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Luz e Escolha  Pecado

Luz e Escolha

Postado por Jean R. Habkost on domingo, 22 de agosto de 2010
Não é verdade que a culpa é o resultado da escolha pessoal do indivíduo e não a conseqüência de seu nascimento como filho de Adão? Podemos nós fundamentar biblicamente o argumento de que pecado e culpa provêm da escolha, e não do fato de havermos nascido na família humana atingida pelos intrínsecos resultados do pecado? Observemos a evidência bíblica.

Em Romanos 7:7-9, Paulo fala sobre a lei e nosso relacionamento com ela. Ele diz: "De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da Lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a Lei não dissesse: 'Não cobiçarás'... Pois sem a Lei, o pecado está morto. Antes eu vivia sem Lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu e eu morri." Paulo diz aqui que sabemos o que é pecado por causa que a Lei no-lo diz, e que se nada sabemos da Lei, em realidade não possuímos conhecimento ou compreensão acerca do pecado. Ele vai mesmo mais longe ao dizer que sem a Lei o pecado está morto. Nós pecamos quando compreendemos a questão e fazemos escolhas contra Deus.

Em João 15:22 e 24, Jesus conversa com Seus discípulos pouco antes de Sua morte: "Se Eu não tivesse vindo e lhes falado, não seriam culpados de pecado; Agora, contudo, eles não têm desculpa para o seu pecado." "Se eu não tivesse realizado no meio deles obras que ninguém mais fez, eles não seriam culpados de pecado. Mas agora eles as viram e odiaram a Mim e a Meu Pai." Porque as pessoas agora sabiam sobre Jesus e o que Ele havia feito, eram responsáveis pelo modo como se referiam a Ele. Em razão de Sua vinda e do conhecimento que tinham, seriam culpados se O rejeitassem.

Em João 9:41, Jesus está respondendo a algumas críticas dos fariseus. Ele diz: "Se vocês fossem cegos, não seriam culpados de pecado; mas agora que dizem que podem ver, a culpa de vocês permanece." Ou seja, se vocês fossem verdadeiramente cegos, se vocês realmente não soubessem, não seriam culpados de pecado. Mas como dizem , nós vemos; portanto vocês são culpados de pecado.

Não fica claro que o pecado e a culpa estão intimamente ligados ao conhecimento, à compreensão e a luz que o indivíduo possui? Talvez o fator distintivo entre as duas colunas que usamos anteriormente (as quais nos auxiliaram a diferenciar entre o mal e a culpa), seja o termo bíblico luz. O que transforma o mal em culpa é a luz, o conhecimento, a compreensão, e as escolhas feitas na base dessa nova luz ou entendimento.

No livro de Tiago, vemos irradiada alguma luz sobre esse problema. Tiago 4:17 diz: "Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado." Aquele que tem conhecimento do é certo e falha em praticá-lo, comete transgressão. Mais uma vez conhecimento e culpa estão estreitamente conectados. Tiago 1:15 diz: "Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz ao pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte." Vemos aqui um desenvolvimento desde o desejo, a cobiça, até o pecado. O pecado não está necessariamente contido no desejo. Pecado é o que é produzido por esse desejo. O pecado é o resultado de ceder a esse desejo.

No Velho Testamento, Ezequiel 18:2-4 refere-se a um provérbio usado pelos filhos de Israel. "O que vocês querem dizer quando citam este provérbio sobre Israel: 'Os pais comem uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotam.'? Juro pela Minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, que vocês não citarão mais esse provérbio em Israel. Tanto o pai como o filho me pertencem. Aquele que pecar é que morrerá." No verso 20, Ezequiel torna a enfatizar esse princípio bíblico: "Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho." Responsabilidades individuais para escolhas individuais — liberdade individual de escolha.

Agora, como Deus age com aqueles que estão praticando o erro ignorantemente, que estão em desarmonia com a vontade divina? Como Ele lida com tais situações? Paulo diz, em Atos 17:30: "No passado Deus não levou em conta essa ignorância, mas agora ordena que todos, em todo lugar, se arrependam." Nos tempos de ignorância, os homens fazem coisas erradas. Eles praticam atos que estão em desarmonia com o querer divino. Estão transgredindo a Lei e a vontade de Deus. Como Deus trata desse problema? O que Ele faz sobre isso? De acordo com esse verso, Ele não leva em conta ou releva os tempos de ignorância. Ele não perdoa, mas "passa por alto". Mas, onde quer que a luz e o conhecimento cheguem, o mal se torna em culpa. E, diante desse pecado sob conhecimento, o pecador precisa arrepender-se e buscar perdão.
A declaração de nosso Senhor em Mateus 11:21-24 torna ainda mais clara essa compreensão: "Ai de você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Porque se os milagres que foram realizados entre vocês tivessem sido realizados em Tiro e Sidom, há muito tempo elas se teriam arrependido, vestindo roupas de saco e cobrindo-se de cinzas. Mas Eu lhes afirmo que, no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e Sidom do que para vocês... E você, Cafarnaum, será elevada até ao céu? Não, você descerá até o Hades. Se os milagres, que em você foram realizados, tivessem sido realizados em Sodoma, ela teria permanecido até hoje. Mas Eu lhes afirmo que, no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para você."

Agora, em termos de volume de obras más, estou certo de que Sodoma superaria de longe a Cafarnaum. Mas a condenação foi mais pesada sobre Cafarnaum. Por quê? Cafarnaum tinha mais luz. Seus habitantes tiveram o privilégio de aceitar o próprio Jesus. Por certo Sodoma havia feito coisas más, mas muitas delas haviam sido praticadas sob luz menor. Eles não compreendiam os caminhos de Deus, e Ló não foi um bom representante deles. Por causa de sua ignorância, eles não foram tão culpados quando o povo de Cafarnaum, que havia rejeitado luz muito maior. Assim, Cafarnaum tornou-se mais culpada do que Sodoma, porquanto haviam tido mais conhecimento, mais luz; suas escolhas foram baseadas numa compreensão mais completa. O salmo 87:4-6 sugere que o Senhor toma nota de onde o homem nasceu, de onde ele foi criado. Ele julgará na base de onde o homem está, no ambiente em que viveu e em quanta compreensão possuía ele da vontade divina.

Ellen White faz algumas declarações importantes sobre o assunto do pecado e da culpa. "É inevitável que os filhos sofram as conseqüências das más ações dos pais, mas não são castigados pela culpa deles, a não ser que participem de seus pecados... Por herança e exemplo os filhos se tornam participantes do pecado do pai. Más tendências, apetites pervertidos e moral vil, assim como enfermidades físicas e degeneração, são transmitidos como um legado de pai a filho, até a terceira e quarta geração." Patriarcas e Profetas, 306.

Por favor, observe o que é transmitido como resultado do pecado de Adão. Más tendências, apetites pervertidos e moral vil, bem como enfermidades físicas e degeneração. Tudo isso é parte daquilo que recebemos de nossos pais e ancestrais. Mas, notemos também a importante declaração de que os filhos "não são castigados pela culpa deles, a não ser que participem de seus pecados". Essa é uma evidência conclusiva da doutrina de que o pecado e a culpa originam-se na escolha, em face ao suficiente conhecimento com relação ao certo e ao errado.

"Não seremos considerados responsáveis pela luz que não atingiu nossa percepção, mas pela luz a que resistimos e que rejeitamos. Um homem não poderia compreender a verdade que nunca lhe foi apresentada, e não pode, portanto, ser condenado pela luz que nunca teve." S.D.A. Bible Commentary, vol. 5, pág. 1.145. A culpa pessoal é atribuída apenas na base da luz e do conhecimento. Não somos condenados por fazermos coisas que são más e erradas, a não ser que compreendamos, de alguma forma, que elas são erradas. "Ninguém será condenado por não atender à luz e o conhecimento que nunca possuiu." Ibidem. Está meridianamente claro que ela está baseando a condenação na compreensão, nas decisões volitivas. "A luz manifesta e condena os erros que se ocultavam nas trevas; e, ao chegar a luz, a vida e o caráter dos homens devem mudar correspondentemente, para com ela se harmonizarem. Pecados que eram outrora cometidos por ignorância, devido à cegueira do espírito, já não podem continuar a merecer condescendência sem que se incorra em culpa." Obreiros Evangélicos, pág. 162. Uma vez que tenhamos conhecimento de que nossos atos são errados, tornamo-nos culpados se condescendermos com esses pecados. Porém, antes de sabermos, não estávamos sob denúncia. Após compreendermos, portanto, tornamo-nos réus. A culpa está ligada à escolha e ao conhecimento.

"Muitos havia ainda entre os judeus que eram ignorantes quanto ao caráter e obra de Cristo. E os filhos não haviam gozado das oportunidades nem recebido a luz que seus pais tinham desprezado. Mediante a pregação dos apóstolos e de seus cooperadores, Deus faria com que a luz resplandecesse sobre eles; ser-lhes-ia permitido ver como a profecia se cumprira, não somente no nascimento e vida de Cristo, mas também em Sua morte e ressurreição. Os filhos não foram condenados pelos pecados dos pais; quando, porém, conhecedores de toda a luz dada a seus pais, os filhos rejeitaram mesmo a que lhes fora concedida a mais, tornaram-se participantes dos pecados daqueles e encheram a medida de sua iniqüidade." O Grande Conflito, págs. 27 e 28. Por causa de seu envolvimento e compreensão pessoal, a culpa lhes foi imputada.

"O pecado de proferir más palavras começa com o nutrir maus pensamentos ... Um pensamento impuro tolerado, um desejo não santificado acariciado, e a alma se contamina e compromete sua integridade." Testimonies, vol. 5. pág. 177, ênfase suprida. Por favor, note a diferença. É a tolerância do pensamento impuro, é o acalento de um desejo não santificado, que constituem pecado e contaminação. Não é o pensamento ou o desejo em si mesmo. Não é certo dizer que há pecado no desejo impuro, se esse for instantaneamente repelido. "Todo pensamento profano deve ser repelido imediatamente." "Nenhum homem pode ser forçado a transgredir. Primeiramente é preciso o seu consentimento; a alma tem de pretender praticar o ato pecaminoso antes que a paixão possa dominar sobre a razão ou a iniqüidade triunfar sobre a consciência. A tentação, embora violenta, nunca é desculpa para o pecado." Ibidem. Ênfase suprida. As inclinações do coração natural não são pecado em si mesmas até que sejam acariciadas; ao consentir com os maus pensamentos, cruzamos o limite entre o mal e a culpa. A inclinação é má, mas não somos culpados dela até escolhermos agir segundo ela.

"Se a luz brilha e é posta de lado ou rejeitada, então vêm a condenação e o desagrado de Deus; mas, antes que refulja a luz, não há pecado, pois não há luz para o homem rejeitar." Ibidem, vol. 1, pág. 116. Assim fica claro que o pecado está intimamente vinculado ao conhecimento e à compreensão.

"Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás que molestam até mesmo o melhor dos homens; mas, se esses não são acariciados; se são reprimidos como odiosos, a alma não é manchada pela culpa e ninguém é contaminado por sua influência." — Review and Herald, 28 de março de 1888. Esses pensamentos e sentimentos, caso não sejam acalentados , não contagiarão com a culpa. Os pensamentos e sentimentos são errados; aí estão por causa do mal que há no mundo e por causa da natureza caída que possuímos. Mas não são contaminantes a menos que acariciados e praticados.

Em Conselhos Sobre Saúde, pág. 81, Ellen White observa que o uso do tabaco prejudica o corpo, mas Deus é misericordioso para com aqueles que o usam na ignorância. Somente após o advento da luz é que eles são considerados culpados pelo tabagismo. O pecado produz efeitos negativos. Ele pode mesmo gerar câncer, mas até que a luz venha a culpa não é imputado. Contrair câncer não significa necessariamente que a pessoa é culpada e que pecou contra a luz da verdade.

Concluindo, creio que a culpa reside apenas nas mais altas faculdades do ser e que são responsáveis pela escolha do mal, e não nas mais baixas, as quais sofrem os efeitos da lei natural e são parte do ciclo terrestre do pecado. A culpa não pode estar um mundo natural amoral, mas apenas no homem que é responsável pelas perversões da lei moral. A culpa não está intrinsecamente ligada às faculdades animais do homem, mas às faculdades morais envolvidas no exercício do livre arbítrio.

O pecado, em sua raiz, é amor-próprio. Desse modo, o pecado é determinado mais pelo motivo do que pelos atos. É a opção de pôr o eu em primeiro lugar, em qualquer forma que isso possa ocorrer. Pecado é a escolha de separar-se de Deus pela colocação do eu no alto do pódio. É a escolha de abrigar o mal. É a escolha de permanecer ignorante em relação à vontade de Deus. É a escolha de ser indiferente às próprias capacidades e responsabilidades.

No fundamento das divisões teológicas entre os adventistas sobre a questão da justiça pela fé, estão as diferentes crenças sobre a natureza do pecado e da culpa. O debate real é sobre a natureza do pecado. Estas questões precisam ser claramente respondidas: Por que somos culpados e do que devemos ser perdoados?

A resposta que dermos a elas afeta diretamente nossa percepção do modo como Cristo veio a este mundo. Que natureza Cristo assumiu? De que poderes Ele dispunha? Como Ele venceu o pecado? Essas perguntas receberão diferentes respostas, dependendo das conclusões do indivíduo sobre a natureza do pecado.
Eduardo
Eduardo

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Inscrição : 08/05/2010

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