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08122010

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Daniel 8:9: Um Outro Argumento Gramatical
Não tenho por enquanto a pretensão de afirmar que o “chifre pequeno” de Daniel 8:9 seja Antíoco IV Epifânio; mas não sendo ele, certamente não será Roma pagã ou papal. Sobre o argumento gramatical proposto pelo irmão Josiel para descaracterizar Antíoco como o “chifre pequeno”, é bom saber que existem outros especialistas no assunto que colocam a questão em uma situação de indefinição.
“De um deles” (Ara – de um dos chifres). Esta frase apresenta confusão de gênero no hebraico. A palavra para “deles” hem, é masculina. Isto indica que, gramaticalmente, o antecedente é “ventos” (v. 8), e não “chifres”, visto que “ventos” pode ser masculino ou feminino, mas “chifres” só pode ser feminino. Por outro lado a palavra para “um”, “ ‘Achat”, é feminina, sugerindo “chifres” como antecedente. ‘achat poderia, evidentemente, referir-se a palavra anterior para “ventos”, que ocorre mais freqüentemente no feminino. Mas é duvidoso que o escritor atribuísse dois gêneros para o mesmo substantivo numa relação contextual tão estreita. Para se obter concordância gramatical, ou ‘achat seria mudado para masculino, fazendo assim a frase inteira referir-se claramente a “ventos”, ou a palavra “deles” seria mudado para feminino, em cujo caso a referência seria ambígua, visto que tanto “ventos”, como “chifres” poderiam ser o antecedente. Vários manuscritos trazem a palavra “deles” no feminino. Se estes manuscritos refletem a interpretação correta, a passagem é ainda ambígua.” - NICHOL, Francis D. Comentários sobre Daniel. São Paulo: Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Instituto Adventista de Ensino. 1994, p. 273
Como se percebe, a “solução gramatical” que o irmão Josiel encontrou para o problema não é de toda segura, pois outros estudiosos sugerem uma “ambigüidade” podendo tanto ser possível “chifres” ou “ventos” no verso em questão.
Afirmei no início do artigo que se o “chifre pequeno” aqui tratado não for Antíoco, também não pode ser Roma pagã ou papal. E não pode pelos seguintes motivos:
a – Se a ponta era pequena, não poderia ser Roma. Roma foi uma República, um Reino e um Império, maior do que todos os outros que a antecederam. Foi maior em todos os aspectos, desde o territorial e militar até o de longevidade. Roma durou mais de 700 anos. Nenhum dos outros reinos foram tão ricos, poderosos ou duraram tanto. Se Alexandre em seu reinado, sendo infinitamente inferior a Roma foi chamado de “ponta notável” ou “grande ponta”, muito mais notável e grande do que aquela ponta, teria sido a “ponta pequena” se ela fosse Roma. Roma não é apresentada no capítulo 8 de Daniel e sim no 7. No sete ela é o “animal terrível e espantoso, e muito forte” Daniel 7:7. Na antiguidade não houve reino tão poderoso como o romano e poderoso com as suas próprias forças. Não é a caso da “ponta pequena” de Daniel 8:24. “E se fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder...”. Só esse verso já é o bastante para eliminarmos Roma dessa profecia. Se Roma foi poderosa, o foi pelo seu poder, pela sua capacidade de inovar na guerra e na política. Também em Daniel 8:25 é dito que a “ponta pequena” se levantaria contra o príncipe dos príncipes. “E se levantará contra o príncipe dos príncipes, mas sem mãos será quebrado”. Roma nunca se levantou diretamente contra o príncipe dos príncipes, se a expressão se referir a Cristo. Roma, pelo contrário, permitiu ampla liberdade ao povo judeu enquanto esse não pegou em armas para tentar a liberdade. Israel invadido teve sua religião respeitada pelos romanos, como era praxe dos mesmos não interferir na religiosidade dos povos conquistados. Os judeus continuaram com todos os serviços do templo funcionando abertamente. O Império Romano nunca cerceou Cristo em sua pregação. Quando o representante romano, Pilatos, prendeu e mandou matar Cristo, foi por insistência dos judeus. Tanto que Cristo disse que os judeus tinham mais culpa do que o próprio Pilatos. Quando Roma destruiu o templo de Jerusalém, este não tinha valor espiritual nenhum, seus propósitos já haviam sido extintos. É também sabido que o general romano que cercou Jerusalém no ano 70, tudo fez para não destruir o templo judeu e se o mesmo foi incendiado e destruído, a culpa maior foi dos judeus. Em Daniel 8:25 ainda é dito que a “ponta pequena” seria “quebrada sem o auxílio de mãos”. Outra vez aparecem motivos para eliminarmos Roma dessa profecia. Roma foi destruída, saqueada, invadida pelas mãos dos bárbaros, notadamente os germânicos. Roma não foi destruída miraculosamente pelo sobrenatural e sim por mãos humanas. Roma nunca prosperou em perseguir os cristãos, cada vez que os perseguia, o número deles aumentava. Roma nunca prosperou em “lançar a verdade por terra”. Quando Roma tirou o sacrifício contínuo, este já não valia mais nada. A “ponta pequena” de Daniel 8 pode ser qualquer outra coisa, menos Roma pagã ou papal. -- Elpídio da Cruz Silva




Resposta do Articulista: No Verso, Onde se Encontra o Chifre?

Que YHWH nos abençoe e nos guarde...

No e-mail enviado ao site, o irmão Elpídio desenvolve um artigo com o seguinte título: “UM OUTRO ARGUMENTO GRAMATICAL”. No entanto, analisando bem, esse nada mais é que um antigo argumento onde os defensores de Antíoco Epifânio procuram agarrar-se para introduzi-lo como a “ponta pequena”, na profecia de Daniel 8. Por isso, aqui, neste artigo (em resposta a este: UM OUTRO ARGUMENTO GRAMATICAL), veremos que tal argumento – dos especialistas - é o que pode se dizer – “Estão mudando o foco

No primeiro parágrafo ele diz:

[Não tenho por enquanto a pretensão de afirmar que o “chifre pequeno” de Daniel 8:9 seja Antíoco IV Epifânio; mas não sendo ele, certamente não será Roma pagã ou papal. Sobre o argumento gramatical proposto pelo irmão Josiel para descaracterizar Antíoco como o “chifre pequeno”, é bom saber que existem outros especialistas no assunto que colocam a questão em uma situação de indefinição.”]

Quando ele diz: “Não tenho por enquanto a pretensão de afirmar...”, indiretamente ele está afirmando que está estudando (pesquisando) para provar que é Antíoco IV. E isso fica claro quando ele afirma: “mas não sendo ele, certamente não será Roma pagã ou papal”. Porque estou dizendo que ele afirma? Porque ele está se apoiando em “outros especialistas no assunto”, principalmente por causa da “situação de indefinição”. Por isso, ele diz que eu procurei “descaracterizar Antíoco como o chifre pequeno’”.

No entanto, em uma coisa (como eu já havia dito: DAN 8:9 SEQÜÊNCIA LITERAL – Por mais que alguns queiram colocar Roma Papal em Daniel 8:9, ela também não se encaixa nessa profecia) nós concordamos. De fato, em de Dan. 8:9, a ponta pequena também não é Roma Papal.

No segundo parágrafo ele apresenta os argumentos dos especialistas.

[“De um deles” (Ara – de um dos chifres). Esta frase apresenta confusão de gênero no hebraico. A palavra para “deles” hem, é masculina. Isto indica que, gramaticalmente, o antecedente é “ventos” (v. 8), e não “chifres”, visto que “ventos” pode ser masculino ou feminino, mas “chifres” só pode ser feminino. Por outro lado a palavra para “um”, “ ‘Achat”, é feminina, sugerindo “chifres” como antecedente. ‘achat poderia, evidentemente, referir-se a palavra anterior para “ventos”, que ocorre mais freqüentemente no feminino. Mas é duvidoso que o escritor atribuísse dois gêneros para o mesmo substantivo numa relação contextual tão estreita. Para se obter concordância gramatical, ou ‘achat seria mudado para masculino, fazendo assim a frase inteira referir-se claramente a “ventos”, ou a palavra “deles” seria mudado para feminino, em cujo caso a referência seria ambígua, visto que tanto “ventos”, como “chifres” poderiam ser o antecedente. Vários manuscritos trazem a palavra “deles” no feminino. Se estes manuscritos refletem a interpretação correta, a passagem é ainda ambígua.” -- NICHOL, Francis D. Comentários sobre Daniel. São Paulo: Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia. Instituto Adventista de Ensino. 1994, p. 273]

Em função da expressão hebraica - wûmin−hā’achat, traduzida por: “E de um deles”. Ele começa dizendo: “Esta frase apresenta confusão de gênero no hebraico”. Mas não há confusão de gênero. Não sou juiz de futebol, mas também posso dizer: “A regra é clara”. Quando temos em uma frase uma combinação de termos masculinos com feminino, na tradução prevalece o gênero masculino. Também é evidente que o antecedente gramatical da expressão: “E de um deles” é a expressão: “dos quatro ventos”, conseqüentemente o termo: “ventos”. Mas isso não é porque “ventos” pode ser feminino e masculino, e “chifre” só pode ser feminino; e sim porque o profeta não disse: “quatro chifres”, mas apenas “quatro”.

Sendo assim, a opção sensata é concordar ou com a expressão “quatro ventos do céu” ou com a palavra: “ventos”. E concordar com a palavra vento não é “duvidoso” como foi afirmado pelo irmão:

“Por outro lado a palavra para “um”, “ ‘Achat”, é feminina, sugerindo “chifres” como antecedente. ‘achat poderia, evidentemente, referir-se a palavra anterior para “ventos”, que ocorre mais freqüentemente no feminino. Mas é duvidoso que o escritor atribuísse dois gêneros para o mesmo substantivo numa relação contextual tão estreita.”

No entanto, duvidoso mesmo é o que esses especialistas, segundo o irmão, estão afirmando. Eles de fato estão mudando o foco da interpretação. Por que eles teimam (e induzem outros) em querer fazer concordância com uma palavra (chifre) que não foi escrita pelo profeta, após o termo “quatro”, no verso oito? Se ele não escreveu a expressão: “quatro chifres”; foi porque ele queria evitar essa “confusão” e “dúvida” de tais especialista, que teimam em querer ver o que não existe.

No que diz respeito aos termos, o numeral “‘achat” concorda perfeitamente com o termo “ventos”. Visto que “ventos” é um termo neutro (embora mais traduzido como palavra feminina). O numeral também, por fazer parte de uma expressão com termos masculinos, concorda perfeitamente com a expressão: “quatro ventos do céu”.

Isso é que não tem sentido - mudar a expressão: de + eles = deles (expressão masculina, de termos masculinos), para concordar com a palavra “chifre” que não foi escrita pelo profeta, após o termo “quatro”, no verso oito.

Portanto, o que causa confusão e ambigüidade é a introdução, no verso oito, da palavra “chifre”.

Por último, como argumento do segundo parágrafo, o irmão diz:

“Vários manuscritos trazem a palavra “deles” no feminino. Se estes manuscritos refletem a interpretação correta, a passagem é ainda ambígua”.

Que manuscritos? Datados de quando? Escritos por quem?

Não há, no verso oito, uma palavra “chifres” para que a expressão “e de um deles” possa concordar com ela. A palavra é subtendida. Colocada por inferência. Se o profeta não quis colocá-la é porque ele sabia que causaria ambigüidade e confusão. (cf. Mat. e Luc. 4:4 e 1Cor. 4:6).

[Como se percebe, a “solução gramatical” que o irmão Josiel encontrou para o problema não é de toda segura, pois outros estudiosos sugerem uma “ambigüidade” podendo tanto ser possível “chifres” ou “ventos” no verso em questão.]

O que não é seguro é acreditar que alguém viu um cavalo com chifre. Não há um manuscrito do livro do profeta Daniel, na Língua Hebraico que traga a expressão: “quatro chifres”, seguida da expressão “quatro ventos do céu”, no verso oito. (caso houvesse os defensores de Antíoco já o teriam apresentado).

Se o profeta houvesse escrito as duas expressões na seqüência dita acima, aí sim, teríamos uma ambigüidade e confusão causando duvidas para uma interpretação confiável.

[Afirmei no início do artigo que se o “chifre pequeno” aqui tratado não for Antíoco, também não pode ser Roma pagã ou papal. E não pode pelos seguintes motivos:

a – Se a ponta era pequena, não poderia ser Roma. Roma foi uma República, um Reino e um Império, maior do que todos os outros que a antecederam. Foi maior em todos os aspectos, desde o territorial e militar até o de longevidade. Roma durou mais de 700 anos. Nenhum dos outros reinos foram tão ricos, poderosos ou duraram tanto. Se Alexandre em seu reinado, sendo infinitamente inferior a Roma foi chamado de “ponta notável” ou “grande ponta”, muito mais notável e grande do que aquela ponta, teria sido a “ponta pequena” se ela fosse Roma. Roma não é apresentada no capítulo 8 de Daniel e sim no 7. No sete ela é o “animal terrível e espantoso, e muito forte” Daniel 7:7. Na antiguidade não houve reino tão poderoso como o romano e poderoso com as suas próprias forças. Não é a caso da “ponta pequena” de Daniel 8:24. “E se fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder...”. Só esse verso já é o bastante para eliminarmos Roma dessa profecia. Se Roma foi poderosa, o foi pelo seu poder, pela sua capacidade de inovar na guerra e na política. Também em Daniel 8:25 é dito que a “ponta pequena” se levantaria contra o príncipe dos príncipes. “E se levantará contra o príncipe dos príncipes, mas sem mãos será quebrado”. Roma nunca se levantou diretamente contra o príncipe dos príncipes, se a expressão se referir a Cristo. Roma, pelo contrário, permitiu ampla liberdade ao povo judeu enquanto esse não pegou em armas para tentar a liberdade. Israel invadido teve sua religião respeitada pelos romanos, como era praxe dos mesmos não interferir na religiosidade dos povos conquistados. Os judeus continuaram com todos os serviços do templo funcionando abertamente. O Império Romano nunca cerceou Cristo em sua pregação. Quando o representante romano, Pilatos, prendeu e mandou matar Cristo, foi por insistência dos judeus. Tanto que Cristo disse que os judeus tinham mais culpa do que o próprio Pilatos. Quando Roma destruiu o templo de Jerusalém, este não tinha valor espiritual nenhum, seus propósitos já haviam sido extintos. É também sabido que o general romano que cercou Jerusalém no ano 70, tudo fez para não destruir o templo judeu e se o mesmo foi incendiado e destruído, a culpa maior foi dos judeus. Em Daniel 8:25 ainda é dito que a “ponta pequena” seria “quebrada sem o auxílio de mãos”. Outra vez aparecem motivos para eliminarmos Roma dessa profecia. Roma foi destruída, saqueada, invadida pelas mãos dos bárbaros, notadamente os germânicos. Roma não foi destruída miraculosamente pelo sobrenatural e sim por mãos humanas. Roma nunca prosperou em perseguir os cristãos, cada vez que os perseguia, o número deles aumentava. Roma nunca prosperou em “lançar a verdade por terra”. Quando Roma tirou o sacrifício contínuo, este já não valia mais nada. A “ponta pequena” de Daniel 8 pode ser qualquer outra coisa, menos Roma pagã ou papal.]

Nesta segunda parte, são vários os motivos apresentados contra Roma pagã ou Papal.

O irmão apresenta o primeiro motivo em relação ao poderio e grandiosidade de Roma Pagã, que não se harmoniza, segundo ele, com a “ponta pequena” de Dan. 8:9. Diz que Roma Pagã não esta no capítulo oito, e sim no capítulo sete.

No entanto, o verso diz: “... um chifre pequeno e se tornou muito forte para...”. (ARA). Só que a expressão em negrito, é a tradução do verbo gādal. É justamente por isso, que não se aplica a Antíoco IV. Visto que a “ponta pequena” tornou-se gādal (em todos os sentidos e direções descritas no verso nove).

Portanto, diante disse, percebe-se que por desconhecimento da amplitude dos significados do termo gādal, o irmão tenha feito os comentários tentando mostrar que a “ponta pequena” não seja interpretada como Roma Pagã.

MUDANDO O FOCO

O curioso na maneira de interpretação dos defensores de Ântico IV, é que para cumprir perfeitamente a profecia que envolve os versos oito e nove, a interpretação deverá focalizar apenas um rei e não um reino e um rei. E para isso usam dentre outros versos, o seguinte argumento:

“Não é a caso da “ponta pequena” de Daniel 8:24. “E se fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder...”. Só esse verso já é o bastante para eliminarmos Roma dessa profecia”.

Mas pra analisarmos melhor o contexto da afirmação desse verso, devemos entender bem o que diz o verso vinte e três.

Mas, no fim de seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei de feroz catadura e especialista em intrigas”. (ARA).

Em primeiro lugar, esse verso esta se referindo ao anterior. Lá foi dito (explicando o verso oito) o seguinte sobre o termo “quatro”. “Significa que quatro reinos se levantarão deste povo”. Portanto, está claro que surgiriam quatro reinos e não apenas quatro reis. Caso se aceite a interpretação de quatro reis, só se encaixa no que diz respeito à primeira divisão do Império de Alexandre, e conseqüentemente aos primeiros quatro reis dos quatro reinos.

A expressão: “no fimnão traduz a verdade. Em função da palavra “reinado”, que dá duplo sentido ao verso vinte e três. Podendo ser entendido: “reinado” como área geográfica, e também como a duração de seu governo. Portanto, tanto no que diz respeito à área geográfica, como na duração do governo, temos uma continuidade. Ou seja, ligando Alexandre ao seu sucessor. Sendo assim não tem como chegar a Antíoco IV.

E no que diz respeito à tradução correta da expressão, teremos: “Na extremidade”. Com essa tradução podemos focalizar, de alguma maneira, Antíoco IV no verso vinte e três. O verso diz: “quando os prevaricadores acabarem”. Mas a tradução melhor é: “Quando estiverem terminadas as ofensas”. Os prevaricadores são justamente os Selêucidas. Foram eles que ofenderam aos judeus e ao Eterno com a profanação do Templo.

Em Dan. 8:23:

E no fim (na extremidade) dos reinados (dos reinados se for uma referência aos ‘quatro reinose do reinado, se for uma referência ao Império de Alexandre como um todo (incluindo as divisões) antes do domínio dos romanos ou se for uma referência aos dois principais reinos, que sucederam Alexandre da Macedônia – o reino dos Ptolomeus e o reino dos Selêucidas.), quando estiverem terminadas (completadas) as ofensas, levantar-se-á um rei feroz de rosto’ (forte, poderoso) e perito em intrigas. (enigma; palavras dúbias; parábola; etc.)”

Após as profanações no Santuário durante o domínio de Antíoco Epifânio, e, após a sua morte, os judeus reconheceram a supremacia dos romanos e solicitaram-lhes ajuda contra os ataques do que restava do reino dos Antíocos (especialmente, na época durante o reinado de Demétrio I).

Esta parte do verso: “quando estiverem terminadas (completadas) as ofensas”.Pode ser analisada de duas maneiras.A primeira: são às profanações cometidas por Antíoco IV, Epifânio, no Templo em Jerusalém e tudo o que ele fez o mandou fazer durante o seu reinado, no que diz respeito à Judéia.

A segunda maneira é: após Pompeu conquistar a Síria e torná-la uma província romana.

Já esta parte do verso, literalmente diz: (yā‘emōd meleqe) - “Levantar-se-á um rei feroz de rosto’ (forte, poderoso, impetuoso) e perito em intrigas (chîdeôt). (problema; enigma; palavras dúbias; parábola; etc.).” Este rei foi Júlio César.

“Não é a caso da “ponta pequena” de Daniel 8:24. “E se fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder...”. Só esse verso já é o bastante para eliminarmos Roma dessa profecia”.

No verso vinte e três foi introduzido um rei (“levantar-se-á um rei”); e é a este rei que o verso vinte e quatro se refere.

Dan. 8:24 diz:

Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver;” e devastará os poderosose o povo santo”.

Esse verso não se harmoniza com Antíoco IV; mas se harmoniza com Júlio César. Roma está na extremidade do reinado de Alexandre, e Júlio César embora não tenha sido coroado rei, é sabido que ele governou (reinou) sobre o Império Romano.

Nos versos vinte e quatro e vinte e cinco estão condensados, em forma de epíteto, os principais Fatos Históricos. Portanto, embora o verso vinte e três introduza um rei, os versos vinte e quatro e vinte e cinco abordam tanto um rei quanto um reino.

No que diz respeito às expressões: “E se levantará contra o príncipe dos príncipes, mas sem mãos será quebrado”.

De fato a expressão “príncipe dos príncipes” é uma referência ao Messias. O Fato Histórico marcante do Império Romano em relação ao Messias, não se encontra relacionado à Sua pregação; e sim o ser condenado a morte por Pilatos. Se isso não é levantar-se “contra o Príncipe dos príncipes”, o que poderá ser? E o que diz a História sobre a morte de Pilatos? – josielteli@yahoo.com.br

Que YHWH faça resplandecer o Seu rosto sobre nós, e tenha misericórdia de nós...

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