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Em nossa cultura ocidental, espiritualidade é sinônimo de opção de conforto, não de racionalidade. Existe até mesmo um falso dilema entre escolher entre crer e viver inteligentemente. Em grande parte, essa atitude cética se reflete na produção cultural dos meios de comunicação em massa. Para fins práticos, adotaremos a definição de ceticismo dada pelo dicionário Houaiss: “doutrina segundo a qual o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de dúvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do real.”

Tendo em mente a onda crescente de ceticismo citaremos exemplos de filmes e seriados recentes que promovem o ceticismo aberto como a única atitude intelectualmente aceitável ou desabonam, ainda que de forma inconsciente, a fé, reduzindo seu papel à dimensão privativa.

Em 2009 foi filmada uma nova versão do clássico detetive Sherlocke Holmes, criado por Sir Arthur Conan Doyle. A nova versão do detetive agora era uma espécie de cientistas Dante, que passava noites insones em experimentos musicais com insetos e se metia em lutas de rua para testar suas técnicas de Kung Fu. Mas perpassa todo o roteiro a luta intrínseca entre o empirismo de Holmes e a falsa religião, representada no filme por uma seita (de certa forma, trata-se de caricaturizar a maçonaria). A alegação do líder da seita de realizar milagres não passa de uso de uma má ciência, apoiada na ignorância dos seus seguidores.

Na série The Mentalist, Patrick Jane é um ilusionista treinado na adolescência pelo pai vigarista. Ele se aproveite de seu carisma e poder de observação para iludir as pessoas. Em um programa de televisão, dá uma declaração que irrita o serial killer conhecido como Red John. Para se vingar, o assassino invade sua casa e mata a mulher e a filha de Jane. Depois de superar o trauma, ele se une à agência de investigação ACI na esperança de acertar as contas com Red John.

Em Seeing red (sétimo episódio da primeira temporada), surge uma vidente (Kristina Frye) que avisa sua cliente de que ela corria perigo de vida. Apesar de ser tratada como suspeita, a investigadora Van Pelt (retratada como romântica e ingênua em boa parte do tempo) levanta a hipótese de que talvez Frye seja o que alega ser: uma autêntica vidente. Patrick Jane a critica. “Van Pelt tem direito à sua opinião”, rebate a chefe dos investigadores, a detetive Lisbon. “Não se estiver errada. É como crer no coelhinho da Páscoa”, retruca Jane.

No seriado Lie to me, no qual uma equipe de investigadores independentes detecta mentiras pelo estudo científico de expressões faciais, ocorre a inserção de uma referência ao darwinismo como um fato inquestionável no segundo episódio da primeira temporada. Ria Torres, a nova assistente do Dr. Lightman pergunta se ele acha que ela, por ser mulher, acredita na oficial do exército que alega ter sido estuprada por um superior. Lightman afirma: “Eu, Darwin, e 200 anos de biologia evolutiva.”

Novamente em The Mentalist encontramos algo similar. No episódio red rum (o décimo segundo da primeira temporada), Patrick Jane declara fortuitamente: “A vida é uma em um milhão. O universo é uma grande coincidência. Coincidências cosmicamente improváveis que acontecem o tempo todo. Apenas não as notamos.”

Dexter, outra série citada anteriormente no
blog, contém comentários com doses de sarcasmo e ceticismo quase em mesma medida. Em “Crocodilo” (o segundo da primeira temporada), o psicopata Dexter prepare-se para assassinar outra vítima quando diz a si mesmo: “Se Deus está nos detalhes, se acreditasse em Deus, ele estaria nessa sala comigo.”

Embora mais sutil, The Mentalist também endossa que a religião sirva para dar “esperança e significado” à vida, nas palavras de Tamzim Dove, uma bruxa charlatã (red rum) ou como admite o próprio Patrick Jane, comparando sua função de consultor da ACI com a vida que teve: “Fazia mais bem quando vidente. Dava esperança às pessoas. Esperança falsa, mas era esperança.” (em redemption, primeiro episódio da segunda temporada).

Até na popular CSI:investigação criminal, fica patente a visão do desalento cósmico a que a humanidade está submetida: o episódio Estrelas Cadentes (quarto da sexta temporada) termina com Grissom conversando com uma jovem que assassinou os membros de sua seita, acreditando que eles teriam liberdade de seus corpos. Quando ela lhe pergunta se ele acreditava em alguma entidade cósmica, o investigador responde que se existem seres superiores eles seriam inteligentes o suficiente para não se envolverem com o homem!

A posição de alguns seriados é tão evidente que eles acabam conhecidos pelo seu ateísmo engajado. É o caso de Dr. House, considerada uma das melhores na atualidade. Ela trata de um médico rabugento que resolve com sua equipe casos de doenças raras. Não à toa, o criador da série é um advogado ateu de ascendência judaica…

Claro que, em alguns casos, o discurso de ateísmo acaba traindo a usual arrogância e descamba para admissão de que o ceticismo não é uma certeza concorrente à religião – mas uma incerteza generalizada! Isso ocorre no diálogo curioso do episódio piloto de The Mentalist. Já indignada com seu colega cético, a investigadora Van Pelt desabafa: “O reino de Deus é um lugar real, Sr. Jane, e você tem uma alma imortal.” “Espero muito que esteja errada”, é o máximo que ele consegue dizer. No fundo, temos aqui uma resposta muito sugestiva: já que o ceticismo não tem certeza de nada, cabe-lhe a expectativa de que a fé esteja equivocada, embora ele não tenha base para arcar com o ônus da prova – de qualquer prova!


Postado por douglas reis às 15:02 0 comentários
Fonte: CETICISMO EM SÉRIE
Eduardo
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