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A influência de Platão em Agostinho de Hipona acerca da imortalidade da alma
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08062012
A influência de Platão em Agostinho de Hipona acerca da imortalidade da alma
Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Em seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado por Platão, pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino. Uma de suas maiores intervenções foi cunhar a doutrina sobre a alma principalmente tendo por fontes o pensamento de Sócrates e Platão, embora alguns pontos doutrinários não se coadunavam obviamente com os dogmas do cristianismo ele não conseguiu se livrar de sua antiga formação filosofica. Sua discussão Sobre o Conceito da Alma está principalmente em duas obras: Sobre a imortalidade da alma (De inmortalitate animae) e Sobre a potencialidade da alma (De quantitate animae).
Para Agostinho a alma viva recebeu a sua origem da terra, porque só aos fiéis é meritório refrearem-se no amor a este mundo, para que a alma deles viva para Deus. A alma estava morta quando vivia Senhor, “nas delícias” que eram mortíferas, porque só vóis sois as delícias vitais do coração puro. [1]
Agostinho cunhou sua doutrina sobre a alma principalmente tendo por fontes o pensamento de Sócrates e Platão, embora alguns pontos doutrinários não se coadunam obviamente com os dogmas do cristianismo. [2]
Não há nenhum texto em Agostinho que clara e inequivocamente corrobora a tese da preexistência, embora a idéia de um certo inatismo freqüentemente seja encontrada. Aparece primeiro em sua obra Solilóquios de 387:
Assim são os bem instruídos nas artes liberais, já que eles, aprendendo, as resolveram e, de certo modo, as escavam, pois sem dúvida estavam soterradas neles pelo esquecimento. [3]
No ano 388, escreve o De Quantitate Animae no qual assegura: “... O que chamamos “aprender”, nada mais é que “lembrar e recordar”.
Mas ele adverte seus leitores adiante, em suas Retractaciones que: “Isto não pode ser entendido como aprovando a doutrina de que a alma viveu antes, em qualquer outro corpo, ou em outro lugar, com ou sem um corpo.
Estas palavras não insinuam necessariamente que Agostinho concorda com essa doutrina da preexistência de seus antepassados; somente poderia ser sua intenção
impedir a interpretação habitual dada por platônicos. Porém, o “hoc improbo” da retratação parece insinuar que Agostinho está rejeitando o que já havia assegurado, e a referência a Platão identifica aquela doutrina. Além disso, logo após a composição destes livros em 389, escreveu em uma carta a Hebridius contendo uma defesa explicita à doutrina:
Aquela descoberta mais nobre de Sócrates pelo qual é acertado que não são afirmadas as coisas que nós aprendemos como novo, mas é recordado à memória.”
Então, parece que em seus anos de juventude de certa forma aceitou, ainda que não totalmente, a doutrina platônica da anamnesis como provável. Praticamente todas as autoridades modernas admitem isto.
É certo que Agostinho em sua fase inicial, muito fascinado pela filosofia platônica, tenha cometido alguns deslizes no que concerne à aceitação de certas doutrinas que em princípio, parecem ajudá-lo no entendimento de sua recém professa religião.
A doutrina platônica, sem dúvida, foi importante para Agostinho cunhar seu conceito de “interioridade”, o problema consiste nas conseqüências dessa aceitação. A solução viável para esse problema estaria no próprio conceito de “iluminação”, pois deixaria de ser algo passado, desvencilhando-se da questão da anamnesis; as verdades de um conhecimento não estariam pautadas mais em vidas passadas, mas num conhecimento dado no presente, via iluminação.
No De Magistro ao propor que Deus revela na interioridade Agostinho indica que a verdade é garantida no agora. Mas o problema com relação ao inatismo consiste que mesmo Deus comunicando essa verdade, Agostinho não consegue ainda explicar a existência de noções na alma.
Referências Bibliográficas
OS PENSADORES. Grandes Filósofos. São Paulo: Editora Nova Cultura Ltda., p. 398, 2005.
AGOSTINHO, Santo. Solilóquios. São Paulo: Editora Paulus, p. 168, 1998.
AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Editora Paulus, p. 464, 1997.
[1] OS PENSADORES. Grandes Filósofos. São Paulo: Editora Nova Cultura Ltda., p. 398, 2005.
[2] AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Editora Paulus, p. 464, 1997.
[3] AGOSTINHO, Santo. Solilóquios. São Paulo: Editora Paulus, p. 168, 1998.
Espalha-se o Conceito de Alma Imortal Entre os Cristãos:
Antes dele, o conceito de uma alma imortal, que sobrevive à morte física,
era um conceito pagão, vigente nas religiões de origens gregas. Tal conceito
não existia entre os judeus antes de cristo e nem depois, entre os cristãos.
A Nova Enciclopédia Católica admite: “Apenas com Orígenes no Oriente e
com S. Agostinho no Ocidente, é que a alma imortal foi estabelecida como
substância espiritual e se formou um conceito filosófico da sua natureza.”
Assim, a alma imortal é um "conceito filosófico" e não religioso.
Mas em que base formulou Agostinho seu conceitos sobre a alma?
Alma Imortal: Uma Doutrina Neoplatônica
Para entender suas razões, é preciso saber em que ambiente mental
Agostinho cresceu.
Agostinho é encarado por alguns na cristandade como o maior pensador
da antiguidade. Antes de se converter ao “cristianismo” à idade de 33 anos,
Mas Agostinho tinha profundo interesse na filosofia e se tornara neoplatônico.
Mesmo depois da sua "conversão", continuou neoplatônico no seu modo de
pensar. “Sua mente foi o cadinho em que a religião do Novo Testamento foi
mais completamente fundida com a tradição platônica de filosofia grega”,
diz a Nova Enciclopédia Britânica.
Até a Nova Enciclopédia Católica é obrigada a admitir que a “doutrina
[da alma, por parte de Agostinho], que até os fins do século 12 se tornou
padrão no Ocidente, deve muito...ao neoplatonismo”.
Mas, como foi o desenvolvimento dessa idéia e qual a influência que
exerceu entre os "cristãos"?
Negação da Bíblia e do Reinado Milenar de Cristo
Agostinho, sem dúvida, foi o Pai da Igreja que mais fez para fundir a filosofia
grega com o que já naquela época era apenas uma aparência de cristianismo.
Embora inicialmente fosse defensor ferrenho do milenarismo, por fim rejeitou
a idéia de um futuro Reinado Milenar de Cristo sobre a Terra. Deu ao capítulo 20
de Revelação um sentido alegórico, isto é, ele passou a dizer que o que estava
escrito alí "não era verdade". O que era o Milenarismo?
O Milenarismo era como se chamava naquela época, o ensinamento original
da Bíblia, que prevê a restauração do paraíso terrestre, como era na época de
Adão, através do reinado de mil anos, de Jesus Cristo, quando este retornasse
à Terra. Neste ensinamento também se prevê a ressurreição dos justos e a vida
eterna aqui mesmo na Terra.
Mas o ensinamento cristão de um futuro reinado milenar de Cristo, na Terra,
que era também a esperança dos antigos profetas e patriarcas judeus,
passou a não ter mais valor para Agostinho, pois este se chocava com suas
idéias filosóficas a respeito de almas imortais em paraísos e infernos.
Assim, entre a verdade bíblica, que ele disse ter "abraçado" quando se
"converteu" e a filosofia pagã, Agostinho preferiu a filosofia.
Distorção da Verdade Bíblica:
Não foi imediatamente que Agostinho abandonou os ensinamentos cristãos.
Ele tentava achar um meio termo entre a filosofia e o cristianismo. Com isso
ele foi, aos poucos dando interpretações próprias ao que lia na Biblia
A Enciclopédia Católica diz: “Agostinho apegou-se finalmente à convicção
de que não haverá milênio... A primeira ressurreição de que este capítulo
trata, diz-nos ele, refere-se ao renascimento espiritual no batismo; o sábado
de mil anos, após os seis mil anos de História, é a inteira vida eterna.”
Isso foi uma distorção. Uma interpretação do próprio Agostinho, que
se baseava em conceitos do paganismo e da filosofia. Qual foi o resultado
causado por essa interpretação:
A Nova Enciclopédia Britânica declara: “O milenarismo alegórico de
Agostinho tornou-se a doutrina oficial da Igreja... Os reformadores protestantes
das tradições luterana, calvinista e anglicana... permaneceram firmemente
apegados aos conceitos de Agostinho.” Desta forma, esses conceitos pagãos,
baseados nas interpretações de Agostinho afetaram não só a Igreja Católica,
mas também as protestantes.
Os membros de todas igrejas da cristandade, que se auto-denominam "cristãs"
foram assim privados da esperança do reinado milenar de Cristo.
Um Dano na Espiritualidade das Pessoas:
Além disso, segundo o teólogo suíço Frédéric de Rougemont, “por repudiar
sua fé inicial no reinado milenar, [Agostinho] causou um incalculável dano
à Igreja. Com a enorme autoridade do seu nome, ele sancionou um erro
que privou [a Igreja] do seu ideal terrestre”.
O teólogo alemão Adolf Harnack concordou que a rejeição da crença no Milênio
privou as pessoas comuns da “religião que entendiam”, substituindo “a
antiga fé e as antigas esperanças” por “uma fé que não conseguiam entender”.
As atuais igrejas vazias, em muitos países, são uma prova eloqüente de que
as pessoas precisam duma fé e duma esperança que consigam entender.
Porta de Entrada Para Outros Conceitos Pagãos
A crença pagã da imortalidade da alma, possibilitava a entrada de outros
conceitos do paganismo e da filosofia entre os da cristandade, tais como
o inferno, purgatório, castigos divinos, santos, predestinação e espiritismo.
praticamente todos os aspectos do ensinamento cristão original se perdeu
ou foi deturpado, graças ao conceito da imortalidade da alma, desenvolvido
por Agostinho para a cristandade. Mas porque ele fez isso?
Os Motivos de Agostinho
Agostinho sabia que estava deturpando a Bíblia, mas continuou a fazê-lo
porque amava mais a filosofia do que o cristianismo. Provavelmente, ao
"se converter" ao cristianismo, ele já tinha em mente o que iria fazer e
tencionava satisfazer a si próprio, ganhando notoriedade também entre
os cristãos. E ele, pelo visto conseguiu.
Nos dias de hoje, podemos ver os efeitos do que o conceito de agostinho
causou. É dificil encontrarmos alguma pessoa que não pense em pelo menos
um dos seus "ensinos" como sendo certo.
Para Agostinho a alma viva recebeu a sua origem da terra, porque só aos fiéis é meritório refrearem-se no amor a este mundo, para que a alma deles viva para Deus. A alma estava morta quando vivia Senhor, “nas delícias” que eram mortíferas, porque só vóis sois as delícias vitais do coração puro. [1]
Agostinho cunhou sua doutrina sobre a alma principalmente tendo por fontes o pensamento de Sócrates e Platão, embora alguns pontos doutrinários não se coadunam obviamente com os dogmas do cristianismo. [2]
Não há nenhum texto em Agostinho que clara e inequivocamente corrobora a tese da preexistência, embora a idéia de um certo inatismo freqüentemente seja encontrada. Aparece primeiro em sua obra Solilóquios de 387:
Assim são os bem instruídos nas artes liberais, já que eles, aprendendo, as resolveram e, de certo modo, as escavam, pois sem dúvida estavam soterradas neles pelo esquecimento. [3]
No ano 388, escreve o De Quantitate Animae no qual assegura: “... O que chamamos “aprender”, nada mais é que “lembrar e recordar”.
Mas ele adverte seus leitores adiante, em suas Retractaciones que: “Isto não pode ser entendido como aprovando a doutrina de que a alma viveu antes, em qualquer outro corpo, ou em outro lugar, com ou sem um corpo.
Estas palavras não insinuam necessariamente que Agostinho concorda com essa doutrina da preexistência de seus antepassados; somente poderia ser sua intenção
impedir a interpretação habitual dada por platônicos. Porém, o “hoc improbo” da retratação parece insinuar que Agostinho está rejeitando o que já havia assegurado, e a referência a Platão identifica aquela doutrina. Além disso, logo após a composição destes livros em 389, escreveu em uma carta a Hebridius contendo uma defesa explicita à doutrina:
Aquela descoberta mais nobre de Sócrates pelo qual é acertado que não são afirmadas as coisas que nós aprendemos como novo, mas é recordado à memória.”
Então, parece que em seus anos de juventude de certa forma aceitou, ainda que não totalmente, a doutrina platônica da anamnesis como provável. Praticamente todas as autoridades modernas admitem isto.
É certo que Agostinho em sua fase inicial, muito fascinado pela filosofia platônica, tenha cometido alguns deslizes no que concerne à aceitação de certas doutrinas que em princípio, parecem ajudá-lo no entendimento de sua recém professa religião.
A doutrina platônica, sem dúvida, foi importante para Agostinho cunhar seu conceito de “interioridade”, o problema consiste nas conseqüências dessa aceitação. A solução viável para esse problema estaria no próprio conceito de “iluminação”, pois deixaria de ser algo passado, desvencilhando-se da questão da anamnesis; as verdades de um conhecimento não estariam pautadas mais em vidas passadas, mas num conhecimento dado no presente, via iluminação.
No De Magistro ao propor que Deus revela na interioridade Agostinho indica que a verdade é garantida no agora. Mas o problema com relação ao inatismo consiste que mesmo Deus comunicando essa verdade, Agostinho não consegue ainda explicar a existência de noções na alma.
Referências Bibliográficas
OS PENSADORES. Grandes Filósofos. São Paulo: Editora Nova Cultura Ltda., p. 398, 2005.
AGOSTINHO, Santo. Solilóquios. São Paulo: Editora Paulus, p. 168, 1998.
AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Editora Paulus, p. 464, 1997.
[1] OS PENSADORES. Grandes Filósofos. São Paulo: Editora Nova Cultura Ltda., p. 398, 2005.
[2] AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Editora Paulus, p. 464, 1997.
[3] AGOSTINHO, Santo. Solilóquios. São Paulo: Editora Paulus, p. 168, 1998.
Espalha-se o Conceito de Alma Imortal Entre os Cristãos:
Antes dele, o conceito de uma alma imortal, que sobrevive à morte física,
era um conceito pagão, vigente nas religiões de origens gregas. Tal conceito
não existia entre os judeus antes de cristo e nem depois, entre os cristãos.
A Nova Enciclopédia Católica admite: “Apenas com Orígenes no Oriente e
com S. Agostinho no Ocidente, é que a alma imortal foi estabelecida como
substância espiritual e se formou um conceito filosófico da sua natureza.”
Assim, a alma imortal é um "conceito filosófico" e não religioso.
Mas em que base formulou Agostinho seu conceitos sobre a alma?
Alma Imortal: Uma Doutrina Neoplatônica
Para entender suas razões, é preciso saber em que ambiente mental
Agostinho cresceu.
Agostinho é encarado por alguns na cristandade como o maior pensador
da antiguidade. Antes de se converter ao “cristianismo” à idade de 33 anos,
Mas Agostinho tinha profundo interesse na filosofia e se tornara neoplatônico.
Mesmo depois da sua "conversão", continuou neoplatônico no seu modo de
pensar. “Sua mente foi o cadinho em que a religião do Novo Testamento foi
mais completamente fundida com a tradição platônica de filosofia grega”,
diz a Nova Enciclopédia Britânica.
Até a Nova Enciclopédia Católica é obrigada a admitir que a “doutrina
[da alma, por parte de Agostinho], que até os fins do século 12 se tornou
padrão no Ocidente, deve muito...ao neoplatonismo”.
Mas, como foi o desenvolvimento dessa idéia e qual a influência que
exerceu entre os "cristãos"?
Negação da Bíblia e do Reinado Milenar de Cristo
Agostinho, sem dúvida, foi o Pai da Igreja que mais fez para fundir a filosofia
grega com o que já naquela época era apenas uma aparência de cristianismo.
Embora inicialmente fosse defensor ferrenho do milenarismo, por fim rejeitou
a idéia de um futuro Reinado Milenar de Cristo sobre a Terra. Deu ao capítulo 20
de Revelação um sentido alegórico, isto é, ele passou a dizer que o que estava
escrito alí "não era verdade". O que era o Milenarismo?
O Milenarismo era como se chamava naquela época, o ensinamento original
da Bíblia, que prevê a restauração do paraíso terrestre, como era na época de
Adão, através do reinado de mil anos, de Jesus Cristo, quando este retornasse
à Terra. Neste ensinamento também se prevê a ressurreição dos justos e a vida
eterna aqui mesmo na Terra.
Mas o ensinamento cristão de um futuro reinado milenar de Cristo, na Terra,
que era também a esperança dos antigos profetas e patriarcas judeus,
passou a não ter mais valor para Agostinho, pois este se chocava com suas
idéias filosóficas a respeito de almas imortais em paraísos e infernos.
Assim, entre a verdade bíblica, que ele disse ter "abraçado" quando se
"converteu" e a filosofia pagã, Agostinho preferiu a filosofia.
Distorção da Verdade Bíblica:
Não foi imediatamente que Agostinho abandonou os ensinamentos cristãos.
Ele tentava achar um meio termo entre a filosofia e o cristianismo. Com isso
ele foi, aos poucos dando interpretações próprias ao que lia na Biblia
A Enciclopédia Católica diz: “Agostinho apegou-se finalmente à convicção
de que não haverá milênio... A primeira ressurreição de que este capítulo
trata, diz-nos ele, refere-se ao renascimento espiritual no batismo; o sábado
de mil anos, após os seis mil anos de História, é a inteira vida eterna.”
Isso foi uma distorção. Uma interpretação do próprio Agostinho, que
se baseava em conceitos do paganismo e da filosofia. Qual foi o resultado
causado por essa interpretação:
A Nova Enciclopédia Britânica declara: “O milenarismo alegórico de
Agostinho tornou-se a doutrina oficial da Igreja... Os reformadores protestantes
das tradições luterana, calvinista e anglicana... permaneceram firmemente
apegados aos conceitos de Agostinho.” Desta forma, esses conceitos pagãos,
baseados nas interpretações de Agostinho afetaram não só a Igreja Católica,
mas também as protestantes.
Os membros de todas igrejas da cristandade, que se auto-denominam "cristãs"
foram assim privados da esperança do reinado milenar de Cristo.
Um Dano na Espiritualidade das Pessoas:
Além disso, segundo o teólogo suíço Frédéric de Rougemont, “por repudiar
sua fé inicial no reinado milenar, [Agostinho] causou um incalculável dano
à Igreja. Com a enorme autoridade do seu nome, ele sancionou um erro
que privou [a Igreja] do seu ideal terrestre”.
O teólogo alemão Adolf Harnack concordou que a rejeição da crença no Milênio
privou as pessoas comuns da “religião que entendiam”, substituindo “a
antiga fé e as antigas esperanças” por “uma fé que não conseguiam entender”.
As atuais igrejas vazias, em muitos países, são uma prova eloqüente de que
as pessoas precisam duma fé e duma esperança que consigam entender.
Porta de Entrada Para Outros Conceitos Pagãos
A crença pagã da imortalidade da alma, possibilitava a entrada de outros
conceitos do paganismo e da filosofia entre os da cristandade, tais como
o inferno, purgatório, castigos divinos, santos, predestinação e espiritismo.
praticamente todos os aspectos do ensinamento cristão original se perdeu
ou foi deturpado, graças ao conceito da imortalidade da alma, desenvolvido
por Agostinho para a cristandade. Mas porque ele fez isso?
Os Motivos de Agostinho
Agostinho sabia que estava deturpando a Bíblia, mas continuou a fazê-lo
porque amava mais a filosofia do que o cristianismo. Provavelmente, ao
"se converter" ao cristianismo, ele já tinha em mente o que iria fazer e
tencionava satisfazer a si próprio, ganhando notoriedade também entre
os cristãos. E ele, pelo visto conseguiu.
Nos dias de hoje, podemos ver os efeitos do que o conceito de agostinho
causou. É dificil encontrarmos alguma pessoa que não pense em pelo menos
um dos seus "ensinos" como sendo certo.
Eduardo- Mensagens : 5997
Idade : 54
Inscrição : 08/05/2010
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