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Como Entender os "Espíritos em Prisão"
-- 1 Pedro 3: 18, 19


Um texto que confunde muitos é 1 Pedro 3:18 e 19, "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais noutro tempo foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água".

Esta frase, “espíritos em prisão”, tem confundido a muitos, porque têm idéia de que um espírito seja um homem ‘desencarnado’, existente alhures em alguma região inferior. Daí dizerem que, entre a crucifixão e a ressurreição, Jesus foi a algum lugar, selecionou os espíritos dos antediluvianos dos dias de Noé, e lhes pregou, concedendo-lhes segunda oportunidade de salvação. Isto envolve os erros da consciência na morte; da existência de algum lugar, como seja o purgatório; da possibilidade de uma segunda oportunidade; da descida de Cristo ao inferno, suposto local dos espírito desencarnados.

“Nos dias de Noé”. Aí está a chave para se descobrir a época da pregação. Noé foi o instrumento usado por Cristo e pelo Espírito, e por ele a mensagem do arrependimento foi pregada, antes do dilúvio: “o apóstolo passa do exemplo de Cristo ao do mundo antigo, e apresenta aos judeus, a quem escrevia, o acontecimento referente aos que creram na pregação de Cristo por intermédio de Noé, e a ele obedeceram-atitude bem diversa daquela dos que continuaram desobedientes e descrentes--dando a entender aos judeus que estes se achavam sob sentença semelhante. Deus não havia de suportá-los por muito tempo mais”.—Mathew Henry.

Era Noé um “pregoeiro da justiça” (II S. Pedro 2:5) e Gênesis 6:3 ressalta bem claro que o espírito de Deus estava com ele. De Lucas 4:18-21, Isaías 42:7 e 61:1 vemos que Jesus compreendia que a obra que deveria realizar era a “abertura da prisão aos presos”. Achavam-se ligados em pecado, e Cristo devia fazer essa obra, porquanto sobre Ele estava “o espírito do Senhor Jeová”. O que Jesus fez em Seus dias, foi feito por Noé em sua época. Adam Clarke, concluindo pela impossibilidade de se tratar de “espíritos desencarnados”, diz que a frase “os espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hebreus 12:23) “certamente se refere a homens justos, e homens que se acham ainda na igreja militante; e o Pai dos ‘espíritos’ (Hebreus 12:9) tem referência a homens ainda no corpo; e o ‘Deus dos espíritos de toda a carne’ (Números 16:22 e 27:16) significa homens, não em estado desencarnado”.

O Dr. Pearson, da Igreja Anglicana, diz: “É certo, pois, que Cristo pregou àquelas pessoas que nos dias de Noé eram desobedientes, em todo o tempo em que a ‘longanimidade de Deus esperava’ e, conseqüentemente, enquanto era oferecido o arrependimento, e é igualmente certo que Ele nunca lhes pregou depois de haverem morrido”. Vemos assim que mesmo eminentes teólogos, que acreditam na alma imortal, admitem que essa passagem não ensina a doutrina da imortalidade da alma.

Quem eram esses “espírito em prisão” e como Cristo pregou para eles é corretamente explicado por João Wesley: “Por meio de que espírito Ele pregou?—Através do ministério de Noé, aos espíritos em prisão--os homens perversos antes do Dilúvio. . . . Quando a longanimidade de Deus esperava? —Durante cento e vinte anos, por todo o tempo em que estava sendo preparada a arca; quando então Noé os admoestava a que fugissem da ira futura”. -- Explanatory Notes Upon the New Testament, p. 615.

Os que utilizam tal texto para defender a imortalidade da alma vêem-se diante de um dilema. Se disserem que Ele foi ali pregar uma nova oportunidade de salvação para aqueles indivíduos, isso é contra as Escrituras. Onde mais a Bíblia ensina uma segunda oportunidade de salvação para os que morreram, já que o texto de Hebreus 9:27 é claríssimo ao dizer que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disso, o juízo”.

Sem falar na clara discriminação que isso significaria. Por que só os que viveram ao tempo de Noé é que mereceriam tal chance?

E se Ele foi pregar qualquer outro tema, que mensagem teria ido levar-lhes, e com que propósito? De qualquer modo, eles já não estão condenados eternamente?!

Poderíamos até especular algo da tal “pregação de Cristo”: “Eis que vos trago novas de grande desespero: Estão aqui sofrendo o castigo por seus pecados? Não viram nada ainda! Muito mais torturas terão a enfrentar depois da ressurreição quando forem lançados com corpos não-incorruptíveis, como é os dos remidos, no lago de fogo!. . .”

Será que isso faz o estilo de Jesus Cristo? Não me parece nem um pouco.

Pregando aos Espíritos em Prisão

Objeção: Durante o tempo entre Sua crucifixão e Sua ressurreição, Cristo pregou aos espíritos em prisão (1 Ped. 3:18-20). Isso prova que há um espírito imaterial, a pessoa real, que sai do corpo na morte.

SIM DIZ A PASSAGEM: “POIS TAMBÉM CRISTO MORREU, UMA ÚNICA VEZ, PELOS PECADOS, ... MORTO, SIM, NA CARNE, MAS VIVIFICADO

no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água.”

Indagamos por que crentes protestantes na imortalidade da alma devam citar esta passagem. Se ela lhes dá auxílio e conforto em uma doutrina, traz-lhes grande desconforto em duas outras doutrinas, ou antes heresias, segundo o protestantismo ortodoxo: o purgatório e a segunda oportunidade.

Se Cristo foi pregar a determinados pecadores depois da sua morte, a clara inferência é que uma segunda oportunidade, ou porta da graça, estava sendo estendida a eles. E se houve essa segunda chance, então o lugar de tortura em que estavam confinados tinha escape, e isso está perigosamente perto da doutrina do purgatório.

Além disso, se Cristo em Sua crucifixão realmente pregou a espíritos perdidos, por que escolheu apenas os espíritos daqueles que foram “desobedientes” nos dias de Noé? Nenhum outro teria direito a uma segunda oportunidade? Longe com tal interpretação das palavras de Pedro que o fariam apoiar tais heresias!

Pedro ensina o oposto da doutrina da segunda oportunidade, declarando que a pregação ocorreu “quando [ou no tempo em que a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé”. A frase “os quais, noutro tempo, foram desobedientes” é simplesmente uma declaração explanatória interposta. Se a passagem for lida sem esta frase, o tempo da pregação pode ser visto facilmente: Ele “foi e pregou aos espíritos em prisão, ... quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé.”

Mas como foi Cristo pregar a essas pessoas? O texto diz: “No qual também foi e pregou.” Ora, a palavra “qual” se refere ao Espírito. Assim, Pedro está afirmando que foi pela agência do “Espírito” que Cristo pregou a esses “espíritos em prisão” nos dias de Noé.

Cristo disse aos Seus discípulos que era o Espírito quem convenceria “o mundo do pecado” (veja João 16:7-9), e que eles deviam portanto aguardar até que fossem investidos com o Espírito antes de começarem a pregar. Quando os discípulos trouxeram convicção aos pecadores na era cristã, a verdadeira fonte da pregação era o Espírito de Deus que habitava neles.

Ora, houve um pregador de Deus nos dias antediluvianos por meio de quem o Espírito podia pregar aos homens? Sim, Pedro nos diz que Noé foi um “pregador da justiça” (II Ped. 2:5). No relato inspirado sobre o plano de Deus de destruir a Terra com um dilúvio, lemos: “Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá [pleiteará] para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos.” Gên. 6:3. Segue-se então o relato da vocação de Noé a fim de preparar-se para o dilúvio. Em outras palavras, o Espírito de Deus pregou a esses antediluvianos por intermédio de Noé, um “pregador da justiça”, esperando, em Sua longanimidade, cento e vinte anos antes de finalmente destruí-los.

Mas por que se diz que essas pessoas estavam “em prisão”? A Bíblia descreve aqueles que estão nas trevas do pecado como sendo “prisioneiros” e como estando em uma “prisão”. E, especificamente, o profeta Isaías diz que a obra de Cristo, com “o Espírito do Senhor Deus” sobre Ele, era tirar “da prisão o cativo” (veja Isa. 42:7; 61:1; cf. Luc. 4:18-21). A obra do Espírito nos tempos antediluvianos foi evidentemente a mesma que no tempo de Cristo: a pregação àqueles que eram prisioneiros do pecado, oferecendo-lhes um meio de escape.

Resta apenas uma interrogação: por que essas pessoas a quem Noé pregou foram chamadas “espíritos” se eram homens vivos sobre a Terra? Deixemos que um eminente comentarista, o Dr. Adam Clarke, responda. O fato de ele ser um crente na doutrina da imortalidade da alma torna seu testemunho sobre esta passagem especialmente valioso. Em seus comentários sobre I Pedro 3:19, depois de afirmar que a frase “foi e pregou” deve ser compreendida como significando “pelo ministério de Noé”, ele observa:

Presume-se que a palavra pneumasi, “espíritos”, ... deve significar espíritos desincorporados; mas isso certamente não se pode concluir, porque os “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb. 12:23) certamente significa homens justos, e homens ainda na igreja militante; e “o Pai dos espíritos” (Heb. 12:9, Almeida Antiga) significa homens ainda no corpo; e “o Deus dos espíritos de toda a carne” (Núm. 16:22 e 27:16, Almeida Antiga) significa homens, não em um estado desincorporado.

Outro erudito, o Dr. J. Rawson Lumby, comentando I Pedro 3:17-22 em The Expositor’s Bible, observa que, durante os primeiros séculos, período em que a religião católica, com sua crença no purgatório, era dominante, a passagem foi interpretada significando que Cristo foi pregar a almas no inferno. “Mas, no tempo da Reforma, as principais autoridades expunham a pregação do Espírito de Cristo através do ministério do patriarca [Noé].”

O Dr. John Pearson, em sua Exposition of the Creed, uma obra clássica da Igreja Anglicana, observa: “É certo, portanto, que Cristo pregou àquelas pessoas que nos dias de Noé foram desobedientes; todo aquele tempo ‘a longanimidade de Deus aguardava’ e, conseqüentemente, o arrependimento era oferecido. E é tão certo que Ele nunca lhes pregou depois que elas morreram.”

Por que devíamos ser solicitados a explicar essa passagem em harmonia com nossas opiniões sendo que eminentes teólogos que crêem na imortalidade da alma admitem que a doutrina da imortalidade da alma não é aqui ensinada?

- Extraído de Francis D. Nichol, Respostas a Objeções, págs. 312-314.

Nota do Editor IASD Em Foco:

O que o erudito Dr. Francis D. Nichol deixa claro e patente é que mesmo os mais notórios e notáveis entre os defensores da imortalidade da alma não vêem ela sendo ensinada nesta passagem. Desta forma, como pudemos ver, a explicação é simples, racional e lógica e, como tal, não se trata de nenhuma pregação espírita – mas, sim, da pregação do evangelho aos “espíritos em prisão” (prisão do pecado) nos dias de Noé.


Análise bíblica de 1Pedro 3: 18-20

1) Qual o significado das expressões
"carne" e "espírito vivificado"?

Neste texto, Pedro está contrastando dois estados de existência de nosso Redentor.
a) O estado de limitação de Cristo.
"Na carne": este estado é a natureza humana de Cristo, 1Pe 4: 1; 1 Jo 4: 2; 2Jo 7; Jo 1: 14; 1Tm 3: 16, Rm 1: 3-4. A expressão "morto na carne" faz referência quando Jesus morreu e saiu do estado de fraqueza e de limitação.
b) O estado de não-limitação
"Espírito vivificado". A expressão "vivificado no espírito" se refere à natureza divina de Jesus. Seu estado antes de sua encarnação. E foi neste estado que Ele pregou aos "espíritos em prisão".
Quando o texto fala que Jesus "vivificado em espírito foi e pregou, não está se referindo a um lugar depois de sua morte, mas onde Ele estava quando havia desobedientes dos tempos de Noé" (v. 20). Foi neste espírito que Ele pregou através dos profetas.
A palavra "também" do v. 19 mostra a ênfase do estado de limitação para o estado de não-limitação. Dito de outra forma: Cristo pregou quando estava em nosso meio, como homem (dias de Sua carne), mas também pregou como Divino (não-limitação) nos dias de Noé através dos profetas.
2) Quando Cristo pregou?

O ensino desta passagem não é o que Cristo fez entre a morte e a ressurreição, mas o que Ele fez no seu estado antes da Encarnação - estado não-limitado, no tempo de Noé, 1Pe 1: 8-12.
3) Qual o conteúdo da pregação? O que Cristo pregou?

Jesus pregou o evangelho aos contemporâneos de Noé. Espiritualmente, Cristo estava presente em Noé quando este era o "pregoeiro da justiça", 2Pe 2: 5. Em 1Pe 1: 10-11, o apóstolo mostra o evangelho sendo pregado pelos profetas. Noé certamente pregou aos seus contemporâneos o evangelho e convocou-os ao arrependimento.
4) Quem são estes "espíritos em prisão"
a quem Cristo pregou?
A expressão "espíritos em prisão" se refere às pessoas que no tempo de Noé (noutro tempo) rejeitaram a sua pregação e que foram consideradas "espíritos em prisão", incapazes de fazer qualquer coisa que os deixassem livres. Permaneceram no cativeiro espiritual; permaneceram incrédulos quanto à mensagem pregada por Noé e na prisão de suas almas.[/size]
Concluímos, portanto, afirmando que:

1) Não aceitamos: uma descida literal de Cristo ao Inferno; que o diabo possuía as "chaves" da morte e do inferno, que Jesus as tomou dele; uma segunda chance de salvação aos desobedientes após sua morte.
2) Aceitamos: que Cristo esteve sempre presente tipologicamente no Antigo Testamento, pregando através dos profetas o Evangelho de Salvação, Rm 4: 3; Gl 16-9, 2Pe 2: 5.

Fontes bibliográficas:

1) Revista Fides Reformata, vol. IV, nº 1, 1999.
2) Revista Os Puritanos, nº 1, ano IX, 2001.




PREGAR AOS ESPÍRITOS EM PRISÃO

Espíritos em prisão
Espíritos em prisão. Quem são os espíritos em prisão para os quais Jesus pregou, em I Pedro 3:18-21? O texto está falando da ...
www.centrowhite.org.br/textos.pdf/01/45.pdf



I Pedro 3:19-20: “No qual também foi, e pregou a espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água.”
Três grupos “disputam” este texto no intuito de abonar suas doutrinas. O grupo espírita, para aceitar a existência de “espíritos desencarnados, encarnação” etc. O grupo evangélico para advogar a imortalidade inerente da alma. Já os católicos nestes versos se apóiam para provar o purgatório.
Muitos, assim, entendem que em um espaço entre Sua crucifixão e ressurreição, Jesus pregou aos supostos “espíritos desencarnados” dos antediluvianos.
Efetivamente, tal texto deve ser analisado sob a luz de outros textos paralelos para descobrir-se a verdade e o que pretendia Pedro em sua explanação. Antes, porém, você não deve prescindir da eterna verdade que a Graça finda por ocasião da morte da pessoa, e não há, em hipótese alguma, segunda oportunidade de arrependimento para o pecador, após seu falecimento. Com a morte cessam as oportunidades de salvação. Heb. 9:27; Ecl. 9:10; Gál. 6:10.
Diz a Bíblia que a alma é mortal (Eze. 18:20), e que os mortos estão com a consciência apagada na morte (Sal. 146:4; Ecl. 9:5 e 6; Jó 14:14 e 21; João 11:11; I Tess. 4:13). Não há esperança alguma de os mortos aceitarem a salvação (Isa. 38:18 e 19). Por conseguinte, é horrível admitir que na sepultura haja seres conscientes, capazes de ouvir e aceitar o evangelho. Pior ainda com referência aos contemporâneos de Noé que foram afogados pelas águas do dilúvio.
Ademais, aceitar que Cristo pregou a “espíritos desencarnados” dos antediluvianos no hades (sepultura-inferno), é aceitar, de certa forma, a estranha doutrina do purgatório.
Fosse também verdade que tal pregação se deu, teremos de admitir que Jesus agiu com parcialidade, isto é, concedeu segunda oportunidade de salvação aos pecadores do tempo de Noé e aos demais pecadores de outra geração, não. Até Lúcifer, assim, teria razão ao reivindicar segunda chance de perdão.
Ora, o próprio Senhor assegurou que o único pecado que não tem perdão é o pecado contra o Espírito Santo (Mat. 12:31). E este pecado é a resistência sistemática e deliberada aos apelos dEste divino Ser. A pessoa que comete tal pecado, está selada para a perdição.
Os antediluvianos tiveram cento e vinte anos de Graça (Gên. 6: 3). Todo esse tempo o Espírito Santo apelou insistentemente aos seus corações através do pregoeiro da justiça – Noé (II Pedro 2:5); e estes, rebelados, resistiram, recusaram a longanimidade de Deus, até que a paciência divina esgotou-se e, assim, cometeram o pecado imperdoável. E, se é imperdoável, não pode haver segunda oportunidade de perdão nem mesmo vivo, quanto mais morto.
Finalmente, Pedro não diz que eram “espíritos desencarnados”. Informa apenas: “espíritos”. Portanto, nesta assertiva do apóstolo, o lógico e razoável é aceitar que o “espírito” é um símbolo de pessoa. Exemplo:
Meu espírito significa mim, eu.
Teu espírito significa tu, você.
Adam Clark, concluindo pela impossibilidade de se tratar de “espíritos desencarnados” diz que a frase “os espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb. 12:23) “certamente se refere a homens justos, e homens que se acham ainda na igreja militante; e o Pai dos ‘espíritos’ (Heb. 12:9) tem referência a homens ainda no corpo; e o ‘Deus dos espíritos de toda a carne’ (Núm. 16:22; 27:16) significa homens, não em estado desencarnado.” – Clarke’s Commentary, Vol. 6, pág. 862.
Eminentes teólogos partidários da doutrina imortalista, recusam a teoria de que Pedro, neste texto, ensina a imortalidade da alma. Eis alguns: Dr. Pearson, da Igreja Anglicana, diz:
“É certo pois, que Cristo pregou àquelas pessoas que nos dias de Noé eram desobedientes, em todo o tempo em que a ‘longanimidade de Deus esperava’ e, consequentemente, enquanto era oferecido o arrependimento, e é igualmente certo que Ele nunca lhes pregou depois de haverem morrido.” – Exposição do Credo, Dr. João Pearson, grifos meus.
Agora o testemunho de João Wesley:
“Por meio de que Espírito Ele pregou? – Através do ministério de Noé, aos espíritos em prisão, isto é, os homens perversos antes do dilúvio. ... Quando a longanimidade de Deus esperava. Durante cento e vinte anos, por todo o tempo em que estava sendo preparada a arca; quando então Noé os admoestava a que fugissem da ira futura.” – Explanatory Notes Upon the New Testament, pág. 615.
Finalizando, irmão, a obra de Jesus foi a “abertura da prisão aos presos” (Luc. 4:18-21; Isa. 42:6,7 e 6; 61:1). Toda pessoa desobediente está presa ao pecado (Prov. 5:22). Pecado é a prisão de Satanás. Quem morre no pecado está irremediavelmente preso até o juízo final. Heb. 9:27.
Seguramente, os apelos ao arrependimento feito por Jesus aos homens de Seus dias, foram os mesmos veementes apelos feitos por Noé em sua época. Em outras palavras: Jesus Cristo pregou aos antediluvianos pelo Espírito Santo através do ministério de Noé, durante o tempo de construção da arca; 120 anos.
Eduardo
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