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Darwin por ele mesmo: os órgãos rudimentares
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01052010
Darwin por ele mesmo: os órgãos rudimentares
Darwin por ele mesmo: os órgãos rudimentares
Não é de hoje que os darwinistas fazem menção dos chamados “órgãos vestigiais” como prova da evolução; todavia, como bem escreve Michael Behe, o argumento não convence. E ele explica o porquê: "o fato de não termos ainda descoberto um uso para uma determinada estrutura não implica que esse uso não exista. As amígdalas foram outrora consideradas órgãos inúteis, embora uma função importante na imunidade tenha sido descoberta para elas. A pélvis da píton poderia estar fazendo alguma coisa útil que ignoramos. Esse argumento aplica-se também em escala molecular: os pseudogenes da hemoglobina e outros pseudogenes, embora não sejam usados para fabricar proteínas, talvez sejam utilizados para outras coisas que ainda não sabemos quais são”.
Além das amígdalas, outro órgão que há muito serviu de muleta para os ultradarwinistas como prova de Evolução foi o apêndice; no entanto, recentemente a Sociedade Brasileira de Parasitologia divulgou uma notícia na qual afirma terem encontrado uma função para este órgão: Cientistas dizem ter encontrado função do apêndiceSegundo estudo realizado na Duke University Medical School e publicado na revista Journal of Theoretical Biology, ele produz e protege os germes "bons" que atuam no intestino.
Os pesquisadores afirmam que a função do apêndice parece estar relacionada com a população de bactérias que habita e ajuda o sistema digestivo.
- O apêndice age como uma casa segura para esses microorganismos - afirmou Bill Parker, co-autor do estudo, à CNN.
Segundo o pesquisador, o apêndice também funciona como uma fábrica de bactérias, cultivando os germes "bons". Esta característica, no entanto, não é mais necessária em uma sociedade moderna e industrializada, de acordo com Parker.
- Se a flora intestinal de uma pessoa morre, ela pode ser repovoada facilmente adquirindo germes de outras pessoas - explicou o pesquisador. - Mas em tempos passados, quando epidemias de cólera eram freqüentes e a população era menor, o apêndice tinha sua função.
Há gerações o apêndice tem sido considerado uma parte supérflua do corpo humano, fazendo com que ele seja rotineiramente retirado, pois, quando inflamado, pode levar a pessoa à morte. De acordo com o Centro de Controle e Prevenções de Doenças dos EUA, 321 mil americanos foram internados com apendicite há dois anos.
Bem, tal argumento também fora muito bem aproveitado por Charles Darwin como uma verdadeira "prova" da MACROevolução gradualista. A seguir, vão alguns textos extraídos do seu livro menos conhecido “A Origem do Homem e a Seleção Sexual”, publicado Pela Hemus Editora em idioma português, com os quais ele trata da questão. Vejamos...
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“Órgãos rudimentares — Este assunto, embora não intrinsecamente mais importante do que os anteriores, aqui será tratado mais amplamente, por muitas razões. Não se pode citar nenhum animal superior que não possua algum órgão num estágio rudimentar; e o homem não é exceção da regra.
Os órgãos rudimentares distinguem-se daqueles em formação, ainda que em alguns casos a distinção não seja fácil. Os primeiros, ou estão completamente fora de uso — como as mamas dos quadrúmanos machos ou os incisivos dos ruminantes que não penetram mais as gengivas — ou são de uma utilidade tão irrisória para os seus atuais possuidores, a ponto de com dificuldade fazerem crer que se tenham desenvolvido nas condições presentes.
Nesta última condição os órgãos não são estritamente rudimentares, mas tendem para esta direção. Por outro lado os órgãos nascentes, embora ainda não completamente desenvolvidos, são muito úteis para quem os possui e são suscetíveis de ulterior desenvolvimento.
Os órgãos rudimentares são altamente variáveis. Isto é em parte compreensível, porquanto são inúteis ou quase inúteis e conseqüentemente não estão ulteriormente sujeitos à seleção natural. Depois muitas vezes se suprimem completamente; contudo, quando isto acontece, podem ocasionalmente reaparecer por reversão — fato este digno de atenção.
Os motivos principais que fizeram com que os órgãos se tornassem rudimentares parecem ter sido o não-uso naquele período da vida em que o órgão é sobretudo usado (o que sucede em geral durante a maturidade) bem como a herança num período correspondente da vida.
[...]
Em muitas partes do corpo humano foram observados rudimentos de diversos músculos; e não poucos músculos, que regularmente estão presentes em alguns animais inferiores, podem às vezes aparecer no homem de forma muito reduzida. Cada um de nós tem observado a faculdade própria de muitos animais, em particular dos cavalos, de mover ou de contrair a pele, mediante o panniculus carnosus. Resíduos deste músculo se encontram em estado eficiente em várias partes do nosso corpo; por exemplo, o músculo da testa com o qual se levantam as pálpebras.
[...]
Aqueles que acreditam no princípio da evolução gradativa não admitirão de súbito que na sua for¬ma presente o sentido do olfato seja apanágio do homem desde as origens, conforme o é presentemente. Numa forma enfraquecida e assaz rudimentar o homem herdou esta faculdade de algum antepassado distante, ao qual fora muito útil e que era por ele continuamente usada.
[...]
O sistema uro-genital apresenta várias estruturas rudimentares, mas por um aspecto importante estas diferem dos casos anteriores. Neste caso não se trata do resíduo de uma parte, que não pertence à espécie em nível eficiente, mas de uma parte que num sexo é eficiente, ao passo que no outro não constitui senão um mero rudimento. Não obstante isto, como nos casos anteriores, a presença destes rudimentos é igualmente difícil de se explicar com a teoria da criação se parada de cada uma das espécies.
[...]
A esta altura desejo dar somente alguns exemplos destes rudimentos. É sobejamente sabido que nos machos de todos os mamíferos, inclusive o homem, encontram-se mamas rudimentares. Em alguns casos estas se desenvolveram bem e têm emitido uma copiosa quantidade de leite. A identidade essencial nos dois sexos é igualmente revelada pela extensão da simpatia em ambos durante o ataque de sarampo.
A vesícula prostatica observada em muitos mamíferos machos agora por toda parte é conhecida como homóloga ao útero feminino, junto com o canal conexo. É impossível ler a notável descrição deste órgão feita por Leuckart e a sua argumentação, sem que se reconheçam o acerto das conclusões. Isto é particularmente claro no caso dos mamíferos em que o verdadeiro e próprio útero feminino se bifurca, de vez que nos machos a vesícula se bifurca também. Aqui poderiam ser acrescentadas algumas outras estruturas rudimentares próprias do sistema reprodutivo .
[...]
Para poder compreender a existência de órgãos rudimentares supusemos somente que antepassados primitivos deviam possuir as partes em questão num estado perfeito e que, com a mudança dos costumes de vida, estas se foram gradativamente reduzindo, seja pelo simples não-uso, seja pela seleção natural daqueles indivíduos menos carregados de partes supérfluas, com o concurso de outros agentes anteriormente indicados” (p. 15-38).
[...]
“Estes diversos casos de reversão estão em relação tão estreita com aqueles dos órgãos rudimentares mencionados no primeiro capítulo, que muitos deles poderiam ter sido introduzidos cá e lá de maneira indiferente. Assim, um útero humano provido de chifres se pode dizer que representa, num estado rudimentar, o mesmo órgão de certos mamíferos numa condição normal. Algumas partes que no homem são rudimentares, como o cóccix em ambos os sexos e as mamas no sexo masculino, estão sempre presentes; ao passo que outras, como o furo supracondilóide, só aparecem, ocasionalmente e por esta razão poderiam ser introduzidos no parágrafo da involução. Estas diversas estruturas reversíveis, como aquelas estreitamente rudimentares, revelam de modo indiscutível a descendência do homem de formas inferiores” (p. 57).
É isso!
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Fonte:
Charles Darwin. “A Origem do Homem e a Selação Sexual”. Tradução: Attílio Cancian e Eduardo Nunes Fonseca. Hemum, Livraria Editora LTDA. São Paulo, 1974.
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