Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Tópicos mais ativos
Inerrância Bíblica
Página 1 de 1
19042010
Inerrância Bíblica
Por Dr. Samuelle Bacchiocchi
A questão da inspiração e autoridade da Bíblia raramente perturbava os cristãos até um século atrás. Eles consideravam a Bíblia como fonte de sua crença. Aceitavam a autoridade da Bíblia sem defini-la em termos de inerrância. Nenhum dos principais credos católicos ou protestantes discute a noção de inerrância bíblica. Somente desde o século XIX é que essa questão tem dominado o cenário religioso.
Um fator que destacadamente contribuiu para isso foi o impacto negativo da crítica liberal que reduziu a Bíblia a uma coleção de documentos religiosos cheios de dificuldades e erros textuais. Esse movimento crítico tem levado muitos cristãos a abandonarem seu comprometimento para com a infalibilidade da Bíblia. A fim de defender o ponto de vista cristão tradicional da inspiração e autoridade da Bíblia contra os ataques dos críticos liberais, cristãos conservadores desenvolveram o que se tornou conhecido como a “Doutrina da Inerrância Bíblica”.
Definir a doutrina da inerrância bíblica não é fácil, porque vem numa variedade de formas que vão desde o ditado mecânico a inerrância funcional, posição que define a Bíblia isenta de erros em sua função de revelar o plano de Deus para nossa eterna salvação, mas não nas informações que oferece sobre vários aspectos factuais. Para o propósito de nosso estudo limitaremos a distinção a dois pontos de vista mais comuns de inerrância, conhecidos como inerrância “absoluta” e “limitada”.
—> Inerrância Absoluta
É a posição de que a Bíblia em seus autógrafos originais, em sua inteireza é inerrante, sendo livre de toda falsidade, fraude, ou engano, e apropriadamente interpretados, será constatada como verdadeira e fiel em tudo quanto afirma concernente a todas as áreas da vida, fé e prática. Ou seja, que a Bíblia não contém erro de espécie alguma, seja de história, geografia, astronomia, cronologia, ciência, ou qualquer área que seja.
A aceitação dessa posição é vista por muitos evangélicos como um divisor de águas da ortodoxia. Igualam a autoridade da Bíblia a sua inerrância, porque presumem que se não se puder demonstrar ser a Bíblia isenta de erros em questões não-religiosas, então nela não se pode confiar nas áreas religiosas mais importantes. Chegam ao ponto de reivindicar que os cristãos não podem ser legitimamente considerados evangélicos a menos que creiam na inerrância absoluta da Bíblia. A negação de tal crença supostamente conduziria à rejeição de outras doutrinas evangélicas e ao colapso de qualquer denominação ou organização cristã.
—> Inerrância Limitada
É a posição que defende a inspiração conceitual, não verbal, e aceita exatidão da Bíblia somente em questões de salvação e ética, mas não a sua inerrância. A inspiração divina não impediu que os autores bíblicos cometessem “erros” de natureza histórica ou científica, uma vez que estes não afetam nossa salvação. A Bíblia não é inerrante em tudo quanto diz, mas é infalível em tudo quanto ensina com respeito a fé e a prática.
Um fator que destacadamente contribuiu para isso foi o impacto negativo da crítica liberal que reduziu a Bíblia a uma coleção de documentos religiosos cheios de dificuldades e erros textuais. Esse movimento crítico tem levado muitos cristãos a abandonarem seu comprometimento para com a infalibilidade da Bíblia. A fim de defender o ponto de vista cristão tradicional da inspiração e autoridade da Bíblia contra os ataques dos críticos liberais, cristãos conservadores desenvolveram o que se tornou conhecido como a “Doutrina da Inerrância Bíblica”.
Definir a doutrina da inerrância bíblica não é fácil, porque vem numa variedade de formas que vão desde o ditado mecânico a inerrância funcional, posição que define a Bíblia isenta de erros em sua função de revelar o plano de Deus para nossa eterna salvação, mas não nas informações que oferece sobre vários aspectos factuais. Para o propósito de nosso estudo limitaremos a distinção a dois pontos de vista mais comuns de inerrância, conhecidos como inerrância “absoluta” e “limitada”.
—> Inerrância Absoluta
É a posição de que a Bíblia em seus autógrafos originais, em sua inteireza é inerrante, sendo livre de toda falsidade, fraude, ou engano, e apropriadamente interpretados, será constatada como verdadeira e fiel em tudo quanto afirma concernente a todas as áreas da vida, fé e prática. Ou seja, que a Bíblia não contém erro de espécie alguma, seja de história, geografia, astronomia, cronologia, ciência, ou qualquer área que seja.
A aceitação dessa posição é vista por muitos evangélicos como um divisor de águas da ortodoxia. Igualam a autoridade da Bíblia a sua inerrância, porque presumem que se não se puder demonstrar ser a Bíblia isenta de erros em questões não-religiosas, então nela não se pode confiar nas áreas religiosas mais importantes. Chegam ao ponto de reivindicar que os cristãos não podem ser legitimamente considerados evangélicos a menos que creiam na inerrância absoluta da Bíblia. A negação de tal crença supostamente conduziria à rejeição de outras doutrinas evangélicas e ao colapso de qualquer denominação ou organização cristã.
—> Inerrância Limitada
É a posição que defende a inspiração conceitual, não verbal, e aceita exatidão da Bíblia somente em questões de salvação e ética, mas não a sua inerrância. A inspiração divina não impediu que os autores bíblicos cometessem “erros” de natureza histórica ou científica, uma vez que estes não afetam nossa salvação. A Bíblia não é inerrante em tudo quanto diz, mas é infalível em tudo quanto ensina com respeito a fé e a prática.
A INSPIRAÇÃO CONCEITUAL
O reconhecimento da natureza divino-humana da Bíblia exclui dois grandes equívocos na consideração da inspiração bíblica. O primeiro é o ponto de vista inerrantista, que defende a inspiração verbal e exalta o aspecto divino da Escritura, minimizando a participação humana, a fim de assegurar que o texto seja completamente livre de todos os erros. O segundo é o ponto de vista liberal dos críticos que mantêm que os escritos bíblicos simplesmente refletem idéias e aspirações humanas. Eles crêem que as Escrituras são o produto de gênios religiosos que foram influenciados — não pela inspiração do Espírito Santo — mas pela cultura de seu tempo. Como faremos notar, o conceito de inspiração conceitual ou inerrância limitada está em equilíbrio, numa posição moderada entre esses dois conceitos extremos.
—> A Escritura como Divina e Humana
A perspectiva dos que defendem a inspiração conceitual da Bíblia baseia-se em dois importantes versos: “Toda Escritura é inspirada por Deus” (2Tm.3:16) e “Nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (2Pd.1:21). Estes versos realçam o caráter divino-humano da Bíblia. As mensagens dos autores bíblicos originaram-se com Deus, mas foram expressas em linguagem humana, refletindo a base cultural e educacional dos escritores.
Devemos rejeitar as errôneas posições mantidas pelos inerrantistas bíblicos, por um lado, e pelos críticos liberais, por outro. Em vez disso, sustentam um ponto de vista equilibrado da Bíblia, baseados em seu testemunho (2Tm.3:16/1Pd.1:21) com respeito a seu caráter divino-humano. Os aspectos divino-humanos da Bíblia são misteriosamente fundidos, algo similar à união divino-humana da natureza de Cristo.
—> A Humanidade da Bíblia
A humanidade da Bíblia pode ser vista, por exemplo, no uso do grego koine, que era a língua do mercado, antes que da literatura clássica. É evidente também no pobre estilo literário de tais livros como o Apocalipse, que tem um vocabulário limitado e alguns erros gramaticais. Aparece no uso de tradições orais por homens como Lucas, ou de registros escritos pelos autores de Reis e Crônicas. É também refletido na expressão de emoções humanas em lugares como o Salmo 137 que descreve o sentimento dos cativos hebreus em Babilônia, dizendo: “Filha de Babilônia, que hás de ser destruída. (…) Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra”! (Sl.137:8–9). Tal linguagem violenta expressa emoções humanas de profunda mágoa, antes que o divino amor por amigos e inimigos.
—> A Divindade da Bíblia
A divindade da Bíblia é sugerida pela unidade subjacente aos ensinos da Bíblia. Cerca de 40 autores escreveram 66 livros ao longo de 1600 anos, contudo todos compartilham o mesmo ponto de vista da criação, redenção e restauração final. Somente a inspiração divina poderia assegurar a unidade temática subjacente da Bíblia ao longo de séculos de sua composição.
Outra indicação do divino caráter da Bíblia é seu impacto sobre vidas e sociedades humanas. A Bíblia superou o ceticismo, preconceito e perseguição do mundo romano. Têm transformado os valores sociais e práticas de sociedades que abraçaram os seus ensinos. Tem atribuído novo valor à vida, um senso de valor ao indivíduo, uma nova condição às mulheres e escravos, derribado discriminações sociais e raciais, dado uma razão para viver, amar e servir a incontáveis milhões de pessoas.
O divino caráter da Bíblia é também indicado por seu maravilhoso conceito de Deus, da criação, redenção, natureza e destino humanos.. Tais elevados conceitos são estranhos aos livros sagrados das religiões pagãs. Por exemplo, nos mitos da criação do Oriente Próximo, o descanso divino é geralmente alcançado, seja por eliminar deuses perturbadores ou por criar a humanidade.
No sábado da criação, contudo, o divino repouso é assegurado não por subordinar ou destruir competidores, nem por explorar o trabalho da humanidade, mas pelo completar de uma perfeita criação. Deus descansou no sétimo dia porque Seu trabalho estava “terminado… feito” (Gn.2:2–3). Ele cessou de fazer para expressar Seu desejo de estar com a Sua criação, por dar a Suas criaturas não somente coisas, mas a Si mesmo. Tal conceito maravilhoso de Deus, que entrou no tempo humano por ocasião da criação e na carne humana em função da encarnação a fim de fazer-se “Emanuel — Deus Conosco”, não se acha nas religiões pagãs, onde os deuses tipicamente compartilham das falhas humanas.
A admirável natureza da Bíblia é também indicada por sua miraculosa preservação ao longo da história, a despeito de incansáveis esforços de destruí-la. Anteriormente mencionamos as tentativas passadas de suprimir a Bíblia, pelos imperadores romanos, reis cristãos, e regimes comunistas. A despeito das deliberadas tentativas de destruir a Bíblia, seu texto nos veio substancialmente inalterado. Alguns dos mais antigos manuscritos nos levam para mais perto da composição dos originais. Revelam a impressionante exatidão do texto que tem chegado até nós. Podemos ser confiantes de que nossas Bíblias são versões confiáveis das mensagens originais.
Por fim, a validade da Bíblia é comprovada por considerações conceituais e existenciais. Conceitualmente, a Bíblia propicia uma explicação razoável de nossa situação humana e da solução divina para nossos problemas. Existencialmente, os ensinos da Bíblia dão significado a nossa existência e nos oferece razões para viver, amar e servir. Mediante eles podemos experimentar as ricas bênçãos da salvação.
OBJEÇÕES À INERRÂNCIA
Há cinco principais razões pelas quais não devemos adotar a doutrina da inerrância bíblica.
1 — Primeiramente que os autores bíblicos foram os redatores de Deus, e não a pena do Espírito Santo. Eles estavam plenamente envolvidos na produção de seus escritos. Alguns deles, como Lucas, reuniram as informações entrevistando testemunhas visuais do ministério de Cristo (Lc.1:1–3). Outros, como os autores de Reis e Crônicas, fizeram uso de registros históricos que lhes estavam disponíveis. O fato de que tanto os escritores e suas fontes eram humanos, torna-se irreal insistir em que não há declarações inexatas na Bíblia.
2 — Em segundo lugar, as tentativas dos inerrantistas em conciliar as diferenças entre as descrições bíblicas do mesmo evento, amiúde resulta em interpretações distorcidas e rebuscadas da Bíblia. Por exemplo, alguns tentam conciliar os divergentes relatos da negação de Pedro a Jesus com relação ao cantar do galo propondo que Pedro negou a Jesus um total de seis vezes! Tais especulações gratuitas podem ser evitadas por simplesmente aceitar a existência de pequenas e insignificantes discrepâncias factuais nos relatos dos Evangelhos quanto à negação de Pedro.
3 — Em terceiro lugar, por basear a confiabilidade e infalibilidade da Bíblia na exatidão de seus detalhes, a doutrina da inerrância ignora que a principal função da Escritura é revelar o plano de Deus para a nossa salvação. A Bíblia não tem intenção de suprir-nos com informações geográficas, históricas ou culturais precisas, mas revelar-nos como Deus nos criou perfeitamente, remiu-nos completamente, e por fim nos restaurará.
4 — Em quarto lugar, a doutrina da inerrância bíblica é carente de apoio bíblico. Em parte alguma os autores bíblicos reivindicam que suas declarações sejam inerrantes. Tal conceito tem sido deduzido a partir da idéia da inspiração divina. Presume-se que, sendo a Bíblia divinamente inspirada, deve também ser inerrante. Todavia, a Bíblia nunca faz a equivalência de inspiração com inerrância. A natureza da Bíblia deve ser definida indutivamente, ou seja, considerando-se todos os dados propiciados pela própria Bíblia, antes que dedutivamente, ou seja, por tirar conclusões de premissas subjetivas. Uma análise indutiva das discrepâncias existentes na Bíblia não apóia o ponto de vista de inerrância absoluta.
5 — Uma razão final para a rejeição da inerrância absoluta, no caso dos adventistas, são os ensinos de Ellen White, e o exemplo da produção de seus escritos. Ela claramente reconhece o papel humano na produção da Bíblia. Escreveu ela:
Ellen White reconheceu a presença de discrepâncias ou inexatidões na produção da Bíblia e na transmissão de seu texto:
OBS.: Os adventistas consideram os escritos de Ellen White como possuindo inspiração conceitual, não verbal. Inclusive, ela mesma não rogava para seus escritos o grau de inerrância.
A controvérsia entre os inerrantistas e os liberais, faz com que a Bíblia seja atacada hoje por amigos e inimigos. O pêndulo está se movendo para ambos os extremos. Por um lado, os críticos liberais reduzem a Bíblia a um livro estritamente humano contendo erros e isento de revelações sobrenaturais e manifestações milagrosas. Tratam a Bíblia estritamente como uma produção literária humana. Por outro lado, alguns evangélicos conservadores elevam a Bíblia a um nível tão divino que passam por alto a dimensão humana da Escritura. Afirmam que a Bíblia é absolutamente sem erro em todas as suas referências que tratam de história, geografia, cronologia, cosmologia, ciência, e assim por diante.
Por fim, tanto as posições de errância quanto de inerrância são pontos de vista extremos, heréticos que solapam a autoridade da Bíblia por torná-la, ou demasiada humana ou demasiada divina. A solução para essas posições extremadas se acha na palavra-chave “equilíbrio” — um equilíbrio que reconhece tanto o caráter divino quanto humano da Bíblia. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem historicamente mantido uma visão equilibrada da Bíblia por reconhecer tanto seu caráter divino quanto humano. Muito do crédito para isso deve-se à direção profética de Ellen White.
Em suma, a Bíblia é o produto de uma misteriosa combinação da participação divina e humana. A fonte é divina, os escritores são humanos, e os escritos contêm pensamentos divinos em linguagem humana. Esta combinação singular nos oferece uma revelação digna de confiança e infalível da vontade e plano de Deus para nossa vida presente e destino futuro. Como declarado na primeira das crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia, “As Sagradas Escrituras são a revelação infalível de Sua vontade. São o padrão do caráter, o teste da experiência, a autoridade reveladora de doutrinas e o registro digno de confiança dos atos de Deus na história”.
1 — Primeiramente que os autores bíblicos foram os redatores de Deus, e não a pena do Espírito Santo. Eles estavam plenamente envolvidos na produção de seus escritos. Alguns deles, como Lucas, reuniram as informações entrevistando testemunhas visuais do ministério de Cristo (Lc.1:1–3). Outros, como os autores de Reis e Crônicas, fizeram uso de registros históricos que lhes estavam disponíveis. O fato de que tanto os escritores e suas fontes eram humanos, torna-se irreal insistir em que não há declarações inexatas na Bíblia.
2 — Em segundo lugar, as tentativas dos inerrantistas em conciliar as diferenças entre as descrições bíblicas do mesmo evento, amiúde resulta em interpretações distorcidas e rebuscadas da Bíblia. Por exemplo, alguns tentam conciliar os divergentes relatos da negação de Pedro a Jesus com relação ao cantar do galo propondo que Pedro negou a Jesus um total de seis vezes! Tais especulações gratuitas podem ser evitadas por simplesmente aceitar a existência de pequenas e insignificantes discrepâncias factuais nos relatos dos Evangelhos quanto à negação de Pedro.
3 — Em terceiro lugar, por basear a confiabilidade e infalibilidade da Bíblia na exatidão de seus detalhes, a doutrina da inerrância ignora que a principal função da Escritura é revelar o plano de Deus para a nossa salvação. A Bíblia não tem intenção de suprir-nos com informações geográficas, históricas ou culturais precisas, mas revelar-nos como Deus nos criou perfeitamente, remiu-nos completamente, e por fim nos restaurará.
4 — Em quarto lugar, a doutrina da inerrância bíblica é carente de apoio bíblico. Em parte alguma os autores bíblicos reivindicam que suas declarações sejam inerrantes. Tal conceito tem sido deduzido a partir da idéia da inspiração divina. Presume-se que, sendo a Bíblia divinamente inspirada, deve também ser inerrante. Todavia, a Bíblia nunca faz a equivalência de inspiração com inerrância. A natureza da Bíblia deve ser definida indutivamente, ou seja, considerando-se todos os dados propiciados pela própria Bíblia, antes que dedutivamente, ou seja, por tirar conclusões de premissas subjetivas. Uma análise indutiva das discrepâncias existentes na Bíblia não apóia o ponto de vista de inerrância absoluta.
5 — Uma razão final para a rejeição da inerrância absoluta, no caso dos adventistas, são os ensinos de Ellen White, e o exemplo da produção de seus escritos. Ela claramente reconhece o papel humano na produção da Bíblia. Escreveu ela:
- “A Bíblia aponta a Deus como seu autor, contudo foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus diferentes livros apresenta as características dos vários autores. As verdades reveladas são todas dadas por inspiração de Deus (2 Tim. 3:16); contudo são todas expressas nas palavras dos homens. O Infinito por Seu Espírito Santo derramou luz nas mentes e corações de Seus servos”. — Em “Selected Messages”, (Washington, D.C., 1958), book 1, p. 21.
- “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que foram inspirados. A inspiração não atua nas palavras do homem, ou suas expressões, mas no próprio homem, que, sob a influência do Espírito Santo, é imbuído com os pensamentos”. — Idem.
Ellen White reconheceu a presença de discrepâncias ou inexatidões na produção da Bíblia e na transmissão de seu texto:
- “Alguns nos encaram seriamente e dizem, ‘Não acha que poderia ter havido alguns erros nos copistas ou tradutores?’ Isso é muito provável. (…) todos os erros não causarão perturbação a uma alma, ou levarão quaisquer pés a tropeçarem, que não manufaturarem dificuldades das verdades mais claramente reveladas”. — Idem, p. 16.
“Nem sempre ocorre perfeita ordem ou unidade aparente na Escritura”. — Idem, p. 20.
OBS.: Os adventistas consideram os escritos de Ellen White como possuindo inspiração conceitual, não verbal. Inclusive, ela mesma não rogava para seus escritos o grau de inerrância.
CONCLUSÃO
A controvérsia entre os inerrantistas e os liberais, faz com que a Bíblia seja atacada hoje por amigos e inimigos. O pêndulo está se movendo para ambos os extremos. Por um lado, os críticos liberais reduzem a Bíblia a um livro estritamente humano contendo erros e isento de revelações sobrenaturais e manifestações milagrosas. Tratam a Bíblia estritamente como uma produção literária humana. Por outro lado, alguns evangélicos conservadores elevam a Bíblia a um nível tão divino que passam por alto a dimensão humana da Escritura. Afirmam que a Bíblia é absolutamente sem erro em todas as suas referências que tratam de história, geografia, cronologia, cosmologia, ciência, e assim por diante.
Por fim, tanto as posições de errância quanto de inerrância são pontos de vista extremos, heréticos que solapam a autoridade da Bíblia por torná-la, ou demasiada humana ou demasiada divina. A solução para essas posições extremadas se acha na palavra-chave “equilíbrio” — um equilíbrio que reconhece tanto o caráter divino quanto humano da Bíblia. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem historicamente mantido uma visão equilibrada da Bíblia por reconhecer tanto seu caráter divino quanto humano. Muito do crédito para isso deve-se à direção profética de Ellen White.
Em suma, a Bíblia é o produto de uma misteriosa combinação da participação divina e humana. A fonte é divina, os escritores são humanos, e os escritos contêm pensamentos divinos em linguagem humana. Esta combinação singular nos oferece uma revelação digna de confiança e infalível da vontade e plano de Deus para nossa vida presente e destino futuro. Como declarado na primeira das crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia, “As Sagradas Escrituras são a revelação infalível de Sua vontade. São o padrão do caráter, o teste da experiência, a autoridade reveladora de doutrinas e o registro digno de confiança dos atos de Deus na história”.
Fonte: Artigo “Inerrância Bíblica”. Adaptado.
Só para enrriquecer mais o conteúdo...
A Biblia é a Inspiração de Deus, ela foi "soprada" pelo Senhor. A Bíblia, na verdade é respirada por Deus e aspirada pelo homem. O homem ganha vida com o hálito de Deus.
O plano original de Deus não era dar ao homem a sua palavra de forma escrita. Os anjos eram os ensinadores dos homens. Adão e Eva eram visitados livremente por Deus e os anjos, porém com a entrada do pecado esta livre comunhão foi interrompida.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 21)
“Ninguém que possua este tesouro é pobre e abandonado. Quando o vacilante peregrino avança, para o chamado “vale da sombra e da morte”, não teme penetrá-lo. Ele toma o bastão e o cajado da Escritura em sua mão e diz ao amigo e companheiro: ‘Adeus até nos encontrarmos novamente.’ E confortado por aquele apoio, segue o trilho solitário como quem caminha das trevas para a luz.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 4)
“Este livro contém a mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a felicidade dos crentes. As suas doutrinas são santas, os seus preceitos são obrigatórios, as suas histórias são verídicas, as suas decisões imutáveis. … Ele é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado, a carta magna do cristão. Nele o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno desmascaradas. Cristo é seu único assunto; o nosso bem é o seu desígnio e a glória de Deus é o seu fim. Ele deve encher a memória, reinar no coração e guiar os pés. …É nos oferecido na vida presente, será o código de lei do Juízo Final e o único a permanecer na Biblioteca da eternidade.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 41)
Não se deve adorar o Livro, mas sim, o Jesus contido nele. Pois a Bíblia é a palavra de Deus e o ser humano deve lembrar que Deus pode ter outras palavras para outros mundos mas, para este mundo a Palavra de Deus é Jesus.
A Biblia é a Inspiração de Deus, ela foi "soprada" pelo Senhor. A Bíblia, na verdade é respirada por Deus e aspirada pelo homem. O homem ganha vida com o hálito de Deus.
O plano original de Deus não era dar ao homem a sua palavra de forma escrita. Os anjos eram os ensinadores dos homens. Adão e Eva eram visitados livremente por Deus e os anjos, porém com a entrada do pecado esta livre comunhão foi interrompida.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 21)
“Ninguém que possua este tesouro é pobre e abandonado. Quando o vacilante peregrino avança, para o chamado “vale da sombra e da morte”, não teme penetrá-lo. Ele toma o bastão e o cajado da Escritura em sua mão e diz ao amigo e companheiro: ‘Adeus até nos encontrarmos novamente.’ E confortado por aquele apoio, segue o trilho solitário como quem caminha das trevas para a luz.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 4)
“Este livro contém a mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a felicidade dos crentes. As suas doutrinas são santas, os seus preceitos são obrigatórios, as suas histórias são verídicas, as suas decisões imutáveis. … Ele é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado, a carta magna do cristão. Nele o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno desmascaradas. Cristo é seu único assunto; o nosso bem é o seu desígnio e a glória de Deus é o seu fim. Ele deve encher a memória, reinar no coração e guiar os pés. …É nos oferecido na vida presente, será o código de lei do Juízo Final e o único a permanecer na Biblioteca da eternidade.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 41)
Não se deve adorar o Livro, mas sim, o Jesus contido nele. Pois a Bíblia é a palavra de Deus e o ser humano deve lembrar que Deus pode ter outras palavras para outros mundos mas, para este mundo a Palavra de Deus é Jesus.
Carlstadt- Administrador
- Mensagens : 1031
Idade : 48
Inscrição : 19/04/2008
Tópicos semelhantes
» Simbologia bíblica
» Princípios de Interpretação Bíblica
» Ataques a arqueologia bíblica
» Aborto: Uma Perspectiva Bíblica
» Aborto: Uma Perspectiva Bíblica
» Princípios de Interpretação Bíblica
» Ataques a arqueologia bíblica
» Aborto: Uma Perspectiva Bíblica
» Aborto: Uma Perspectiva Bíblica
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Dom Fev 19, 2017 7:48 pm por Augusto
» Acordem adventistas...
Ter Fev 07, 2017 8:37 pm por Augusto
» O que Vestir Para Ir à Igreja?
Qui Dez 01, 2016 7:46 pm por Augusto
» Ir para o céu?
Qui Nov 17, 2016 7:40 pm por Augusto
» Chat do Forum
Sáb Ago 27, 2016 10:51 pm por Edgardst
» TV Novo Tempo...
Qua Ago 24, 2016 8:40 pm por Augusto
» Lutas de MMA são usadas como estratégia por Igreja Evangélica para atrair mais fiéis
Dom Ago 21, 2016 10:12 am por Augusto
» Lew Wallace, autor do célebre livro «Ben-Hur», converteu-se quando o escrevia
Seg Ago 15, 2016 7:00 pm por Eduardo
» Ex-pastor evangélico é batizado no Pará
Qua Jul 27, 2016 10:00 am por Eduardo
» Citações de Ellen White sobre a Vida em Outros Planetas Não Caídos em Pecado
Ter Jul 26, 2016 9:29 pm por Eduardo
» Viagem ao Sobrenatural - Roger Morneau
Dom Jul 24, 2016 6:52 pm por Eduardo
» As aparições de Jesus após sua morte não poderiam ter sido alucinações?
Sáb Jul 23, 2016 4:04 pm por Eduardo