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O argumento do mal revisitado




"Se eu digo "aqui está escuro", é porque admito que existe luz mesmo que nunca a tenha visto."

Jairo Entrecosto
O mesmo se passa com o "argumento do mal". Os ateus e os seus afiliados usam o "argumento do mal" como evidência contra Deus, mas o conceito do "mal" só é válido se se assumir que existe um "bem" objectivo, independente das nossas experiências, emoções ou algo inerente à subjectividade humana.


Nós ouvimos dizer que uma criança foi assassinada e instintivamente dizemos que isto está errado. Mas se a morte, a sobrevivência do mais apto/forte, violência, assassinatos, e tudo o mais, sempre fizeram parte da existência humana, donde vem o nosso conhecimento de que a morte de pessoas é algo "estranho" à existência humana?

CS Lewis disse que um ser humano a queixar-se do "mal" que existe no mundo faz tanto sentido como um peixe a afirmar que a água está muito molhada. Com o quê é que o peixe compara a água, se água é tudo o que ele alguma vez experimentou? Com o quê é que o ser humano compara este universo, se este universo é tudo o que nós já experimentamos?


Se existe um "bem" objectivo, então deve haver uma Lei na base da qual nós distinguimos o "bem" do "mal".

As perguntas então levantam-se:

- Se rejeitarmos o conceito de Deus manifesto na Bíblia, o que é que confere a essa Lei a sua natureza absoluta?

- Se não é absoluta, então o "argumento do mal" é a mesma coisa que "o argumento da limonada". Eu gosto de limonada, mas tu não gostas. Como não há forma absoluta (em termos culinários) para qualificar qual é o "gosto certo", ambos os gostos são válidos.



A constante referência do "argumento do mal" por parte dos ateus é evidência forte de que eles, tal como os remidos do Senhor, estão internamente cientes que a "morte" é algo que não deveria existir. Os ateus nunca experimentaram uma existência onde não houvesse morte e sofrimento, mas eles sabem que a morte e o sofrimento não deveriam fazer parte da nossa vida.

Donde vem esse conhecimento? Só a Bíblia nos dá a resposta.

Todo o ser humano sabe que a morte é nossa inimiga porque Deus colocou isso dentro de todo o homem. A Natureza de Deus em nós testemunha continuamente que o ser humano não foi feito para sofrer, mas sim para viver em paz e harmonia.
Mas então donde vieram a morte e o sofrimento?

A morte e o sofrimento são as consequências do mau uso do nosso livre arbítrio. Quando Deus colocou Adão e Eva no Jardim do Éden, Ele deu-lhes a bênção de poderem comer do fruto de todas as árvores que se encontravam no jardim, excepto uma (Génesis 2:17).


Infelizmente, Adão e Eva falharam no seu propósito e comeram do fruto que Deus lhes tinha expressamente proibido (Génesis 3:6). Este gesto teve consequências catastróficas a nível universal uma vez que trouxe a Maldição de Deus sobre toda a Criação (Romanos 5:12 e Romanos 8:22). Essa Maldição ainda perdura.


É em referência a este tempo idílico e pacífico que todo o ser humano compara o mundo actual. Nós sabemos que o ser humano não foi feito para sofrer porque temos um termo de comparação: o Jardim do Éden. De alguma forma misteriosa e sobrenatural, todo o ser humano tem conhecimento da atmosfera que existia no tempo do Éden, e isso é manifesto sempre que fazemos referência ao "mal" que existe neste universo.

O problema para os ateus é que eles não acreditam que houve um Jardim do Éden, e como tal, no quê é que eles se baseiam para qualificar este mundo como um cheio de "maldade" e "sofrimento"? Com o quê é que eles comparam esta existência? Será que existe alguma versão ateísta do Jardim do Éden, onde o ser humano vivia em paz consigo mesmo e com o meio ambiente, ou será a Natureza de Deus neles mesmos a testemunhar para algo (ou Alguém) Transcendental?
"E, de um só, [Deus] fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tacteando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós"

Actos 17:26-27
Eduardo
Eduardo

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