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O evangelho em Gálatas

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Fonte:

4º Trimestre/2011 – O evangelho em Gálatas

1. Paulo: apóstolo dos gentios

2. A autoridade de Paulo e o evangelho

Paulo: apóstolo dos gentios

Sábado à tarde
Ano Bíblico: Mq 5–7
VERSO PARA MEMORIZAR: “Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo: ‘Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios!’” (At 11:18, NVI).

Leituras da semana: At 6:9-15; 9:1-9; 11:19-21; 15:1-5; 1Sm 16:7; Mt 7:1

Não é tão difícil entender Saulo de Tarso (também conhecido como apóstolo Paulo, após a conversão), e por que ele fez o que fez. Sendo judeu devoto, ensinado durante toda a vida sobre a importância da lei e sobre a futura redenção política de Israel, a ideia do Messias esperado por tanto tempo sendo vergonhosamente executado, como o pior dos criminosos, era demais para ele tolerar.

Não é de admirar, então, que ele estivesse convencido de que os seguidores de Jesus estavam sendo desleais para com a Torá e, assim, prejudicando o plano de Deus para Israel. Suas alegações de que o Jesus crucificado era o Messias e de que Ele tinha ressuscitado, acreditava ele, eram terrível apostasia. Não poderia haver tolerância para com esse absurdo nem para quem se recusasse a desistir dessas ideias. Saulo estava determinado a ser o agente de Deus para livrar Israel dessas crenças. Assim, ele aparece pela primeira vez nas páginas das Escrituras como perseguidor violento dos seus concidadãos judeus que acreditavam que Jesus era o Messias.

Deus, porém, tinha planos bem diferentes para Saulo, planos que ele nunca poderia ter esperado: esse judeu não apenas pregaria Jesus como o Messias; ele faria isso entre os gentios!

Domingo
Ano Bíblico: Naum

Perseguidor dos cristãos


Saulo de Tarso aparece pela primeira vez em Atos como um dos envolvidos no apedrejamento de Estêvão (At 7:58) e, em seguida, em conexão com a ampla perseguição que irrompeu em Jerusalém (At 8:1-5). Pedro, Estêvão, Filipe e Paulo desempenharam um papel significativo no livro de Atos, pois estavam envolvidos nos eventos que levaram à disseminação da fé cristã para além do mundo judaico. Estêvão é especialmente importante porque sua pregação e martírio parecem ter exercido uma influência profunda sobre Saulo de Tarso.

Estêvão, um judeu que falava o idioma grego, era um dos sete diáconos (At 6:3-6). De acordo com Atos, alguns judeus estrangeiros que foram morar em Jerusalém (v. 9) entraram em discussão com Estêvão acerca do conteúdo de sua pregação sobre Jesus. É possível, talvez até provável, que Saulo de Tarso estivesse envolvido nesses debates.

1. Leia Atos 6:9-15. Quais foram as acusações apresentadas contra Estêvão? Que lembranças essas acusações nos trazem? Mt 26:59-61

A feroz hostilidade para com a pregação de Estêvão parece ter resultado de duas coisas diferentes. Por um lado, Estêvão atraiu a ira de seus adversários por não dar importância primária à lei judaica e ao templo, que se haviam tornado o ponto focal do judaísmo e eram símbolos preciosos da identidade religiosa e nacional. Mas Estêvão fez mais do que simplesmente menosprezar esses dois valiosos ícones: ele proclamou vigorosamente que Jesus, o Messias crucificado e ressuscitado, era o verdadeiro centro da fé judaica.

Não é de admirar, então, que ele tenha irritado o fariseu Saulo (Fp 3:3-6), cujo zelo contra os cristãos primitivos indica que ele provavelmente pertencesse a uma ala rigorosa, intensamente revolucionária e militante dos fariseus. Saulo entendia que as grandes promessas proféticas do reino de Deus ainda não tinham sido cumpridas (Dn 2; Zc 8:23; Is 40-55), e ele provavelmente acreditasse que era sua tarefa ajudar Deus a tornar aquele dia uma realidade, o que se poderia fazer purificando Israel da corrupção religiosa, incluindo a ideia de que esse Jesus era o Messias.

Convencido de que estava certo, Saulo estava disposto a matar aqueles que ele pensava que estavam errados. Embora necessitemos de zelo e fervor por aquilo que cremos, como podemos aprender a temperar nosso zelo com a compreensão de que, às vezes, podemos estar equivocados?

Segunda
Ano Bíblico: Habacuque

A conversão de Saulo


“E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões” (At 9:5, RC).

Embora a perseguição de Saulo contra a igreja primitiva tivesse começado de forma bastante discreta (no momento em que ele segurava as vestes dos assassinos de Estêvão), ela rapidamente se intensificou (At 8:1-3; 9:1, 2, 13, 14, 21; 22:3-5).

Várias das palavras usadas por Lucas para descrever Saulo revelam a figura de uma criatura selvagem, feroz, ou de um soldado saqueador, determinado a destruir seu oponente. A palavra traduzida por “devastava” em Atos 8:3 (NVI), por exemplo, é usada na tradução grega do Antigo Testamento (Sl 80:13) para descrever o comportamento descontrolado e destrutivo de um javali selvagem. A cruzada de Saulo contra os cristãos evidentemente não era um assunto de conveniência tratado com indiferença, mas um plano determinado e sustentado para exterminar a fé cristã.

2. Examine as três descrições da conversão de Saulo (At 9:1-18; 22:6-21 e 26:12-19). Que papel a graça de Deus teve nessa experiência? Saulo mereceu a bondade que o Senhor mostrou para com ele?

Da perspectiva humana, a conversão de Saulo deve ter parecido impossível (essa foi a razão do ceticismo que muitos manifestaram quando ouviram falar dela pela primeira vez).

A única coisa que Saulo merecia era punição, mas, em lugar disso, Deus concedeu graça a esse judeu fervoroso. Contudo, é importante notar que a conversão de Saulo não aconteceu num vácuo, nem foi forçada.

Saulo não era ateu. Ele era um homem religioso, embora seriamente equivocado em sua compreensão de Deus. As palavras de Jesus a Paulo, “Resistir ao aguilhão só lhe trará dor!” (At 26:14, NVI), indicam que o Espírito estivera convencendo Saulo. No mundo antigo, o “aguilhão” era uma vara com uma ponta afiada utilizada para cutucar bois, sempre que se recusavam a puxar o arado. Saulo havia resistido ao aguilhão de Deus durante algum tempo, mas finalmente, em sua viagem para Damasco, através de um encontro miraculoso com o Jesus ressuscitado, ele decidiu parar de lutar.

Pense em sua experiência de conversão. Talvez ela não tenha sido tão dramática quanto a de Paulo (na maior parte dos casos não é), mas de que maneira você também recebeu a graça de Deus? Por que é importante não esquecer o que recebemos em Cristo?

Terça
Ano Bíblico: Sofonias

Saulo em Damasco


Durante o encontro com Jesus, Saulo ficou cego, foi instruído a ir à casa de um homem chamado Judas e aguardar ali a visita de outro homem, Ananias. Sem dúvida, a cegueira física de Saulo foi um poderoso lembrete da cegueira espiritual, mais ampla, que o havia levado a perseguir os seguidores de Jesus.

A manifestação de Jesus a ele na estrada de Damasco mudou tudo. Nas questões sobre as quais Saulo pensava que tinha toda a razão, ele estava completamente errado. Em vez de trabalhar para Deus, havia trabalhado contra Ele. Quando entrou em Damasco, Saulo era um homem diferente do orgulhoso e zeloso fariseu que havia saído de Jerusalém. Em vez de comer e beber, Saulo passou seus primeiros três dias em Damasco jejuando, orando e refletindo sobre tudo o que tinha acontecido.

Leia Atos 9:10-14. Imagine o que deve ter passado na mente de Ananias: Saulo, o perseguidor, não era, então, apenas um seguidor de Jesus; ele também se tornou Paulo, o apóstolo escolhido por Deus para levar o evangelho aos gentios (At 26:16-18).

Não é de admirar que Ananias estivesse um tanto confuso. Se a igreja em Jerusalém estava hesitante em aceitar Paulo, cerca de três anos após sua conversão (At 9:26-30), podemos imaginar as dúvidas e preocupações que enchiam o coração dos fiéis em Damasco, apenas alguns dias depois do evento!

Observe também que Ananias recebeu uma visão do Senhor, mostrando para ele a notícia surpreendente e inesperada sobre Saulo de Tarso. Possivelmente, qualquer outra coisa menos do que uma visão não o teria convencido de que aquelas informações acerca de Saulo eram verdadeiras, e de que o inimigo do cristãos judeus havia se tornado um deles.

Saulo tinha saído de Jerusalém com poder e autorização dos principais sacerdotes para acabar com a fé cristã (At 26:12). Deus tinha, no entanto, uma missão bastante diferente para Saulo, apoiada numa autoridade muito maior. Saulo devia levar o evangelho ao mundo gentílico, uma ideia que, para Ananias e os outros fiéis judeus, deve ter sido ainda mais chocante do que a própria conversão de Saulo.

Onde Saulo havia procurado impedir a propagação da fé cristã, agora Deus iria usá-lo para disseminá-la muito além do que os cristãos judeus poderiam imaginar.

3. Leia 1 Samuel 16:7, Mateus 7:1 e 1 Coríntios 4:5. Por que devemos ter cuidado na nossa avaliação da experiência espiritual de outras pessoas? Que erros temos cometido em nosso julgamento sobre os outros? O que temos aprendido com esses erros?

Quarta
Ano Bíblico: Ageu

O evangelho vai aos gentios


4. Onde foi estabelecida a primeira igreja gentílica? Que acontecimentos ocasionaram a ida dos cristãos para lá? Que lembrança do Antigo Testamento essa história nos traz? At 11:19-21, 26; Dn 2

A perseguição que irrompeu em Jerusalém após a morte de Estêvão fez com que muitos cristãos judeus fugissem para Antioquia, cerca de 480 quilômetros ao norte. Sendo capital da província romana da Síria, Antioquia era inferior apenas a Roma e Alexandria, em importância. Sua população, estimada em 500 mil pessoas, era extremamente cosmopolita, o que a tornava um local ideal não só para uma igreja de gentios, mas como ponto de partida para a missão universal da igreja primitiva.

5. O que aconteceu em Antioquia, que resultou na visita de Barnabé à cidade e sua decisão posterior de convidar Paulo para se juntar a ele ali? Que descrição é apresentada da igreja daquela comunidade? At 11:20-26

Traçar a cronologia da vida de Paulo é difícil, mas parece que cerca de cinco anos se passaram entre sua visita a Jerusalém depois da conversão (At 9:26-30) e o convite de Barnabé, para que Paulo se juntasse a ele em Antioquia. O que Paulo fez em todos esses anos? É difícil dizer com certeza. Mas, com base em seus comentários em Gálatas 1:21, possivelmente ele tivesse pregado o evangelho nas regiões da Síria e da Cilícia. Alguns têm sugerido que, talvez, durante essa época ele tivesse sido deserdado por sua família (Fp 3:8) e sofrido uma série de dificuldades, como ele descreve em 2 Coríntios 11:23-28. A igreja em Antioquia floresceu sob a orientação do Espírito. A descrição em Atos 13:1 indica que a natureza cosmopolita da cidade logo foi refletida na diversidade étnica e cultural da própria igreja (Barnabé era de Chipre, Lúcio de Cirene, Paulo da Cilícia, Simeão presumivelmente da África; pense também em todos os gentios convertidos). O Espírito procurava então levar o evangelho a outros gentios, usando Antioquia como base para mais atividades missionárias de longo alcance, além da Síria e da Judeia.

Leia Atos 11:19-26. A igreja de Antioquia era muito diversificada cultural e etnicamente. O que podemos aprender com ela que possa ajudar a igreja de hoje a imitar o bem que existia ali?

Quinta
Ano Bíblico: Zc 1–4

Conflitos dentro da igreja


Com certeza, tudo que é humano é imperfeito, e não demorou muito para que começassem os problemas dentro da primitiva comunidade de fé. Para começar, nem todos ficaram satisfeitos com a entrada dos gentios cristãos na igreja primitiva. A divergência não foi sobre o conceito de uma missão entre os gentios, mas sobre a base na qual os gentios deveriam ser autorizados a se unir à igreja. Alguns achavam que a fé em Jesus, apenas, não era suficiente como sinal característico do cristão; a fé, eles argumentavam, devia ser complementada com a circuncisão e obediência à lei de Moisés. Para ser um verdadeiro cristão, eles afirmavam, os gentios deviam ser circuncidados (em Atos 10:1–11:18, podemos ver a extensão da divisão entre judeus e gentios, na experiência de Pedro com Cornélio e na reação que se seguiu).

As visitas oficiais de Jerusalém, que observaram o trabalho de Filipe entre os samaritanos (At 8:14) e o trabalho com os gentios em Antioquia (At 11:22), podem sugerir alguma preocupação acerca da inclusão dos não judeus na comunidade cristã. No entanto, a reação que ocorreu quando Pedro batizou Cornélio, um soldado romano incircunciso, foi um claro exemplo da discordância que existia entre os primeiros cristãos sobre a questão dos gentios. A inclusão de um gentio ocasional, como Cornélio, pode ter feito com que alguns se sentissem desconfortáveis, mas os esforços intencionais de Paulo para abrir totalmente as portas da igreja para os gentios na base da fé em Jesus somente resultou em tentativas deliberadas, por parte de alguns, para prejudicar o ministério de Paulo.

6. Como alguns fiéis da Judeia tentaram dificultar o trabalho de Paulo com os cristãos gentios em Antioquia? At 15:1-5

Embora o concílio de Jerusalém, em Atos 15, finalmente tivesse se unido a Paulo na questão da circuncisão, a oposição ao ministério de Paulo continuou. Cerca de sete anos mais tarde, durante a última visita de Paulo a Jerusalém, muitos ainda desconfiavam do evangelho que ele pregava. De fato, quando Paulo visitou o templo, quase perdeu a vida, quando os judeus da Ásia clamaram: “Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar” (At 21:28; 21:20, 21).

Ponha-se na posição desses fiéis judeus que estavam preocupados acerca do ensino de Paulo. Por que sua preocupação e oposição fazia algum sentido? Como nossas ideias preconcebidas, bem como as noções culturais (e até mesmo as religiosas), podem nos desviar do caminho correto? Como podemos evitar o mesmo tipo de erros, não importando o quanto sejamos bem-intencionados?

Sexta
Ano Bíblico: Zc 5–8

Estudo adicional


Sobre a relação entre conversão pessoal e a Igreja, leia de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 430-434: “Independência individual”; para uma proveitosa descrição do início da vida de Paulo e um comentário sobre sua conversão, leia The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 226-234.

Paulo fora anteriormente reconhecido como zeloso defensor da religião judaica e implacável perseguidor dos seguidores de Jesus. Corajoso, independente, perseverante, seus talentos e preparo o teriam capacitado a servir quase em qualquer atividade. Era capaz de arrazoar com clareza extraordinária e, por seu fulminante sarcasmo, podia colocar o adversário em posição nada invejável. E agora os judeus viam esse jovem extraordinariamente promissor unido com aqueles a quem antes perseguira, pregando destemidamente no nome de Jesus.

“Um general que tomba em combate está perdido para seu exército, mas sua morte não acrescenta força ao inimigo. Mas quando um homem preeminente se une às forças opositoras, não apenas se perdem seus serviços como ganham decidida vantagem aqueles com quem ele se uniu. Saulo de Tarso, em caminho para Damasco, podia facilmente ter sido fulminado pelo Senhor, e muita força se teria retirado do poder perseguidor. Porém, Deus, em Sua providência, não apenas poupou a vida de Saulo, mas converteu-o, transferindo assim um campeão do campo do inimigo para o lado de Cristo. Orador eloquente e crítico severo, Paulo, com seu decidido propósito e inquebrantável coragem, tinha as próprias qualificações necessárias à igreja primitiva” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 124).

Perguntas para reflexão
1. Que lição podemos aprender do fato de que alguns dos mais duros opositores de Paulo eram judeus que acreditavam em Jesus?

2. Como você pode defender questões de princípios religiosos e, ao mesmo tempo, ter certeza de que não está lutando contra Deus?

Resumo: O encontro de Saulo com Jesus ressuscitado, na estrada de Damasco, foi o momento decisivo em sua vida e na história da igreja primitiva. Deus mudou o antigo perseguidor da igreja e fez dele Seu apóstolo escolhido para levar o evangelho ao mundo gentílico. Entretanto, a iniciativa de Paulo, ao incluir os gentios na igreja somente pela fé, provou-se um conceito difícil para alguns aceitarem – um poderoso exemplo de como preconceito e discriminação podem dificultar a missão.

Respostas sugestivas: verificar na página 187 (recomendação na lição impressa).

A autoridade de Paulo e o evangelho

Sábado à tarde
Ano Bíblico: Zc 9–11
VERSO PARA MEMORIZAR: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1:10).

Leituras da semana: 2Pe 3:15, 16; Gl 1; 5:12; Fp 1:1

Estudantes de uma universidade construíram um centro em seu campus, onde todos seriam bem-vindos, independentemente da etnia, gênero, status social, ou crenças religiosas. Imagine se, anos mais tarde, esses alunos retornassem ao campus e descobrissem que outros estudantes haviam redesenhado o centro. Em vez da sala grande com bastante espaço para a socialização, concebido para proporcionar um sentido de unidade a todos ali, o local tivesse sido subdividido em várias salas menores, com restrições à entrada com base em raça, sexo, e assim por diante. Os alunos responsáveis pelo novo desenho poderiam ter argumentado que sua autoridade para fazer essas mudanças vinha de uma prática estabelecida há vários séculos.

Isso é algo parecido com a situação que Paulo enfrentou quando escreveu sua carta às igrejas da Galácia. Seu plano, segundo o qual os gentios podiam se unir à igreja com base na fé somente, estava sendo desafiado por falsos mestres, que insistiam que os gentios também deviam ser circuncidados antes de se tornarem membros da igreja.

Essa posição, Paulo pensava, era um ataque à essência do próprio evangelho; portanto, ele tinha que responder. A resposta é a carta aos Gálatas.

Domingo
Ano Bíblico: Zc 12–14

Paulo, o escritor de cartas


1. Leia 2 Pedro 3:15, 16. Como a igreja primitiva considerava os escritos de Paulo? Como a inspiração acontecia para Paulo? Por que nem todos conseguiam entender suas cartas?

Quando Paulo escreveu aos gálatas, ele não tentou produzir uma obra-prima literária. Em vez disso, sob a orientação do Espírito Santo, ele tratou de situações específicas que o envolviam e aos cristãos da Galácia.

Cartas como a que Paulo escreveu aos gálatas desempenharam um papel importante em seu ministério apostólico. Sendo o missionário ao mundo dos gentios, Paulo fundou várias igrejas espalhadas ao redor do Mediterrâneo. Embora visitasse essas igrejas sempre que era possível, ele não podia ficar em um lugar por muito tempo. Para compensar sua ausência, Paulo escrevia cartas às igrejas, a fim de lhes dar orientação. Com o tempo, cópias dessas cartas foram compartilhadas com outras igrejas (Cl 4:16). Embora algumas das cartas de Paulo tenham sido perdidas, pelo menos treze livros no Novo Testamento levam seu nome. Além disso, como mostram as palavras de Pedro, acima, em algum momento, os escritos de Paulo passaram a ser vistos como Escrituras. Isso mostra quanta autoridade seu ministério finalmente ganhou, nos primórdios da história da igreja.

Antigamente, alguns cristãos acreditavam que o formato das cartas de Paulo fosse único, especialmente criado pelo Espírito a fim de conter a Palavra inspirada de Deus. Essa visão mudou quando dois jovens estudantes de Oxford, Bernard Grenfell e Arthur Hunt, descobriram no Egito cerca de quinhentos mil fragmentos de papiros antigos (documentos escritos em papiro, um material popular para escrita, usado vários séculos antes e depois de Cristo). Além de encontrar algumas das mais antigas cópias do Novo Testamento, eles encontraram notas fiscais, declarações de renda, recibos e cartas pessoais.

Para surpresa de todos, verificou-se que o formato básico das cartas de Paulo era comum a todos os escritores de cartas de seu tempo. O formato incluía (1) uma saudação de abertura, que mencionava o remetente e o destinatário e, em seguida, introduzia a saudação; (2) palavras de agradecimento; (3) o corpo principal da carta; e, finalmente (4) uma declaração de encerramento.

Em resumo, Paulo estava seguindo o formato básico do seu tempo, falando aos seus contemporâneos através de um meio de comunicação e de um estilo com o qual eles estavam familiarizados.

Se a Bíblia fosse escrita hoje, que meios de comunicação, formato e estilo você acha que o Senhor usaria para nos alcançar?

Segunda
Ano Bíblico: Malaquias

O chamado de Paulo


Embora as epístolas de Paulo geralmente sigam o formato básico das cartas antigas, Gálatas contém uma série de características únicas não encontradas nas outras epístolas de Paulo. Quando reconhecidas, essas diferenças podem nos ajudar a entender melhor a situação com a qual Paulo estava lidando.

2. Quais são as diferenças e semelhanças entre a saudação introdutória de Paulo em Gálatas 1:1, 2 com o que ele escreveu em Efésios 1:1, Filipenses 1:1, 2 e Tessalonicenses 1:1?

A saudação de Paulo em Gálatas é não apenas um pouco mais longa do que a saudação das outras cartas, mas ele teve que agir de forma diferente, ao descrever a base de sua autoridade apostólica. Literalmente, a palavra apóstolo significa “alguém que é enviado” ou “mensageiro”. No Novo Testamento, no sentido estrito, ela se refere aos primeiros doze seguidores de Jesus e aos outros a quem o Cristo ressuscitado apareceu e comissionou para ser Suas testemunhas (Gl 1:19; 1Co 15:7). Paulo declarou que pertencia a esse grupo seleto.

O fato de Paulo negar com tanta força que seu apostolado se apoie sobre qualquer ser humano sugere que havia uma tentativa por parte de alguns na Galácia de enfraquecer sua autoridade apostólica. Por quê? Como vimos, alguns na igreja não estavam felizes com a mensagem de Paulo, de que a salvação era fundamentada na fé em Cristo apenas, e não nas obras da lei. Eles achavam que o evangelho de Paulo estava minando a obediência. Esses perturbadores eram sutis. Sabiam que a base da mensagem do evangelho de Paulo era diretamente ligada à fonte de sua autoridade apostólica (Jo 3:34), e resolveram fazer um ataque poderoso contra essa autoridade.

No entanto, eles não negaram diretamente o apostolado de Paulo; eles simplesmente alegaram que isso não era realmente muito importante. Eles provavelmente afirmaram que Paulo não havia sido um dos primeiros discípulos de Jesus. Sua autoridade, portanto, não era de Deus, mas de homens, talvez dos líderes da igreja de Antioquia, que designaram Paulo e Barnabé como missionários (At 13:1-3). Ou, talvez, viera de Ananias, que batizou Paulo, no começo (At 9:10-18). Na opinião deles, Paulo era apenas um mensageiro de Antioquia ou Damasco, e nada mais. Consequentemente, eles argumentaram que sua mensagem era simplesmente sua própria opinião, não a Palavra de Deus.

Paulo reconheceu o perigo dessas afirmações e defendeu imediatamente o apostolado que Deus lhe havia dado.

Que sutilezas estão desafiando a autoridade das Escrituras dentro da nossa igreja? Como podemos reconhecer esses desafios? Mais importante, como elas têm influenciado seu pensamento no que diz respeito à autoridade da Bíblia?

Terça
Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento.

O evangelho de Paulo


3. Além de defender seu apostolado, o que mais Paulo enfatiza em sua saudação aos gálatas? (Compare Gl 1:3-5 com Ef 1:2; Fp 1:2; Cl 1:2)

Uma das características únicas das cartas de Paulo é sua maneira de ligar as palavras graça e paz nas saudações. A combinação dessas duas palavras é uma modificação das saudações mais características do mundo grego e judaico. Onde um autor grego normalmente escreveria “saudações” (chairein), Paulo escrevia “graça”, uma palavra que tinha o som parecido em grego (charis). A isso Paulo acrescentava a típica saudação judaica da “paz”.

A combinação dessas duas palavras não é uma mera cortesia. Ao contrário, essas palavras descrevem basicamente sua mensagem do evangelho (na verdade, Paulo usou essas duas palavras mais do que qualquer outro autor do Novo Testamento). A graça e a paz não eram de Paulo, mas de Deus, o Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

4. Que aspectos do evangelho Paulo apresenta em Gálatas 1:1-6?

Embora Paulo tivesse pouco espaço em sua saudação inicial para desenvolver a natureza do evangelho, ele descreveu magistralmente a essência do evangelho em alguns poucos versos. Qual é a verdade central sobre a qual o evangelho está firmado? De acordo com Paulo, não é nossa conformidade com a lei – o conceito que os adversários de Paulo estavam anunciando. Ao contrário, o evangelho está apoiado inteiramente no que Cristo realizou por nós através de Sua morte na cruz e ressurreição. A morte e ressurreição de Cristo fizeram algo que nunca poderíamos fazer por nós mesmos: quebraram o poder do pecado e da morte, libertando Seus seguidores do poder do mal, que mantém muitas pessoas no medo e na escravidão.

À medida que Paulo refletia sobre a maravilhosa notícia da graça e paz que Deus criou para nós em Cristo, ele entrava numa doxologia espontânea, que aparece no verso 5.

Utilizando aproximadamente a mesma quantidade de palavras que Paulo usou em Gálatas 1:1-5, escreva o que o evangelho significa para você. Compartilhe suas palavras com a classe.

Quarta
Ano Bíblico: Mt 1–4


Nenhum outro evangelho


5. O que normalmente aparece depois da saudação inicial nas cartas de Paulo? Qual é a diferença em Gálatas? Gl 1:6; Rm 1:8; 1Co 1:4; Fp 1:3; 1Ts 1:2

Embora Paulo tenha lidado com todos os tipos de desafios e problemas locais em suas cartas às igrejas, ainda assim ele costumava colocar, depois da saudação inicial, uma palavra de oração ou agradecimento a Deus pela fé dos seus leitores. Ele fez isso até em suas cartas aos coríntios, que estavam lutando com todos os tipos de comportamento questionável (1Co 1:4; 5:1). No entanto, a situação na Galácia era tão perturbadora que Paulo omitiu totalmente a ação de graças e foi direto ao ponto.

6. Que palavras fortes Paulo utilizou para demonstrar o grau de sua preocupação com o que estava acontecendo na Galácia? Gl 1:6-9; 5:12

Paulo não reteve as palavras em sua acusação contra os gálatas. Simplificando, ele os acusou de trair sua vocação como cristãos. Na verdade, a palavra abandonando (NVI) ou passando (RA), que aparece no verso 6, muitas vezes era usada para descrever soldados que desistiam de sua lealdade ao país, abandonando o exército. Espiritualmente falando, Paulo estava dizendo que os gálatas eram desertores que estavam virando as costas para Deus.

De que forma os gálatas estavam abandonando a Deus? Passando para um evangelho diferente. Paulo não estava dizendo que há mais de um evangelho, mas que havia alguns na igreja que, ao ensinar que a fé em Cristo não era suficiente (At 15:1-5), estavam agindo como se houvesse outro. Paulo ficou tão incomodado com essa distorção do evangelho que desejou que qualquer pessoa que pregasse um evangelho diferente caísse sob a maldição de Deus! (Gl 1:8). Paulo foi tão enfático sobre esse ponto que chegou a dizer basicamente a mesma coisa duas vezes (Gl 1:9).

Hoje, mesmo em nossa igreja (em alguns lugares), há uma tendência de enfatizar a experiência acima da doutrina. O mais importante (dizem) é a nossa experiência, nosso relacionamento com Deus. Por mais importante que seja a experiência, o que Paulo ensina sobre a importância da doutrina correta?

Quinta
Ano Bíblico: Mt 5–7

A origem do evangelho de Paulo


7. Os perturbadores da Galácia alegaram que o evangelho de Paulo era realmente dirigido por seu desejo de obter a aprovação dos outros. Em sua carta, o que Paulo poderia ter feito de forma diferente, se estivesse apenas buscando a aprovação dos homens? Gl 1:6-9, 11-24

Por que Paulo não exigiu que os gentios convertidos fossem circuncidados? Seus oponentes alegaram que foi porque Paulo queria conversões a qualquer custo. Talvez eles tivessem pensado que, pelo fato de Paulo saber que os gentios teriam restrições com relação à circuncisão, ele não exigiu isso. Insinuaram que ele gostava de agradar o povo! Em resposta a tais alegações, Paulo apresentou a seus oponentes as fortes palavras de Gálatas 1:8, 9. Se tudo o que ele quisesse fosse aprovação, certamente teria respondido de outra forma.

8. Por que Paulo diz que é impossível ser seguidor de Cristo e, ao mesmo tempo, querer agradar as pessoas?

9. Em Gálatas 1:11, 12, Paulo diz que recebeu seu evangelho e autoridade diretamente de Deus. Quais são os argumentos apresentados nos versos 13-24 para provar esse conceito?


Os versos 13-24 trazem um relato autobiográfico da situação de Paulo antes da conversão (v. 13, 14), na conversão (v. 15, 16), e posteriormente (v. 16-24). Paulo afirmou que as circunstâncias que envolveram cada um desses eventos tornaram absolutamente impossível que qualquer pessoa pudesse afirmar que ele havia recebido o evangelho de outra pessoa, a não ser Deus. Paulo não ficaria indiferente, permitindo que alguém denegrisse sua mensagem, questionando sua vocação. Ele sabia o que lhe havia acontecido, o que havia sido chamado a ensinar, e faria isso, não importando o que custasse.

Você tem certeza do seu chamado em Cristo? Como você pode saber ao certo o que Deus chamou você para fazer? Ao mesmo tempo, mesmo que você esteja certo da sua vocação, por que você deve aprender a ouvir o conselho dos outros?

Sexta
Ano Bíblico: Mt 8–10

Estudo adicional


Em quase todas as igrejas havia alguns membros judeus de nascimento. A esses conversos os mestres judeus achavam fácil acesso e, através deles, ganhavam um ponto de apoio nas igrejas. Com argumentos bíblicos, era impossível derrubar as doutrinas ensinadas por Paulo; por isso, eles recorriam às medidas mais inescrupulosas para neutralizar sua influência e enfraquecer sua autoridade. Declaravam que ele não havia sido discípulo de Jesus e não tinha recebido nenhuma comissão da parte dEle, mas ousara ensinar doutrinas diretamente opostas aos ensinos defendidos por Pedro, Tiago e outros apóstolos...

“O coração de Paulo ficou agitado quando viu os males que ameaçavam destruir rapidamente essas igrejas. Imediatamente ele escreveu aos gálatas, expondo suas teorias falsas e, com grande severidade, repreendeu os que tinham abandonado a fé” (Ellen G. White, Sketches From the Life of Paul [Esboços da Vida de Paulo], p. 188, 189).

Perguntas para reflexão
1. Peça que os alunos escrevam qual é o significado do evangelho para eles. O que cada um pode aprender com os colegas sobre o assunto?
2. Na saudação de Paulo aos gálatas, ele declarou que a morte de Jesus ocorreu por uma razão específica. Qual foi essa razão, e que significado isso tem para nós hoje?
3. Em Gálatas 1:14, Paulo disse que ele era extremamente zeloso das tradições de seus pais. Por “tradições” ele provavelmente se referisse tanto às tradições orais dos fariseus como ao próprio Antigo Testamento. Existe espaço para as tradições em nossa fé? Que advertência a experiência de Paulo nos apresenta hoje, em relação à questão da tradição?
4. Por que aparentemente Paulo era tão “intolerante” com os que tinham crenças diferentes das dele? Leia novamente algumas das coisas que ele escreveu sobre os que tinham uma visão diferente do evangelho. Como seria vista em nossa igreja hoje uma pessoa com uma postura tão firme e intransigente?

Resumo: Os falsos mestres da Galácia estavam tentando minar o ministério de Paulo, afirmando que seu apostolado e mensagem do evangelho não lhe tinham sido dados por Deus. Paulo enfrentou essas duas acusações nos primeiros versos de sua carta aos Gálatas. Corajosamente, ele declarou que só há um meio de salvação, e descreveu como os eventos que envolveram sua conversão demonstravam que sua vocação e evangelho só podiam provir de Deus.

Respostas sugestivas: verificar na página 187.
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