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A Cabana: a perda da arte de discernimento evangélico

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Mensagem por Carlstadt Qua Mar 03, 2010 8:18 pm

A Cabana: a perda da arte de discernimento evangélico A_cabana

O mundo editorial vê poucos livros atingirem o status de "sucesso". No entanto, o livro A Cabana, escrito por William Paul Yong, superou esse status. O livro, publicado originalmente pelo próprio autor e dois amigos, já vendeu mais de dez milhões de cópias e já foi traduzido para mais de trinta idiomas. É, agora, um dos livros mais vendidos de todos os tempos, e seus leitores estão entusiasmados. De acordo com Young, o livro foi escrito originalmente para seus próprios filhos. Em essência, ele pode ser descrito como uma teodiceia em forma de narrativa – uma tentativa de responder à questão do mal e do caráter de Deus por meio de uma história. Nessa história, o personagem principal está entristecido por causa do rapto e do assassinato brutal de sua filha de sete anos, quando recebe aquilo que se torna uma intimação de Deus para encontrá-lo na mesma cabana em que a menina foi morta.

Na cabana, "Mack" se encontra com a Trindade divina, onde Deus, o Pai, é representado como "Papai", uma mulher afro-americana, e Jesus, por um carpinteiro judeu, e "Sarayu", uma mulher asiática, é identificada como o Espírito Santo. O livro é, principalmente, uma série de diálogos entre Mack, Papai, Jesus e Sarayu. As conversas revelam que Deus é bem diferente do Deus da Bíblia. "Papai" é absolutamente alguém que não faz julgamentos e parece determinado a afirmar que toda a humanidade já está redimida.

A teologia de A Cabana não é incidental à história. De fato, em muitos pontos a narrativa serve, principalmente, como uma estrutura para os diálogos. E estes revelam uma teologia que, no melhor, é não-convencional e, sem dúvida, herética em certos aspectos.

Embora o artifício literário de uma "trindade" não-convencional de pessoas divinas seja, em si mesmo, antibíblico e perigoso, as explicações teológicas são piores. "Papai" conta a Mack sobre o tempo em que as três pessoas da Trindade manifestaram-se da seguinte forma: "nós falamos com a humanidade através da existência humana como Filho de Deus." Em nenhuma passagem da Bíblia, o Pai ou o Espírito Santo é descrito como assumindo a forma humana. A cristologia do livro é confusa. "Papai" diz a Mack que, embora Jesus seja plenamente Deus, "ele nunca usou a sua natureza como Deus para fazer qualquer coisa". "Ele apenas viveu do seu relacionamento comigo, da mesma maneira como eu desejo me relacionar com qualquer ser humano." "Quando Jesus curou o cego, "Ele fez isso como um ser humano dependente que confiava em minha vida e poder para agir nele e por meio dele. Jesus, como ser humano, não tinha qualquer poder em si mesmo para curar alguém."

Embora haja muita confusão teológica a ser esclarecida no livro, basta dizer que a igreja cristã tem lutado por séculos para chegar a um entendimento fiel da Trindade, a fim de evitar esse tipo de confusão – reconhecendo que a fé cristã está, ela mesma, em perigo.

Jesus diz a Mack que ele é "o melhor caminho para qualquer ser humano se relacionar com Papai ou com Sarayu". Não é o único caminho, mas o melhor caminho.

Em outro capítulo, "Papai" corrige a teologia de Mack afirmando: "Eu não preciso punir as pessoas pelos seus pecados. O pecado é a sua própria punição, que devora você a partir do interior. Não tenho o propósito de punir o pecado; tenho alegria em curá-lo." Sem dúvida, a alegria de Deus está na expiação realizada pelo Filho. No entanto, a Bíblia revela consistentemente que Deus é o Juiz santo e reto, que punirá pecadores. A ideia de que o pecado é a "sua própria punição" se encaixa no conceito do karma, e não no evangelho cristão.

O relacionamento do Pai com o Filho, revelado em textos como João 17, é rejeitado em favor de uma absoluta igualdade de autoridade entre as pessoas da Trindade. "Papai" explica que "não temos qualquer conceito de autoridade final entre nós, somente unidade". Em um dos mais bizarros parágrafos do livro, Jesus diz a Mack: "Papai é tão submisso a mim como o sou a ele, ou Sarayu a mim, ou Papai a ela. Submissão não diz respeito à autoridade e à obediência; é um relacionamento de amor e respeito. De fato, somos submissos a você da mesma maneira."

Essa hipotética submissão da Trindade a um ser humano – ou a todos os seres humanos – é uma inovação teológica do tipo mais extremo e perigoso. A essência da idolatria é a autoadoração, e essa noção da Trindade submissa (em algum sentido) à humanidade é indiscutivelmente idólatra.

O aspecto mais controverso da mensagem de A Cabana gira em torno das questões do universalismo, da redenção universal e da reconciliação final. Jesus diz a Mack: "Aqueles que me amam procedem de todo sistema que existe. São budistas, mórmons, batistas, islamitas, democratas, republicanos e muitos que não votam ou não fazem parte de qualquer igreja ou de instituições religiosas." Jesus acrescenta: "Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero unir-me a eles em sua transformação em filhos e filhas de meu Papai, em meus irmãos e irmãs, meus amados."

Em seguida, Mack faz a pergunta óbvia: Todos os caminhos levam a Cristo? Jesus responde: "Muitos dos caminhos não levam a lugar algum. O que isso significa é que eu irei a qualquer caminho para encontrar vocês."

Devido ao contexto, é impossível extrair conclusões essencialmente universalistas ou inclusivistas quanto ao significado de Yong. "Papai" repreende Mack dizendo que está agora reconciliado com todo o mundo. Mack replica: "Todo o mundo? Você quer dizer aqueles que creem em você, não é?" "Papai responde: "Todo o mundo, Mack."

No todo, isso significa algo bem próximo da doutrina da reconciliação proposta por Karl Barth. E, embora Wayne Jacobson, o colaborador de Young, tenha lamentado haver pessoas que acusam o livro de ensinar a reconciliação final, ele reconhece que as primeiras edições do manuscrito foram influenciadas indevidamente pela "parcialidade, na época", de Young para com a reconciliação final – a crença de que a cruz e a ressurreição de Cristo realizaram a reconciliação unilateral de todos os pecadores (e de toda a criação) com Deus.

James B. DeYoung, do Western Theological Seminary, um erudito em Novo Testamento que conheceu Young por vários anos, documenta a aceitação de Young quanto a uma forma de "universalismo cristão". A Cabana, ele conclui, "descansa sobre o fundamento da reconciliação universal".

Apesar de que Wayne Jacobson e outros se queixam daqueles que identificam heresia em A Cabana, o fato é que a igreja cristã tem identificado, explicitamente, esses ensinos como heresia. A pergunta óbvia é esta: Por que tantos cristãos evangélicos parecem ser atraídos não somente à história, mas também à teologia apresentada na narrativa – uma teologia que, em vários pontos, está em conflito com as convicções evangélicas?

Os observadores evangélicos não estão sozinhos em fazer essa pergunta. Escrevendo em The Chronicle of High Education (A Crônica da Educação Superior), o professor Timothy Beal, da Case Western University, argumentou que a popularidade de A Cabana sugere que os evangélicos devem estar mudando a sua teologia. Ele cita os "modelos metafóricos não bíblicos de Deus" no livro, bem como seu modelo "não hierárquico" da Tridade e, mais notavelmente, "sua teologia de salvação universal".

Beal afirma que nada dessa teologia faz parte das "principais correntes teológicas evangélicas" e explica: "De fato, essas três coisas estão arraigadas no discurso teológico acadêmico radical e liberal dos anos 1970 e 1980 – que influenciou profundamente os feministas contemporâneos e a teologia da libertação, mas que, até agora, teve muito pouco impacto nas imaginações teológicas de não acadêmicos, especialmente dentro das principais correntes religiosas."

Em seguida, ele pergunta: "O que essas ideias teológicas progressistas estão fazendo no fenômeno da ficção evangélica?" Ele responde: "Desconhecidas para muitos de nós, elas têm estado presentes em muitos segmentos liberais do pensamento evangélico durante décadas." Agora, ele diz, A Cabana introduziu e popularizou esses conceitos liberais até entre as principais denominações evangélicas.

Timothy Beal não pode ser rejeitado como um conservador e "caçador de heresias". Ele está admirado com o fato de que essas "ideias teológicas progressistas" estão "se introduzindo aos poucos na cultura popular por meio de A Cabana".

De modo semelhante, escrevendo em Books & Culture (Livros e Cultura), Katharine Jeffrey conclui que A Cabana "oferece uma teodiceia pós-moderna e pós-bíblica". Embora sua principal preocupação seja o lugar do livro "num panorama literário cristão", ela não pôde evitar o lidar com a sua mensagem teológica.

Ao avaliar o livro, deve-se ter em mente que A Cabana é uma obra de ficção. Contudo, é também um argumento teológico, e isso não pode ser negado. Diversos romances notáveis e obras de literatura contêm teologia aberrante e heresia. A pergunta crucial é se as doutrinas aberrantes são características da história ou são a mensagem da obra. Em A Cabana, o fato inquietante é que muitos leitores são atraídos à mensagem teológica do livro e não percebem como ela conflita com a Bíblia em muitos assuntos cruciais.

Tudo isso revela um fracasso desastroso do discernimento evangélico. Dificilmente não concluímos que o discernimento teológico é agora uma arte perdida entre os evangélicos – e esse erro pode levar tão-somente à catástrofe teológica.

A resposta não é banir A Cabana ou arrancá-lo das mãos dos leitores. Não precisamos temer livros – temos de estar prontos para responder-lhes. Necessitamos desesperadamente de uma redescoberta teológica que só pode vir de praticarmos o discernimento bíblico. Isso exigirá que identifiquemos os perigos doutrinários de A Cabana. Mas a nossa principal tarefa consiste em familiarizar novamente os evangélicos com os ensinos da Bíblia sobre esses assuntos e fomentar um rearmamento doutrinário de cristãos evangélicos.

A Cabana é um alerta para o cristianismo evangélico. Uma avaliação como a que Timothy Beal ofereceu é reveladora. A popularidade desse livro entre os evangélicos só pode ser explicada pela falta de conhecimento teológico básico entre nós – um fracasso em entender o evangelho de Cristo. A tragédia de que os evangélicos perderam a arte de discernimento bíblico se origina na desastrosa perda do conhecimento da Bíblia. O discernimento não pode sobreviver sem doutrina.

(Albert Mohler Jr., Editora Fiel)

Nota: Este oportuno artigo do teólogo Albert Mohler Jr. chama atenção para um perigo que ronda todos os evangélicos (inclusive os adventistas): a falta de conhecimento bíblico que sujeita o crente a qualquer "vento de doutrina" (Ef 4:14) ou mesmo a heresias absurdas. E o que dizer dos crentes relativistas que não veem problema em ler e assistir a obras como o vampiresco Crepúsculo ou ao místico Harry Potter, para citar apenas dois exemplos? Muitos desses consumidores vorazes da "cultura" mal conhecem o conteúdo de suas Bíblias de capa empoeirada. Como enfrentarão os enganos dos últimos dias, sem terem edificado o caráter sobre a Rocha?[MB]

Leia também: "Operação Cavalo de Troia"

A Cabana: a perda da arte de discernimento evangélico



Perigos Espirituais

Publicado em maio 24, 2010 por Seventh Day

Invasões sutis (e não tão sutis) à integridade de nossa fé



Por Roy Adams

Ave Maria, uma das mais antigas e a mais popular das orações cristãs, tem sido parte da liturgia católica desde o século XV, recitada como parte do rosário. Incorporada a melodias, ela aparece em várias versões. As composições de Franz Schubert e Charles Gounod são consideradas as mais populares. Se alguma vez você já as ouviu cantadas por Luciano Pavarotti (ou um pouco mais comovente – perdão pela irreverência— por Aaron Neville), então compreende quão cativantes são essas peças musicais. Elas me cativam toda vez que as ouço.

Não obstante os elementos bíblicos válidos da canção (com base em Lucas 1), o que temos ali é essencialmente uma oração a Maria, para muitos de nós disfarçada pela versão em latim. Será que eu me emocionaria com essa obra se a letra fosse simultaneamente traduzida enquanto a linda melodia chegasse aos meus ouvidos? Veja o que diz a letra:

“Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós pecadores,
agora e na hora de nossa morte. Amém.”

Se eu permitir que meu amor pela música ofusque o conteúdo inapropriado da letra, então será puro emocionalismo de minha parte. Orar pelos mortos é impróprio e não bíblico.

Desde seus primórdios, a Igreja Adventista do Sétimo Dia deu muita importância à teologia e à doutrina. Embora tenhamos sido zombados por isso e apesar de alguns adventistas terem involuntariamente tornado a doutrina e a teologia repugnantes, seria um erro terrível abandonar essa postura histórica. E nenhuma das doutrinas que defendemos é mais duramente rejeitada do que a questão do que acontece às pessoas quando morrem.
Onda de Livros


A Cabana: a perda da arte de discernimento evangélico A-cabana

Certo professor, em uma de nossas universidades, entrou em contato comigo no início de 2009, perguntando se eu ouvira falar sobre “o fenomenal best-seller cristão … A Cabana.”1 Os professores da classe de Escola Sabatina, disse ele, haviam usado esse livro em lugar da lição no trimestre anterior e ele disse ter ouvido que outras igrejas adventistas também o “introduziram para discussão na Escola Sabatina e outros usos”. Desde aquele dia, tenho ouvido que outras instituições adventistas estão recomendando o livro para os alunos e até (em um dos casos) distribuindo exemplares nos dormitórios e convidando o autor para entrevistas e palestras para alunos e funcionários.

A ficção tem recebido críticas elogiosas de alguns periódicos. Em um anúncio no site do livro na Internet, Eugene Peterson descreve A Cabana como tendo o “potencial de fazer por nossa geração o que O Peregrino, de John Bunyan, fez pela sua”.2
E qual é o assunto do livro?



Um resumo do enredo aparece na contracapa do livro: “Missy, a filha mais nova de Mackenzie Allen Philips, foi raptada durante as férias da família e encontrada morta e abandonada numa cabana no deserto do Óregon, com evidências de que tenha sido brutalmente assassinada. Quatro anos depois, no meio de sua grande tristeza, Mack recebe um bilhete suspeito, aparentemente vindo de Deus, convidando-o a voltar à cabana para um fim de semana. Contra o melhor de seu bom-senso, ele chega à cabana numa tarde de inverno e volta ao seu mais terrível pesadelo. O que ele encontra ali muda seu mundo para sempre.”

Uma coisa que nunca devemos fazer é subestimar o poder da ficção. E o que temos nesse livro é ficção com uma agenda – agenda teológica. Na cabana isolada, Mack encontra os três membros da Divindade e descobre que tudo em Deus envolve “relacionamentos”, uma palavra bem popular nos círculos cristãos hoje em dia. (Aconteceu de eu estar estudando o livro de Jeremias enquanto lia o livro e não pude deixar de observar o imenso contraste entre o Deus de A Cabana e o Deus de Jeremias. Casualmente, encontramos ali um Deus de convívio, que precisa do seu café da manhã e vai em busca de bebidas alcoólicas.)
Filhas Mortas Estão Voltando



A coisa mais importante que acontece na cabana é que Mack, mais tarde, é colocado em contato com (você adivinhou) Missy, que agora está em segurança (adivinhou novamente) no Céu. Ela lhe traz conforto, oferece pistas sobre o assassino e lhe garante que ele não é culpado por sua morte. Toda a narrativa é um sonho envolvido por torpor dentro de um trabalho de ficção. Tudo é fluido, exotérico, místico. Mas algo claramente aceito é que os mortos podem se comunicar conosco.

Esse é um assunto que tem saturado a cultura contemporânea, como observou o crítico de cinema do Los Angeles Times, Bob Mondello, em recente declaração na Rádio Pública Nacional.3 Falando sobre o recente filme, Mondello observou: “Filhas mortas voltam como fantasmas para ajudar os pais.” No filme The Lovely Bones, “o fantasma de Susie Salmon … cuida de seu pai, guiando seus passos na direção do assassino”. No The Edge of Darkness“, a garotinha do papai, ao tentar sair do caminho perigoso, é morta à porta de entrada da casa dele e, em seguida, começa a falar com ele do além. “E no drama histórico A Criação, “a filha de Charles Darwin (Annie) falecida havia pouco tempo … aparece em seu escritório e o encoraja a terminar seu legendário livro A Origem das Espécies”.4

Sussuros de Fantasmas, série da Televisão CBS, americana, que estreou em setembro de 2005, é apenas mais um de uma série de outras na mesma linha. E o enredo segue a vida de Melinda Gordon (Jennifer Love Hewitt), que é capaz de “se comunicar com espíritos presos ou fantasmas que se agarram à vida, porque eles têm questões não resolvidas em nosso mundo”.5
Perigo



A questão mais controversa para os evangelistas adventistas não é defender o sábado, mas o estado dos mortos. As pessoas querem acreditar que seus entes queridos que partiram foram para o Céu e estão “olhando para baixo”, para eles, e são capazes de enviar sinais e mensagens. Qualquer ensino contrário, enfrenta dura resistência.

O preeminente estudioso do Novo Testamento, o falecido Oscar Cullmann, disse que algumas das piores cartas que recebeu em toda a sua carreira vieram em reação a um pequeno ensaio no qual argumentava a conjectura bíblica da ressurreição dos mortos contra o conceito grego da imortalidade da alma. Uma mulher francesa escreveu-lhe: “O povo francês, morrendo por falta do pão da vida, tem recebido, em vez de pão, pedras, senão serpentes.”6 Numa cerimônia fúnebre, repleta de celebridades na Catedral Nacional de Washington, pouco depois do “11 de Setembro”, Billy Graham, cujas palavras seriam, noutras circunstâncias, um excelente sermão, afirmou aos ouvintes que “muitas das pessoas que morreram na semana passada estão no Céu agora”.7

Seja por meio da ficção ou (supostamente) narrativas da vida real (como em um programa religioso que ouvi recentemente no rádio, em que as pessoas se reúnem, como em sessão espírita, para invocar a aparição de Maria), há muita “mensagem subliminar” aí fora, numa abordagem sutil, compreendida por todo anunciante.

É importante não reagirmos 
exageradamente a cada incidente que ocorre na sociedade, mas a confusão sobre o que acontece quando morremos não é uma questão irrelevante. Pode servir como trampolim para o espiritualismo, uma evolução perigosa prevista para desempenhar papel decisivo na crise final. Olhando através dos séculos para nosso tempo, João viu: “Então, vi sair da boca do dragão, … da besta e … do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs.” Eles são, disse ele, “espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap 16:13, 14).

Como adventistas, temos uma missão especial. Às vezes, por ingenuidade, ou por complexo de inferioridade, podemos danificar nossa “marca”. Acho que sempre serei cativado pela música da Ave Maria, mas recomendar e endossar essa peça para outras pessoas seria errado. Posso me impressionar com o brilhantismo literário de A Cabana, identificar-me emocionalmente com a tragédia que levou William Young a escrever a obra, e até indicar para meus alunos como leitura acadêmica. Mas usá-la como substituto da Lição da Escola Sabatina ou endossá-la para os alunos adventistas, seria ir muito longe. Em virtude de questões bíblicas envolvidas e o poder sobrenatural da ficção, seria tão irresponsável quanto apresentá-los a Ouija Boards e às cartas de tarô.

Indo aos extremos, para muitos, esse trabalho, embora bem intencionado, pode muito bem servir como uma incursão ao ocultismo.

1Wm. Paul Young, A Cabana (Editora Extante, 2008).
2 http://theshackbook.com.
3 “Daughters, daughters everywhere… “ NPR, 29 de janeiro de 2010. www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=123122932&sc=emaf.
4 Ibid.
5 www.cbs.com/primetime/ghost_whisperer/about.
6 Oscar Cullmann in Krister Stendahl, ed., Immortality and Resurrection (New York: Macmillan Co., 1965), p. 47.
7 www.americanrhetoric.com/speeches/billygraham911memorial.htm.
Roy Adams é editor associado da Adventist World.

Fonte: Adventist World-23.544887 -46.693750



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Última edição por Admin em Seg maio 24, 2010 8:33 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Carlstadt Qua Mar 03, 2010 9:47 pm

Conceitos da Nova Era no Livro A Cabana

Publicado em fevereiro 7, 2010 por Seventh Day


A Cabana: a perda da arte de discernimento evangélico A-cabana-frente

O romance de William P. Young, A Cabana tornou-se um fenômeno de vendas nos EUA, alcançando o concorrido (e cobiçado) posto de primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times (no Brasil, A Cabana já figurou em primeiro lugar na lista de ficção da revista Veja). Apesar do sucesso, muitos o tem denunciado como perigoso, herético, um “trojan horse” no seio do Cristianismo pela maneira como apresenta a Trindade. Na verdade creio que o livro contenha nada mais nada menos do que conceitos da Nova Era.

Aqui estão algumas declarações enganosas feitas pelo “Jesus” e “Espírito Santo”, do romance de William P. Young, A Cabana:

Eu posso lhe dar liberdade para superar qualquer sistema de poder em que você se encontra, seja religioso, econômico, social ou político. Você vai crescer na liberdade de estar dentro ou fora de todos os tipos de sistemas e de circular livremente entre as mesmos.”

“Você vai me ver na Bíblia … Basta não olhar para regras e princípios, olhe para o relacionamento – uma maneira de vir a estar conosco.”

“Tanto o mal como a escuridão só podem ser compreendidos em relação à luz e o bem, pois eles não têm qualquer existência real.”

“Submissão não é sobre autoridade e não se trata de obediência, trata-se de relações de amor e respeito. Na verdade, estamos submetidos a você da mesma forma”

“Então é você quem determina o bem e o mal. Você se torna o juiz … o que você determina ser bom vai mudar ao longo do tempo e das circunstâncias …”

“Ao escolher declarar o que é bom e mal, você procura determinar o seu próprio destino”
Não se deixem enganar. Tais noções da NOVA ERA nunca seriam ditas pelo verdadeiro Deus da Bíblia. Em vez disso, elas vêm de um “outro Jesus” (2 Coríntios. 11:4), cujo objetivo é “… enganar, se possível, até os escolhidos” (Mateus 24:24).



Artigo acima escrito por Steve Wohlberg, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com do original “Seduced by The Shack”.

…………………………………………………………………………………………………….

Segue abaixo artigo de Cindy Tutsch Impresso pela primeira vez na Adventist Review de 13 de agosto de 2009.
A Cabana – Que Lições Podemos Aprender?



Best Seller no New York Times, mais de sete milhões de cópias impressas. Louvado por pastores, celebridades e jovens adultos. O que move a imensa popularidade do recente livro de William Young, A Cabana?

Neste romance moderno, Mack, que sofreu uma tragédia pessoal indescritível, é convidado pelo pai (Deus) para passar o fim de semana com ele em uma cabana remota nas montanhas. Lá Mack encontra um Deus Trino composto por uma mulher Afro-Americana, um tipo carpinteiro do Oriente Médio, e uma asiática Européia chamada Sarayu. Mack descobre um Deus que está buscando relacionamento, que tem respostas para a questão perene de “Por que Deus permite o sofrimento e dor?” E que está ansioso para se comunicar teológicamente na linguagem do século 21. Então, o que há para não gostar?

Infelizmente, o “deus” da Cabana e o “Deus” da Bíblia são muito desiguais.

Vamos considerar algumas dessas inumeráveis diferenças:

1. O deus da Cabana abraça a Reconciliação Universal, ou seja, todos serão salvos. (164, 217, 227).
2. O deus da Cabana descreve uma segunda chance de confessar [o pecado] após a morte. (217).
3. O deus da cabana não deseja que os não cristãos se tornem cristãos. (184).
4. O deus da cabana chama o homem religioso como criador de terror que causa confusão mental e ansiedade. (181).
5. O deus da Cabana não quer tristeza pelo pecado. (186).
6. O deus da cabana atribui o mal e a dor à humanidade, e nunca á Lucifer. (133,134, 138,192).
7. O deus da Cabana repetidamente eleva a experiência ou revelação subjetiva acima das Escrituras. (67,68, 206).
8. O deus da Cabana denigre a verdade absoluta ou a certeza teológica (205).
9. O deus da Cabana sugere que a submissão (obediência), é
inerentemente má. (124-125)
10. O deus da cabana promove o modalismo, o ensino não-bíblico de que Deus, o Pai se fez carne e morreu, assim como o Filho. (97.105)
11. O deus da Cabana segue o ensinamento Unitário-Universalista de
que Deus é um verbo, ou implicitamente, uma força. (206)
12. O deus da Cabana gosta de música funky, usa expressões vulgares e zombaria, e tolera palavrões em sua presença. (90, 92, 107, 226)
13. O deus da Cabana repetidamente desvaloriza e contradiz as Escrituras. (68.169, 225)
14. O deus da Cabana não tem expectativas ou regras. (91, 205.208)
15. O deus da Cabana permite a comunicação desafiadora com o Pai sem a mediação de Cristo Jesus. (121)
16. O deus da Cabana não tem praticamente nada para dizer do pecado, como escapar dele, ou a realidade do juízo.

Muitos adventistas podem estar mentalmente preparados para resistir ao “Olhai ,ele está no deserto”. Afinal, não temos aprendido Mateus 24:26 desde o jardim de infância da Escola Sabatina? Alguns podem estar menos preparados para resistir ao Deus distorcido que aparece na Cabana. Mas ambos os enganos poderiam causar estragos em nosso relacionamento com o Deus verdadeiro das Escrituras, e finalmente afetar nosso destino eterno. O discernimento espiritual vem de conhecer bem a Bíblia o suficiente para ser capaz de distinguir a verdade da mentira, mesmo quando essa mentira é tecida em uma narrativa convincente emocionalmente.

“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível…” (Romanos 1:22-23).
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Mensagem por Carlstadt Ter Abr 13, 2010 9:30 pm

Resenha: A Cabana



A Cabana: a perda da arte de discernimento evangélico Cabana1 Já faz tempo que o liberalismo teológico tem assediado e invadido uma boa parte do campo evangélico brasileiro. Os prejuízos para a pregação do evangelho têm sido enormes. A decadência doutrinária aumenta com rapidez e muitos crentes estão cada vez mais confusos.

Por várias décadas, o liberalismo teológico vem ganhando espaço nas denominações históricas e em seus seminários. Nos últimos anos, porém, alguns segmentos pentecostais foram atingidos por essa corrente de pensamento, algo inimaginável até então, pois, ser pentecostal significa crer no poder e na Palavra de Deus.

A exemplo dos liberais, alguns pentecostais se julgam espertos o suficiente para duvidar de Deus e da sua Palavra. Hostilizar o cristianismo, exaltar a dúvida e questionar a Bíblia Sagrada tornou-se para muitos um sinal de academicismo e inteligência.

É o que vemos hoje através das igrejas emergentes, que pregam uma ortodoxia generosa,¹ onde as verdades e temas vitais da fé cristã perdem sua importância. Tudo indica que há uma apostasia se instalando em muitas igrejas evangélicas, algo já predito na Palavra de Deus e que aponta para a volta de Cristo (2 Ts 2.3; 2 Tm 4.1; 2 Tm 4.1-4; 2 Pe 2.1).

É num solo assim, fértil para a semeadura e crescimento de distorções das doutrinas centrais da fé cristã que surge o livro A Cabana² promovendo o liberalismo teológico e fazendo sucesso entre os evangélicos e a sociedade em geral.

Este artigo apresenta uma breve análise, à luz da Bíblia, sobre esse best-seller a fim de responder algumas indagações de muitos cristãos.

I – Definições

Liberalismo teológico: Movimento da teologia protestante que surgiu no século XIX com o objetivo de modificar o cristianismo a fim de adaptá-lo à cultura e à ciência modernas.

O liberalismo rejeita o conceito tradicional das Escrituras Sagradas como revelação divina proposital e detentora de autoridade, preferindo o conceito de que a revelação é o registro das experiências religiosas evolutivas da humanidade. Apregoa também um Jesus mestre e modelo de ética, e não um redentor e Salvador divino.

Pluralismo religioso: A crença de que há muitos caminhos que levam a Deus, que há diversas expressões da verdade sobre ele, e que existem vários meios válidos para a salvação.

Relativismo: Negação de quaisquer padrões objetivos ou absolutos, especialmente em relação à ética. O relativismo propala que a verdade depende do indivíduo ou da cultura.

Teologia relacional (teísmo aberto): Conceito teológico segundo o qual alguns atributos tradicionalmente ligados a Deus devem ser rejeitados ou reinterpretados. Segundo seus proponentes, Deus não é onisciente e nem onipotente. A presciência divina é limitada pelo fato de Deus ter concedido livre-arbítrio aos seres humanos.

II – O livro A cabana

A história do livro

Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida da família de Mack Allens: sua filha mais nova, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontrados numa velha cabana.

Imerso numa dor profunda e paralisante, Mack entrega-se à Grande Tristeza, um estado de torpor, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos de desaparecimento da menina, insiste em não diminuir.

Um dia, porém, ele recebe um bilhete, assinado por Deus, convidando-o para um encontro na cabana abandonada. Cheio de dúvidas, mas procurando um meio de aplacar seu sofrimento, Mack atende ao chamado e volta ao cenário de seu pesadelo.

Chegando lá, sua vida dá uma nova reviravolta. Deus, Jesus e o Espírito Santo estão à sua espera para um “acerto de contas” e, com imensa benevolência, travam com Mack surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o compreender alguns dos episódios mais tristes de sua história (Informações extraídas da orelha do livro).

O livro é uma ficção cristã, um gênero que cresce muito na cultura cristã contemporânea e comunica sua mensagem de uma forma leve e fácil de se ler. O autor, William P. Young trata de temas vitais para a fé cristã tais como: Quem é Deus? Quem é Jesus? Quem é o Espírito Santo? O que é a Trindade? O que é salvação? Jesus é o único caminho para Deus?

III – Pontos principais do livro³

1. Hostilidade ao Cristianismo

“As orações e os hinos dos domingos não serviam mais, se é que já haviam servido... A espiritualidade do Claustro não parecia mudar nada na vida das pessoas que ele conhecia... Mack estava farto de Deus e da religião...” (p. 59).

“Nada do que estudara na escola dominical da igreja estava ajudando. Sentia-se subitamente sem palavras e todas as suas perguntas pareciam tê-lo abandonado” (81).

Resposta bíblica: Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua Igreja (Mt 16.18).

2. Experiência acima da revelação
As soluções para os probemas da vida surgem de experiência extrabíblicas e não da Palavra de Deus. As alegadas revelações da “Trindade” são a base de todo o enredo do livro. Mesmo fazendo alusões às verdades bíblicas, elas não são a base autoritativa da mensagem.

3. A rejeição de Sola Scriptura

A Cabana rejeita a autoridade da Bíblia como o único instrumento para decidir as questões de fé e prática. Para ouvir Deus, Mack é convidado a ouvir Deus numa cabana através de experiências e não através da leitura e meditação da Bíblia Sagrada.

Resposta bíblica: Rm 15.4: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.

2 Tm 3.16, 17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a coreção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.

A igreja não precisa de uma nova revelação, mas de iluminação para entender o que foi revelado nas Escrituras.

4. Uma visão antibíblica da natureza e triunidade de Deus

Além de errar sobre a Bíblia, A Cabana apresenta uma visão distorcida sobre a Trindade. Deus aparece como três pessoas separadas, o que pode ser chamado de triteísmo.

O autor tenta negar isso ao escrever: “Não somos três deuses e não estamos falando de um deus com três atitudes, como um homem que é marido, pai e trabalhador. Sou um só Deus e sou três pessoas, e cada uma das três é total e inteiramente o um” (p. 91).

Young parece endossar uma pluralidade de Deus em três pessoas separadas: duas mulheres e um homem (p. 77). Deus o pai é apresentado como uma negra enorme, gorda (p. 73, 74, 75, 76, 79), governanta e cozinheira, chamada Elousia (p.76).

Jesus aparece como um homem do Oriente Médio, vestido de operário, com cinto de ferramentas e luvas, usando jeans cobertos de serragem e uma camisa xadrez com mangas enroladas acima dos cotovelos, mostrando os antebraços musculosos. Não era bonito (p. 75).

O Espírito Santo é apresentado como uma mulher asiática e pequena (p. 74), chamada Sarayu (p. 77, 101).

Resposta bíblica: Dentro da natureza do único Deus verdadeiro há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. São três pessoas distintas, mas, não separadas como o livro apresenta. Além disso, o Pai e o Espírito Santo não possuem um corpo físico. Veja Jó 10.4; João 4.24 e Lucas 24.39.

5. A punição do pecado

O livro apregoa que Deus não castiga os pecados: “Mas o Deus que me ensinaram derramou grandes doses de fúria, mandou o dilúvio e lançou pessoas num lago de fogo. — Mack podia sentir sua raiva profunda emergindo de novo, fazendo brotar as perguntas, e se chateou um pouco com sua falta de controle. Mas perguntou mesmo assim: — Honestamente, você não gosta de castigar aqueles que a desapontam? Diante disso, Papai interrompeu suas ocupações e virou-se para Mack. Ele pôde ver uma tristeza profunda nos olhos dela. — Não sou quem você pensa, Mackenzie. Não preciso castigar as pessoas pelos pecados. O pecado é o próprio castigo, pois devora as pessoas por dentro. Meu objetivo não é castigar. Minha alegria é curar. — Não entendo...”

Resposta bíblica:

A Cabana mostra um Deus apenas de amor e não de justiça. Apesar da Bíblia ensinar que Deus é amor, não falha em apresentá-lo como um Deus de justiça que pune o pecado:

“A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.4).

“Semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Rm 1.27).

“porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

“E a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts 1.7, 8). Cristo morreu pelos nossos pecados (1Co 15.3).

6. O milagre da encarnação

O livro apresenta uma visão errada da encarnação de Jesus Cristo: “Quando nós três penetramos na existência humana sob a forma do Filho de Deus, nos tornamos totalmente humanos. Também optamos por abraçar todas as limitações que isso implicava. Mesmo que tenhamos estado sempre presentes nesse universo criado, então nos tornamos carne e sangue” (p. 89).

Resposta bíblica:

De acordo com a Bíblia, somente o verbo encarnou (Jo 1.14). Veja ainda Gl 4.4; Cl 2.9 e 1Tm 2.5.

7. Jesus, o melhor ou único caminho para o Pai?
No livro, Jesus é apresentado como o melhor e não o único caminho para Deus: “Eu sou o melhor modo que qualquer humano pode ter de se relacionar com Papai ou com Sarayu” (p. 101).

Resposta bíblica:

A Bíblia é muito clara ao afirmar que Cristo é o único que pode salvar: Is 43.11; Jo 6.68; Jo 14.6; At 4.12 e 1 Tm 2.5.

8. Patripassionismo

O livro promove uma antiga heresia denominada patripassionismo, que é o sofrimento do Pai na cruz: “O olhar de Mack seguiu o dela, e pela primeira vez ele notou as cicatrizes nos punhos da negra, como as que agora presumia que Jesus também tinha nos dele. Ela permitiu que ele tocasse com ternura as cicatrizes, marcas de furos fundos” (p. 86). “Olhou para cima e notou novamente as cicatrizes nos pulsos dela” (p. 92). “Você não viu os ferimento em Papai também”? (p. 151).

Resposta bíblica

A Bíblia mostra que foi Jesus quem sofreu na cruz e recebeu as marcas dos cravos e não o Pai ou o Espírito Santo. Veja João 20.20, 25, 28.

9. Universalismo

A Cabana promove o universalismo, isto é, que todas as pessoas serão salvas, não importa a sua religião ou sistema de crença. “Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos” (p. 168, 169).

“Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, em meus amados” (p. 169).
Jesus afirma: “A maioria das estradas não leva a lugar nenhum. O que isso significa é que eu viajarei por qualquer estrada para encontrar vocês” (p. 169).

Resposta bíblica

Não há base bíblica para tais afirmações. A Palavra de Deus ensina que não existe salvação fora de Jesus Cristo. Apesar de o universalismo ser uma doutrina agradável, popular e que reflete a política da boa vizinhança, a Bíblia afirma que nem todos serão salvos: Veja Mt 7. 13, 14; 25.31-46; 2 Ts 3.2.


Escrito por Dr. Paulo Romero

NOTAS

* Pastor presidente da ICT - Igreja Cristã da Trindade; Presidente da Agir - Agência de Informações Religiosas
¹ Brian McLaren, Uma ortodoxia generosa (Brasília, Editora Palavra, 2007). Este livro promove muitas das propostas denunciadas neste estudo.
² YOUNG, William P., A cabana (Rio de Janeiro, Editora Sextante, 2008).
³ Algumas idéias foram extraídas de um trabalho publicado por Norman Geisler: “Norm Geisler Takes “The Shack”to the Wood Shed. Acessado em 18 de dezembro de 2008. www.thechristianworldview.com

BIBLIOGRAFIA

EVANS, C. Stephen, Dicionário de apologética e filosofia da religião (São Paulo, Editora Vida, 2004).
NICODEMUS, Augustus, O que estão fazendo com a Igreja (São Paulo, Editora Mundo Cristão, 2008).
PIPER, John et alli, Teísmo aberto: uma teologia além dos limites bíblicos (São Paulo, Editora Vida, 2006.
WILSON, Douglas (org.), Eu não sei mais em quem eu tenho crido: confrontando a teologia relacional (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2006).
YOUNG, William P., A cabana (Rio de Janeiro, Editora Sextante, 2008).
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Mensagem por Ictus Dom Ago 15, 2010 11:14 am

Esse livro eu nunca li e não posso me posicionar, mas um livro posterior a esse eu ja li, (Por que você não quer ir mais á igreja), eu não concordei com tudo o que estava no livro, mas boa parte eu concordei, nesse livro (Por que você não quer ir mais à igreja) pode tirar umas lições muito boas, eu e uma amiga lemos e posso dizer certas coisas que eu não queria ver dentro do cristianismo eu vi, e aparti disso refleti e quis mudar algumas ações que ainda persistiam.

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Mensagem por Eduardo Dom Ago 15, 2010 11:41 am

Compartilhe os bons ensinos desse livro conosco.
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Mensagem por Ictus Dom Ago 15, 2010 1:08 pm

olha vocês vão achar estranho,mas esse ano foi o ano no qual eu acho que mais me aproximei de Deus, por diversas razões, mas uma delas foi, ate ano passado tudo o que eu aprendia de Deus eu guardava para mim mesmo não me importava com os outros eu tinha muito conhecimento, mas era apenas meu, entretanto esse ano conheci uma amiga que se interessou pelo que eu conhecia e dizia, então eu passei a estudar mais a bíblia principalmente o NT, o meu NT esta sublinhado, marcado e comentado, criei um blog enfim comecei a pregar a palavra...

Nas ferias procurando um assunto para meu blog me deparei com esse livro e decidi ler...

Eu irei resumi um pouco.

tudo começa quando Jake conhece Joao, um homem diferente que fala de Jesus de uma forma diferente, Jake trabalhava em uma igreja e decidiu mudar algumas coisas la dentro isso descontentou o pastor e Jake acabou sendo demitido, Jake aos poucos vai perdendo antigos paradigmas, e ele decide fundar um pequeno grupo, achando que João iria se maravilha mas a reação de João foi diferente então Jake percebeu que ele apenas repetia o que ele fazia em sua antiga igreja, duas partes do livro que mais mexeram comigo foi o capitulo cavando o próprio buraco, no qual Jake acusa um jogador de usar drogas apenas por que ele escutou alguém dizendo e quando Jake descobre que seu ex-pastor e ex-chefe, que lhe fez muito mal, teve um caso com uma irmã da igreja, nesse capitulo eu achava que Jake iria se vingar do pastor mas não. Eu achei que aquilo seria a arma perfeita antes de ler esse livro se eu fosse o Jake iria espalhar para todos, mas Jake resistiu e depois percebi que foi a melhor coisa que ele fez a mulher com qual o pastor adultero estava casada e com um filho pequeno e ela estava retornando a igreja, se Jake falasse ela concerteza ela se afastaria novamente da igreja. Isso e apenas um resumo são muitas lições, eu ainda não li a cabana mas uma amiga que leu disse que o livro Por que você não quer mais ir a igreja se aproxima mais de nossa realidade.
ah, e uma frase que até agora não saiu da minha cabeça "quando se cava o próprio buraco se joga a terra em outra pessoa".
Esse é um livro que eu recomendo a ler, tem algumas coisas que podemos não concorda mas no geral ele é muito bom, eu tenho apenas um pedido quem ler quero que me diga se o tal João é ou não o mesmo João apostolo de cristo que essa foi uma parte do livro que eu ate agora não tenho certeza. o autor não revelou de forma clara.

vocês podem ler o primeiro capitulo nesse site http://www.esextante.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=4387&sid=2

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Mensagem por Ictus Dom Ago 15, 2010 1:14 pm

se voces quiserem em breve eu irei fazer um resumo mais detalhado pegando todos os capitulos, mas isso ira revelar um pouco da historia do livro e tirar a emoçao de quem ler.

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Mensagem por Eduardo Dom Ago 15, 2010 1:21 pm

Ictus escreveu:... se voces quiserem em breve eu irei fazer um resumo mais detalhado pegando todos os capitulos...
Sinta-se a vontade para agir da melhor forma possivel. Mas será melhor abrir outro topico só sobre esse livro para não se confundir com este aqui que fala de "A Cabana".
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Mensagem por Ictus Dom Ago 15, 2010 1:28 pm

tudo bem, quando eu pegar o meu livro divolta, pois eu empretei para uma amiga irei fazer um resumo com varias citações, do livro e pegar alguns verciculos biblicos para relacionar.

Ictus

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