o foco da interpretação. Por que eles teimam (e induzem outros) em querer fazer concordância com uma palavra (chifre) que não foi escrita pelo profeta, após o termo “quatro”, no verso oito? Se ele não escreveu a expressão: “quatro chifres”; foi porque ele queria evitar essa “confusão” e “dúvida” de tais especialista, que teimam em querer ver o que existe.
Onde foi dito: que teimam em querer ver o que existe; deverá ser entendido assim: que teimam em querer ver o que não existe.
CONSIDERAÇÕES
No que diz respeito às considerações apresentadas pelo irmão Elpídio, em primeiro lugar quero deixar claro que eu não me limitei às questões gramaticais. Por isso, no artigo: A FALÁCIA DOS 1.150 DIAS OU 2.300 SACRIFÍCIOS. Nele foram apresentados os seguintes argumentos: ARGUMENTO GRAMATICAL, HISTÓRICO, GEOGRÁFICO (QUANTO A SEQÜENCIA), POLÍTICO E MILITAR, RELIGIOSO, os COMENTÁRIOS BASEADOS EM 1º E 2º MACABEUS, e por último: DAN. 8:9 SEQÜÊNCIA LITERAL. No entanto, o meu princípio fundamental de interpretação bíblica começa com este verso: “Está escrito”. (Mat. 4:4 e Luc. 4:4 - ARA). Na seqüência e indispensável eu sou obrigado a ter este outro princípio fundamental: “Não ultrapasseis o que está escrito”. (1Cor. 4:6 – ARA). Podemos acrescentar Deu. 4:2 e 29:29 a estes dois princípios. Contudo, entendendo que o termo “revelado” (principalmente em profecia) aponta para algo que é explicado com um: “Está escrito”. (2Pedro 1:20).
Para deixar claro, o que significa ler e interpretar o que está escrito, temos um exemplo do Mestre:
“E eis que certo homem, interprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse:lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas? A isto ele respondeu:
Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todos as tuas forças e de todo o teu entendimento;
e Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás”. (Luc. 10:25-28 - ARA).
Percebam que o “interprete da Lei” apenas citou Textos da Torah. A interpretação ficou limitada ao que ele leu. “Está escrito”.
Para está escrito e ter sentido tem que ser gramatical. Se for agramatical, mesmo estando escrito não tem sentido.
Portanto, por esses motivos e tendo por os dois princípios fundamentais, é que a expressão de Dan. 8:9 não deve ser traduzida assim: “E de um dos chifres...”
“Está escrito”, então, é o primeiro e mais importante passo para uma interpretação correta. O segundo, é: “Não ultrapasseis o que está escrito”. E por esses dois passos descarta-se a interpretação de “chifres”, ficando apenas “ventos”. Sendo assim, poderíamos resumir as quatro possibilidades (“quatro ventos do céu” – Dan. 11:4) em duas: Oriente (da Grécia) e Ocidente(da Grécia). Síria ou Roma. No entanto, no verso nove temos depois da expressão: “chifre pequeno”, o verbo gādal e ligado a ele vem o termo: yeter (resto remanescente; corda, corda de arco). Portanto, ele cresce em primeiro lugar, em direção ao “resto” (o que restou do Império Grego, no que diz respeito à Grécia).; depois em relação ao Sul (Egito); depois em relação ao Oriente (Síria) e por último Jerusalém.
Portanto, essa seqüência não se aplica ao rei/reino que surge no Oriente.
DETALHE:
Um outro detalhe importante que é importante ser citado, é no que diz respeito a Dan. 8:23. Eu havia dito que a tradução da expressão: “E no fim dos reinados” (ou do reinado), deveria ser traduzido: “na extremidade” ou “parte posterior”. O curioso é que a palavra hebraica traduzida por “extremidade” ou “parte posterior” (‘acharît) tem a mesma raiz da palavra Ocidente, Oeste (‘acharôn): ‘achar.
O PERIGO ESTÁ AO LADO
PERIGO 01
“Quero ainda destacar que se existem milhares de pessoas que enxergam em Antíoco o cumprimento da profecia, é porque em alguns aspectos, ele se encaixa muito bem na interpretação”.
Isso não deixa de ser verdade, mas é um argumento perigoso cujo fundamentado em areia. Por isso há muitas e muitas doutrinas e igrejas com base na Escritura Sagrada. Satanás fez com que Adão e Eva pecassem, porque utilizou quase 100% de verdade. Veja, Elohym disse: “De toda arvore do jardim comerás livremente”. Satanás disse: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?”. Depois, em relação à árvore do “conhecimento do bem e do mal”, Elohym disse: “porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Satanás disse: “É certo que não morrerás”. (ARA). No entanto, o Messias não se levou levar pelas “palavras da Verdade” (palavras fora do contexto, com sentido errado, textos adulterados: com acréscimo ou supressão), mas que não era a Palavra da Verdade (palavras dentro do contexto, sentido correto e sem adulteração).
PERIGO 02
“Quero também deixar claro que não tenho nada contra os especialistas em questões bíblicas, muito pelo contrário. Como não podemos ser especialistas em tudo, nada mais natural que ir buscar em quem sabe e provou que sabe, respostas para as nossas dúvidas.”
Sinceramente eu não entendi este comentário: “nada mais natural que ir buscar em quem sabe e provou que sabe, respostas para as nossas dúvidas”.
Tal comentário ficou incoerente, quando comparado a este:
“Reafirmo que por enquanto não é meu intento defender, mesmo que pareça o contrário, que Antíoco IV Epifânio seja o correspondente histórico ao “chifre pequeno” de Daniel 8. Se um dia eu resolver fazer essa defesa, certamente a farei fundamentada em bases coerentes e lógicas”.
O irmão Elpídio buscou resposta com quem sabe, e provou que sabe, no entanto, parece que ele ainda continua na dúvida. O que nos leva a fazer pelo menos duas perguntas: ou ele ainda não encontrou um sábio (especialista) para tirar as dúvidas ou os sábios encontrados também não sabem.
Portanto, não podem afirmar nem negar.
PERIGO 03
“Não fui eu quem afirmou que a questão pode estar no campo da ambigüidade, foram especialistas que teriam todos os motivos para pensar como o Josiel, mas por uma questão de honestidade intelectual, não o fizeram.”
O interessante nessa colocação, é que tal “honestidade intelectual” (dos especialistas), apontada pelo irmão Elpídio, tem dois pesos e duas medidas. Uma pessoa pode estar totalmente certa, com um ponto de vista, mas totalmente errada (ou parcialmente) em relação a outro. Por isso, é perigoso declarar que alguém seja: “honestidade intelectual”. Sem que corra o risco de ter dito o que não deveria.
PERIGO 04
“Quem teria mais interesse em negar que Antíoco seja a “ponta pequena” de Daniel 8 do que os teólogos adventistas? No entanto, eles reconhecem que no verso analisado, existe a possibilidade de uma situação de indefinição que só poderia ser resolvida, na minha opinião, aceitando o que o autor do livro de Daniel quis escrever ao invés de propor o que ele deveria ter escrito”.
“Como para o bom entendedor ponto é letra, imagino que o autor do livro de Daniel considerou que não seria necessário colocar a palavra específica, já que a mesma estava subentendida”.
O “quis escrever” ou o “deveria ter escrito”, significa a mesma coisa: não foi escrito. Portanto, supor e propor nessa questão da na mesma. O que temos que fazer é aceitar o que está escrito. Um especialista pode supor (deduzir “o que ao autor” “quis dizer”) uma verdade, mas eu não posso aceitar como verdade o que está escrito?
PERIGO 05
“Não podemos ficar presos apenas a questões gramaticais. Bater o pé nesta questão, é desconsiderar a possibilidade de erro gramatical por parte do autor do livro de Daniel quando da sua composição. Exigir do autor do livro, que não conhecemos muito bem, um rigor técnico exagerado, é uma temeridade. Melhor seria tentar descobrir o que ele queria escrever e não ficar apenas no como ele escreveu”
Realmente, é muito perigoso aceitarmos o que está escrito! Os textos andam cheios de contradições. Por isso, o melhor é tentarmos entender o que os escritores estão querendo dizer, mas não disseram nem sabemos se pensaram no que não disseram.
Cuidado! Embora o Mestre tenha dito: “Está escrito”. Já não podemos mais dizer: Está escrito.
CONCLUSÃO
Uma vez o Mestre interrogou aos seus discípulos:
“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?”. (Mat. 16:13-15 – ARA).
Em função desses versos, podemos tirar uma lição fundamental pra nossa vida. O Mestre pode até querer saber o que você sabe sobre o que os outros pensam sobre a Escritura Sagrada; mas com certeza Ele quer saber mesmo é o que você crê. (é claro que o praticar vale pra todos). – josielteli@yahoo.com.br
Que YHWH faça resplandecer o Seu rosto sobre nós, e tenha misericórdia de nós...
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Quanto à resposta do irmão Josiel ao artigo que escrevi, quero apresentar algumas considerações:
Reafirmo que por enquanto não é meu intento defender, mesmo que pareça o contrário, que Antíoco IV Epifânio seja o correspondente histórico ao “chifre pequeno” de Daniel 8. Se um dia eu resolver fazer essa defesa, certamente a farei fundamentada em bases coerentes e lógicas. Quero ainda destacar que se existem milhares de pessoas que enxergam em Antíoco o cumprimento da profecia, é porque em alguns aspectos, ele se encaixa muito bem na interpretação.
Quero também deixar claro que não tenho nada contra os especialistas em questões bíblicas, muito pelo contrário. Como não podemos ser especialistas em tudo, nada mais natural que ir buscar em quem sabe e provou que sabe, respostas para as nossas dúvidas.
Quanto a “mudança de foco” que foi apresentada pelo irmão Josiel como algo pernicioso, quero dizer que muitas vezes precisamos mudar o foco do nosso olhar para podermos enxergar melhor. Se o que o irmão Josiel defende for verdade, não há o que temer; se não for...
Preciso ainda dizer que em momento algum afirmei que a questão da ambigüidade que está presente em Daniel 8:9, seja originalmente minha. Simplesmente mostrei que pessoas especialistas em línguas antigas, hebraico e grego, mostram posição diferente da que é defendida pelo irmão Josiel. Não fui eu quem afirmou que a questão pode estar no campo da ambigüidade, foram especialistas que teriam todos os motivos para pensar como o Josiel, mas por uma questão de honestidade intelectual, não o fizeram. Quem teria mais interesse em negar que Antíoco seja a “ponta pequena” de Daniel 8 do que os teólogos adventistas? No entanto, eles reconhecem que no verso analisado, existe a possibilidade de uma situação de indefinição que só poderia ser resolvida, na minha opinião, aceitando o que o autor do livro de Daniel quis escrever ao invés de propor o que ele deveria ter escrito.
O irmão Josiel considera que por não existir no verso 8 a palavra “chifres” para que a expressão “e de um deles” possa concordar com ela, já é o bastante para determinar que o chifre pequeno de Daniel 8:9 não esteja ligado aos chifres do versículo 7. Eu acredito que o irmão Josiel esteja errado. Seria anti-natural o “chifre pequeno” vir de ventos e não de outro chifre. É mais lógico e natural que o “chifre pequeno” tenha saído de um dos “quatro também notáveis”, que por sua vez vieram “daquela grande ponta que foi quebrada”. Todos nós sabemos que no livro de Daniel o símbolo usado para reis e reinos é chifre. Ventos aparecem no verso 8 apenas como referência geográfica, nada mais. Como o irmão Josiel bem aceita, a palavra “chifre” está subentendida no verso 8. Como para o bom entendedor ponto é letra, imagino que o autor do livro de Daniel considerou que não seria necessário colocar a palavra específica, já que a mesma estava subentendida. Também é certo que não podemos interpretar um verso isoladamente, fora do seu contexto. Não podemos interpretar o verso 8, isolado do 7. Um complementa e explica o outro.
Um outro caminho que também pode ser usado para elucidar essa questão, é procurar saber como os judeus historicamente tem interpretado o capítulo 8 de Daniel. Algumas perguntas poderiam ser feitas nesse sentido: Antes de Cristo, existia entre os judeus interpretação para Daniel 8? No tempo de Cristo existia alguma interpretação para o mesmo capítulo? Como os judeus têm visto Antíoco IV Epifânio? Não podemos ficar presos apenas a questões gramaticais. Bater o pé nesta questão, é desconsiderar a possibilidade de erro gramatical por parte do autor do livro de Daniel quando da sua composição. Exigir do autor do livro, que não conhecemos muito bem, um rigor técnico exagerado, é uma temeridade. Melhor seria tentar descobrir o que ele queria escrever e não ficar apenas no como ele escreveu.
O irmão Josiel também apresenta o raciocínio de que quem defende Antíoco como o “chifre pequeno” de Daniel 8, não pode sustentar a defesa porque, em Daniel 8:23 fala do aparecimento de um rei. Nesse caso, não poderia ser Antíoco IV, pois este estaria muito distante do tempo em que os selêucidas martirizaram o povo judeu. Se Antíoco fosse rei logo após os 4 reinos surgidos do esfacelamento do império de Alexandre, ele jamais chegaria ao tempo em que os selêucidas profanaram o templo judaico. Para o irmão Josiel, não se trata apenas de rei, mas de reinos e reis. Sendo assim, para o irmão Josiel, no final do poder dos reinos que sucederam a Alexandre, surge um novo reino, o Império Romano com os seus reis. E dentro desse novo reino que surgiu, o irmão Josiel elegeu o romano Júlio César como figura histórica correspondente ao “chifre pequeno” de Daniel 8:23 “Mas no fim do seu reinado, (segundo o irmão Josiel, no fim do reinado dos selêucidas) quando os prevaricadores acabarem, se levantará um rei, (segundo o irmão Josiel, Júlio César) feroz de cara, e será entendido em adivinhações”. Esse rei de Daniel 8:23 para uns é Antíoco IVEpifânio e para outros, uma representação do Império Romano pagão e papal e para o irmão Josiel, ele é a figura histórica de Júlio César.
Quem está certo? Para responder basta analisar com isenção os versos 24 e 25. Antes porém de fazermos a análise, convém lembrar que a transposição do raciocínio do irmão Josiel para a figura de Antíoco, se ajusta como uma luva. Considerando que segundo o irmão Josiel a “ponta pequena” é ao mesmo tempo reino e rei, então foi encontrado lugar para Antíoco IV na profecia de Daniel. Primeiro a “ponta pequena” é um reino, o dos selêucidas e no fim do reino selêucida, surgiu dentro deste mesmo reino, um “rei feroz de cara”, Antíoco IV.
Na interpretação proposta pelo irmão Josiel, o reino selêucida e Antíoco levam muito mais vantagens do que Roma e Júlio César. Vejamos: mesmo no final do império selêucida Roma já não era uma “ponta pequena”, um reino pequeno. Se fosse pequeno não teria derrotado os selêucidas. Não era pequena, era maior do que seus inimigos mais imediatos. Roma não tirou o sacrifício enquanto ele valia alguma coisa. Pelo contrário, quando Roma conquistou a Palestina, os judeus tiveram o seu culto preservado e a sua religião respeitada.
Em nenhum momento o Império Romano se levantou contra a pessoa de Cristo. O Império se levantou contra os seguidores de Cristo após sua morte. O Império Romano nunca perseguiu os judeus da mesma maneira que perseguiu os cristãos. Os ataques que a “ponta pequena” faria, ela faria aos judeus, aos que tinham o “contínuo” e o santuário. Os cristãos não tinham “contínuo” e muito menos santuário. Roma nunca “lançou a verdade por terra” e muito menos prosperou quando perseguiu os cristãos. O santuário que Roma destruiu nunca mais foi restaurado, purificado ou re-erguido.
A “ponta pequena” de Daniel 8:9 está anos luz de distância de Roma. Por outro lado, tudo aquilo que Roma não fez aos judeus nas coisas específicas em relação ao “santuário”, ao “contínuo” e a “verdade lançada por terra” , o Império Selêucida fez. Ele ainda “cresceu para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa”. Se “engrandeceu até o exército do céu”, a linhagem sacerdotal e a alguns dessa linhagem corrompeu e a outros pisou, matou. Se “engrandeceu até o príncipe do exército” o sumo sacerdote do templo, impôs outro em seu lugar, tirou o culto a Jeová e colocou dentro do templo uma estátua de Zeus.
O antigo culto judaico, comandado por um sacerdote hereditário foi extinto por Antíoco. Acabou temporariamente com o “contínuo’ lançando por terra o culto ritual e prosperou nisso. Os selêucidas acabaram com o “contínuo”, colocaram dentro do templo a “transgressão assoladora” e fizeram o que fizeram por “causa das transgressões” do povo judeu. Roma jamais fez tanto contra os judeus.
E Júlio César? Pode ser ele o rei de Daniel 8:23? Jamais. Júlio César chegou ao poder pela suas próprias forças e não apenas por intrigas. Ele era general, tinha tropas militares e experiência militar. Participou junto com outros dois generais, Pompeu e Crasso, do Primeiro Triunvirato formado no ano 60 a.C. Júlio César não destruiu nenhum templo judeu e definitivamente não se levantou contra a pessoa do “príncipe dos príncipes” quer seja ela Cristo ou qualquer sumo sacerdote. De Cristo, Júlio César esteve 44 anos de distância. Júlio César morreu assassinado no ano 44 a.C e portanto, com “o auxílio de mãos”.
Tecnicamente foi Pilatos quem condenou Cristo a morte, porém moralmente, quem o condenou foram os sacerdotes judeus e Daniel não faz nenhuma previsão de que seu povo participaria da morte do “príncipe dos príncipes”, caso ele tivesse sido Cristo. Quem era Pilatos? Um simples governador indicado para uma efêmera província submissa. Depois de se levantar contra o “príncipe dos príncipes” o rei de “cara feroz” seria “quebrado sem o auxílio de mão”. Júlio César foi “quebrado sem o auxílio de mão”? A mão que quebrou Júlio César foi a mão de Brutus. “Até tu Brutus?” A mão que “quebrou” o Império Selêucida foi a mão dos romanos, e a mão que quebrou o Império Romano foi a mão dos invasores bárbaros.
Sob nenhuma hipótese é possível identificar a “ponta pequena” e o “rei feroz de cara” de Daniel 8 como sendo Roma/reino e Júlio César/rei. A carapuça se ajusta com mais perfeição ao Império Selêucida/reino e a Antíoco/rei. Continuo afirmando: se Daniel 8 não estiver falando dos selêucidas, também não o estará de Roma. -- Elpídio da Cruz Silva.
OS ARGUMENTOS E NÃO, O ARGUMENTO!
Que YHWH nos abençoe e nos guarde...
Neste artigo, antes de fazer comentários sobre as considerações feitas pelo irmão Elpídio - ao que escrevi: NO VERSO, ONDE SE ENCONTRA O CHIFRE? – que novamente fazer duas correções ao que foi escrito no referido artigo.
CORREÇÕES
No artigo: A Falácia dos 1.150 Dias ou 2.300 Sacrifícios, escrevi: DAN 8:9 SEQÜÊNCIA LITERAL – Por mais que alguns queiram colocar Roma Papal em Daniel 8:9, ela também não se encaixa nessa profecia. De fato, em de Dan. 8:9, a ponta pequena também não é Roma Pagã.
Neste (Daniel 8:9: Um Outro Argumento Gramatical), onde foi dito no final: Roma Pagã; deveria ter sido escrito Roma Papal. Porque é Roma Papal que não faz parte da profecia de Dan. 8:9.
Em um outro parágrafo, a correção é na última frase:
No entanto, duvidoso mesmo é o que esses especialistas, segundo o irmão, estão afirmando. Eles de fato estão mudando o foco da interpretação. Por que eles teimam (e induzem outros) em querer fazer concordância com uma palavra (chifre) que não foi escrita pelo profeta, após o termo “quatro”, no verso oito? Se ele não escreveu a expressão: “quatro chifres”; foi porque ele queria evitar essa “confusão” e “dúvida” de tais especialista, que teimam em querer ver o que existe.
Onde foi dito: que teimam em querer ver o que existe; deverá ser entendido assim: que teimam em querer ver o que não existe.
CONSIDERAÇÕES
No que diz respeito às considerações apresentadas pelo irmão Elpídio, em primeiro lugar quero deixar claro que eu não me limitei às questões gramaticais. Por isso, no artigo: A FALÁCIA DOS 1.150 DIAS OU 2.300 SACRIFÍCIOS. Nele foram apresentados os seguintes argumentos: ARGUMENTO GRAMATICAL, HISTÓRICO, GEOGRÁFICO (QUANTO A SEQÜENCIA), POLÍTICO E MILITAR, RELIGIOSO, os COMENTÁRIOS BASEADOS EM 1º E 2º MACABEUS, e por último: DAN. 8:9 SEQÜÊNCIA LITERAL. No entanto, o meu princípio fundamental de interpretação bíblica começa com este verso: “Está escrito”. (Mat. 4:4 e Luc. 4:4 - ARA). Na seqüência e indispensável eu sou obrigado a ter este outro princípio fundamental: “Não ultrapasseis o que está escrito”. (1Cor. 4:6 – ARA). Podemos acrescentar Deu. 4:2 e 29:29 a estes dois princípios. Contudo, entendendo que o termo “revelado” (principalmente em profecia) aponta para algo que é explicado com um: “Está escrito”. (2Pedro 1:20).
Para deixar claro, o que significa ler e interpretar o que está escrito, temos um exemplo do Mestre:
“E eis que certo homem, interprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse:lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas? A isto ele respondeu:
Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todos as tuas forças e de todo o teu entendimento;
e Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás”. (Luc. 10:25-28 - ARA).
Percebam que o “interprete da Lei” apenas citou Textos da Torah. A interpretação ficou limitada ao que ele leu. “Está escrito”.
Para está escrito e ter sentido tem que ser gramatical. Se for agramatical, mesmo estando escrito não tem sentido.
Portanto, por esses motivos e tendo por os dois princípios fundamentais, é que a expressão de Dan. 8:9 não deve ser traduzida assim: “E de um dos chifres...”
“Está escrito”, então, é o primeiro e mais importante passo para uma interpretação correta. O segundo, é: “Não ultrapasseis o que está escrito”. E por esses dois passos descarta-se a interpretação de “chifres”, ficando apenas “ventos”. Sendo assim, poderíamos resumir as quatro possibilidades (“quatro ventos do céu” – Dan. 11:4) em duas: Oriente (da Grécia) e Ocidente(da Grécia). Síria ou Roma. No entanto, no verso nove temos depois da expressão: “chifre pequeno”, o verbo gādal e ligado a ele vem o termo: yeter (resto remanescente; corda, corda de arco). Portanto, ele cresce em primeiro lugar, em direção ao “resto” (o que restou do Império Grego, no que diz respeito à Grécia).; depois em relação ao Sul (Egito); depois em relação ao Oriente (Síria) e por último Jerusalém.
Portanto, essa seqüência não se aplica ao rei/reino que surge no Oriente.
DETALHE:
Um outro detalhe importante que é importante ser citado, é no que diz respeito a Dan. 8:23. Eu havia dito que a tradução da expressão: “E no fim dos reinados” (ou do reinado), deveria ser traduzido: “na extremidade” ou “parte posterior”. O curioso é que a palavra hebraica traduzida por “extremidade” ou “parte posterior” (‘acharît) tem a mesma raiz da palavra Ocidente, Oeste (‘acharôn): ‘achar.
O PERIGO ESTÁ AO LADO
PERIGO 01
“Quero ainda destacar que se existem milhares de pessoas que enxergam em Antíoco o cumprimento da profecia, é porque em alguns aspectos, ele se encaixa muito bem na interpretação”.
Isso não deixa de ser verdade, mas é um argumento perigoso cujo fundamentado em areia. Por isso há muitas e muitas doutrinas e igrejas com base na Escritura Sagrada. Satanás fez com que Adão e Eva pecassem, porque utilizou quase 100% de verdade. Veja, Elohym disse: “De toda arvore do jardim comerás livremente”. Satanás disse: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?”. Depois, em relação à árvore do “conhecimento do bem e do mal”, Elohym disse: “porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Satanás disse: “É certo que não morrerás”. (ARA). No entanto, o Messias não se levou levar pelas “palavras da Verdade” (palavras fora do contexto, com sentido errado, textos adulterados: com acréscimo ou supressão), mas que não era a Palavra da Verdade (palavras dentro do contexto, sentido correto e sem adulteração).
PERIGO 02
“Quero também deixar claro que não tenho nada contra os especialistas em questões bíblicas, muito pelo contrário. Como não podemos ser especialistas em tudo, nada mais natural que ir buscar em quem sabe e provou que sabe, respostas para as nossas dúvidas.”
Sinceramente eu não entendi este comentário: “nada mais natural que ir buscar em quem sabe e provou que sabe, respostas para as nossas dúvidas”.
Tal comentário ficou incoerente, quando comparado a este:
“Reafirmo que por enquanto não é meu intento defender, mesmo que pareça o contrário, que Antíoco IV Epifânio seja o correspondente histórico ao “chifre pequeno” de Daniel 8. Se um dia eu resolver fazer essa defesa, certamente a farei fundamentada em bases coerentes e lógicas”.
O irmão Elpídio buscou resposta com quem sabe, e provou que sabe, no entanto, parece que ele ainda continua na dúvida. O que nos leva a fazer pelo menos duas perguntas: ou ele ainda não encontrou um sábio (especialista) para tirar as dúvidas ou os sábios encontrados também não sabem.
Portanto, não podem afirmar nem negar.
PERIGO 03
“Não fui eu quem afirmou que a questão pode estar no campo da ambigüidade, foram especialistas que teriam todos os motivos para pensar como o Josiel, mas por uma questão de honestidade intelectual, não o fizeram.”
O interessante nessa colocação, é que tal “honestidade intelectual” (dos especialistas), apontada pelo irmão Elpídio, tem dois pesos e duas medidas. Uma pessoa pode estar totalmente certa, com um ponto de vista, mas totalmente errada (ou parcialmente) em relação a outro. Por isso, é perigoso declarar que alguém seja: “honestidade intelectual”. Sem que corra o risco de ter dito o que não deveria.
PERIGO 04
“Quem teria mais interesse em negar que Antíoco seja a “ponta pequena” de Daniel 8 do que os teólogos adventistas? No entanto, eles reconhecem que no verso analisado, existe a possibilidade de uma situação de indefinição que só poderia ser resolvida, na minha opinião, aceitando o que o autor do livro de Daniel quis escrever ao invés de propor o que ele deveria ter escrito”.
“Como para o bom entendedor ponto é letra, imagino que o autor do livro de Daniel considerou que não seria necessário colocar a palavra específica, já que a mesma estava subentendida”.
O “quis escrever” ou o “deveria ter escrito”, significa a mesma coisa: não foi escrito. Portanto, supor e propor nessa questão da na mesma. O que temos que fazer é aceitar o que está escrito. Um especialista pode supor (deduzir “o que ao autor” “quis dizer”) uma verdade, mas eu não posso aceitar como verdade o que está escrito?
PERIGO 05
“Não podemos ficar presos apenas a questões gramaticais. Bater o pé nesta questão, é desconsiderar a possibilidade de erro gramatical por parte do autor do livro de Daniel quando da sua composição. Exigir do autor do livro, que não conhecemos muito bem, um rigor técnico exagerado, é uma temeridade. Melhor seria tentar descobrir o que ele queria escrever e não ficar apenas no como ele escreveu”
Realmente, é muito perigoso aceitarmos o que está escrito! Os textos andam cheios de contradições. Por isso, o melhor é tentarmos entender o que os escritores estão querendo dizer, mas não disseram nem sabemos se pensaram no que não disseram.
Cuidado! Embora o Mestre tenha dito: “Está escrito”. Já não podemos mais dizer: Está escrito.
CONCLUSÃO
Uma vez o Mestre interrogou aos seus discípulos:
“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?”. (Mat. 16:13-15 – ARA).
Em função desses versos, podemos tirar uma lição fundamental pra nossa vida. O Mestre pode até querer saber o que você sabe sobre o que os outros pensam sobre a Escritura Sagrada; mas com certeza Ele quer saber mesmo é o que você crê. (é claro que o praticar vale pra todos). – josielteli@yahoo.com.br
Que YHWH faça resplandecer o Seu rosto sobre nós, e tenha misericórdia de nós...
Leia também:
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