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Análise da obra “Novamente em Casa” (1984) de Chico Xavier


Neste artigo, Moizés Montalvão analisa 16 cartas psicografadas por Chico Xavier constantes no livro “Novamente em Casa”, e faz descobertas impressionantes, como diversas expressões repetidas nas psicografias, embora os mortos sejam de classes sociais, idades e culturas distintas. Há também diferenças drásticas entre os livros e as cartas psicografadas para os familiares. A conclusão, desde o início, revela-se óbvia.

Analisaremos o livro “Novamente em Casa” (Grupo Espírita Emmanuel – S/C EDITORA – 1984) que contém propalados contatos entre Chico Xavier e dezesseis falecidos. As mensagens foram o resultado da procura pelos parentes de notícias de seus mortos. Reproduziremos e comentaremos trechos dos comunicados, o que demonstrará, sem sombra de dúvidas, que os escritos foram elaborados por Chico Xavier e não pelos espíritos.

As missivas são repletas de conclamações à esperança, à compreensão, à alegria. Chico Xavier se esmerava em apresentar consolo aos que choravam a morte de familiares. É admirável o esforço do médium nesse trabalho. Contudo, da leitura atenta das cartas percebe-se que Chico Xavier está presente em todas elas, não apenas como um canal mediúnico, sim como o produtor dos recados!

É compreensível que familiares enlutados se sintam jubilosos ao receberem notícias dos que se foram e não questionem ter havido uma inegável modificação na forma como escreviam quando vivos. O que desejam é acalmar a dor que os domina.

Em todas as cartas apresentadas no livro sob comentário percebe-se que muitas palavras e expressões se repetem com admirável freqüência. Ou os escreventes combinaram entre si que todos se manifestariam de igual maneira (o que é improvável), ou as missivas foram formuladas por uma única mente (o que é muito mais coerente). Vejamos algumas dessas expressões:

- mãezinha; paizinho; querido fulano; querido beltrano; bênção; flores; nosso querido sicrano; nosso amigo, nossa amiga.

Outro destaque digno de nota: em todas as situações que tratam de mortes por acidentes, notadamente automobilísticos, o bom coração de Chico Xavier se apressava em isentar de qualquer responsabilidade os autores das tragédias. Imprudência, drogas, imperícia, são situações que a mente florida do médium não admite. Essa fantasia se vê não apenas no livro “Novamente em Casa”, ora em estudo, mas em quaisquer respostas de envolvidos em tragédias, que comunicavam por meio de Chico Xavier.

A forma excessivamente colorida de escrever é característica do médium mineiro, não dos mortos “contatados”. Este é um fortíssimo indício de que o verdadeiro autor dos escritos é o próprio Chico.

Nos exemplos que apresentaremos, em duas das cartas os fictícios redatores grafaram igual expressão, pouco comum em cartas: “rosas sem espinhos”, (vejam os recados de números 9 e 11 – a primeira de José E. Bernardo e a outra de Marcel Jivago de Faria França). Neste caso, os escreventes não tinham parentesco entre si, possuíam formação cultural diferente e um faleceu adulto e o outro na infância. Mesmo assim teriam recorrido à mesma frase, que dificilmente seria utilizada por um jovem de 21 anos, e, muito mais dificilmente constaria do vocabulário de um menino de 10 anos!

As “cartas” apresentam algumas idéias insólitas sobre o outro mundo, selecionei algumas:

- as pessoas no além vão para hospitais, ficam internadas em recuperação, fazem tratamento de saúde (cartas nºs 5,6,15,16); alguns se ressentem por serem mal atendidos, tal qual em hospitais desse mundo (carta 6). Para Chico Xavier, o espírito leva consigo os males da matéria…(Seria um espetáculo inusitado a visão de uma alma gripada, com febre, com dor de dente, com diarréia…);

- para escreverem as “cartas” as almas são encaminhadas a um lugar especial, onde operam um “engenho técnico” ? (talvez um computador celeste), que lhes possibilita preparar as mensagens (carta 7); lá são severamente monitoradas pelos seus “ajudadores”, que não lhes permitem passar do “horário”( carta 16). (O mundo material se repete na esfera espiritual…);

- as almas se declaram “hóspedes” de onde estão e fazem de tudo para não abusarem da hospitalidade recebida (carta 15). (No além elas não têm um cantinho seu, dependem de favores dos “donos” para se acomodarem…);

- para a outra vida os falecidos levam consigo angústias e padecimentos: choram, sentem saudades, sofrem…(a existência do “outro lado” não tem muita diferença da vida que se leva neste mundo);

- no além, os espíritos conservam o estádio de vida em que estavam ao morrerem: as crianças ficam com o espírito infantil; os jovens mantêm a alma nessa fase; os velhos são almas igualmente idosas…

- na outra existência, as pessoas executam atividades profissionais da forma como realizaram quando vivas: médicos clinicam (carta 5), enfermeiras prestam atendimento aos doentes (carta 6), os clérigos dão apoio e orientação (1)…Igualzinho ao que existe na Terra… A nosso ver, esta é uma demonstração do limite da imaginação dos médiuns, pois não conseguem “criar” um mundo novo, no qual os trabalhos sejam de maior amplitude e mais ricos dos que existem nesta vida. (será que os bancários, os advogados, os eletricistas, os faxineiros, enc anadores, etc., também dão continuidade aos seus afazeres? E o que diríamos dos ladrões, dos corruptos, dos vigaristas?);

- no além as pessoas estudam… sabem o quê? Reencarnação! Parece que por lá o assunto também gera dúvidas. (carta 15)

Vejamos trechos das missivas (os destaques são de nossa autoria):

1. Álvaro Gonçalves (falecido aos 25 anos):“Querida Mãezinha Elza e meu querido Papai Álvaro, rogo-lhes a bênção para o amigo de sempre. Estou na mesma onda de saudade em que se encontram, mas venho pedir-lhes fortaleza. Os dias passam e as lembranças ficam…A Vovó Marieta está comigo e me recomenda estarmos unidos na mesma faixa de esperança…Penso em tudo e agradeço, incluindo os planos que a nossa querida Fátima,com tanta gentileza de coração, me inspirava…Conosco, veio nesta noite, o nosso amigo Frei Clemente que promete amparar-nos…Querida Mãezinha Elza e querido Papai, reanimem-se e doemos o melhor de nós à vida, para que a vida nos conserve cada vez mais fortalecidos para as tarefas que o Senhor nos chama a desempenhar…”

2. Argemiro Correia de Azevedo Filho (morto aos 25 anos): “Querida Lanir. Deus nos abençoe. Tentarei resumir o que desejo grafar no papel…Tenho os derradeiros movimentos do carro na memória. Pobre Leila! Dirigia cautelosamente, sem qualquer sinal de nervosismo…mas surgiu o instante em que o veículo passou a retratar por fora alguma perturbação que o desfigurava por dentro… Alguém me amparava e vim saber que era…a vovó Augusta, agindo em minha proteção. Recebi tratamento, à maneira de qualquer acidentado…a nossa amiga Leila não teve culpa alguma… Não posso alongar-me. Devo terminar o que faço pedindo-lhe expressar aos nossos familiares e amigos a certeza de que estamos quase perfeitamente bem, se não fosse a saudade a se interpor entre nós e os que ficaram…”

4. Edvar Santana (falecido aos 52 anos): “Querida Companheira, Deus nos abençoe. Aída! É o nome que me ilumina sempre. A esposa e a irmã, o apoio e a bênção… Certamente que me vejo dentro da nova situação, à maneira de um homem transportado sem querer a maravilhoso país, a fim de se iniciar em estudos e tarefas diferentes, mas estranho aos prodígios que o cercam… Companheira querida, se encontro algum reconfor, ainda é aquele mesmo de ouví-la… Sou grato à nossa irmã Elba por incentivá-la à execução dessa tarefa de bençãos ocultas… Os nossos dois Carlos são nossas estrelas, tanto quanto a Mãezinha Tereza… estamos nós dois numa estrada nova… nos socorre o nosso difícil caminho de inquietações, florido de preces… Com estes pensamentos de confiança e de amor, aqui termino, com a frase que repeti tantas vezes e que você não pode esquecer: Aída – você é a criatura mais amada da Terra…”

Há algumas questões subjacentes nas psicografias de Chico Xavier que passa despercebida numa leitura focalizada apenas no conteúdo das cartas, são elas: onde estão as cidades espirituais? Onde está o umbral? Onde está o vale dos suicidas? Segundo o que se depreende da leitura de Nosso Lar, as almas desencarnadas, em sua maioria, vão habitar as cidadelas espirituais. A colônia Nosso Lar abrigaria as almas brasileiras (ou cariocas). Seria de esperar, portanto, que nas cartas psicografadas houvesse fartas referências a essas localidades, corroborando e enriquecendo aquilo que Chico Xavier revelou. Contudo, nada. Absoluto silêncio das almas desencarnadas. Nenhuma delas faz qualquer alusão ao Nosso Lar ou a qualquer outra comunidade da espécie!

O umbral, parece-nos, corresponderia ao purgatório católico, só que um pouco mais dolorido. A impressão que nos dá a leitura do escrito do médium é de que o umbral é um autêntico inferno, com a diferença de que se trata de um período passageiro de dores e não eterno. André Luiz, pela descrição que foi feita de sua existência terrena, fora pessoa medianamente boa, desses que não realizam grande coisa pela humanidade, mas também não causam prejuízo. Teria cuidado de sua vida, protegido a família, cumprido os deveres de cidadão. Essa existência, podemos dizer, morna, levou-o a uma severa condenação: passou vários anos aprisionado no umbral, sofrendo torturas inimagináveis e classificado de suicida.

Ora, se o cidadão André Luiz, que foi um comportado vivente, não escapou do umbral, significa que, pelo pensamento chicoxaveriano, todos ou quase todos nós teremos de penar um tempo naquelas plagas. Entretanto, nenhuma das almas que comunicaram com Chico Xavier esteve no umbral. Por quê? A resposta é simples: Chico bondosamente pretendia consolar os familiares enlutados, ele jamais se atreveria a jogar nenhum dos falecidos naquele local de dores, o que, certamente, deixaria os que por eles choravam mais angustiados. Assim é que nas psicografias familiares o umbral desaparece.

Aliás, sobre esse imaginado destino de sofrimentos cabe considerações especiais. Por ora diremos apenas que o umbral é criação da fantasia de Chico Xavier. Kardec nada registrou sobre o assunto. Parece ter sido incorporado à doutrina por conta do respeito que a mediunidade de Chico gozou dentre os seguidores de Kardec, porém trata-se de inovação complicada de ser mantida. O que diria Allan Kardec dessa proposta do médium de Uberaba?

Foram apresentados exemplos variados do trabalho psicográfico de Chico Xavier. O estilo comum em todos eles é inconfundível! Dezesseis pessoas com formação diferenciada, hábitos específicos, níveis culturais distintos, idades variadas… ainda assim todas apresentam igual registro redativo! A possibilidade de que dezesseis pessoas, escolhidas a esmo, escrevam semelhantemente é praticamente nula. O médium de Uberaba possuía grande capacidade criativa, porém não conseguia forjar estilos diversos sem maior material para estudo.

Sem dúvida, a real origem da mediunidade de Chico Xavier é clara. Basta uma avaliação criteriosa do trabalho do médium: o próprio Chico Xavier se revela como autor das psicografias!


http://obraspsicografadas.haaan.com/2011/anlise-da-obra-novamente-em-casa-1984-de-chico-xavier/
Eduardo
Eduardo

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