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Geneticistas tentam comprovar suposta ligação entre o rei Salomão (Israel) com a rainha da Sabá (Etiópia)
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08082011
Geneticistas tentam comprovar suposta ligação entre o rei Salomão (Israel) com a rainha da Sabá (Etiópia)
Uma pesquisa genética realizada pela Universidade de Harvard revelou que os judeus têm ascendência entre os povos africanos e a data dessa mistura de povos remete a uma passagem bíblica que conta a história entre o contato do rei Salomão com a rainha de Sabá. De acordo com as Sagradas Escrituras o filho do Rei Davi fazia comércio com várias partes do mundo, incluindo a África. Por causa desses negócios ele chegou a receber a vista da governante da região da antiga Etiópia. Mas de acordo com o estudo científico “The History of African Gene Flow into Southern Europeans, Levantines and Jews” além de relações comerciais também aconteceram relações amorosas, pois fazendo análises genômicas para traçar a história do povo judeu através do DNA é possível encontrar dados genéticos de 15 povos subsaarianos.
Esses resultados aparecerem depois que David Reich, professor de Genética de Harvard e seus colegas resolveram levar essa pesquisa mais a fundo e analisaram mais de meio milhão de amostras de DNA em todo o genoma de membros de sete diferentes etnias judaicas – incluindo os ashkenazim do norte da Europa; os sefardim da Itália, Turquia e Grécia, e os mizrahim da Síria, Iraque e Irã. Então compararam os dados genéticos com o DNA de 15 povos africanos do sub-Saara. De acordo com o que foi publicado na edição de abril da revista PLoS Genetics, os pesquisadores explicam que pode-se atribuir cerca de 3% a 5% da ascendência dos judeus modernos aos africanos subsaarianos, e que a troca de genes entre judeus e africanos subsaarianos ocorreu cerca de 72 gerações atrás, ou mais de 2.000 anos.
Priya Moorjani, doutora que liderou a pesquisa, ficou surpresa como o grau de DNA dos africanos foi tão consistente entre as várias populações judaicas. Os resultados, segundo Moorjani, podem apontar para uma ancestralidade comum entre os diversos grupos judaicos. “É definitivamente sugestivo que essas populações de judeus têm um ancestral comum”, disse ela. A equipe da universidade americana não pôde determinar onde exatamente a troca de genes ocorreu, mas os resultados complementam o entendimento dos historiadores da narrativa judaica. Usando o método chamado roll off, Moorjani comparou fitas de DNA de dois grupos étnicos para calcular quando se misturaram. Quanto menor e mais quebrados forem os segmentos do DNA, mais velha a data da mistura. “A deterioração genética acontece muito lentamente,” Moorjani explica, “tanto que hoje, milhares de anos mais tarde, há bastante evidência para que estimemos a data da mistura da população.”
Lawrence Schiffman, professor de hebraico e estudos judaicos da Universidade Yeshiva, explica que há dois períodos distintos que poderiam confirmar tais descobertas dos geneticistas. O primeiro é o período do Primeiro Templo, entre 950 aC e 600 aC, quando o reino de Salomão teria iniciado o contato com os africanos. Ou ainda, Schiffman diz, a mistura de populações poderia ter ocorrido um pouco mais tarde, durante o período helenístico, entre 320 aC e 30 aC, quando os judeus viviam no litoral sul do Mar Mediterrâneo e poderiam ter entrado em contato com os africanos ao sul. Embora os relatos bíblicos oferecem explicações possíveis para as descobertas, Schiffman salienta que ele e outros cientistas sociais só podem oferecer interpretações históricas dos dados genéticos. “Temos que pegar o que eles estão nos dando, e adicioná-lo à nossa imagem da história”.
Fonte: Gospel Prime
Esses resultados aparecerem depois que David Reich, professor de Genética de Harvard e seus colegas resolveram levar essa pesquisa mais a fundo e analisaram mais de meio milhão de amostras de DNA em todo o genoma de membros de sete diferentes etnias judaicas – incluindo os ashkenazim do norte da Europa; os sefardim da Itália, Turquia e Grécia, e os mizrahim da Síria, Iraque e Irã. Então compararam os dados genéticos com o DNA de 15 povos africanos do sub-Saara. De acordo com o que foi publicado na edição de abril da revista PLoS Genetics, os pesquisadores explicam que pode-se atribuir cerca de 3% a 5% da ascendência dos judeus modernos aos africanos subsaarianos, e que a troca de genes entre judeus e africanos subsaarianos ocorreu cerca de 72 gerações atrás, ou mais de 2.000 anos.
Priya Moorjani, doutora que liderou a pesquisa, ficou surpresa como o grau de DNA dos africanos foi tão consistente entre as várias populações judaicas. Os resultados, segundo Moorjani, podem apontar para uma ancestralidade comum entre os diversos grupos judaicos. “É definitivamente sugestivo que essas populações de judeus têm um ancestral comum”, disse ela. A equipe da universidade americana não pôde determinar onde exatamente a troca de genes ocorreu, mas os resultados complementam o entendimento dos historiadores da narrativa judaica. Usando o método chamado roll off, Moorjani comparou fitas de DNA de dois grupos étnicos para calcular quando se misturaram. Quanto menor e mais quebrados forem os segmentos do DNA, mais velha a data da mistura. “A deterioração genética acontece muito lentamente,” Moorjani explica, “tanto que hoje, milhares de anos mais tarde, há bastante evidência para que estimemos a data da mistura da população.”
Lawrence Schiffman, professor de hebraico e estudos judaicos da Universidade Yeshiva, explica que há dois períodos distintos que poderiam confirmar tais descobertas dos geneticistas. O primeiro é o período do Primeiro Templo, entre 950 aC e 600 aC, quando o reino de Salomão teria iniciado o contato com os africanos. Ou ainda, Schiffman diz, a mistura de populações poderia ter ocorrido um pouco mais tarde, durante o período helenístico, entre 320 aC e 30 aC, quando os judeus viviam no litoral sul do Mar Mediterrâneo e poderiam ter entrado em contato com os africanos ao sul. Embora os relatos bíblicos oferecem explicações possíveis para as descobertas, Schiffman salienta que ele e outros cientistas sociais só podem oferecer interpretações históricas dos dados genéticos. “Temos que pegar o que eles estão nos dando, e adicioná-lo à nossa imagem da história”.
Fonte: Gospel Prime
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