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Mensagem por Atalaia Qui maio 06, 2010 7:17 pm

Por Reinder Bruinsma

Lembro-me vividamente de quando o pastor disse à nossa congregação que o número de membros da igreja mundial tinha passado a marca de um milhão! Isso foi há cerca de 50 anos. Foi necessário pouco mais que um século para alcançar esse marco. Hoje, o número de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia é de aproximadamente dezesseis milhões. Se as tendências atuais continuarem, as estatísticas denominacionais nos informam que, em mais quinze anos, ou algo assim, poderemos chegar a cinquenta milhões de adventistas no mundo.

Realmente, o Adventismo tem uma linda história de sucesso. Quem duvidou disso e assistiu a uma assembleia da Associação Geral ficou convencido para sempre da vitalidade e da vibração da Igreja Adventista. Os que regularmente leem as revistas denominacionais, como a Revista Adventista e a Adventist World, e têm o hábito de visitar o web site de notícias da Associação Geral ou que sintonizam a TV Novo Tempo (ou
Hope Channel), não deixam de ficar impressionados com o crescimento sem precedentes da igreja em muitas regiões do mundo. As fotos dos batismos em massa, as crescentes estatísticas e as fantásticas histórias do avanço contínuo ficarão gravadas na mente!

Essa, porém, não é a história completa. O progresso adventista tem outro lado. Deixe-me explicar.

Onde Somos Poucos ou Muito Poucos


Cresci num vilarejo da região noroeste da Holanda. Nossa família eram os únicos adventistas de nossa comunidade de 1.500 pessoas. Frequentávamos uma pequena igreja adventista numa cidade vizinha, onde menos de vinte membros se reuniam para nosso simples culto semanal, e onde o grupo de jovens era formado por minha irmã e eu.

Foi assim que minha vida como membro da Igreja Adventista começou. A igreja no país inteiro, na época, tinha menos de três mil membros. Durante os últimos anos de minha carreira denominacional, servi como líder da União Holandesa. Fui presidente da igreja com pouco menos de cinco mil pessoas em um país com dezesseis milhões de habitantes.

Ser um adventista isolado requer escolha constante e ponderada.

Em meus contatos internacionais, sempre fui tratado com muita cortesia, mas, de quando em quando, alguns dos meus companheiros presidentes, com muito tato, me informavam que em suas uniões eles tinham em apenas uma igreja o mesmo número de membros de minha união inteira! Para dar a perspectiva completa, devo acrescentar que a situação da Holanda, com seu crescimento limitado, é até positiva, se comparada com outros lugares; mas a triste realidade é que algumas áreas do mundo ocidental experimentam crescimento zero ou até negativo.

Deixe-me levá-lo para alguns lugares onde o crescimento é difícil e os números não são tão bons. Vou me limitar a três áreas do mundo com as quais estou familiarizado, devido ao meu trabalho como missionário entre os anos 1980 e 1990.

Egito
Vamos ver primeiro o Egito, com 81 milhões de habitantes, um dos países mais populosos do continente africano. O número de membros da igreja no Egito, oficialmente, permanece em pouco mais de oitocentos, em dezenove igrejas. Isso representa o resultado de mais de um século de presença contínua de missionários. Com o tempo, a igreja já desenvolveu uma infraestrutura significativa. É verdade que alguns dos membros egípcios migraram para lugares em que é mais fácil viver como cristãos adventistas. Desse modo, há mais adventistas egípcios fora do país do que dentro dele, mas em termos de números, há muito pouco de que se gabar.

Paquistão
Vejamos outro exemplo, na Ásia. A primeira vez em que colportores visitaram a área que hoje é o Paquistão foi em 1901, e um grupo inicial de crentes adventistas começou a se reunir em Karachi por volta de 1910. Hoje, o país tem cerca de 180 milhões de habitantes e 13 mil adventistas do sétimo dia. O trabalho evangelístico é severamente restringido e praticamente limitado aos dois a três por cento de não-muçulmanos, que geralmente são muito pobres e vivem em vilarejos separados, em guetos ou nos subúrbios das cidades, e muitos são analfabetos. Mesmo dirigindo uma instituição médica altamente respeitada em Karachi e uma importante instituição de ensino perto de Lahore, na parte central do país, a igreja tem um crescimento de membros muito lento.

Grécia
Meu terceiro exemplo é a Grécia. O cristianismo na Grécia tem uma longa e colorida história, mas tomou o formato quase que exclusivamente da tradição ortodoxa, que não é conhecida por sua flexibilidade e tolerância. Ali, também, as origens do adventismo local datam dos primeiros anos do século passado. Após mais de um século de trabalho árduo, a Missão Grega está mais ansiosa que nunca de evangelizar onze milhões de gregos dentro de suas fronteiras, mas o número continua baixo. As estatísticas indicam que havia 260 membros em 1975. Segundo os últimos dados disponíveis, o número de membros agora permanece em 501. O aumento, entretanto, se deve principalmente à migração de vários lugares, principalmente da Romênia, e não necessariamente à conquista de gregos nativos.

Que Significa Ser Adventista Quando Somos Poucos?
De forma alguma, quero sugerir que ser adventista é sempre fácil, desde que se viva num lugar em que os adventistas são relativamente numerosos. Mas, certamente, há grandes vantagens em pertencer a uma igreja que é conhecida e respeitada, desfrutar os serviços e a infraestrutura da igreja e receber as bênçãos de todos os tipos de encontros, seminários e outras atividades!

Como é ser adventista quando os números não são tão grandes? Como é para o indivíduo? O que significa para os líderes de uma igreja tão pequena e que está frequentemente lutando para manter sua unidade administrativa? Sei o que é crescer como adventista num ambiente hostil, ou, no máximo, indiferente às minhas crenças. Também sei, por experiência, o que é ser líder de uma pequena comunidade de fé, onde se vê pequeno crescimento e que quase não tem voz ativa na sociedade em que pretende operar.

Tenho viajado amplamente e me relacionado de perto com muitos crentes em muitos países, e creio que posso imaginar (pelo menos até certo ponto) quão desafiador deve ser viver como adventista no Cairo, como parte de um pequeno grupo de cristãos que não são apreciados pela maioria dos muçulmanos e geralmente odiados pelo clero da Igreja Cristã, que é mais estabelecida. Penso que posso imaginar um pouco do que deve ser converter-me ao adventismo em algum lugar no subúrbio de Karachi, tendo que lutar para conseguir alimentar minha família por guardar o sábado. E acho que posso imaginar até certo ponto a sensação de ser um membro de igreja na Grécia e ver que todo o esforço da missão permanece sem resultados visíveis.

O Que Fazemos Quando os Números Não São Altos?
Permita-me compartilhar algumas convicções que possam fornecer orientação e subsídio para ideias posteriores.

1. poucos nem sempre é coisa ruim. Encontrei-me, outro dia, com um importante membro de igreja da menor ilha do Caribe, onde cerca de 50 por cento da população é adventista. O quadro que ele pintou não foi de uma comunidade vibrante, que sempre deixa o tipo de impacto e nos faz orgulhosos. Para muitos, o adventismo é uma coisa cultural; é algo que “vem de família”. Isso me lembrou do fato de que ser adventista em isolamento requer escolha constante e ponderada; requer determinação e dedicação. E aqueles que estão mais isolados do que gostariam de estar deveriam ser confortados e fortalecidos pela ideia de ser parte do pequeno remanescente bíblico! Jesus mesmo lembrou-nos de que os números não são tudo (Mt 18:20) – Ele está mais interessado em espiritualidade e qualidade.

2. É uma grande bênção saber que somos parte de algo maior. Se há alguma coisa que os líderes da igreja, em qualquer nível, devem apoiar é a conscientização de que pertencemos à família de Deus, a qual não conhece barreiras geográficas, nacionais, culturais ou linguísticas. Deve ser feito mais para enfatizar que revistas, como a Adventist World, cheguem ao seu público-alvo, unindo esse movimento mundial. O crescente número de ofertas de material de inspiração pela internet adventista deve ser comunicado aos que vivem em isolamento. Além disso, visitas regulares de líderes e especialistas que possam treinar e inspirar fortalecerão o elo espiritual e mental com a comunidade adventista mundial. As bênçãos resultantes de saber que se é parte de algo maior e de sucesso são um incentivo e provam que vale a pena todo o investimento da igreja em esforços e recursos.

3. Uma das grandes coisas da Igreja Adventista do Sétimo Dia é a solidariedade internacional. Embora essa solidariedade às vezes sofra tensões, os adventistas cuidam um do outro. Eles doam grandes somas para as missões; apoiam projetos em todas as partes do mundo e participam de muitas viagens missionárias. A igreja mundial dispõe de substancial soma de dinheiro para o trabalho em lugares em que os resultados são muito lentos. Felizmente, a missão adventista não é conduzida apenas pelo custo-benefício e pelos números. Alguns dos maiores apoios financeiros (per capita) da Associação Geral vão para as menores divisões, onde os números não são tão bons e o resultado imediato será modesto.

4. Deve haver uma atitude imparcial e desejo verdadeiro de compreensão. Poucas coisas me irritavam e frustravam mais, durante os anos em que fui presidente de uma pequena união, do que a sutil ou não tão sutil sugestão de que a missão em meu país teria mais sucesso se simplesmente copiássemos os métodos que provaram ser bem sucedidos nas regiões do mundo onde houve um crescimento fenomenal quanto ao número de membros. As circunstâncias diferem grandemente de país para país e de cultura para cultura. Situações desafiadoras requerem planejamento criativo e cuidadoso, mas permitem experiências que sejam baseadas em valores espirituais. Nossos irmãos e líderes que testemunham e trabalham sob circunstâncias desafiadoras precisam sentir que estão habilitados a ser criativos e inovadores.

5. Somos uma comunidade mundial de oração. O que pode ser mais encorajador para alguém que vive em lugar isolado do que saber que hoje alguém está orando por você? Quando trabalhamos e oramos, deixamos o futuro e as taxas de crescimento da igreja nas capacitadas mãos de Deus, pois essa não é a sua ou a minha igreja: é a igreja de Deus. Gosto do lembrete inspirado de Ellen White de que devemos olhar para o quadro maior: “Conquanto muito do fruto de seus trabalhos não apareça nesta vida, os obreiros de Deus têm da parte dEle a firme promessa do êxito final.”*

Quando os Números Não São
Tão Bons


*Ellen G. White, Obreiros Evangélicos (Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, Brasil), p. 514.

Reinder Bruinsma, que foi administrador da igreja e hoje está jubilado, mora na Holanda. Ele gosta de escrever e dar aulas.
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