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O que diz a Bíblia sobre o consumo de bebidas alcoólicas/vinho?

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O VINHO NA BÍBLIA

"A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." Provérbios 4:18.

Vários versículos encorajam as pessoas a que se mantenham longe do álcool (Levítico 10:9; Números 6:3; Deuteronômio 14:26; 29:6; Juízes 13:4,7,14; I Samuel 1:15; Provérbios 20:1; 31:4,6; Isaías 5:11,22; 24:9; 28:7; 29:9; 56:12; Miquéias 2:11; Lucas 1:15).

Exemplos da Tolerância de Deus

É um conceito bíblico, expresso de forma clássica no texto acima, que a luz é progressiva, a santificação é obra de uma vida e o conhecimento aumenta a cada dia para o povo de Deus.

Muitas verdades, que no passado eram conhecidas apenas parcialmente ou até virtualmente desconhecidas, foram crescendo e se tornando mais compreendidas pelos servos de Deus.

Veja-se por exemplo que, da mesma forma que Deus tolerou o uso de bebidas fermentadas, suportou também a escravatura como um mal contingente, passageiro, mas é evidente na Escritura que o escravismo não era e nem é parte do plano ideal de Deus, que quer que todos os homens sejam irmãos e não busquem ser servidos mas servir. Embora tolerando, Deus deu leis para regulamentar a prática até que o ideal fosse atingido. (Êx. 21:16, 20; Ef. 6:9; Col. 4:1)


Outros exemplos de práticas que Deus tolerou são o divórcio e a poligamia, que, conforme é declarado na Bíblia, não faziam parte do plano ideal divino. Por isso, Ele deu leis que regulamentavam e restringiam essas práticas tão em voga e até legalizadas nos dias bíblicos entre as nações pagãs. O Seu povo teria que aprender, depois de quatro séculos de escravidão e em estado semi-bárbaro, os rudimentos do “evangelho” até atingirem o ideal de Deus. (Ex. 20:7-11; Deut. 21:10-17; Mal. 2:12-16)

O próprio Jesus refere-se ao divórcio como tolerado em razão da “dureza dos corações” dos israelitas, mas, disse o Salvador, no princípio não foi assim. Mat. 19:4-8.


Males das Bebidas Fermentadas

Deus também tolerou as bebidas fermentadas. É evidente pelas experiências com viciados que, segundo especialistas na área de recuperação de alcoólatras, a maneira mais segura de evitar o vício é “não tomar o primeiro gole”.

Deus jamais sancionaria um hábito que, mesmo em seu moderado uso social é responsável pelas mais dramáticas e terríveis estatísticas no que se refere à degeneração da mente, corpo e espírito dos homens.

Professos seguidores da palavra de Deus jamais admitiriam envolver-se com a guerra, pelos seus horrores e mortandade, e no entanto, apóiam o “uso moderado” de bebidas alcoólicas sem considerar que as mortes por imprudência nas estradas e no trabalho, montam um número anual maior do que o de muitas guerras. Sem falar em deficientes mentais filhos de ex-bebedores sociais e agora alcoólatras, lares esfacelados, invalidez, desemprego, aos centenas e milhares além de outros males. E tudo isso causado na maioria dos casos por pessoas que bebiam socialmente, somente nos “fins de semana” e possivelmente consideravam-se “moderadas”.

Considerado doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo ainda está em expansão porque muitos, até mesmo religiosos, sancionam doutrinariamente o seu uso. Brincar com um copo desse vírus é perigoso. É brincar com veneno!
Portanto, devemos ter em mente que o uso de qualquer marca ou quantidade de bebida alcoólica é um perigo de crime contra si próprio e contra o seu próximo, e ainda ficar aquém do ideal da Escritura neste particular como veremos.


A Bebida Alcoólica no Antigo Testamento

Outro ponto importante que esclarece a questão do uso de vinho alcoólico e outras bebidas fermentadas naturalmente, bem como a tolerância de Deus quanto a essa prática, diz respeito aos hábitos e recursos alimentares dos tempos bíblicos. É claro que não dispondo das modernas técnicas de engarrafamento de sucos, sem geladeiras, sem conservantes como temos hoje e sem embalagens apropriadas, toda uma produção de sucos e sumos estavam sujeitas ao processo natural de fermentação.

Os odres (recipientes de couro costurado), vasos de barro, madeira ou metal não impediam a ação das bactérias, tendo os antigos que conviver com as condições que dispunham nesta parte. Bebiam, pois, vinho sem fermentar quando ainda novo, recém espremido das uvas, chamado no Antigo Testamento de TIROSH ou vinho novo, esta palavra aparece 38 vezes no AT. A bebida consumida tempos depois e já fermentada naturalmente, ou que foi fabricada em processo de fermentação era denominada normalmente de SHEKAR (usada 23 vezes no AT). Para bebidas em geral, fermentadas ou não, era usado o termo YAIM indistintamente, e que aparece 140 vezes no AT.

Portanto, a própria necessidade alimentar de uma bebida nutritiva e a carência de técnicas e recursos de conservação modernos, obrigava-os a terem na fermentação natural da bebida uma necessidade e mal necessário, uma vez que o grau alcoólico nestas bebidas, trazia embutido o problema do vício do alcoolismo, embriaguês e suas conseqüências morais, físicas e espirituais. Por isso o ideal era não usá-las a exemplo dos recabitas, povo abstêmio que vivia entre os israelitas, e cuja virtude e lealdade foi ressaltada pelo próprio Deus. Jer. 35:2-5.

Por outro lado, a fermentação era um bem, pois tinha para as bebidas a função de provavelmente o único e universal processo de conservação para os sucos sem a deterioração total como é o caso de muitos xaropes vendidos hoje em dia. Era, pois, um mal necessário, mas um mal. Justifica-se, desse modo, o ideal de Deus na declaração do sábio em Provérbios 23:31 a 35:


Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente...” Não se deve nem mesmo desejá-lo, olhando-o – NÃO OLHES! Porque “no seu fim morderá como a cobra e como o basilisco picará.” E, continua o sábio: “Olharás mulheres estranhas” e, “teu coração falará perversidades”.

“Dirás: espancaram-me, bateram-me mas quando acordar beberei outra vez.”

Que desfecho terrível para um simples olhar e certamente o primeiro gole! São esses os passos para o vício: olhar, experimentar e a despeito das conseqüências, beber outra vez!

Não estamos sujeitos aos hábitos mantidos pela “dureza de corações” e atraso em que viviam os homens do passado. Não estamos obrigados a sofrer a limitação dos recursos de técnicas de conservação como eles; não precisamos nem devemos correr o perigo de consumir tais bebidas, mesmo porque, atualmente, em sua grande maioria, passam por processos industriais de fermentação e destilaria, o que aumenta artificialmente, e em muito, o teor alcoólico da bebida.


Concluímos até aqui que, se as bebidas naturalmente fermentadas eram, na antiguidade, a única forma de se estocar sucos, sendo uma necessidade daqueles tempos, apesar de suas conseqüências prejudiciais à saúde, constitui-se, para nós hoje, um uso desnecessário, contrário ã luz que temos, temerário e perigoso, mais ainda considerando-se a destilação que aumenta o seu grau alcoólico.

Certamente tal costume não concorda com o testemunho cristão e contraria o princípio bíblico, submetido ao qual todos os usos e práticas da igreja devem estar em harmonia sob pena de contradição: I Cor. 3:16, 17. Somos o templo de Deus e nada que o contamine, prejudique ou o ponha em risco deve ser usado.

Referências Bíblicas Contrárias às Bebidas Fermentadas


Veremos, agora, mais alguns textos que corroboram a recomendação de não usar bebidas fermentadas:

1. O vinho e a bebida forte fazem errar e desencaminhar até o sacerdote e o profeta. Isa. 28:7, 8.

2. Há uma maldição para os que seguem a bebedice. Isa 5:11, e outra maldição para os que dão bebida ao seu próximo. Hab. 2:15.

3. As bebidas alcoólicas são escarnecedoras e alvoroçadoras. Prov. 20:1.

4. O ideal é nem olhar para o vinho, pois é traiçoeiro, quanto mais usá-lo! Prov. 23:31, 32.

5. O beberrão cai em pobreza. Prov. 23:20, 21.

6. Não vos embriagueis com vinho, mas enchei-vos do Espírito. Ef. 5:18. A bebida alcoólica é incompatível com o Espírito Santo, conforme deixa claro a conjunção adversativa “mas”.

7. O bispo não deve ser dado ao vinho . I Tim 3:3; Tito 1:7. Mas o bom mesmo é não beber vinho devido ao escândalo que pode provocar em outros. Rom 14:21. A bebida está relacionada com as obras da carne. Gál. 5:21.

8. Normalmente, os que hoje são bêbados não começaram com a intenção de sê-lo. Cuidado! Os bêbados não entrarão no reino de Deus. I Cor. 6:10.

9. A bebida era incompatível com o serviço a Deus pois os encarregados de atividades no Santuário não podiam beber. Lev. 10:9.

10. Mesmo no conceito liberal da mãe do rei Lemuel (Prov 31:6) os que ministravam a justiça e os nobres não deviam beber. Prov. 31:4, 5.

11. Em Provérbios 31:6 acha-se a opinião da mãe do rei Lemuel e não uma posição divina sobre o assunto. Os amigos de Jó, embora piedosos, também deram opiniões religiosas equivocadas pelo que foram posteriormente repreendidos por Deus (Jó 42:7-9)

12. Miquéias adverte que um povo mau teria profetas falsos e mentirosos que defenderiam o vinho e a bebida forte. Miq. 2:11.

13. O vinho e o mosto tiram a inteligência. Osé. 4:11.

14. Pessoas dadas ao vinho são desleais, soberbas e não se contém. Hab. 2:5.

15. Aqueles que desejam fazer a vontade de Deus devem abster-se do uso, mesmo moderado, de bebidas alcoólicas, considerando as seguintes razões: a luz que temos, o ideal de Deus e os males e perigos desse hábito. A total abstinência é a posição a ser assumida por aqueles que estão preparando o caminho para a volta do Senhor como fez João Batista. (Luc. 1:15)

16. Entende-se, pois, que Jesus, nas bodas de Caná, transformou a água em vinho novo, sem fermentar (TIROSH no AT), o puro suco de uva, o vinho de melhor qualidade..

17. Em função dos argumentos acima apresentados a passagem de Deut. 14:26 é mais uma cena do hábito tolerado por Deus apesar das conseqüências e por causa das contingências.

18. Em I Tim 3:8 é recomendada a moderação em reconhecimento ao perigo que a bebida oferecia, em vista da resistência que a proibição sumária poderia provocar. Esta opinião do apóstolo foi moldada para restringir um hábito, conforme o texto deixa claro e não para sancioná-lo.

19. Em I Tim 5:23 o vinho é recomendado para uso medicinal, conforme crença do apóstolo, usado pouco com água e não puro como bebida de prazer. Este texto não serve para defender o uso ou o vício da bebida.


Conclusão

Buscar, neste caso, exemplos bíblico para justificar o consumo da bebida equivale a apoiar também o divórcio fácil, poligamia e escravidão que foram, igualmente, alvo da tolerância de Deus. Coloca-se também a Bíblia, injustamente, como co-responsável pelas tragédias decorrentes da indulgência com as bebidas fermentadas. Os costumes e práticas dos antigos, alvo da tolerância de Deus, não refletem necessariamente a vontade divina.

O verdadeiro cristão jamais defenderá tal hábito.
Pr. Demóstenes Neves da Silva
Igreja de Brotas, abril, 1988.


:: O VINHO NA BÍBLIA ::
Texto: Pr. Pedro Apolinário

Introdução

A finalidade deste estudo é pesquisar no Livro Santo para saber o que ele tem a nos dizer sobre o uso do vinho.

Se a Bíblia não se pode contradizer em seus ensinos, como iremos harmonizar declarações aparentemente contraditórias como estas: o uso da vinho é uma maldição, o uso do vinho é uma bênção. Essa aparente contradição escriturística levou os editores de O Novo Dicionário da Bíblia a afirmarem: "Esses dois aspectos do vinho, seu emprego e seu abuso, seus benefícios e sua aceitação aos olhos de Deus e sua maldição estão entrelaçados na trama do Antigo Testamento de tal modo que o vinho pode alegrar o coração do homem (Sal. 104:15) ou pode fazer a mente errar (Isa. 28:7). O vinho pode ser associado ao regozijo (Ecl. 10:19) ou à ira (Isa. 5:11); pode ser usado para descobrir as vergonhas de Noé (Gên. 9:21) ou, nas mãos de Melquisedeque pode ser usado para honrar a Abraão (Gên. 14:18)."

Se estas duas possibilidades antagônicas provêm do vinho é fácil concluir que a Bíblia apresenta duas espécies distintas de vinho.
A primeira espécie seria o vinho não fermentado, o puro suco de uva que pode ser uma bênção.
A outra espécie é o vinho fermentado, intoxicante, causador de muitos problemas sociais como discórdia, miséria, destruição da vida, por isso vários escritores bíblicos o condenaram com veemência.
O que diz a Bíblia? O que dizem os exegetas e os comentaristas sobre este problema?

O Vinho no Velho Testamento

Três vocábulos distintos são empregados no Antigo Testamento para designar três espécies de vinho.
1º) Yayin – Gênesis. 9:21. É o mais usado, porque aparece nada menos de 140 vezes. Esta palavra é empregada indistintamente sem considerar se o vinho é fermentado ou não.
2º) O segundo vocábulo é Tirôsh, empregado 38 vezes. Ao contrário da palavra anterior, esta indica que o vinho não é fermentado! Algumas vezes é traduzido como vinho novo ou "mosto". Deut. 12:17.
3º) Shekar é a terceira palavra usada. Tem a conotação negativa, normalmente é traduzida por bebida forte. Os escritores do Velho Testamento a empregam 23 vezes. Prov. 31:6 – "Dai bebida forte (shekar) aos que perecem, e vinho (shekar) aos amargurados de espírito."
Seria interessante saber que na Septuaginta (tradução do hebraico para o grego, feita por setenta sábios judeus) a palavra "oinos" foi empregada para traduzir as hebraicas yayin e Tirôsh, mas nunca para shekar ou bebida forte.


"Arão e seus filhos, os sacerdotes, foram estritamente proibidos de beber vinho ou bebida forte ao entrarem no tabernáculo para ministrar diante do Senhor (Lev. 10:9). Os nazireus eram igualmente proibidos de unir vinho enquanto estivessem debaixo do voto (Núm. 6:3, 20; confira Juízes 13:4-7). Os recabitas viveram um exemplo digno de nota de abstinência permanente do vinho, aderindo estritamente ao mandamento de seu ancestral, Jonadabe, para abster-se dele (Jer. 35:2, 5, 8, 14). O livro de Provérbios está repleto de advertências contra indulgência com o vinho e bebida forte (veja capítulos 20:1; 21:17; 23:30, 31; 31:4 etc.). O vinho zomba daqueles que o usam (cap. 20:1), e os recompensa com ais, dores, lutas e feridas sem causa (cap. 23:29, 30). 'No seu fim morderá como uma serpente, e picará como um basilisco' (v. 32). O profeta Isaías declarou: 'Ai dos que são heróis para beber vinho, e valentes para misturar bebida' (Isa. 5:22). Daniel e seus compatriotas deram um digno exemplo pela recusa de beber o vinho do rei (Dan. 1:5, 8, 10-16). Ao jejuar posteriormente, Daniel absteve-se de carne e vinho (cap. 10:3)."
Não é possível terminar esta parte do comentário, sem enfatizar mais uma vez: existem no Velho Testamento as mais variadas advertências dos grandes perigos advindos do uso do vinho e bebidas fortes. Dentre estas advertências as que mais se agigantam são as apresentadas por Salomão no livro de Provérbios (20:1; 20, 21 e 30). - Seventh-day Adventist Bible Dictionary, pág, 1.150

Vinho em O Novo Testamento

As referências ao vinho nesta segunda parte da Bíblia são mais escassas do que as encontradas no Velho Testamento.

Os escritores do Novo Testamento também empregaram três vocábulos gregos, que podem ser traduzidos para a nossa língua por vinho: oinos; sikera; gléukos.
Destas três a mais usada é oinos (aparece 36 vezes), tendo o mesmo sentido de Yayin no hebraico, e que na Septuaginta, como já vimos traduz também o hebraico Tirôsh. A palavra sikera aparece apenas uma vez em Luc. 1:15 – "João Batista não bebia vinho (oinos) nem bebida forte (sikera)." De modo idêntico o vocábulo gléukos só foi usado uma vez em Atos 2:13. Outros zombando diziam: "Estão cheios de mosto (gléukos)."

O principal problema no estudo do vinho é este: embora a língua grega seja especialista em empregar palavras distintas para idéias diferentes, ela não possui uma palavra para vinho com álcool e outra para vinho sem álcool.

O Novo Testamento emprega oinos tanto para o vinho fermentado como não fermentado.

O Vinho Usado por Jesus na Última Ceia

Podemos afirmar com certeza que o vinho usado por Jesus nesta ocasião não era fermentado. Esta afirmação é conclusiva da Bíblia pelo seguinte:

Na cerimônia da páscoa não devia haver fermento em nenhum compartimento da casa, desde que este é o símbolo do pecado. Se os pões asmos não continham fermento como o próprio nome indica, é fácil concluir que o vinho também não podia conter fermento.
A leitura das seguintes passagens nos levam a esta conclusão: Gên. 19:3; Êxodo 13:6-7; Lev. 23:5-8; Luc. 22:1.
Tanto o vinho da ceia como o das bodas em Caná da Galiléia não era fermentado, porque Jesus jamais aceitaria partilhar daquilo que é tão fortemente condenado na Bíblia.
Todas as igrejas cristãs tradicionais conservam o costume de usar o vinho sem fermento para simbolizar o sangue de Cristo, na Ceia do Senhor, oferecido por nós na cruz, para remissão de nossos pecados.

Estudo de Duas Passagens

I. I Tim. 3: 8. – "Não inclinados a muito vinho."
Embora este conselho de Paulo seja difícil de ser explicado, se pensarmos bem sobre ele, e se o pesquisarmos em fontes sadias, concluiremos o seguinte:
O termo grego usado é oinos, empregado em O Novo Testamento, como já vimos, para o vinho fermentado e não fermentado.
- Se Paulo aqui se refere ao vinho fermentado, ele está em contradição com suas próprias declarações quanto ao cuidado do corpo (I Cor. 6:19 e 10: 31) e em oposição à orientação geral da Bíblia no tocante a bebidas intoxicantes (Prov. 20:1; 23:29-32; João 2:9). - Se sua referência era ao uso do suco de uva não havia necessidade desta advertência.

Neste conselho Paulo adverte aqueles que exercem liderança dentro da comunidade cristã para não incorrerem neste vício, porque este os incapacitaria para o correto desempenho de sua tarefa.

Estas e outras passagens correlatas seriam bem compreendidas quando se pondera no seguinte:
*Deus deseja o nosso afastamento das bebidas com álcool, mas o ser humano, muitas vezes, se afasta desta orientação, daí a constante advertência dos mensageiros de Deus para que os seus filhos o evitem.*


II. A Problemática Passagem de I Tim. 5:23.


Os defensores da abstinência total têm se preocupado muito com esta passagem. Se o verso de I Tim. 5:23 for analisado no seu contexto ele jamais deverá ser usado para liberar o uso do vinho fermentado.

"Sendo que na ocasião o vinho era considerado como útil na medicina indicado na cura de uma variedade de doenças, a prática da abstinência total significa renúncia ao vinho não apenas como uma bebida, mas também como um remédio. Esta prática é prejudicial, diz o autor: Tendo Timóteo um estômago fraco ou por causa de suas freqüentes enfermidades, ele não devia hesitar em usar um pouco de vinho."
"O verso ilustra muito bem o senso comum, o ponto de vista moderado do autor. Ele não defende nenhum vinho como prazer. A religião é demasiado séria para isto. Mas quando ela chega a recusar remédio, ele traça-lhe um limite.'' - The Interpreter's Bible, vol. XI, pág. 445


"Alguns comentaristas crêem que Paulo aqui defende o uso moderado de vinho fermentado para propósito medicinais. Chamam a atenção para o fato de que aquele vinho assim tem sido usado através dos séculos. Outros sustentam que Paulo se refere ao suco de uvas não fermentado, arrazoando que ele não daria conselho inconsistente com o resto das Escrituras, que advertem contra o uso de bebidas intoxicantes (veja Prov. 20: 1; 23: 29-32)." SDABC vol. VII, pág. 314.

O estudo da passagem de 1 Tim. 5: 23 nos leva à conclusão de que neste caso Paulo está tratando de um caso isolado e especial – um problema de doença. Em suas demais epístolas ele sempre defendeu total abstinência do vinho, como nos comprovam Rom. 14:21 – ". . . é bom não beber vinho..." Efésios 5:18 "... Não vos embriagueis com vinho. . ."
Não é justo alguém apoiar-se nesta passagem para defender o uso do vinho com álcool.

"Os que querem beber vinho que contém álcool, não obstante a proibição bíblica, no seu desespero lançam mão, por último, de um só texto (eu diria dois, sendo o outro I Tim. 3:8), a saber, I Tim. 5:23.
Mas, vamos ao texto. Descobriremos logo que o jovem pregador Timóteo, que conhecia as Sagradas Escrituras desde a sua infância, era um consciencioso e rigoroso abstêmio; também, que ele tinha a infelicidade de não andar bem de saúde, tendo estômago fraco e sofrendo freqüentes indisposições; e que o apóstolo S. Paulo lhe aconselhou o uso de um pouco de vinho, como remédio, por causa dessas suas enfermidades.

"Se olhássemos para o texto pelo prisma dos apologistas do vinho, diríamos: parece que S, Paulo, como algumas pessoas de hoje, que não acompanham a ciência moderna, pensava que o uso de 'um pouco de vinho', como remédio, embora fermentado, talvez fizesse bem.

"Notemos, porém, que o termo 'oinos', usado neste texto, sendo empregado, às vezes, no sentido de vinho doce, não diz com clareza se era vinho novo e doce ou fermentado, o que Timóteo devia usar; mas mesmo que fosse vinho fermentado, existe muita diferença entre o uso de um pouco, no caso de doença, e o beber vinho fermentado de preferência ao novo e doce, sob uma infinidade de pretextos fúteis, desprezando assim a Palavra de Deus, que, no Velho Testamento, proíbe, em 134 textos diferentes, o uso do vinho fermentado, e, no Novo Testamento, coloca na categoria de libertinos, idólatras, maldizentes, adúlteros, ladrões e assassinos, os bebedores de vinho dessa qualidade (I Cor. 6:9 e 10; Gál. 5:19-21; etc., etc.), deixando bem claro que os bêbados não herdarão o reino de Deus." – do folheto "vinho" de Walter G. Borchers págs. 9 e 10.

Quais Seriam as Razões Fundamentais Indicadas pela Palavra de Deus para que Seus Filhos se Abstenham de Bebidas Alcoólicas?

"Transportando agora todos os tipos e figuras, que alguns poderiam minimizar, passamos à plena admoestação de Deus sobre o cuidado e a proteção que devemos dedicar ao nosso corpo, e à razão relativa disso. Descobrimos que de nosso corpo é declarado ser o 'templo de Deus' três vezes e a habitação do Espírito Santo.
Não devemos contaminar este templo com bebidas e alimentos proibidos, mas conservá-lo santo, para não sermos destruídos quando todos os maus forem exterminados. Paulo enuncia isto em 1 Coríntios: 'Não sabeis vós que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá'. I Cor. 3:16, 17.

"No sexto capítulo declara que somos 'templos do Espírito Santo', o qual não tem qualquer parentesco com o álcool e a embriaguez. Devemos glorificar a Deus com este corpo que é redimido em virtude do sangue de Cristo: o nosso corpo deve ser cuidado como lugar de habitação de Deus. I Cor. 6:19, 20.

"Enfim, o apóstolo Paulo repete a admoestação divina afirmando que nós somos o templo de Deus vivente, no qual Ele faz morada. Por isso devemos ser separados como o eram os nazireus da antigüidade. Não devemos tocar aquilo que é impuro, mas antes purificar-nos de toda imundícia e aperfeiçoarmo-nos na santidade. Agora e para sempre devemos ser possessão divina, pois é o que Deus espera de nós –
Ver II Cor. 6:16-17." – O Atalaia, Maio de 1977 págs. 6 e 7.

A sábia orientação divina consiste em advertir-nos, seriamente, para os perigos e as nefastas conseqüências das bebidas. Os apreciadores de vinho não deviam ingeri-lo, justificando este desejo com exemplos bíblicos. Em vez de assim fazê-lo deviam meditar bem que esta fraqueza poderá levá-los à embriaguez, que está arrolada na Bíblia entre as obras da carne, que nos excluem do reino dos céus. (Gál. 5:21; I Cor. 6:10).
As Escrituras o condenam com veemência em muitas passagens, como os versículos 29 e 35 do capítulo 23 de Provérbios, por conseguinte, tocas as bebidas alcoólicas, logo ninguém deve ingeri-las escudado na Palavra de Deus.


Conclusão

Diante da exposição feita a única conclusão a que devemos chegar deve ser esta:
A sábia lição aos sacerdotes no santuário;
o edificante exemplo dos nazireus;
as ponderadas advertências de Salomão;
e a orientação divina no caso de João Batista;
as oportunas exortações do apóstolo Paulo com respeito a ser o nosso corpo o templo do Espírito Santo;
a moral elevada que deve ser seguida na vida dos verdadeiros cristãos, tudo nos leva a afirmar: a abstinência do vinho ou de qualquer bebida alcoólica é o caminho seguro e o ideal proposto por Deus para os seus filhos em todas as idades e através de todas as épocas.
Eduardo
Eduardo

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